quinta-feira, 9 de agosto de 2012

"Ser ou não ser um Pêndulo?"



Você é o que é
Sem mentiras pra você,
Se você quer chegar
Em algum lugar
Se aceite assim,
Pois o fato é Você é o que é
E não vá  negar
Seu sangue é seu vinho
Sua carne é seu corpo
E seu corpo é de sua responsabilidade
O corpo e a alma não podem ser tratados separadamente
Não vá se esgotar
Não queira  de volta o troco
É você  que tem de aturar
Como sua vida está  fluindo?
Como um pendulo?
Ser ou não ser um Pêndulo?
É o seu  refluxo,é o seu  sobe e desce, cresce e decresce, vai e vem de acordo com lei causa e efeito.
Em verdade,tudo evolua e involua.
Tenter ser um pêndulo, numa extremidade está a alegria, no outro, a dor; todas as nossas emoções, pensamentos, anelos e desejos oscilam de acordo com a Lei do Pêndulo.
Esperança e desespero; pessimismo e otimismo; paixão e dor; triunfo e fracasso; lucro e perda correspondem, certamente, aos dois extremos do movimento pendular.
Surgiu o Egito com todo seu poderio e senhorio às margens do rio sagrado; mas, quando o pêndulo se foi para o outro lado, quando se levantou pelo extremo oposto, caiu o país dos faraós e se levantou Jerusalém, a cidade querida dos profetas.
Caiu Israel, quando o pêndulo mudou de posição e surgiu, no outro extremo, o império Romano.
O movimento pendular levanta e afunda impérios; faz surgir poderosas civilizações e logo as destrói etc.
Podemos colocar no extremo esquerdo do movimento pendular todas as escolas de tipo materialista, marxista, ateísta, cepticista, etc. 
Antíteses do movimento pendular, mutantes, sujeitas à permutação incessante.
O fanático materialista, ateísta, devido a qualquer fato inusitado, talvez um acontecimento metafísico, transcendental, um momento de terror indizível, pode levá-lo ao extremo oposto do movimento pendular a converte-lo num reacionário religioso insuportável.
Exemplos: Um sacerdote, vencido numa polêmica por um esoterista, desesperado, tornou-se incrédulo e materialista.
Espírito e matéria são dois conceitos muito discutíveis e espinhosos que ninguém entende.
Nada sabe a mente sobre o espírito; nada sabe sobre a matéria.
Um conceito não é mais que isso: um conceito.
A realidade não é um conceito, ainda que a mente possa forjar muitos conceitos sobre a realidade.
O espírito é o espírito (o Ser) e só a si mesmo pode conhecer.
Escrito está: "O Ser é o Ser e a razão de ser do Ser é o mesmo Ser".
O que é a matéria? Qual destes tontos cientistas o sabe?
 A tão cacarejada matéria é também um conceito demasiado discutível e bastante espinhoso.
Qual é a matéria? O algodão? O ferro? A carne? O amido? Uma pedra? O cobre? Uma nuvem ou o quê? Dizer que tudo é matéria seria tão empírico e absurdo como assegurar que todo o organismo humano é um fígado, ou um coração, ou um rim. 
Obviamente, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa; cada órgão é diferente e cada substância é distinta. Então, qual de todas estas substâncias é a tão cacarejada matéria?
Com os conceitos do pêndulo joga muita gente; porém, em realidade, os conceitos não são a realidade.
A mente só conhece formas ilusórias da natureza; porém, nada sabe sobre a verdade con tida em tais formas.
As teorias passam de moda com o tempo e com os anos e o que aprendemos na escola, resulta que depois já não serve. 
Conclusão: ninguém sabe nada.
Os conceitos de extrema-direita e de extrema-esquerda do pêndulo; passam como a moda das mulheres e todos esses são processos da mente; coisas que sucedem na superfície do entendimento; tolices, vaidades do intelecto.
A qualquer disciplina psicológica opõe-se outra disciplina; a qualquer processo psicológico, logicamente estruturado, opõe-se outro semelhante, e depois de tudo, o que?
O real, a verdade é o que nos interessa; mas, isto não é questão do pêndulo; não se encontra entre o vai e vem das teorias e crenças.
A verdade é o desconhecido de instante a instante, de momento a momento.
A verdade está no centro do pêndulo, não na extrema-direita e tampouco, na extrema-esquerda.
Quando a Jesus perguntaram:
 "O que é a verdade?"
 Guardou um profundo silêncio.
 E, quando ao Buda fizeram a mesma pergunta, deu as costas e se retirou.
A verdade não é questão de opiniões, nem de teorias, nem de conceitos de extrema-direita ou de extrema-esquerda.
O conceito que a mente possa forjar sobre a verdade, jamais é a verdade.
A ideia que o entendimento tenha sobre a verdade, nunca é a verdade.
A opinião que tenhamos sobre a verdade, por muito respeitável que seja, de modo algum é a verdade.
Nem as correntes espiritualistas, nem seus oponentes materialistas, podem conduzir-nos jamais a verdade.
A verdade é algo que deve ser experimentado em forma direta, como quando colocamos o dedo no fogo e nos queimamos, ou como quando engolimos água e nos afogamos.
O centro do pêndulo está dentro de nós mesmos e é ali onde devemos descobrir, experimentar, em forma direta, o real, a verdade.
Necessitamos nos auto-explorar diretamente para nos auto-descobrir e conhecer-nos profundamente, a nós mesmos.
A experiência da verdade só advém quando temos eliminado os elementos indesejáveis que, em seu conjunto, constituem o mim mesmo.
Só eliminando o erro, vem a verdade.
Só desintegrando o Eu Mesmo, meus erros, meus prejulgamentos e temores, minhas paixões e desejos, crenças e fornicações, encastelamentos intelectuais e autossuficiência de toda espécie, advém a nós a experiência do real.
A verdade nada tem a ver com o que se tenha dito ou deixado de dizer; com o que se tenha escrito ou deixado de escrever; ela somente advém, a nós, quando o mim mesmo morreu.
A mente não pode buscar a verdade, porque não a conhece.
A mente não pode reconhecer a verdade, porque jamais a conheceu.
A verdade advém a nós de forma espontânea, quando temos eliminado todos os elementos indesejáveis que constituem o mim mesmo, o eu mesmo.
Enquanto a Consciência continue engarrafada entre o Eu Mesmo, não poderá experimentar isso que é o Real, isso que não é do tempo, isso que está mais além do corpo, dos afetos e da mente, isso que é a Verdade.
Quando o Mim Mesmo fica reduzido a poeira cósmica, a Consciência se libera para despertar definitivamente e experimentar, de forma direta, a Verdade.
Com justa razão disse o Grande Kabir Jesus: 

"Conhecei a verdade e ela os fará livres".
De que serve ao homem conhecer cinquenta mil teorias se jamais experimentou a Verdade?
O sistema intelectual de qualquer homem é muito respeitável; mas, a qualquer sistema se opõe outro e nem um, nem outro é a Verdade.
Mas vale nos auto-explorar para nos auto-conhecer e chegar a experimentar, um dia, em forma direta, o real, a Verdade.

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