quinta-feira, 7 de novembro de 2019

"São Lúcifer"

                                                                                  
                                                   
      Sim, existe um santo conhecido como São Lúcifer ou Lúcifer Calaritano, você não sabia né? 
Muitos não sabem!
A igreja não toca muito no assunto, pois fazendo isso, teria que admitir que o nome Lúcifer colocado na bíblia tem outro sentido e é totalmente deturpado.
Mas,será que um nome é tão importante assim ao ponto de mexer com a fé das pessoas, ou o mal está associado a um nome?
Lúcifer, seu real significado não tem nada a ver com aquilo que a maioria das pessoas bem "informadas",estudiosas da teologia pensam pois,sabemos que algumas palavras do nosso vocabulário estão incorporada no latim e o grego,assim temos na língua portuguesa uma língua neolatina, isto é, deriva-se do latim, que era falado na Roma ...
Marcante na nossa língua é a presença da língua grega,então temos:
-Demônio,originário do grego "Daimon" que significa "conhecimento","inteligência" ;
-Satã ou Satanás,originário do hebraico,quer dizer "questionador" ou "opositor" ;
-Lúcifer,do latim "Lucem Ferre",que quer dizer "portador de luz" ou "claridade" ; sendo assim,e tanto que é, que Lúcifer é um santo canonizado,acredite se quiser!
Mas se a igreja admitisse isso oficialmente e divulgasse, será que a fé de muitas pessoas seria abalada? 
Talvez a fé não,mas a cabeça sim.
Temos que ser racionais, a "chama violeta" ela transmuta e purifica. Isso quer dizer que se um lugar pega fogo este lugar está sendo purificado,transmutado. 
O mesmo é vale para uma pessoa.
Mas isso não quer dizer que uma pessoa deve atear fogo em si para se purificar ou se transmutar. 
Nesse caso,o fogo é bom ou ruim?
Lúcifer foi um bispo de Cagliari na Sardenha e é um santo cristão conhecido, sobretudo, pelo sua oposição ao arianismo.
Sua festa, no calendário da Igreja Católica é dia 20 de maio. 
Uma capela na Catedral de Caligliari é dedicada a São Lúcifer (talvez a única no mundo). Maria Josefina de Saboia, rainha consorte, esposa de Luís XVIII de França, está enterrada lá.
No Concílio de Milão em 354 defendeu Atanásio de Alexandria e se opôs a arianos poderosos, o que fez o imperador Constâncio II, simpatizante dos arianos, confiná-lo por três dias no palácio. 
Durante seu confinamento, Lúcifer debateu tão veementemente com o imperador que ele acabou por ser banido, juntamente com Eusébio de Vercelli e Dionísio de Milão, primeiro para a Palestina e depois, para Tebas, no Egito. 
No exílio escreveu duras cartas ao imperador, que o pôs sob o risco de martírio.
Após a morte de Constâncio e a ascensão de Juliano, o Apóstata, Lúcifer foi solto em 362. Entretanto não se reconciliaria com antigos arianos ou quem tivesse tido contato com eles. Ele se opôs ao bispo Melécio de Antioquia, que passou a aceitar o credo de Niceia (e por isso foi deposto pelos arianos).
Embora Melécio tivesse o apoio de muitos proponentes da teologia de Niceia em Antioquia, Lúcifer apoiou o partido Eustatiano, que tinha se mantido firme no credo de Niceia, e prolongou assim o cisma entre os melecianos e os Eustatianos ao consagrar, sem licença prévia, um certo Paulino como bispo. 
Feito isso, ele retornou à Cagliari onde, de acordo com Jerônimo ele morreu em 370 dC.
Nos dá uma pista disso os escritos de Santo Ambrósio, Santo Agostinho e São Jerônimo, que referem-se a seus seguidores como luciferianos, uma divisão que surgiu no início do século V. Jerônimo em seu ALTERCATIO LUCIFERIANI ET ORTHODOXI (Altercação entre Luciferianos e Ortodoxos) demonstra quase tudo que se sabe sobre Lúcifer e suas ideias. Inclui-se entre os principais escritos do bispo de Cagliari: DE NON CONVENIENDO CUM HAERETICIS, DE REGIBUS APOSTATICIS, e DE S. ATANASIO.
Após sua morte, os Luciferianos foram liderados pelo seu discípulo principal, São Gregório de Elvira.
Os escritos de Lúcifer de Cagliari que chegaram até nós, todos do período em que esteve exilado, são direcionados contra o Arianismo e contra a reconciliação com a heresia. 
Suas obras são escritas na forma de discursos feitos diretamente para Constâncio e repetidamente chamam o imperador pela segunda pessoa. 
Seus principais escritos são Moriundum esse pro Dei filio ("É necessário morrer para o Filho de Deus"), De non conveniendo cum haereticis ("Sobre não conviver com os heréticos"), De regibus apostaticis("Sobre reis apóstatas"), De non parcendo in Deum delinquentibus ("Sobre não perdoar aqueles que transgrediram contra Deus") e dois livros sobre Quia absentem nemo debet iudicare nec damnare, sive De Athanasio ("Que ninguém deve ser julgado ou condenado enquanto ausente, ou Sobre Atanásio").
Seus textos citam extensivamente a Bíblia e por isso são fontes muito úteis para a Vetus Latina.
Também sobreviveram duas cartas que são supostamente correspondências entre Lúcifer e o secretário do imperador, Florêncio, sobre o tema de algumas obras inflamatórias que Lúcifer havia mandado para o imperador.
O status de Lúcifer como santo é tema de controvérsia. 
De acordo com John Henry Blunt:
"A igreja de Cagliari celebrou a festa de um São Lúcifer em 20 de maio. 
Dois arcebispos da Sardenha escreveram contra e à favor da santidade de Lúcifer. 
A congregação da Inquisição impôs silêncio em ambas as partes e decretou que a veneração de Lúcifer deveria permanecer como está. 
Os Bolandistas defenderam este decreto da congregação... alegando que o Lúcifer em questão não é o autor do cisma, mas outro que teria sofrido martírio na perseguição dos vândalos.
Se uma pessoa impõe que um certo nome representa a personificação do mal,logo Lúcifer é apenas excesso de imaginação. 
Na ideia representativa, Lúcifer não é um ser ; Lúcifer nunca existiu,somente na péssima interpretação bíblica.
Na ânsia de encontrar fundamento para uma crença no mal ou num tal de diabo,os teólogos acabaram distorcendo escancaradamente o sentido histórico.

A palavra tem força, pois é o veículo de permuta do pensamento dos homens, mas,para um nome ter a mesma força ou ser maior do que isso,vai depender do que incutam na cabeça das pessoas. 
Isso é o mesmo que um feitiço verbal,ou seja,tudo se modifica quando ela maldiz, porque então mobiliza energias inferiores e agressivas, que revelam o seu estado espiritual de ira, turbulência e desatino espiritual, numa aparência repulsiva e atrabiliária. 

A pessoa sugestionada,sugestiona tal palavra negativa,logo,acontece porque ela aceitou. Jesus disse para Pedro: "Afasta de mim satanás...";que traduzindo seria: 
"Afasta de mim 'opositor',(opositor do que? 
De Pedro impedir de Jesus ir a jerusalém). 
Aonde entra "Satanás" nisso? 
Com certeza não implica na idéia de Espírito mau senão na sua significação moderna. Precisando o homem de figuras e de imagens para impressionar a sua imaginação, ele pintou os seres incorpóreos sob uma forma material, com atributos lembrando suas qualidade e seus defeitos. 
Modernamente, os anjos ou Espíritos puros são representados por uma figura radiosa, com asas brancas, símbolo da pureza; Satanás com dois chifres, garras e os atributos da animalidade, emblema das paixões inferiores. 
O vulgo, que toma as coisas pela letra, viu nesses emblemas um indivíduo real, como outrora vira Saturno na alegoria do Tempo.😉

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