segunda-feira, 22 de maio de 2017

"As mensagens do pendulo"

Era uma vez um Radiestesista que trabalhava no seu consultório. Dentre muitas sessões, depois de muitos anos trabalhando afinco, numa noite comum, percebeu que seu pendulo balançava para uma figura estranha de seu gráfico, um caixão. 
Como o fato não era comum, resolveu pendular melhor melhor e "codificou" uma energia que dizia que sua filha, de apenas 6 anos de idade iria desencarnar.
Ele não acreditou na mensagem achando que era animismo ou se tratar de uma "mentira do pendulo" e não deu a importância devida. Passando alguns meses, a criança começou a adoecer e ficar muito doente. Novamente seu pendulo pedindo para que ele se preparasse "devidamente". Agora, acreditando, pois não foi o mesmo pendulo quem dera a notícia e sim outro, o de "cristal de quartzo Isis" e que também, o estado de saúde da menina começava a piorar; mas inconformado, começou a pendular em possíveis medicamentos e orava, intervindo na "mensagem do pendulo". Em suas orações ele pedia para que não fosse verdade, que não levassem a única filha que ele amara e que, através da Radiestesia ele pudesse "mudar o rumo" deste acontecimento. Mas  as mensagens do pendulo continuavam a pontar pedindo para que ele não intervisse negativamente e que se preparasse, mas ele continuava a pendular contrário em busca da cura e a orar cada vez mais, pedindo para que sua adorada filhinha não morresse. Pedia todos os dias e pendulava horas, sem cessar, mas as respostas do pendulo eram sempre as mesmas. Ele orava cada vez mais fervoroso. Numa dessas rezas, pediu perdidamente a seu pendulo e a mãe Maria, mãe de Jesus para intervir.
Passado algum tempo, do nada, houve uma melhora da menina e ela ficou curada. Milagre? As orações dele foram atendidas? Seu pendulo trabalhou a seu favor?
Passados alguns anos, a sua filha agora, já adolescente, com 16 anos de idade, se apaixonou desesperadamente por um amor que não foi correspondido e suicidou,(!?).
Mensagem do pendulo: "apegos, temos aí, homens fracos, ruídos pelo ego humano, pela covardia, porque sonha com as maiores ilusões da vida terrena e não pode conviver sem se apegar..."
Duvidas? São muitas! O idiota, do mundo, da verdadeira felicidade, se corrói no mundo material e se atraiçoa a si próprio, se enchendo cada vez mais de dúvidas, de sofrimentos e de bens materiais.
Outrora, os homens eram "livres", desapegados, nobres de alma e puros de coração. Amava a Deus sobre todas as coisas, hoje, do sentimento do desapegos aos apegos, bebem do seu próprio veneno, se transformaram em corruptos pela devassidão e desrespeito a si mesmo, viciosos, traiçoeiros, ébrios de poder, cruéis, monstros insanos, apegados a quilo, a isso, a que e a quem.
Apegar-se para que? A quem? Se tudo é transitório, se tudo é passageiro...
A vida moderna é bem diferente daquela que tínhamos há algumas décadas. Hoje, nas grandes cidades, o homem é obrigado a desdobrar-se para poder cumprir com suas obrigações materiais e sobreviver. Embora haja grande progresso tecnológico por toda parte, a moral parece regredir.
O consumismo e a falta de perspectiva para o futuro são causadores de muitos males psicológicos.
Somos, pois, quase obrigados a viver da matéria e para ela.
Não ajunteis tesouros na terra, dizia o Mestre, pois nela as traças consomem, a ferrugem destrói e os ladrões roubam. Os bens terrenos são transitórios. Ajuntai bens celestiais, continua o Rabi.
As riquezas espirituais, essas sim, são eternas. E o que são essas riquezas? São as virtudes, o bem que se faz, a amizade que se tem, a sabedoria que se pode adquirir e o serviço que se presta ao próximo. Nós só levamos daqui este tipo de riqueza. E, onde estivermos, certamente elas estarão conosco
O apego é uma das fontes de maior sofrimento... quanta dor, quantas lágrimas...
O apego é o mesmo que querermos segurar o vento, o ar... somente com o desapego é que podemos ter... ter o que é da alma... porque nós não temos... nós simplesmente somos... somos o que somos.
O sofrimento do apego se inicia aqui, quando acreditamos ter posse sobre as coisas materiais; a nossa terra, a nossa casa, as nossas roupas, a nossa beleza, o nosso carro, o nosso cargo, a nossa posição social, o nosso talão 5 estrelas, o nosso cartão de crédito internacional, a nossa empresa e assim por diante...
Claro que a prosperidade é um direito do ser. É bom estarmos em sintonia com a energia da abundância cósmica, mas não podemos confundir com posse... alguns tem um forte sentimento de apego dentro de um Fusca 64 e outros passarão totalmente desapegados dentro de uma Mercedes 2017... nós aprendemos na Luz e na sombra...
Temos que perder para darmos valor ao ganhar, temos que passar pela escassez para aprendermos a buscar a abundância; e a vida é uma grande roda, que gira e gira e nós vamos vivenciando todos os desafios, todas as situações para adquirirmos sabedorias... tudo é cíclico... tudo é empréstimo temporário para o nosso aprendizado.
Quanto sofrimento é gerado à alma no momento do seu desencarne, quando, presa aos apegos terrenos... não alcança a Luz porque está olhando as sombras; não atinge um nível maior de consciência porque está presa à inconsciência dos apegos terrenos...
Devemos sim viver os prazeres da terra, com o desapego da alma... vivendo aquilo que a vida está nos proporcionando sem a prisão do medo da perda...
E o que dizermos do apego emocional? Ah... é mais e muito mais dolorido!
Criamos inúmeras vezes na nossa mente, no nosso corpo emocional, a ilusão de que o outro nos pertence, que nós temos posse sobre o outro e também vendemos a ilusão que o outro tem posse sobre nós... e neste jogo emocional vivemos anos, vidas inteiras e criamos laços kármicos profundos... e o mais irônico, para não dizer o mais triste, é que nos atrevemos, presos a esta visão distorcida, a chamar isto de amor!
Mas temos que compreender que para atingirmos o desapego e o Amor Maior, temos que vivenciar o apego e o amor terreno. São os nossos primeiros passos para alcançarmos a sabedoria...
Nós confundimos apego profundo com desapego e não conseguimos realmente enxergar nossa confusão e a vida faz a parte dela, ou seja, gera o desapego para percebermos o quanto estávamos apegados.
Desapego? Amor incondicional? Baixa auto-estima? Sim, pode até ser amor mas o amor incondicional é desapegar e desapego é amor incondicional... é querer a felicidade e o bem estar do outro e de si mesmo.
Mas para amarmos o outro temos também que nos amar e nos respeitar. Será que não é um apego tão forte, tão enraizado, que não permitimos que o outro seja feliz e num grande auto boicote, optamos em sermos infelizes para não nos desapegarmos do outro e não permitirmos que o outro se desapegue de nós?
O que aparenta desapego é um profundo apego; tão forte que preferimos renunciar à própria felicidade do que renunciarmos ao outro. Desapego nos liberta. Apego nos aprisiona.
Exercitemos o desapego das coisas materiais, das ilusões emocionais, dos rancores, das mágoas, de tudo aquilo que nos aprisiona. Libertemo-nos! Sejamos livres no Desapego!
Para um Radiestesista desapegado, vencer o apego é vencer a sua própria dor.
A vida é feita de sofrimento. O sofrimento, por sua vez, vem do apego que temos aos desejos do corpo físico. Qualquer um pode vencer esse apego, e existe um caminho para superá-lo.
Buda concluiu que o apego à matéria causa sofrimento porque o mundo físico não é permanente. O materialismo, o desejo, a luxúria e a ambição —seguidos da desilusão— são as causas da dor. Livrar-se deles é livrar-se do sofrimento.
O nirvana, diferente de paraíso budista ou de "entrar no nada", é antes vencer o apego, o ódio e a ignorância. Só é possível superar o sofrimento ao aceitar a imperfeição, a transitoriedade e a interdependência entre tudo e todos no universo.
O caminho para atingir o nirvana e se livrar da dor é chamado "dharma".
O "dharma" é o caminho do meio, compreendido pelo budismo como o equilíbrio entre o materialismo e o idealismo, entre o hedonismo e o ascetismo. Para trilhar o caminho do meio, deve-se seguir oito etapas:
>Sabedoria;
>Visão correta;
>Compreensão;
>Vontade correta;
>Vontade sincera,(de se libertar do apego, da ignorância e do ódio);
>Moral;
>Fala correta;
>Abstenção da mentira e da maledicência;
Ação correta:
*Abstenção de comportamentos prejudiciais, como assassinato, roubo ou sexo livre
Meio de vida correto:
*Sustento da própria vida, (profissão) honesto e que não machuque ou prejudique outras pessoas, inclusive animais
Meditação:
*Exercício mental para que as más qualidades sejam abandonadas e mantidas longe do comportamento e para que as boas qualidades sejam cumpridas e cultivadas.
Atenção correta:
*Concentração no próprio corpo, nos próprios sentimentos, pensamentos e consciência para superar o ódio e a ignorância.
A Radiestesia mostra que há deveres que precisam ser cumpridos e estudos que devem ser empreendidos para a definitiva libertação dos apegos.
A Radiestesia trabalha neste sentido, pois, para conquistarmos o direito a felicidade plena, precisamos desenterrar um tesouro, que está enterrado numa vida eterna.

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