terça-feira, 6 de março de 2018

"Dor sem ritmo-Fibromialgia"

A síndrome da Fibromialgia caracteriza-se por dor muscular e tendinosa difusa crônica, indiferenciada, podendo variar desde uma simples sensação dolorosa até níveis insuportáveis, seja ao movimento, seja ainda em repouso. A dor sem ritmo, periodicidade, natureza ou forma de acometimento osteoarticular definidos, pode se manifestar por horas, até dias, meses ou permanentemente, em áreas diversas ou em pontos dolorosos de localização anatômica específica.
É enfermidade crônica que acomete homens e mulheres, de diversas idades, sem manifestações inflamatórias, não comprometendo as articulações e não causando deformidades. Manifestações não relacionadas à dor muscular são observadas na fibromialgia em mais de 50% dos casos. São as comorbidades como: síndrome de fadiga crônica, síndrome do intestino irritável, enxaqueca, síndrome das pernas inquietas, fenômeno de Raynaud, depressão, ansiedade, síndrome da apneia do sono e bexiga irritável, por exemplo.
A fibromialgia manifesta-se em qualquer idade, mas, sobretudo, entre os 40 e os 60 anos, talvez em decorrência da diminuição dos hormônios femininos na menopausa. Calcula-se que atinja 3% das mulheres e 0,5% dos homens adultos. Mas em torno de 25% dos casos referem apresentar esses sintomas desde a infância. Não há nenhuma evidência concreta de que possa ser transmitida nem se verifica maior prevalência em familiares.
O diagnóstico clínico se configura em presença de dor crônica difusa predominantemente muscular que pode ir de um leve incômodo até uma condição incapacitante, na forma de ardência, sensação de inchaço, pontada, rigidez e câimbra, por pelo menos três meses, identificada ao exame físico em pelo menos 11 pontos de 18 padronizados, principalmente em áreas de extensão.
Até o momento não existem exames complementares, sejam de laboratório, sejam de imagens, ou ainda neurofisiológicos, que confirmem o diagnóstico.
As causas e os mecanismo que provocam a fibromialgia não estão ainda suficientemente esclarecidos. Associa-se à fadiga crônica, distúrbios do sono, estados de humor depressivo, situações de sedentarismo ou inadequação social, familiar, profissional e queda na autoestima.
Destes conceitos o que mais tem contribuído para o tratamento da fibromialgia é o da necessidade de atividade física adequada. Esta, feita em ritmo moderado e com longa duração, eleva a capacidade respiratória (aeróbica), aumenta o tônus e a fôrça muscular. O exercício de baixo impacto reequilibra o sono, eleva a serotonina, produz endorfinas e somatostatina que melhoram o trofismo muscular, além de intervir positivamente na sensação de bem estar e ausência de dor.
Os pacientes fibromiálgicos parecem perder a capacidade de regular a sensibilidade dolorosa. A serotonina que modula a sensação de dor pode estar diminuída nesses pacientes.
Muitos dos impulsos que chegam e saem do cérebro podem ser erroneamente identificados como dor. E assim participar do cenário clínico da fibromialgia. Isto pode levar à especulação de que a dor da fibromialgia pode ser promovida ou estimulada por um mecanismos complexos, ainda não totalmente esclarecidos, e por isso mesmo eventualmente sujeito a especulações sem evidências comprovadas.
A natureza ainda enigmática e ainda desprovida de evidências formais da progressão da fibromialgia pode permitir especulações que vão muito além dos conhecimentos cartesianos da medicina formal.
Isto tem permitido a discussão da conceitual fibromialgia dentro de uma visão espiritualista, na doutrina kardecista.
Nessa linha de abordagem podem se destacar :
- fibromialgia como um estado de depressão mascarada;
- fibromialgia como condição patológica de uma consciência espiritual e rígida;
- fibromialgia como dores da alma;
- fibromialgia como dor decorrente de comprometimento espiritual nesta ou em vidas passadas;
- fibromialgia como condição mórbida medianímica.
Portanto, e deste modo, as dores,que pode ser da alma, também podem ser interpretadas na intimidade como decorrentes de comprometimento espiritual em relação a culpas ou delitos cometidos em vidas passadas, dentro de uma compreensão de sintomas associados à expiação dessas culpas e delitos,(a alma se pune através da dor).
A rigidez da alma, a não aceitação da possibilidade de erros, ou simplesmente o medo de errar novamente pode resultar em um mecanismo punitivo, determinando comprometimento orgânico e resultando em dor crônica.
E como fatos corroboradores desta teoria, destaquem-se as inúmeras situações onde as enfermidades começam a abranger além dos mecanismos físicos orgânicos cenários emocionais ou espirituais.
Síndromes diversas começam a sofrer em sua evolução clínica a influência das condições espirituais. Ou estas funcionarem como agentes gatilho em algumas enfermidades crônicas, a exemplo do que frequentemente ocorre na deflagração ou fases de agravamento da artrite reumatóide, principalmente nas formas infanto juvenis.
Também na conceituação de alma e espírito ocorre uma identidade individual específica para cada ser humano, que não pode ser repetida, dado que cada indivíduo é um conjunto de condições orgânicas, funcionais e afetivas. A morte temporariamente interrompe o ciclo comportamental dessa unidade, contudo sem a extinguir, pois na natureza nada se perde, tudo se transforma. O que a própria física aceita como paradigma proposto por Lavoisier.
Esta renovação contínua, através de transformações progressivas, é que propicia à sobrevivência do espírito em suas sucessivas reencarnações.
E nessa continuidade, apesar da extinção do corpo físico específico para cada reencarnação, pretende-se que as transformações renovadoras desse corpo físico em sucessivos planos existenciais possam ser acompanhadas de diferentes tipos de comprometimento espiritual assumidos em vidas passadas.
O que permite a identificação individual nas passagens por esses diferentes planos, é o reconhecimento de que algo deve permanecer imutável, de tal modo a preservar uma a consciência coletiva, esssencial para a determinação de uma ordem do universo e a aplicação de suas leis.
Esses compromissos mantidos sempre inconscientemente podem marcar o componente espiritual do indivíduo, e assim de modo ainda não inteiramente reconhecido pela ciência médica comprometer a sensibilidade para diferentes fenômenos neuropsiquiátricos.
Na esteira dessa argumentação tem sido propostos diferentes procedimentos terapêuticos fundamentados em técnicas de regressão para vidas passadas, também não consensuais, contudo de aplicação universal.
Esse procedimento investigativo do inconsciente através de sessões de psicoterapia e de experiências regressivas apontam como de fundo emocional síndromes neuropsiquiátricas, em cujo cenário passado e presente se conjugam em um contexto multidimensional.
E nesta interpretação, queixas atuais como dor crônica, ansiedade, ardência plantar, parestesias sem causa determinada podem até estar relacionadas à experiências pregressas impregnadas de sofrimento e dor. Traumas psíquicos que se ampliam ou se repetem através de diferentes vidas.

Leia mais em:
http://revendoasdoresdaalma.blogspot.com.br/2012/01/fibromialgia-visao-kardecista.html

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