domingo, 25 de março de 2018

"TSH e T4 livre"




As duas principais alterações da glândula tireoide, o hipotireoidismo e o hipertireoidismo, são diagnosticados laboratorialmente através da coleta de sangue para medição dos níveis sanguíneos de, basicamente, dois hormônios, chamados T4 livre e TSH.
De modo bem sucinto, hipotireoidismo é a doença provocada pela produção insuficiente de hormônios da tireoide, enquanto que hipertireoidismo é a doença provocada pelo excesso de produção de hormônios tireoidiano. Ambas as doenças podem ser diagnosticadas através da dosagem de hormônios tireoidianos circulantes no sangue. Porém, para entender o que significam siglas como TSH, T3 e T4 livre, é preciso primeiro compreender com funciona a tireoide.
Como funciona a tireoide?
A tireoide é uma glândula em forma de borboleta, que se localiza na base do pescoço. A tireoide capta o iodo consumido nos alimentos e o junta a um aminoácido chamado tirosina para criar dois hormônios, conhecidos como triiodotironina (T3) e tiroxina (T4).
O T3 e o T4 sintetizados pela tireoide são lançados na corrente sanguínea, onde irão atuar em todas as células do nosso organismo, regulando o metabolismo das mesmas, ou seja, ditando o modo como as células irão transformar oxigênio, glicose e calorias em energia. Quando a tireoide produz muito T3 e T4, nosso metabolismo acelera. Quando a tireoide produz pouco T3 e T4, o nosso metabolismo se torna mais lento.
Em geral, do total de hormônios produzidos pela tireoide, 80% são T4 e 20% são T3. Apesar de ser produzido em menor quantidade, o T3 é um hormônio muito mais potente que o T4, sendo a sua concentração sanguínea a responsável direta por ditar o ritmo do metabolismo do corpo.
O T4 é, na verdade, um pró-hormônio, ou seja, um precursor do T3. 80% do T4 lançado na corrente sanguínea, ao chegar em órgãos ou tecidos, como fígado, rins, baço, músculos ou gordura é transformado em T3 para utilização das células. Portanto, o T3 é efetivamente o hormônio tireoidiano que age no nosso organismo, tendo sua origem predominantemente no T4 circulante. Apenas uma pequena parcela do T3 atuante é diretamente produzida pela tireoide.
O que é o T4 livre?
Mais de 99% do T4 e do T3 circulantes na corrente sanguínea estão ligados a uma proteína chamada TBG (globulina ligadora de tiroxina, sigla em inglês). Estes hormônios ligados à TBG são inócuos, não podendo ser utilizados pelos órgãos e tecidos. Portanto, apenas uma ínfima fração, chamada T4 livre e T3 livre são quimicamente ativas e podem modular o metabolismo do corpo. Apenas o T4 livre é capaz de ser transformado em T3 nos órgãos e tecidos.
Resumindo:
1. Quem efetivamente age nas células do corpo modulando o metabolismo é o hormônio T3.
2. Grande parte do T3 ativo é derivado da conversão de T4 nos tecidos periféricos.
3. Como mais de 99% do T4 está ligado à TBG, no final das contas, apenas uma ínfima parcela de menos de 1% de T4 livre é efetivamente quem fornece T3 para os órgãos e tecidos do corpo usarem em suas células.
Concluindo, a dosagem do T4 livre sanguíneo é o exame que nos dá realmente a noção de quanto hormônio tireoidiano potencialmente útil há na circulação. Se houver muito T4 livre circulante, haverá muita produção de T3 nos órgãos, levando ao hipertireoidismo. Se houver pouco T4 livre circulante, haverá falta de T3 para os tecidos, provocando o hipotireoidismo.
Na prática clínica, a dosagem de T4 livre acaba sendo, na maioria dos casos, mais útil que a dosagem de T3 ou T3 livre.
Papel do TSH
A quantidade de T3 e T4 produzidas pela glândula tireoide é cuidadosamente controlada pelo sistema nervoso central, mais especificamente pela hipófise, uma glândula localizada na base do cérebro. Em pessoas com a tireoide sadia, a quantidade de hormônios tireoidianos livres no sangue é mantida sempre de forma a não haver nem excessos nem insuficiência. Se há T4 livre a mais no sangue, a tireoide reduz a sua produção de T3 e T4. Por outro lado, se há sinais de que os níveis de T4 livre começam a ser insuficientes, a tireoide rapidamente começa a produzir mais T3 e T4, de forma a não deixar o metabolismo corporal desacelerar.
A ordem para a tireoide aumentar ou reduzir a sua produção de T3 e T4 vem da hipófise, através de um hormônio chamado TSH (hormônio estimulador da tireoide, sigla em inglês).
Veja a figura abaixo e acompanhe o raciocínio. Quando existe pouco hormônio tireoidiano circulante, a hipófise sente essa deficiência e aumenta a secreção de TSH, dando ordem para que haja uma maior produção de T3 e T4 pela tireoide. Quando os níveis de T3 e T4 voltam a ficar satisfatórios, a hipófise sente esta normalização e automaticamente reduz a produção de TSH, reduzindo, consequentemente, o estímulo sobre a tireoide, evitando que esta passe a produzir hormônios em excesso.

O balanço entre os níveis de TSH e T4 livre é muito delicado. A hipófise precisa manter sempre uma concentração de TSH ideal, de modo que ao mesmo tempo impeça a tireoide de produzir poucos hormônios, mas também não a estimule a produzi-los demais.
Valores normais de TSH e T4 livre
Na imensa maioria dos casos, bastam as dosagens de TSH e T4 livre para podermos avaliar como anda o funcionamento da tireoide. Antes de explicar como interpretar os resultados destes dois hormônios, é preciso saber quais são os seus valores de referência (estes valores podem mudar discretamente de um laboratório para outro).
Valores normais de TSH: 0,4 to 4,5 mU/L
Valores normais de T4 livre: 0.7–1.8 ng/dl
A atual técnica de detecção do TSH é chamada de TSH ultra sensível, pois ao contrário das primeiras gerações deste exame, o método ultra sensível consegue detectar níveis tão baixos de TSH quanto 0,1 mU/L.
O que significa um TSH elevado?
Os níveis de TSH se elevam sempre que a glândula hipófise sente que há uma queda nos níveis de hormônio tireoidiano na circulação. Nos pacientes com hipotireoidismo, a hipófise precisa manter níveis de TSH mais elevados que o normal (acima de 4,5 ou 5 mU/L), de forma estimular constantemente a tireoide a aumentar a sua produção de T3 e T4. A partir deste ponto, podemos ter 3 situações distintas:
1. Hipotireoidismo subclínico
Se a doença da tireoide ainda for branda e a elevação do TSH conseguir estimular a produção dos hormônios tireoidianos de forma a mantê-los em níveis adequados, o paciente não apresentará sintoma algum, já que os sintomas do hipotireoidismo só surgem quando os níveis de T4 livres estão baixos. Este é o caso do hipotireoidismo subclínico, que é uma forma inicial de hipotireoidismo.
Os pacientes com hipotireoidismo subclínico costumam ter TSH um pouco elevado, entre 5,0 e 10,0 mU/L, e um T4 livre normal, entre 0.7–1.8 ng/dl.
2. Hipotireoidismo clínico
Se a doença da tireoide for mais severa, por mais que a hipófise aumente a produção de TSH, a tireoide do paciente será incapaz de produzir hormônios tireoidianos de forma a normalizar os níveis sanguíneos. Nestes casos, o paciente tem TSH elevado, geralmente acima de 10 mU/L e níveis baixos de T4 livre. Como o seu T4 livre está baixo, o paciente costuma ter os sintomas típicos do hipotireoidismo.
Pacientes com hipotireoidismo não tratado podem ter níveis muito elevados de TSH, às vezes, acima de 100 mU/L.
3. Hipertireoidismo central
Uma situação completamente diferente ocorre quando o paciente tem níveis elevados de TSH, mas também de T4 livre. Neste caso, o problema não está na tireoide, que responde adequadamente ao estímulo do TSH. O problema está na hipófise, que mantém uma produção elevada de TSH apesar do paciente já ter níveis elevados de hormônio tireoidianos na circulação. Como há excesso de T4 livre, o paciente apresenta sintomas de hipertireoidismo. Esta forma de hipertireoidismo, causada por disfunção da hipófise, é mais rara que o hipertireoidismo provocado por doença da tireoide.
O que significa um TSH baixo?
O raciocínio em cima do TSH baixo é o mesmo para o TSH elevado. Se há muita circulação de hormônio tireoidiano no sangue, a hipófise reduz a sua liberação de TSH, diminuindo o estímulo sobre a tireoide. Do mesmo modo, podemos ter 3 situações distintas:
1. Hipertireoidismo subclínico
Se a tireoide anda funcionando muito, os níveis de TSH desabam, de forma a cessar o estímulo sobre a mesma. No hipertireoidismo subclínico, o TSH está muito baixo, abaixo de 0,4 mU/L, mas os níveis de T4 livre encontram-se normais. O paciente, portanto, não apresenta sintomas.
2. Hipertireoidismo clínico
Algumas doenças fazem com que a tireoide fique excessivamente ativa e passe a funcionar de forma independente da hipófise, produzindo hormônios mesmo que não haja estímulo pelo TSH. A hipófise encontra-se parada, com níveis de TSH de 0,1 mU/L (o nível mais baixo que conseguimos dosar), mas o T4 livre encontra-se muito elevado. Estes são os casos de hipertireoidismo clínico.
3. Hipotireoidismo central
Se o TSH estiver muito baixo, mas o T4 livre também, estamos diante de uma tireoide sadia, que responde adequadamente à falta de TSH. O problema mais uma vez será da hipófise, que diante de um nível baixo de T4 livre mostra-se incapaz de aumentar a liberação de TSH, de forma a estimular a tireoide a produzir mais hormônios e impedir que o paciente tenha hipotireoidismo. Esta forma de hipotireoidismo, originada na hipófise, é mais rara que o hipotireoidismo originado por problemas na tireoide.
Conclusão
O diagnóstico de hipotireoidismo e hipertireoidismo, sejam eles clínicos ou subclínicos, é feito na maioria dos casos apenas com dosagem dos níveis de TSH e T4 livre. Eventualmente, os níveis de T3 livre podem ser solicitados em casos mais complexos, que não cabem ser explicados aqui.
A dosagem de anticorpos contra a tireoide, como o Anti-TPO, anti-tireoglobulina e TRAb são abordados em um artigo à parte que pode ser acessado neste link: TRAb, anti-TPO e anti-tireoglobulina.
Fonte: MD.Saúde
http://www.minutobiomedicina.com.br/postagens/2014/09/09/tsh-e-t4-livre/

quarta-feira, 14 de março de 2018

"Quiropatia-Definição & Conceitos básicos "


                                             

Definição
Quiroprática, quiropraxia ou ainda quiropatia definem uma técnica de cura natural cuja preocupação básica é a liberação das articulações para um pleno fluxo nervoso em todo o organismo.
A Quiroprática detém-se principalmente na ligação das articulações das vértebras, já que elas alojam a medula espinhal e as raízes nervosas que dão origem à maioria dos nervos do corpo. Por isso a técnica é também chamada Manipulação Vertebral.

Histórico
Existem dados históricos tais como desenhos e esculturas que provam que técnicas de ajustes vertebrais já eram utilizadas por antigas civilizações tais como Grega, Egípcia, Chinesa e Indiana, há mais de 3200 anos.
Modernamente, atribui-se a Daniel David Palmer a redescoberta e início de sistematização da técnica para o mundo ocidental. No oriente, e particularmente na China as manipulações vertebrais sofreram evolução ao longo de sua longa história e são há muito tempo praticadas em associação à massagem Tui-Na.
D. D. Palmer, nascido à 7 de março de 1845 no Canadá, era um "curador", não médico, que usava para ministrar seus tratamentos prática de magnetismo. Certa vez, em 1895, ao tratar de uma surdez pós-traumática, investigou a coluna cervical do paciente, um mordomo negro, e descobriu que havia vértebra desalinhada das demais. Aplicou então, por diversas vezes, pressões sobre esta vértebra, conseguindo recolocá-la no lugar, e para surpresa de todos em poucos dias o mordomo estava curado da surdez.
A partir de então concentrou toda sua atenção em pesquisar o sistema nervoso e suas intricadas ramificações e, lentamente, foi observando a enorme importância que a estrutura óssea, e principalmente as articulações, com sua engenharia maravilhosa, representavam para a perfeita manifestação de energia nervosa que fluía e refluía do cérebro. As suas observações foram-no levando a ver que era nas articulações que havia maior probabilidade dos condutos nervosos sofrerem algum tipo de pressão, dificultando o livre tráfego de informações entre o cérebro e as diversas partes do organismo, fossem tecidos, órgãos ou mesmo funções.
Em 1910, morre D. D. Palmer, e assume seu lugar seu filho B. J. Palmer que dá prosseguimento ao seu trabalho no que se refere ao aprimoramento técnico e sistematização do gesto quiroprático bem como na luta para colocar a quiroprática em situação de respeito frente à invalidação que sofria da medicina convencional, sempre temerosa de perder o poder.

O método Maigne
Roberto Maigne, francês, fundou o método que leva o seu nome. Desde 1949, Robert Maigne se dedicava de artes manipulativas e teve o mérito de codificar o gesto de manipulação fazendo-lhe perder o caráter aleatório e tornando-o mais seguro: estabelece as regras da não-dor e do movimento contrário. Além disso ele aperfeiçoou métodos analíticos de pesquisas das "perturbações intervertebrais menores", causadoras de males distantes do local de origem que antes não haviam sido devidamente correlacionadas. A partir dele, a Quiroprática passou a ser ensinada em faculdades de medicina.

Princípios básicos da quiroprática
  1. Irrelações anatômicas podem criar distúrbios funcionais no corpo.
  2. Distúrbios do sistema nervoso são os principais fatores no desenvolvimento de muitas doenças.
  3. Subluxações espinhais são uma causa específica da irritação dos nervos e da ocorrência de dor radicular ou de dor referida.
  4. O princípio víscero-espinhal: a irritação dos nervos espinhais podem conduzir a um distúrbio na função de um ou mais órgãos internos do corpo.



Conceitos básicos da Quiroprática
Subluxações: deslocamento incompleto entre 2 superfícies articulares. Na coluna vertebral, subluxações entre as vértebras provocam irritação das raízes nervosas que emergem da coluna, gerando dor irradiada pelos nervos espinhais, afetando o sistema músculo-esquelético e distúrbios viscerais, devido à interferência no sistema nervoso autônomo.


Manipulação
É uma manobra realizada em uma articulação com uma velocidade tal que ocorre antes que a pessoas em que está sendo praticada seja capaz de impedi-la. a manipulação geralmente ultrapassa o limite fisiológico da articulação e sempre respeita o limite anatômico da mesma. É um movimento passivo.
Mobilização
É um movimento passivo executado de tal maneira (principalmente com relação à velocidade do movimento) que está, todo o tempo, dentro da capacidade do paciente para impedi-lo se assim o desejar. A mobilização respeita sempre o limite fisiológico da articulação.
Movimento passivo
É um movimento de uma articulação de uma pessoas executado por outra ou por um equipamento. Pode se referir aos movimentos acessórios de uma articulação ou aos seus movimentos fisiológicos. Os movimentos fisiológicos são aqueles movimentos que o paciente pode executar por si próprio, ativamente. Movimentos acessórios são aqueles movimentos que a pessoas não pode executá-los ativamente, mas que podem ser feitos nela por outra pessoa, por exemplo a rotação das articulações interfalangianas.
Limite fisiológico
É a amplitude máxima do movimento que uma pessoas pode realizar ativamente (movimento fisiológico) em uma articulação.
Limite anatômico
É a amplitude máxima do movimento a que uma articulação pode ser submetida sem que hajam danos às estruturas ósseas, ligamentares e musculares. Está além do limite fisiológico e só é aproximado numa manipulação.
A coluna vertebral
A coluna vertebral, também chamada coluna raquídica ou apenas raque, é constituída essencialmente por pequenos ossos discóides - as vértebras -, superposto de maneira regular e unidos por ligamentos. A coluna está situada na linha média da parte posterior do tronco e, além de sustentar os ossos do crânio, da bacia (cintura pélvica), as costelas (caixa torácica), a clavícula (cintura escapular) e a maior parte das vísceras, serve de proteção à medula espinhal.
A coluna é a estrutura que caracteriza todos os vertebrados e todos eles apresentam uma extensão do sistema nervoso central - a medula - contida no interior da coluna.

Regiões da coluna vertebral
Nos mamíferos, a coluna vertebral é dividida em cinco regiões distintas: cervical (de cervix, pescoço), torácica, lombar, sacral e caldal (no homem, denominada coccígea). A cervical, que representa o esqueleto do pescoço, é constituída por sete vértebras denominadas cervicais. Com exceção de apenas duas ou três espécies, há sempre sete vértebras cervicais em todos os mamíferos.
A região dorsal ou torácica - eixo de sustentação do tórax - é formada por doze vértebras dorsais ou torácicas, que se articulam com as costelas e as sustentam.
A região lombar representa o apoio ósseo do abdome e compõe-se de cinco vértebras lombares.
No homem, a região sacral, com cinco vértebras sacrais, está soldada à coccígea, com quatro ou cinco vértebras coccígeas. Essa porção fecha por trás a cavidade da bacia.

Características gerais
Em sua parte anterior, as vértebras são formadas por um corpo; na parte posterior, por um arco, que delimita o orifício ou forame vertebral. A articulação entre elas é feita de tal maneira que as facetas articulares que são laterais ao forame vertebral formam, por sua vez, outros orifícios, chamados de orifícios de conjugação, por onde sairão os nervos espinhais ou raquidianos. O corpo da vértebra é um pequeno cilindro sólido e achatado, ligeiramente oval. O arco localiza-se atrás do corpo e é formado por duas lâminas dispostas em "V" e voltadas para a frente; estas lâminas unem-se ao corpo através de pedículos. Como reforço e guia dos movimentos, há uma projeção óssea no sentido posterior com inclinação caudal (para baixo), chamada de apófise espinhal, e duas projeções laterais (apófises laterais) que facilita tanto a articulação com outras estruturas ósseas (costelas por exemplo), como são áreas de inserções musculares (aponeuroses) que possibilitam uma vasta gama de movimentos.


A sobreposição dos orifícios vertebrais (forames vertebrais) constitui o chamado canal vertebral, que constitui a medula. A articulação dos corpos vertebrais é feita por meio de discos intervertebrais, com exceção das vértebras da região sacrococcigea, que estão soldadas entre si. Os discos situam-se entre os corpos vertebrais. O disco é composto principalmente por um anel externo de material fibroso, que aninha um núcleo interno de aparência gelatinosa, atuante como absorvedor (amortecedor) de choques. Seu aspecto mais importante é o fato de ser ele uma das poucas áreas do organismo não vascularirizadas, não recebendo portando o seu alimento através do sangue. A absorção dos ingredientes necessários à sua manutenção saudável é feita por osmose, ou seja, quando eles está devidamente alinhado com o corpo vertebral as fibras que o compõe recebem as substâncias nutritivas. Isto ocorre principalmente à noite.
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terça-feira, 6 de março de 2018

"Revendo as suas dores"

                                                                     
É de natureza pessoal que condiciona a sua reação à dor.
Não nascemos para trabalhar e com isso gastar todo esse dinheiro com remédios. Então,não existe doença,existe sim o doente.
Quem não possui nenhuma crença deixa-se tragar pelo turbilhão do destino que não consegue antever.
A dor ensina,deixa suas marcas geralmente alinhadas com as escolhas de cada um.
Portanto é preciso considerar que todos estamos ou estaremos vulneráveis à dor,(seja ela física ou espiritual),que quase sempre refletem o merecimento individual,atrelado ao passado, e independentemente de nossas condições humanas, físicas, intelectuais ou sociais.

Revendo as nossas dores,ela pode está ligada a evolução da própria dor,ou seja,é pelo amor ou pela dor que a pessoa evolui. Uma dor específica pode ser refratária aos tratamentos convencionais,fazendo supor que esteja relacionada à diversidade comportamental e à maior ou menor sensibilidade da dor que a cada um venha a suportar,(uns suportam mais outros menos ou nem tanto).
Nossas dores insinuam insidiosamente,adaptando-se dentro de nós a cada uma de nossas condições espirituais,como um estado inferior sobre o qual essas condições passam a atuar,sensibilizando-a ou quantificando-a.
Isto explica porque quando um terapêuta toca num determinado ponto do meridiano de uma pessoa e ela não sente nada,isto quer dizer que este ponto não está obstruído fisicamente ou energeticamente,ela é,de certo,um problema espiritual,devendo tratar então aquilo que for do corpo pelo corpo e o que for do espírito pelo espírito.

"Dor sem ritmo-Fibromialgia"

A síndrome da Fibromialgia caracteriza-se por dor muscular e tendinosa difusa crônica, indiferenciada, podendo variar desde uma simples sensação dolorosa até níveis insuportáveis, seja ao movimento, seja ainda em repouso. A dor sem ritmo, periodicidade, natureza ou forma de acometimento osteoarticular definidos, pode se manifestar por horas, até dias, meses ou permanentemente, em áreas diversas ou em pontos dolorosos de localização anatômica específica.
É enfermidade crônica que acomete homens e mulheres, de diversas idades, sem manifestações inflamatórias, não comprometendo as articulações e não causando deformidades. Manifestações não relacionadas à dor muscular são observadas na fibromialgia em mais de 50% dos casos. São as comorbidades como: síndrome de fadiga crônica, síndrome do intestino irritável, enxaqueca, síndrome das pernas inquietas, fenômeno de Raynaud, depressão, ansiedade, síndrome da apneia do sono e bexiga irritável, por exemplo.
A fibromialgia manifesta-se em qualquer idade, mas, sobretudo, entre os 40 e os 60 anos, talvez em decorrência da diminuição dos hormônios femininos na menopausa. Calcula-se que atinja 3% das mulheres e 0,5% dos homens adultos. Mas em torno de 25% dos casos referem apresentar esses sintomas desde a infância. Não há nenhuma evidência concreta de que possa ser transmitida nem se verifica maior prevalência em familiares.
O diagnóstico clínico se configura em presença de dor crônica difusa predominantemente muscular que pode ir de um leve incômodo até uma condição incapacitante, na forma de ardência, sensação de inchaço, pontada, rigidez e câimbra, por pelo menos três meses, identificada ao exame físico em pelo menos 11 pontos de 18 padronizados, principalmente em áreas de extensão.
Até o momento não existem exames complementares, sejam de laboratório, sejam de imagens, ou ainda neurofisiológicos, que confirmem o diagnóstico.
As causas e os mecanismo que provocam a fibromialgia não estão ainda suficientemente esclarecidos. Associa-se à fadiga crônica, distúrbios do sono, estados de humor depressivo, situações de sedentarismo ou inadequação social, familiar, profissional e queda na autoestima.
Destes conceitos o que mais tem contribuído para o tratamento da fibromialgia é o da necessidade de atividade física adequada. Esta, feita em ritmo moderado e com longa duração, eleva a capacidade respiratória (aeróbica), aumenta o tônus e a fôrça muscular. O exercício de baixo impacto reequilibra o sono, eleva a serotonina, produz endorfinas e somatostatina que melhoram o trofismo muscular, além de intervir positivamente na sensação de bem estar e ausência de dor.
Os pacientes fibromiálgicos parecem perder a capacidade de regular a sensibilidade dolorosa. A serotonina que modula a sensação de dor pode estar diminuída nesses pacientes.
Muitos dos impulsos que chegam e saem do cérebro podem ser erroneamente identificados como dor. E assim participar do cenário clínico da fibromialgia. Isto pode levar à especulação de que a dor da fibromialgia pode ser promovida ou estimulada por um mecanismos complexos, ainda não totalmente esclarecidos, e por isso mesmo eventualmente sujeito a especulações sem evidências comprovadas.
A natureza ainda enigmática e ainda desprovida de evidências formais da progressão da fibromialgia pode permitir especulações que vão muito além dos conhecimentos cartesianos da medicina formal.
Isto tem permitido a discussão da conceitual fibromialgia dentro de uma visão espiritualista, na doutrina kardecista.
Nessa linha de abordagem podem se destacar :
- fibromialgia como um estado de depressão mascarada;
- fibromialgia como condição patológica de uma consciência espiritual e rígida;
- fibromialgia como dores da alma;
- fibromialgia como dor decorrente de comprometimento espiritual nesta ou em vidas passadas;
- fibromialgia como condição mórbida medianímica.
Portanto, e deste modo, as dores,que pode ser da alma, também podem ser interpretadas na intimidade como decorrentes de comprometimento espiritual em relação a culpas ou delitos cometidos em vidas passadas, dentro de uma compreensão de sintomas associados à expiação dessas culpas e delitos,(a alma se pune através da dor).
A rigidez da alma, a não aceitação da possibilidade de erros, ou simplesmente o medo de errar novamente pode resultar em um mecanismo punitivo, determinando comprometimento orgânico e resultando em dor crônica.
E como fatos corroboradores desta teoria, destaquem-se as inúmeras situações onde as enfermidades começam a abranger além dos mecanismos físicos orgânicos cenários emocionais ou espirituais.
Síndromes diversas começam a sofrer em sua evolução clínica a influência das condições espirituais. Ou estas funcionarem como agentes gatilho em algumas enfermidades crônicas, a exemplo do que frequentemente ocorre na deflagração ou fases de agravamento da artrite reumatóide, principalmente nas formas infanto juvenis.
Também na conceituação de alma e espírito ocorre uma identidade individual específica para cada ser humano, que não pode ser repetida, dado que cada indivíduo é um conjunto de condições orgânicas, funcionais e afetivas. A morte temporariamente interrompe o ciclo comportamental dessa unidade, contudo sem a extinguir, pois na natureza nada se perde, tudo se transforma. O que a própria física aceita como paradigma proposto por Lavoisier.
Esta renovação contínua, através de transformações progressivas, é que propicia à sobrevivência do espírito em suas sucessivas reencarnações.
E nessa continuidade, apesar da extinção do corpo físico específico para cada reencarnação, pretende-se que as transformações renovadoras desse corpo físico em sucessivos planos existenciais possam ser acompanhadas de diferentes tipos de comprometimento espiritual assumidos em vidas passadas.
O que permite a identificação individual nas passagens por esses diferentes planos, é o reconhecimento de que algo deve permanecer imutável, de tal modo a preservar uma a consciência coletiva, esssencial para a determinação de uma ordem do universo e a aplicação de suas leis.
Esses compromissos mantidos sempre inconscientemente podem marcar o componente espiritual do indivíduo, e assim de modo ainda não inteiramente reconhecido pela ciência médica comprometer a sensibilidade para diferentes fenômenos neuropsiquiátricos.
Na esteira dessa argumentação tem sido propostos diferentes procedimentos terapêuticos fundamentados em técnicas de regressão para vidas passadas, também não consensuais, contudo de aplicação universal.
Esse procedimento investigativo do inconsciente através de sessões de psicoterapia e de experiências regressivas apontam como de fundo emocional síndromes neuropsiquiátricas, em cujo cenário passado e presente se conjugam em um contexto multidimensional.
E nesta interpretação, queixas atuais como dor crônica, ansiedade, ardência plantar, parestesias sem causa determinada podem até estar relacionadas à experiências pregressas impregnadas de sofrimento e dor. Traumas psíquicos que se ampliam ou se repetem através de diferentes vidas.

Leia mais em:
http://revendoasdoresdaalma.blogspot.com.br/2012/01/fibromialgia-visao-kardecista.html