Uma breve história do tempo...
No passado, as oferendas deixadas em padê nas encruzilhadas era uma forma dos negros alimentarem seus irmãos escravos que estavam fugindo dos feitores.
Os pretos escolhiam lugares estratégicos por onde escravos fugitivos passariam e colocavam comida pesada; carne, frango e farofa porque sabiam da fome e dos vários dias sem comer desses indivíduos e deixavam também uma boa cachaça pra aliviar as dores do corpo e dar-lhes algum prazer na luta cotidiana.
As velas eram postas em volta dos alimentos pra que animais não se aproximassem e consumissem o que estava reservado para o irmão em fuga e aí surge o que todos conhecem com macumba.
O rito permanece sendo realizado pelas religiões afro como forma de agradecimento e pedidos aos seus ancestrais e em homenagem a seus santos.
A cultura 'dos homens brancos' foi quem desvirtuou a prática, para causar medo, terror e abominação e reforçar os preconceitos e discriminações contra os negros.
Agora, no presente, os despachos nada mais são do que os trabalhos ofertados para cada entidade.
As religiões iorubás são muito ligadas aos elementos da natureza e, dessa forma, acreditam que a combinação de alguns elementos pode prover coisas para quem as oferta.
Na verdade, 'as coisas para quem as oferta' dentro de um padê, estão alicerçada num 'parador extrafísico', numa 'entidade extrafísica' e
positiva que ajuda o projetor nas suas experiências extracorpóreas; mentor extrafísico diretamente no mestre extrafísico;
companheiro espiritual este que para ajudar um filho com problema espiritual,(obsessores), se utilizam de comida oferecida para ser plasmada no plano astral a fim de auxiliar como 'argumento de aproximação', já que o espírito atormentador ainda tem a sensação de fome, ficando como meio facilitador para o benfeitor espiritual poder se aproximar e começar uma doutrinação para afastar este ou aqueles obsessor(es), ajudando-o(s) a encontrarem a luz; seja no entendimento que não precisa de comida no plano que se encontra, seja a respeito do mal que ele produz perante a sua vítima.
Assim, padê para que, é uma atividade que tem como premissa o amor e se fundamenta no esclarecimento na nova realidade,(ou consciência) que este espírito se encontra a fim de deixar em paz a sua vítima.
Este método se faz uso quando o centro espírita não tem estudo doutrinário ou conhecimento de técnica para faze-lo sem o uso da oferenda do padê.
Por outro lado, quem tem algum conhecimento espiritual sobre 'afastar entidade do mal' mas não tem como ou quem se conectar com os espíritos desencarnados a fim de proporcionar ajuda e esclarecimento, delega na questão prática da oferenda como uma terapêutica também recomendada.
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