Transmita o melhor de você, para os outros!
Seu efeito é:
Bom,
quando o pessoa está receptivo e assimila bem os fluidos
transmitidos;
Duradouro, quando a pessoa mantém (pela boa conduta, pensamento e sentimento) o estado melhor que alcançou.
Se a pessoa não modificar para melhor o seu modo de agir, voltará a sofrer desgaste fluídico e desequilíbrio espiritual.
(João 4:14)
O estudioso do Espiritismo precisa lembrar constantemente o quão defasado está a doutrina nos conceitos científicos.
Natural, posto que Kardec os
estabeleceu por volta de 1857.
Naquele tempo estavam descobrindo os
fenômenos do magnetismo e outras forças que atuam de forma invísível
para nós, e intuiu-se que o espaço vazio (que nós chamamos de ar)
deveria conter algum elemento que fizesse uma ponte entre o imã, por
exemplo, e o ferro. Surge aí a Teoria do Fluido Cósmico Universal,
que já foi descartada pela ciência e, mais recentemente, readotada com
reservas.
Por isso, procurem entender a palavra "Fluido" no contexto
daquela época, e tendo em mente que a mesma idéia, aplicada a algo
espiritual, é reconhecidamente imprecisa:
Os espíritos vivem numa atmosfera fluídica (de fluidos).
Dela extraem o que lhes é necessário e agem sobre
os fluidos do seu ambiente (Comparativamente, na Terra estamos envoltos
pela atmosfera e vivemos em meio a substâncias materiais, que usamos e
sobre elas agimos).
Agindo
sobre os fluidos, os espíritos influem sobre si mesmos e sobre outros
espíritos, e também sobre o mundo fluídico e o mundo material.
QUALIDADE DOS FLUIDOS
Os fluidos em si são neutros.
O tipo dos pensamentos e sentimentos do
espírito é que lhes imprime determinadas características.
Sendo assim,
do mesmo jeito que há água pura ou impura para consumo, a pureza ou
impureza dos sentimentos do emissor dos fluidos é que determinará a
qualidades boa ou má dos fluidos, através da vibração.
Os maus
pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios
corrompem o ar respirável.
Lembrando que "bom" e "mau" dependem do uso
do pensamento.
Um copo de água (fluido) com açúcar (pensamento) pode ser
bom quando usado pra acalmar alguém, mas mau quando dado a uma pessoa
diabética.
Os
fluidos iguais se combinam; os fluidos contrários se repelem; os fracos
cedem aos mais fortes; os bons (de alta vibração) predominam sobre os
maus (de baixa vibração).
Os fluidos se reforçam em suas qualidades boas
ou más pela reiteração do impulso correspondente que
recebem do espírito.
As condições criadas pela ação do espírito nos
fluidos podem ser modificadas por novas ações do próprio espírito ou por
ações de outros espíritos.
COMO AGEM?
É
com o pensamento e a vontade que o espírito age sobre os fluidos.
Ele
os dirige, aglomera, dá-lhes forma, aparência, cor e pode até mudar suas
propriedades.
É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual. A
ação dos espíritos sobre os fluidos pode até ser inconsciente, porque
basta pensar e sentir algo para causar efeitos sobre
eles.
Mas também pode o espírito agir conscientemente sobre os fluidos,
sabendo o que realiza e como o fenômeno se processa.
Algumas
vezes, essas transformações resultam de uma intenção; doutras, são
produto de um pensamento inconsciente.
Basta que o Espírito pense uma
coisa, para que esta se produza, como basta que modele uma música, para
que esta repercuta na "atmosfera espiritual".
É assim, por exemplo, que
um Espírito se faz visível a um encarnado que possua mediunidade para
tal, sob a aparência que tinha quando vivo na época em que o segundo o
conheceu, embora haja ele tido, depois dessa época, outras encarnações.
Apresenta-se com o vestuário, os sinais exteriores - enfermidades,
cicatrizes, membros amputados, etc. - que tinha então.
Isso não quer
dizer que ele permaneceu coxo, ou com cicatriz no espírito, mas sim que o
espírito, retrocedendo o seu pensamento à época em que tinha tais
defeitos, fez seu perispírito assumir instantaneamente as aparências,
que deixam de existir logo que o mesmo pensamento cessa de agir naquele
sentido.
Se, pois, de uma vez ele foi negro e branco de outra,
apresentar-se-á como branco ou negro, conforme a encarnação a que se
refira a sua evocação e à que se transporte o seu pensamento.
Da mesma
forma, o pensamento cria fluidicamente os objetos que ele esteja
habituado a usar.
Um avarento aparecerá com ouro, um militar trará suas
armas e seu uniforme, um fumante o seu cachimbo, etc.
Para o Espírito,
que é, também ele, fluídico, esses objetos são tão reais como o eram, no
estado material, para o homem vivo; mas, por serem criações do
pensamento, a existência deles é tão fulgaz quanto for o próprio
pensamento.
CORPO FLUÍDICO
O
perispírito, ou corpo fluídico dos Espíritos, é um dos mais importantes
produtos do fluido cósmico; é uma condensação desse fluido em torno de
um foco de inteligência (a alma).
Também o corpo carnal tem sua origem
nesse mesmo fluido condensado e transformado em matéria tangível.
No
perispírito, a transformação molecular se opera diferentemente,
porquanto o fluido conserva a sua imponderabilidade e suas qualidades
etéreas.
Mas ambos são matéria, ainda que em dois estados diferentes.
Do
meio onde se encontra é que o Espírito extrai o seu perispírito, isto é,
esse envoltório ele o forma dos fluidos ambientes.
Ou seja, digamos que
em Júpiter exista uma população de Espíritos.
Eles terão outra
constituição "material" composta a partir dos elementos daqueles
ambiente.
Ora, assim como não poderíamos existir naquele mundo apenas
com o nosso corpo carnal, também os Espíritos daqui não poderiam nele
penetrar com o perispírito terrestre que os reveste.
Emigrando da Terra,
o Espírito deixa aí o seu invólucro fluídico e toma outro apropriado ao
mundo onde vai habitar.
A
natureza do corpo fluídico está sempre em relação com o grau de
adiantamento moral do Espírito.
Os Espíritos inferiores não podem mudar
de envoltório a seu bel-prazer, pelo que não podem passar, a vontade, de
um mundo para outro. Infelizmente há muitos que, de tão grosseiros, possuem um perispírito tão "pesado" que eles se sentem como que ainda encarnados na Terra (e muitos juram estar vivos, como um certo personagem do filme "O sexto sentido").
Esses Espíritos permanecem na superfície da Terra, como os encarnados,
julgando-se entregues às suas ocupações terrenas.
Os Espíritos
superiores, ao contrário, podem vir aos mundos inferiores, e até
encarnar neles.
Tiram dos elementos constitutivos do mundo onde entram
os materiais para a formação do envoltório fluídico ou carnal apropriado
ao meio em que se encontrem.
Fazem como o nobre que se despe
temporariamente das suas vestes para envergar trajes plebeus, sem deixar
por isso de ser nobre.
O
corpo fluídico de um Espírito também se modifica com o progresso moral
que este realiza em cada encarnação, embora ele encarne no mesmo meio,
ou seja, Espíritos superiores, encarnando excepcionalmente, em missão,
num mundo inferior, têm perispírito menos grosseiro do que os Espíritos
"naturais" desse mundo.
EFEITOS NO PERISPÍRITO E NO CORPO
O perispírito absorve com facilidade os fluidos externos porque tem
idêntica natureza (também é fluídico). Absorvidos, os fluidos agem sobre
o perispírito, causando bons ou maus efeitos, conforme seja a sua
qualidade.
No
caso de um espírito encarnado (como nós), o perispírito, que nos
interpenetra, irá reagir sobre o organismo físico, com o qual está em
completo contato molecular.
E então, se os fluidos forem bons,
produzirão no corpo uma impressão salutar, agradável; se forem fluidos
maus, a impressão é penosa, de desconforto.
Se a atuação de fluidos maus
for insistente, intensa e em grande quantidade, poderá determinar
desordens físicas (certas moléstias não têm outra causa senão esta).
Isso claro, onde houver conflito de pensamentos bons e maus.
Se, ao
contrário, a pessoa alimentar em seu íntimo os pensamentos mais cruéis e
de baixa vibração, sentir-se-á bastante satisfeita com pensamentos
semelhantes e incomodada com vibrações harmoniosas e elevadas. Entretanto, como vimos, os pensamentos de baixa vibração corrompem o fluido, afetando assim o perispírito e
o corpo físico (caso ainda o tenha).
É preciso, então, conseguir
energia vital por outros meios, e o vampirismo é geralmente o método
mais usado.
O
meio está sempre em relação com a natureza dos seres que têm de nele
viver: os peixes vivem na água; os seres terrestres, no ar.
O fluido
etéreo está para as necessidades do Espírito como a atmosfera para as
dos encarnados.
Ora, do mesmo modo que os peixes não estão adaptados
para viver no ar, e os animais terrestres não podem viver numa atmosfera
muito rarefeita para seus pulmões, os Espíritos inferiores não podem
suportar o brilho e a impressão dos fluidos mais etéreos.
Não morreriam
no meio desses fluidos, porque o Espírito não morre, mas uma força
instintiva os mantêm afastados dali, como a criatura terrena se afasta
de um fogo muito ardente ou de uma luz muito deslumbrante.
Eis aí por
que não podem sair do meio que lhes é apropriado à natureza; para
mudarem de meio, precisam antes mudar de natureza, despojar-se dos
instintos materiais que os retêm nos meios materiais.
Por isso um
habitante do umbral (a crosta da Terra e localidades próximas
vibracionalmente) não se adaptaria ao "paraíso" sem passar antes por uma
mudança progressiva. Nosso Lar, cidade espiritual tornada famosa nos meios espíritas pela psicografia de Chico Xavier, está localizada no umbral,
muito embora não seja gerenciada por seres trevosos.
Ela é uma cidade
de transição, para que as pessoas se "depurem" emocional e
vibratoriamente, mais ou menos como
um indígena que nunca viu os "brancos" convém passar por um período de
transição em lugar sossegado para se acostumar aos poucos com os
costumes "exóticos" dos caraíbas.
Os locais onde superabundam os maus Espíritos são, pois, impregnados de maus fluidos que o encarnado absorve pelos poros perispiríticos, como absorve pelos poros do corpo os miasmas pestilenciais.
SINTONIA
Pelo
modo de sentir e pensar, estabelecemos um ajuste de comprimento de onda
vibratória entre nós e os que pensam e sentem igual a nós; ou seja,
entramos em sintonia com eles; Produzimos também um certo tipo de fluido
e os espíritos que produzam fluidos semelhantes poderão, então
"combinar" seus fluidos com os nossos, pois estabelecemos assim
afinidade fluídica (mediúnica).
Quando
oferecemos sintonia e combinação de fluidos para o mal, dizemos que
estamos dando "brecha" aos espíritos inferiores. Vigilância e oração
evitam ou corrigem a influência negativa de outros sobre nós ou de nós
sobre outrem.