Em conformidade com os afetos de quem tem que conviver com o fantasma de um desaparecido, como Radiestesista, ajudar ou não ajudar deixa de ser uma questão.
Sim, existe pesquisa radiestésica com o gráfico 'VÉSICA PISCIS' que possibilita a localização do desaparecido, ou "traze-lo de volta", mas, será que o mesmo quer aparecer?
Devemos nos deixar se envolver pela emoção da dor do familiar em ajudar a trazer de volta quem desapareceu?
Temos esse dever?
Será que quem está desaparecido não está melhor nessa condição e traze-lo de volta não pioraria seu momento com as pessoas de suas relações mais próximas? Como ficaria a sua "vergonha da volta"?
Por outro lado, devemos deixar o "inconformado" familiar somente a recordar seu ausente?
Estarei na verdade fazendo um bem ou um mal em ajudar a encontrar?
Se retornar, correrá algum risco de vida?
Digo 'se retornar' porque cada caso é um caso, dentre cada um há chance de 100% de retorno, outros de não serem localizados, mas retornam, (de uma forma ou outra - seja pessoalmente ou cadavérica), e uma minoria nesse trabalho de nada acontecer,(é uma verdade e não vamos fazer falsas promessas.).
De certo que, todos os dias novos, todos os dias mais numerosos é um luto por uma pessoa desaparecida que não foi velada, que ainda assombra um imenso vazio e, por humildes lugares, familiar triste cultiva túmulo de saudades.
O desaparecimento pode ser voluntário, quando alguém quer sumir porque não dá conta de lidar com seu momento e com as pessoas de suas relações mais próximas; também por uma questão 'espiritual'.
Sabemos que os mais vulneráveis são as crianças e os idosos.
Mas, e o adolescente e o adulto?
O extremo desta situação é quando estas motivações se encontram, por mais paradoxal que possa parecer, ou seja, alguém decide desaparecer porque não pode responder mais por sua própria segurança, de maneira que as motivações desta decisão não são realmente involuntárias, como sequestro e acidentes ou crimes, e sim, um contexto que a força tomar esta decisão por 'ordem Espiritual'.
No caso Espiritual, o desaparecido está vivenciando um resgate onde em outra vida fez alguém vivenciar esse tipo de contingência, ou está sendo para ele uma simples prova,(ou para o familiar).
Em verdade, nesse caso, o que o familiar deve saber é que o laço que os unem não é consanguíneo e sim Espiritual, onde os encontros se darão na hora do sono ou na desencarnação.
Com esse entendimento diminui a dor. Diminui a dor?
Psicologicamente tudo deve acabar no aparecimento; coração se pacificará quando o desaparecido retornar, de um jeito ou de outro, e isso colocará fim ao tormento.
Há relação com a lei de causa e efeito sim.
Esta lei procura explicar os acontecimentos da vida atribuindo um "motivo justo", e uma "finalidade proveitosa" para todos os acontecimentos com que se depara o homem, inclusive o sofrimento.
Há também a possibilidade de ter havido uma programação antes da reencarnação de morrer longe dos familiares,(e por que não?).
Pelo jeito, dor faz parte deste mundo como correção / reajustes.
"Pois desapareceu. Para onde foi?
Isso é o que se deseja saber.
Não quisera mais nada com pai nem mãe, avós nem irmãos, casa, comida, sono, afeto — nada.
Desejou simplesmente sumir,(e sumiu). Ou foi arrastado violentamente e não tive força para resistir. Talvez se sinta mais feliz.
Talvez esteja arrependido e envergonhado.
Talvez não exista mais.
Pode ser que um dia volte... .
Pode ser que, por enquanto, esteja dando a volta ao mundo num veleiro imaginário... .
Pode ser que já esteja cansado.
Pode ser que não se canse jamais... .
Enquanto não regressa, boa viagem, senhor desaparecido!
Se não regressar, boa viagem também!"
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