quinta-feira, 9 de agosto de 2012

"A espiritualidade e o Homossexualismo‏"

  


A filosofia espírita não possui a característica da condenação de quaisquer atos ou posturas. Ao invés disto, estuda e compreende a origem dos problemas procurando esclarecer os indivíduos e não condená-los. 
Se Deus é menino e menina, é ser masculino e feminino!
Todas as tendências, vocações ou inclinações psicológicas não são decorrentes apenas das experiências da nossa vida atual. 
Homosexualidade na espiritualidade em relação a vida passada trata da cupisciencia, da Luxuria, do Sexo exarcerbado e até do aborto cometido.
Nossa história é muito mais antiga e complexa do que possa parecer.
Se é verdade que a gestação é uma fase extremamente importante na transmissão de energias mentais da mãe para o filho e vice-versa, se é real que nosso psiquismo se consolida através das experiências das diversas etapas infantis e juvenis, há muito além disto. 
Trazemos nos mais profundos arquivos do inconsciente um somatório de vivências tanto felizes como desagradáveis.
Alegrias, decepções, momentos de enlevo ou traumas violentos foram por nós assimilados em vidas passadas.
Construímos energias, em nós mesmos, que poderão permanecer conosco durante séculos.


 
Os Espíritos têm sexo?  
Os Benfeitores Espirituais responderam: 
"Não como o entendeis, pois que os sexos dependem da organização".
"Há entre eles amor e simpatia, mas baseados na concordância dos sentimentos”.
Os Espíritos deram essa resposta a Kardec, em razão do conceito que o homem tem de estar o sexo ligado à organização física.
O homem distingue o masculino e o feminino como manifestação da forma e segundo o papel exercido na função reprodutora.
Porém, não estende o seu pensamento sobre a verdadeira fonte das energias sexuais.
Para ele, de modo geral, o sexo é apenas instrumento de prazer.
Alguns há, no entanto, que buscam o sexo para a reprodução, por motivos diversos, mas sempre associados à busca do prazer dos sentidos.
É verdade que o uso do sexo é uma lei natural na esfera material, como observa o Espírito Alexandre, no capítulo 13 da obra Missionários da Luz, em que trata da reencarnação:
 "não há criação sem fecundação". 
"As formas físicas descendem das uniões físicas".
"As construções espirituais procedem das uniões espirituais".
"A obra do Universo é filha de Deus".
O sexo, portanto, como qualidade positiva ou passiva dos princípios e dos seres, é manifestação cósmica em todos os círculos evolutivos, até que venhamos a atingir o campo da Harmonia Perfeita, onde essas qualidades se equilibram no seio da Divindade”.
O Codificador do Espiritismo, na Revista Espírita de janeiro de 1866, no artigo publicado “As Mulheres Têm Alma?”, no final do 13º parágrafo, diz: 
“(...) Aos homens e mulheres, são assim assinados deveres especiais, igualmente importantes na ordem das coisas; são dois elementos que se completam um pelo outro. 
Sofrendo o Espírito encarnado a influência do organismo, seu caráter se modifica conforme as circunstâncias e se dobra às necessidades e às exigências impostas pelo mesmo organismo.
Esta influência não se apaga imediatamente após a destruição do invólucro material, assim como não perde instantaneamente os gostos e hábitos terrenos.
Depois, pode acontecer que o Espírito percorra uma série de existências no mesmo sexo, o que faz que, durante muito tempo, possa conservar, no estado de Espírito, o caráter de homem ou de mulher, cuja marca nele ficou impressa.
Somente quando chegado a um certo grau de adiantamento e de desmaterialização é que a influência da matéria se apaga completamente e, com ela, o caráter dos sexos. 
Os que se nos apresentam como homens ou como mulheres, é para nos lembrar a existência em que os conhecemos.
 Se essa influência se repercute da vida corporal à vida espiritual, o mesmo se dá quando o Espírito passa da vida espiritual para a corporal.
 Numa nova encarnação trará o caráter e as inclinações que tinha como Espírito. 
Se for avançado, será um homem avançado; se for atrasado, será um homem atrasado.
 Mudando de sexo, poderá então, em sua nova encarnação, conservar os gostos, as inclinações e o caráter inerente ao sexo que acaba de deixar.
 Assim se explicam certas anomalias aparentes, notadas no caráter de certos homens e de certas mulheres. Assim, não existe diferença entre o homem e a mulher, senão no organismo material, que se aniquila com a morte do corpo.
 Mas quanto ao Espírito, à alma, o ser essencial, imperecível, ela não existe, porque não há duas espécies de almas.
 Assim quis Deus, em sua justiça, para todas as criaturas.
 Dando a todas um mesmo princípio, fundou a verdadeira igualdade.
 A desigualdade só existe temporariamente no grau de adiantamento; mas todos têm direito ao mesmo destino, ao qual cada um chega por seu trabalho, porque Deus não favoreceu ninguém à custa dos outros” (...).
Emmanuel em Vida e Sexo
Por meio da psicografia de Chico Xavier, o benfeitor espiritual Emmanuel, no capítulo 21 do livro Vida e Sexo, tece comentários em torno da homossexualidade, iniciando com a pergunta 202 de O Livro dos Espíritos: 
“— Quando errante, que prefere o Espírito: encarnar no corpo de um homem, ou no de uma mulher?” 
A resposta dos Benfeitores Espirituais a essa indagação foi a seguinte: 
“— Isso pouco lhe importa. O que o guia na escolha são as provas por que haja de passar.”
Depois de destacar inicialmente essa questão de O Livro dos Espíritos, o Espírito Emmanuel considera:

“A homossexualidade, também hoje chamada transexualidade, em alguns círculos de ciência, definindo-se, no conjunto de suas características, por tendência da criatura para a comunhão afetiva com uma outra criatura do mesmo sexo, não encontra explicação fundamental nos estudos psicológicos que tratam do assunto em bases materialistas, mas é perfeitamente compreensível, à luz da reencarnação”.
Observada a ocorrência, mais com preconceitos da sociedade, constituída na Terra pela maioria heterossexual, do que com as verdades simples da vida, essa mesma ocorrência vai crescendo de intensidade e de extensão, com o próprio desenvolvimento da Humanidade, e o mundo vê, na atualidade, em todos os países, extensas comunidades de irmãos em experiência dessa espécie, somando milhões de homens e mulheres, solicitando atenção e respeito, em pé de igualdade ao respeito e à atenção devidos às criaturas heterossexuais.
A coletividade humana aprenderá, gradativamente, a compreender que os conceitos de normalidade e de anormalidade deixam a desejar quando se trate simplesmente de sinais morfológicos, para se erguerem como agentes mais elevados de definição da dignidade humana, de vez que a individualidade, em si, exalta a vida comunitária pelo próprio comportamento na sustentação do bem de todos ou a deprime pelo mal que causa com a parte que assume no jogo da delinquência.
"Fenômeno da bissexualidade"
 

“A vida espiritual pura e simples se rege por afinidades eletivas essenciais; no entanto, através de milênios e milênios, o Espírito passa por fieira imensa de reencarnações, ora em posição de feminilidade, ora em condições de masculinidade, o que sedimenta o fenômeno da bissexualidade, mais ou menos pronunciado, em quase todas as criaturas.
O homem e a mulher serão, desse modo, de maneira respectiva, acentuadamente masculino ou acentuadamente feminina, sem especificação psicológica absoluta.
À face disso, a individualidade em trânsito, da experiência feminina para a masculina ou vice-versa, ao envergar o casulo físico, demonstrará fatalmente os traços da feminilidade em que terá estagiado por muitos séculos, em que pese o corpo de formação masculina que o segregue, verificando-se análogo processo com referência à mulher nas mesmas circunstâncias.
Obviamente compreensível, em vista do exposto, que o Espírito no renascimento, entre os homens, pode tomar um corpo feminino ou masculino, não apenas atendendo-se ao imperativo de encargos particulares em determinado setor de ação, como também no que concerne a obrigações regenerativas.”

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