quinta-feira, 23 de agosto de 2012

"Carne-‏Porque não devemos comer"



“No semblante de um animal, que não fala, há um discurso que somente um espírito
sábio realmente entende!”
“Sinto que o progresso espiritual requer, em uma determinada etapa, que paremos
de matar nossos companheiros, os animais, para a satisfação de nossos desejos
corpóreos.”
“A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são
tratados.”
“Há muito de verdade no dito de que o homem se torna aquilo que come.

Quanto mais grosseiro o alimento tanto mais grosseiro o corpo.”
Cresce em todo o mundo a convicção de
que a carne não é bom alimento.
 Desta forma,a cada dia aumenta o número de pessoas que
estão optando por uma alimentação mais pura
e saudável através do vegetarianismo. 
A carne prejudica a saúde do ser humano, causa dor e
sofrimentos indizíveis aos animais e degrada o
meio ambiente. 
O uso de carne ainda colabora com o aumento da fome no mundo, na medida em que se prioriza
claramente a produção de carne em prejuízo dos alimentos vegetais.
Por outro lado, inúmeros e incontestáveis estudos científicos, filosóficos
e religiosos demonstram claramente que o vegetarianismo contribui
para um mundo mais próspero, feliz e saudável.
Observe, agora, o que escreveu o Dr. Ernest Schneider:
“Em todos os tempos e por todas as religiões importantes têm sido apresentados
argumentos morais baseados em claros e oportunos motiv os para nos afastarmos
do consumo da carne.

 É fruto de velhíssima experiência expresso no mundo

misterioso do sobrenatural e do metafísico, que quem quiser penetrar nele tem de
sacrificar a sua sensualidade, neste caso o prazer da sua nutrição errada.

Não nos será possível um aperfeiçoamento autêntico, puro, espiritual e religioso, sem
ascetismo, isto é, naquilo que aqui nos interessa, sem nos privarmos de carne e de
alimentos semelhantes.

Recordo apenas o exemplo de Gandhi, cuja conduta e
doutrina contra toda a espécie de violência e cuja grande capacidade de
contemplação interior dependia, em última análise, da sua maneira de viver.

Usava duas vezes por dia fruta, arroz, nozes e um pouco de leite.
 É, da mesma sorte,
típico da religião budista, dirigida para a vida pacífica, espiritual e de contemplação
interior, o proibir o consumo da carne.

Encerra muita verdade a diferenciação já
muito divulgada entre o Ocidente extrovertido (dirigido para o mundo exterior), e o
Oriente introvertido (dirigido para o mundo interior), cuja explicação se há de
encontrar no fato de os povos ocidentais serem de preferência carnívoros, e os
orientais serem sobretudo vegetarianos.

Encontramos a mesma relação entre a
alimentação e a formação físico-espiritual expressa na fórmula de que nos povos
carnívoros predominam as reações do sistema simpático, e a atividade da tireóide,
o desenvolvimento físico e o temperamento decidido e agressivo, ao passo que nos
povos vegetarianos desempenham principal papel os hormônios das glândulas
vago-trópicas (insulina, colina) caracterizando-se o seu modo de ser pela
tranquilidade e o pacifismo.

Esta mesma verdade já foi exposta, há mais de um
século, por Karl Gustav Carus, médico, pintor, psicólogo e contemporâneo de
Goethe, que na sua obra “Briefen Uber L andschaftsmalerei” (Cartas sobre pintura
paisagista) escreve que “finalmente, tanto os homens como os animais com uma
persistente alimentação com produtos vegetais se tornam suaves e tranquilos, ao
passo que o consumo de carne parece favorecer muito os desejos e os impulsos
tormentosos.

” A Cura e a Saúde Pelos Alimentos", páginas 235-236.
Por sua natureza pacífica e voltada para o bem, o vegetarianismo
constitui importante princípio a ser observado na vida de todos aqueles
que desejam evoluir espiritualmente, que desejam crescer em bondade
e sabedoria, em amor e compaixão. 

Os homens e mulheres sensíveis,
inteligentes e de bom coração, compreendem que o vegetarianismo
tem em si algo de divino, que eleva a alma e nos aproxima um pouco
mais da fonte de todo bem, de toda luz e amor e que se chama Deus.
A natureza superior do vegetarianism o
Apesar de demonstrada a natureza superior do vegetarianismo,
sua notável influência na saúde e nas disposições mentais, muitos são
os que não lhe reconhecem o valor. Multidões de homens e mulheres,
dominados por hábitos rudes e prejudiciais, descuidam da saúde do
corpo e da mente e caminham a passos largos em direção ao abismo
da dor e do sofrimento, enquanto imaginam-se seguros e protegidos.
Desconsiderando a delicada natureza dos órgãos digestivos e
quase nenhuma consideração nutrindo pela vida e pelos sentimentos
dos animais, muitos são os que clamam desesperados por carnes,
bebidas, cigarros, drogas e outros artigos destruidores da saúde.
Apesar da triste realidade que testemunhamos todos os dias, é
certo, porém, que uma nova e mais nobre consciência vai lentamente
se desenvolvendo no ser humano e desta forma vemos aumentar, a
cada dia, o número daqueles que realme nte se importam com a saúde,
o semelhante, a natureza, a vida e o bem-estar dos animais.
Não podemos nos esquecer, ainda, que existe um número muito
grande de pessoas que estão no limiar de se tornarem vegetarianas,
pois elas intuem que a prática de tirar a vida de um animal para comer
sua carne é incompatível com a verdadeira dignidade do ser humano.
O fato é que muitas pessoas só comem carne porque outros
matam os animais, pois, se tivessem essas pessoas de tirar, elas
próprias, a vida de um animal, fugiriam horrorizadas para longe da cena
cruel e grotesca do animal sangrando e sofrendo as agonias da morte.
Thoreau acreditava que é destino da humanidade, como parte de
seu desenvolvimento progressivo, deixar o uso de carne.

 Ele disse:
“Não tenho qualquer dúvida de que seja uma parte do destino da raça humana, em
seu desenvolvimento gradual, renunciar a comer animais, do mesmo modo que as tribos
selvagens renunciaram a se entredevorar, depois que entraram em contato com homens
mais civilizados.”
De modo semelhante, o cientista Albert Einstein acreditava que o
vegetarianismo poderia melhorar em muito o destino da humanidade:
“Nada beneficiará tanto a saúde humana e aumentará as chances de sobrevivência
da vida na terra quanto a evolução para uma dieta vegetariana.

A ordem de vida
vegetariana, por seus efeitos físicos, influenciará o temperamento dos homens de
uma tal maneira que melhorará em muito o destino da humanidade.”
Exemplos como os de Gandhi, Einstein e outros grandes vultos
da história da humanidade provam, sem sombra de dúvida, que o
vegetarianismo é mais do que simplesmente um modo de se alimentar;
é um ideal de sabedoria, bondade e nobreza; um ideal de vida sublime
e maravilhoso que pode e deve ser praticado por todas as pessoas.
Consequências danosas do regim e cárneo
O uso de carne é condenável por inúmeras razões, todas
fundamentadas em provas irrefutáveis.

Como já dissemos, a história
registra o testemunho de muitos sábios que deixaram um legado de
notáveis ensinos e extraordinárias realizações e que combateram o uso
de carne.

Esses seres iluminados acreditavam que o ser humano pode
viver melhor, pode evoluir e alcançar posições mais elevadas e dignas
em sua existência.

Eles se destacaram por seu amor à humanidade,aos animais e à natureza.
Eles denunciaram os perigos da alimentação cárnea e suas implicações éticas,
morais e espirituais e insistiram em
uma mudança de hábitos, crenças e comportamento ante a brutalidade
e a crueldade que envolve o ato de comer carne.

Esses grandes
homens já morreram, mas eles continuam falando, às nossas mentes e
corações, através dos livros e textos que escreveram, das obras que
realizaram e do maravilhoso exemplo de vida que nos legaram. 

E hoje
em dia, com o avanço da ciência e o refinamento progressivo das
consciências, o homem vai percebendo que precisa respeitar o meio
ambiente e viver em harmonia com os animais.

Nesse contexto, o
indivíduo pressente que já não é mais possível conviver com a violência
praticada contra os animais.

Bem informado, ele sabe que não há como
defender o uso de carne, pois, por conta desse hábito cruel, todos
sofrem: o homem sofre, os animais sofrem, o planeta sofre.
Com tais questões em mente, faremos agora mais algumas
considerações a respeito das principais razões por que não devemos
comer carne e que estão relacionadas com a saúde humana, com o
bem-estar dos animais e com a preservação do meio ambiente.
É importante ressaltar, todavia, que, através da leitura de
publicações específicas, todos poderão ampliar seus conhecimentos
s obre o vegetarianismo. Os interessados em se aprofundar no estudo
desse importantíssimo tema, encontrarão excelente material acessando
a web e visitando sites muito interessantes, tais como: www.svb.org.br
(da Sociedade Vegetariana Brasileira), www.revistavegetarianos.com.br
(da prestigiosa Revista dos Vegetarianos), www.vegetarianos.com.br;
www.institutoninarosa.com.br (do Instituto Nina Rosa, que atua na
defesa dos direitos dos animais), www.sejavegetariano.com.br, entre
muitos outros, bastando apenas ter boa vontade para pesquisar.
A carne e os perigos para a saúde
Como já dissemos, é fato bem comprovado que o uso de carne
está relacionado a um grande número de doenças, tais como: certos
tipos de cânceres, problemas cardíacos, acidente vascular cerebral,
ácido úrico, infecções, putrefação intestinal, parasitas, etc.

É fato bem comprovado que, no sistema de produção de carne,
os animais são criados e tratados de maneira contrária à manifestação
e ao exercício natural de seus hábitos de vida, sendo muitas vezes
confinados em espaços exíguos, sem nenhum conforto, sofrendo de
inúmeras formas uma existência miserável do nascimento até a morte.
Por conta desse sistema cruel, dessa violação à liberdade dos
animais, todos os dias são levadas para a mesa do consumidor
carcaças contendo altos níveis de colesterol, ácido úrico, chumbo,
nitrosaminas, salitre, diversos tipos de medicamentos como vacinas,
antibióticos, hormônios sintéticos para crescimento e engorda e outras
substâncias químicas perigosas, além das toxinas venenosas como o
escatol, a cadaverina, a putrescina, etc. Isso tudo sem falar nas
bactérias e vírus que infestam muitos dos animais que diariamente são
mortos e devorados por ser es que se dizem civilizados.
Apesar da gravidade dos fatos que acabamos de relatar, muitos
ainda continuam comendo carne e tornando-se, dia após dia, cada vez
mais insensíveis em relação às doenças e ao sofrimento que atinge
bilhões de animais os quais, vivendo aprisionados e em situação de
extrema penúria, aguardam até que sejam mortos e devorados por
seres humanos.

Diante de toda essa situação, às vezes me pergunto
como é possível ao ser humano, criado à imagem e semelhança de
Deus e capaz de expressar sentimentos tão belos como o amor e a
bondade, não se dar conta de todo o horror que envolve o comer carne.
Ainda sobre os riscos para a saúde, Dieno Castanho comenta:
“O uso da carne conduz à inundação do organismo por toxinas, provocando
excitação nervosa, hipertensão, cansaço do fígado e dos rins, desgaste prematuro,
ao passo que a alimentação vegetal, não fornecendo t óxicos, como as carnes, é
sedativa, alivia o coração, o fígado e os rins.

” Alimentação Naturista", página 147.
Do Dr. Antônio A. de Miranda, temos as seguintes declarações:
“Todas as proteínas, uma vez ingeridas e utilizadas pelo organismo, transformamse,
dando como produtos finais ureia, ácido úrico, gás carbônico, água, etc.

Estes
produtos devem ser eliminados do organismo como inúteis e prejudiciais que são à
vida, pois, à exceção da água, todos os outros são venenosos.

Retidos no organismo, provocar-lhe-iam sérias perturbações. 
Usada a carne como alimento,esta taxa de ureia e de ácido úrico a ser eliminada pelo organismo é maior que no caso de outros alimentos. 
Compreende-se logo que, além da quantidade de ureia e
de ácido úrico, proveniente do desdobramento das proteínas da carne, o boi ou
outro animal abatido para o consumo, possui também nos músculos estes produtos
de desdobramento que estavam em via de eliminação.

Morto, porém, o animal,
ficam retidos na carne que, sendo ingerida, vão aumentar a quantidade destes
venenos que tem de ser eliminados pelos rins.

Assim, a alimentação cárnea
concorre para a intoxicação do organismo e aumenta o trabalho dos órgãos, tais
como o fígado e os rins, encarregados de neutralizar e eliminar esses venenos.
Falando sobre este assunto, assim se exprime o Dr. Irving Fisher, Professor da
Universidade de Yale, uma das mais afamadas instituições de ensino da América do
Norte: “Duas são as objeções de ordem fisiológica contra o uso corrente dos
alimentos cárneos: em primeiro lugar, o comer carne concorre em grande parte para
aumentar a taxa de proteínas da ração nutritiva e, desta maneira, provoca um
desequilíbrio do regime alimentar; em segundo lugar, os alimentos cárneos contém
e produzem venenos.

” A carne encerra ainda outr os perigos, principalmente o da
transmissão de certas moléstias.” Nutrição e Vigor.

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