sexta-feira, 16 de setembro de 2016

"Olhar nos olhos"

A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será de luz...
A importância de olhar nos olhos é ver a sua própria alma.
Era uma vez um Radiestesista que viveu amorosamente toda a sua vida.
Quando morreu, todo mundo comentou que iria para o céu, um Radiestesista tão bondoso quanto ele somente poderia ir para o Paraíso.
Ir para o céu não era tão importante para aquele Radiestesista, mas mesmo assim ele foi até lá.
Naquela época, o céu não havia ainda passado por um programa de qualidade total.
A recepção não funcionava muito bem, a moça que o recebeu deu uma olhada rápida nas fichas em cima do balcão e, como não viu o nome dele na lista, lhe orientou para ir ao Inferno.
E, no Inferno, ninguém exige crachá nem convite, qualquer um que chega é convidado a entrar.
O Radiestesista entrou e foi ficando…,ficando…,ficando…
Alguns dias depois, Lúcifer chega furioso às portas do Paraíso para tomar satisfações com São Pedro:
- Isso que você está fazendo é puro terrorismo!
Sem saber o motivo de tanta raiva, Pedro pergunta do que se trata.
Um transtornado Lúcifer responde:
- Você mandou aquele sujeito para o Inferno e ele está me desmoralizando!
Chegou escutando as pessoas, olhando-as nos olhos, conversando com elas.
Agora, está todo mundo dialogando, se abraçando, se beijando.
O inferno não é lugar para isso! Por favor, traga este sujeito para cá!
Viva com tanto amor no coração que se, por engano, você for parar no Inferno, o próprio demônio lhe trará de volta ao Paraíso.
De certo,pelo olhar expressamos os mais secretos sentimentos da alma, até mesmo aqueles que queremos esconder de nós próprios.
O dominador, hábil leitor das emoções através do olhar, sabe bem o que isso significa.
Força ativa de propulsão e despertamento da atração, antena emissora e receptora das emoções, os olhares são como espelhos daquilo que sentimos.
Mesmo havendo desenvolvido o hábito de disfarçar o olhar, na tentativa de esconder do outro o que realmente se sente, é preciso que o homem encarnado se conscientize de que a vibração energética daí decorrente não consegue se ocultar de ninguém.
Deixamos sempre os ambientes impregnados do que cultivamos no coração, provocando encontros e reencontros orquestrados por leis magnéticas determinantes e ainda pouco conhecidas.
A forma como vemos a vida, as pessoas e tudo o que acontece à nossa volta tem decisivo valor sobre o mundo íntimo, no que diz respeito a mantê-lo afinado ou desafinado com as propostas de crescimento e libertação espiritual.
Sabendo disso, vigiemos e estudemos com atenção os olhares, sobretudo aqueles que lançamos uns sobre os outros na vida interpessoal.
Cuidemos de estabelecer uma análise rigorosa e sem temores sobre os sentimentos movimentados em nosso íntimo ante as estimulações provocadas pela presença alheia em nossa vida.
O que sentimos sobre o que vemos é aquilo que, de fato, somos.
O olhar para fora nos revela o mundo inconsciente desconhecido de nós mesmos, razão pela qual se torna fonte fecunda de autoconhecimento.
Os olhares, em todos os tempos, têm sido os canais de comunicação dos sentimentos, formando os climas psíquicos das relações humanas, construindo a felicidade ou a derrocada moral.
Existem olhares de interesse, lascívia, censura, aprovação, desdém, repulsa, carinho, doçura, energia, autoridade, paixão, tristeza, paz e alegria.
Existem olhares de domínio, que hipnotizam e fazem sofrer; e olhares de elevação, que libertam e dulcificam.
Aprendamos a sondar nossa vida afetiva pela visão espiritual, habilitando-nos à leitura do magnetismo visual, e utilizemos esse recurso potencial em favor de nossa melhoria na educação afetiva a que nos propomos à luz das diretrizes do amor.
Que os nossos olhos sejam sempre uma fonte viva na estimulação dos mais elevados sentimentos com quantos venhamos a conviver, refletindo nas atitudes o espírito do bem em nossas vidas.
Para quem anseia por liberdade e leveza em torno de seus passos, não existe atitude mais apropriada do que extrair o lado melhor da vida, dos acontecimentos e do próximo, mantendo sempre o olhar na luz que clareia o raciocínio e sublima o sentimento.
Como ensina o bispo de Nevers: "embora o coração humano seja um abismo de corrupção, sempre há, nalgumas de suas dobras mais ocultas, o gérmen de bons sentimentos, centelha vivaz da essência espiritual".
Adaptação de Ermance Dufaux de http://www.acasadoespiritismo.com.br/saude/diferencasnsdef/cap%206%20a%20importancia%20do%20olhar.htm

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