quinta-feira, 13 de outubro de 2016

"A Falência Moral"

O egoísmo é o pai da ingratidão e por sua vez,a ingratidão é filha do egoísmo e o egoísta topará mais tarde com corações insensíveis, como o seu próprio o foi.
Uma reflexão sobre a falência moral através da ingratidão e do egoísmo, de pessoas ingratas no passado, envolvidas pela Lei de Ação e Reação.
MUITOS SÃO ABENÇOADOS, MAS POUCOS SÃO OS AGRADECIDOS.
Há três categorias de homens mal agradecidos: os que calam os favores recebidos; os que cobram os favores recebidos e os que se vingam.
A Ingratidão é uma doença espiritual. É a expressão máxima da "pecaminosidade humana", cujo coração insensato está obscurecido.
"A ingratidão consiste em esquecer, desconhecer ou reconhecer mal os benefícios, e se origina da insensibilidade, do orgulho ou do interesse”.
Estamos falidos moralmente quando esquecemos as coisas boas que nos fazem. Estamos falidos moralmente quando discutimos com nossos pais. Estamos falidos moralmente quando “passamos por cima” de nossos colegas de trabalho, na ânsia de defendermos nossos pontos de vista – quando, em verdade, defendemos apenas nosso orgulho. Estamos falidos moralmente quando viramos às costas para os problemas do outro. Estamos falidos moralmente ao exigimos que nosso próximo, seja ele quem for, seja perfeito, já que estamos falidos mesmo, justamente, por sermos moralmente imperfeitos!
A natureza deu ao homem a necessidade de amar e ser amado. Um dos maiores gozos que lhe são concedidos na Terra é o de encontrar corações que simpatizem com o seu. Ela lhe concede, assim, as primícias da felicidade que lhe está reservada neste e no outro mundo, onde tudo é amor e benevolência: essa é uma ventura recusada a quem está falido moralmente.
Algumas doenças podem ser curadas apenas fisicamente não espiritualmente.
A saber,limpeza não é cura, mas é condição essencial para que ela se dê.
Há uma grande dificuldade nossa em nada esperar do bem praticado, pois temos uma necessidade enorme de sermos amados, estimados, queridos, idolatrados – salve, salve! E aí,uma outra falência chamada egoísmo, nosso anfitrião, nos coloca nessa rota dolorida, que nos levará ao encontro de corações endurecidos como de uns e de outros. O melhor, então, é perseverar na prática do bem, evitando participar da festa que uma família da pesada promove diariamente, sendo os controladores de nossas emoções, e não o contrário, conhecendo-nos a nós mesmos.
Em verdade,uma falências moral se inicia pela ingratidão, é uma coisa muito antiga,aconteceu em Jerusalém onde dez homens leprosos se curaram e só um deu graças. Mas não foram dez os curados? E onde estão os outros nove? Não houve quem voltasse para agradecer.
Como podemos observar, então,que a falência moral está destinada unicamente à decadência moral levando-nos a cometer erros contra nosso próximo que se convertem em malefícios contra nós mesmos – e disso já não há mais dúvida. É uma festa realmente,onde o orgulho é o anfitrião, o egoísmo espalha seu veneno e a ingratidão nos faz dançar a valsa da desilusão.
E por que nos desiludimos?
Nos desiludimos porque esperamos muito de nosso próximo. Temos o estranho hábito de esperar sempre algo em troca pelo bem que fizemos ou, simplesmente, pela amizade que dedicamos. Mas, se esperamos algo em troca, que bem que fizemos? Que amizade sincera dedicamos?
Sejamos felizes no que fazemos, pois o que foi esquecido hoje será lembrado amanhã. E, se assim não for, mais terá o ingrato a pagar do que aquele que sofreu a ingratidão.
Por isso, aos falidos moralmente acabam sendo dignos de pena, e não de revolta, pois terão sua solidão para vivenciar suas dores, em resposta às suas ações infelizes, sempre movidas pelo egoísmo e a ingratidão.
Eis então que não podemos deixar passar a oportunidade de meditar profundamente nessas lições, preparando-nos para as estradas do porvir.

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