quinta-feira, 31 de agosto de 2017

"Existência ou Essência?"

O filósofo francês Jean-Paul Sartre não escreveu apenas ensaios, romances e peças de teatro, mas também obras filosóficas. Sua filosofia consiste em colocar o homem como responsável por todos os seus atos.
Lançado em um mundo sem justificativa, o indivíduo projeta-se no futuro, escolhe um sentido para sua vida, já que ela não possui um sentido a priori.
A Radiestesia é a arte e ciência de descobrir tudo o que está oculto aos nossos sentidos físicos.
É um sistema onde todo aquele que queira estar no contexto do mundo de hoje precisa saber..
É hora de dar uma visão atualizada de uma ferramenta da mente que, por não ser bem entendida, nem bem explicada, mesmo por aqueles que a praticam, muitos a menosprezam, ou a consideram sem importância, como algo que não vale a pena ser analisado, pesquisado ou levado em consideração.
A Radiestesia não é a manifestação de forças desconhecidas, exteriores ao próprio Radiestesista. É a atividade mental do Radiestesista. Esta é a sua essência.
O ser humano é um eterno “buscador”. Procura e espera respostas. Muitas vezes a resposta é difícil porque o que procuramos está oculto ao nosso limitado conhecimento. Porém, às vezes, aparece de repente a resposta através do trabalho do inconsciente.
Se primeiro é a essência e depois a existência, será que a existência precede a essência?
Um Radiestesista é chamado de existencialismo porque seus grandes expoentes interessaram-se fundamentalmente pelo problema da existência humana. Já a essência do homem vem de suas escolhas. Quando ele é “jogado” no mundo não tem essência, ele é não-ser, ou seja, ausência de ser. Paulatinamente ele vai tomando consciência de sua existência e do grande desejo dele ser, mas ser é acabado, realizado.
A Radiestesia merece ser colocada dentro das ciências humanas, tirando-a das superstições e misticismos baratos. Na verdade, a Radiestesia é um sistema de desenvolvimento mental.
O sentido maior da Radiestesia, energia de formas, Radiônica, é a busca de um desenvolvimento mental e humano, de uma forma geral.
A Radiestesia tem muitos adeptos, mas também muitos detratores, mais do que deveria, porque os que a praticam a revestem de teorias fantasiosas, e poucos são dignos de crédito para aqueles que tem uma visão mais crítica.
Acredito, porém, que esta arte e ciência merece uma nova visão para que seja mais bem conhecida e respeitada, mesmo por mentes mais racionais e científicas.
É importante conhecer a teoria, a essência da Radiestesia, para não ficar presos à hábitos ou práticas ritualistas que limitam sua ação.
No início o homem tinha seu instinto de conservação. O instinto guiava sua atividade para sobreviver. Mas já tinha o início da inteligência: observava e lembrava.
Pouco a pouco, com instinto e experiência, começou a fabricar ferramentas.
Mas, à medida que se usava a experiência e a razão, o instinto começou a ficar mais reduzido como forma de ação.
Hoje, está meio atrofiado, mas não destruído. Utiliza-se pouco, mas está lá, saindo às vezes como intuições, pressentimentos... É parte do que chamamos inconsciente.
O que parece que não sabemos é que o instinto e a intuição se adaptam às circunstâncias da vida. Responsáveis pela nossa conservação, hoje se comportam de forma diferente ao início da humanidade, pois, as circunstâncias são outras. É por isto que não podemos menosprezar estas forças interiores.
Os primeiros que se entregaram à procura de água, remédios... foram os primeiros Radiestesistas. Isto lhes deu prestígio e poder, e daí começaram os adivinhos, curadores, feiticeiros, e... charlatões.
Na medida em que se dava mais importância ao sistema racional, a intuição ia regredindo.
No início seu aprendizado tinha caráter sagrado e não se ensinava a qualquer um. Quem tinha este conhecimento o guardava em segredo.
A Radiestesia de forma geral parece não ter dado um grande salto. Dá a impressão que se continua com resultados semelhantes aos obtidos pelos Zahoris antigos. Porém, não é verdade. Os que trabalham com Radiestesia, sabem que é uma ferramenta da mente, e a medida que vamos ampliando a capacidade desta, também fazemos desta ferramenta, um instrumento melhor para ela.
Este é um sinal de que avançamos na essência do fenômeno, à medida que trabalhamos para colocá-la no lugar que lhe corresponde.
E este lugar é o desenvolvimento mental.
É fundamental que quem pratica a Radiestesia saiba a verdadeira natureza do fenômeno que utiliza. Somente o empirismo não funciona, como tampouco é bom ir atrás de teorias sem sentido.
Teorias sem sentido e empirismo sem teorias tem feito muito mal à Radiestesia, fazendo com que muitos a classifiquem de charlatanismo.
O segredo é melhorar o processo mental. A formação mental do Radiestesista é o fundamento de tudo.
A Radiestesia não é nada de oculto e misterioso. É o resultado da educação da mente.
Dizer que a existência precede a essência é colocar a Radiestesia como um “nada” lançada no mundo, desprovida de uma definição.
O homem surge no mundo como uma existência e, de início, não é nada; só posteriormente será alguma coisa e será aquilo que ele fizer de si mesmo. Ora, isso implica também o fato de que o homem só se faz num constante projeto, num incessante lançar-se no futuro. Somente assim o homem irá se definir como ser existente e consciente de si mesmo.
Lançado no mundo sem perspectivas pré-determinadas, o homem determina sua vida ao longo do tempo e descobre-se como liberdade, ou seja, como escolha de seu próprio ser no mundo.
Eis a origem da angústia, do desamparo e do desespero.

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