domingo, 29 de outubro de 2017

"Um tempo Atemporal"

Quando a morte vem ceifar em nossas famílias, levando sem consideração os jovens em lugar dos velhos, dizemos freqüentemente: “Deus não é justo, pois sacrifica o que está forte e com o futuro pela frente, para conservar os que já viveram longos anos, carregados de decepções: leva os que são úteis e deixa os que não servem para nada mais; fere um coração de mãe, privando-o da inocente criatura que era toda a sua alegria”.
Gostamos de Deus quando tudo vai bem,mas quando uma desgraça pate à porta para que "certas coisas" temos que passar negativamente e que temos necessidades de nos elevar, para compreender que o bem está muitas vezes onde pensamos em nunca ver a cega fatalidade. 
 Por que medir a justiça divina pela medida da nossa? A verdade é que ainda não entendemos Deus!
Podemos pensar que Deus, por um simples capricho, infligir-nos penas cruéis? Nada se faz sem uma finalidade inteligente, e tudo o que acontece tem a sua razão de ser. Se perscrutásseis melhor todas as dores que nos atingem, sempre encontraremos nela a razão divina, razão regeneradora, e nossos miseráveis interesses representariam umas considerações secundárias,como último plano.
Devemos acreditar que a morte é preferível, mesmo diante de uma morte prematura. E muitas delas são como um corretivo para os pais,mesmo ferindo coração de mãe, e fazem branquear antes do tempo os cabelos desses pais. 
A morte prematura é quase sempre um grande benefício, que Deus concede ao que se vai, sendo assim preservado das misérias da vida, ou das seduções que poderiam arrastá-lo à perdição.
Aquele que morre na flor da idade não é uma vítima da fatalidade, pois Deus julga que não lhe será útil permanecer maior tempo na Terra.
É uma terrível desgraça, dizemos, que uma vida tão cheia de esperanças seja cortada tão cedo! Mas de que esperanças podemos falar? Das esperanças da Terra onde aquele que se foi poderia brilhar, fazer sua carreira e sua fortuna? Temos sempre essa visão estreita,a do egoísmo, que não conseguimos elevar-nos acima da matéria! Sabemos com certeza qual teria sido a sorte dessa vida tão cheia de esperanças, segundo o que entendemos?
Quem nos garante que ela não poderia estar carregada de amarguras? E se o tempo dela não foi atemporal?
 Costumamos a considerar como nada as esperanças da vida futura, preferindo as da vida efêmera que arrastamos pela Terra. Pensamos, então, que mais vale um lugar entre os homens que entre os Espíritos bem-aventurados.
Devemos aceitar e entender quando Deus retira um de nossos filhos deste vale de misérias.
Não é egoísmo desejar que ele fique, para sofrer conosco? Ah! essa dor se concebe entre os que não tem fé, e que vêem na morte a separação eterna. Mas nós, espíritas, sabemos que a alma vive melhor quando livre de seu invólucro corporal. 
 Mães,procurem saber que vossos filhos bem-aventurados estão perto de vós; sim, eles estão bem perto: seus corpos fluídicos vos envolvem, seus pensamentos vos protegem, vossa lembrança os inebria de contentamento; mas também as vossas dores sem razão os afligem, porque revela uma falta de fé e constituem uma revolta contra a vontade de Deus.
Sei que é difícil de compreender tais palavras,mas escutai as pulsações de vosso coração, chamando esses entes queridos. E se pedires a Deus para os abençoar, sentireis em vós mesmas a consolação poderosa que faz secarem as lágrimas, e essas aspirações sedutoras, que vos mostram o futuro prometido pelo soberano Senhor.
Só existem dois dias no tempo que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.

domingo, 15 de outubro de 2017

"A dor animal"

A dor do animal está contida na lei do determinismo.
Quando pensamos nessa gama de sofrimentos do nosso planeta, muitas vezes ficamos a nos perguntar a respeito do sofrimento dos bichos, dos animais. Por que é que eles sofrem?
Chegamos a compreender porque é que nós, seres humanos, sofremos. Nossos erros, nossos delitos, nossos crimes cometidos em outras existências, em outras experiências aqui no mundo, nesta mesma vida, em vidas passadas.
Mas e os bichos? Os bichos não erram, eles não cometem erros. Os animais seguem a Lei do determinismo e, dentro da Lei do determinismo, eles não erram nunca.
Jamais uma serpente dá o bote em alguém porque não gostou do rosto, porque não simpatizou com a pessoa. Ela dá o bote para se defender, porque se sente acuada. Assim fazem todos os demais animais com as suas defesas.

 Quando pensamos no sofrimento dos animais temos que perceber que, cada ser que sofre neste mundo, tem um objetivo determinado pela Lei Divina.
Os bichos sofrem não para resgatar os erros cometidos. É para despertar-lhes os centros psíquicos.
Os animais são princípios espirituais, são Espíritos em evolução e, certamente, precisam da dor, do sofrimento para se acostumarem a buscar no planeta os recursos salvadores. Sendo assim,a dor para eles passa a ser um despertar da consciência.
Jamais a humanidade soube existir veterinários nas florestas,no entanto, os animais sofriam e buscavam recursos na floresta. Mas se eles sofrem, buscam recursos também.
Naturalmente que tudo isso se deve a esse processo evolutivo. A dor, nos irracionais, não tem o mesmo objetivo que a dor no ser humano.
No ser humano, a dor nos fustiga o lado moral para que a gente aprenda a perdoar, a ser humilde, a baixar a crista do orgulho. Mas, nos irracionais não, a dor tem outro sentido. É de fazê-los crescer, fazê-los progredir.
Olhamos o nosso gato em casa, o nosso cão e, de repente, eles vão comer grama, comem capim. A gente não sabia o que eles estavam sentindo. Põem para fora, regurgitam e ficam sãos.
Quem foi que ensinou a esses animais a buscar em a natureza vegetal o remédio para seus problemas?
Assim se passa com as aves, com as feras, na intimidade da floresta e, naturalmente, temos que convir que há um caminho importantíssimo a trilharmos, que é o da compreensão.
Na medida em que sabemos disso, encaramos melhor as dores do mundo, as dores da Terra, com uma virtude que se chama resignação.

 A resignação, de maneira alguma, será acomodação. Não temos que cruzar os braços porque sofremos ou diante das dores e deixar que Deus resolva.
Se estamos desempregados, temos que correr atrás do trabalho. Se estamos enfermos, temos que buscar a medicina, a medicação, o tratamento. Se temos qualquer problema neste mundo, neste mundo teremos que resolvê-lo.
Mas a resignação não é sinônimo de acomodação, vale repetir. A resignação é o olhar que temos para esses fenômenos, é a maneira como vemos esses fenômenos.
Se não fosse a resignação, entraríamos na rota do desespero, entraríamos no circuito da desolação porque, quando não compreendemos porque sofremos, sofremos duas vezes.
A primeira vez pelo sofrimento em si, a segunda vez pela ignorância a respeito dele.
Por isso, a Radiestesia busca no seu contexto e em "outros textos", essas explicações, esses recursos para nos fazer pensar na razão pela qual os seres humanos sofremos e por qual razão os irracionais sofrem na Terra. Isso ajuda aos seus donos a sofrerem menos,como um conforto.
Vale a pena pensar que os animais sofrem por um sentido: para despertar-lhes a vida psíquica, um despertar dos seus valores psíquicos enquanto o ser humano sofre para resgatar seus débitos e realizar aprendizagens no campo moral.
Daí começarmos a perceber como é importante essa virtude da resignação.
Temos assim a obediência, que corresponde ao consentimento do raciocínio, da razão, a resignação corresponde ao consentimento do coração. É o nosso sentimento que nos dá ensejo à resignação.
Ser resignado não é ser paralisado, estagnado, acomodado, inerme, inerte. Resignado é ter o entendimento da razão das coisas, o que não nos impede de sofrer, nem de chorar, mas que nos dá a alegria de saber que estamos dando conta do nosso recado no mundo.
Devemos respeito aos animais.

sábado, 14 de outubro de 2017

"Crianças de Janaúba"


Por que a desencarnação de crianças, vidas tolidas em flor?
Por que arrebata a morte, em nossos lares, de forma sorrateira, os mais jovens antes dos mais velhos?
Por que leva a morte os que se encontram saudáveis e relega para muito mais tarde os que se encontram enfermos, desalentados, sem objetivos na vida?
Por que se observa partirem para a Espiritualidade tantas crianças, jovens cheios de vida, de sonhos e ideais, enquanto ficam ao nosso lado pessoas sem valor, improdutivas e más?
Costuma-se ouvir, amiúde, que Deus aprecia os bons e por isso mesmo os leva.
Tal fosse verdade e diríamos o que pretende a Divindade arrebanhando os bons, e permitindo que os maus prossigam em sua sanha destruidora e maldosa?
Não podemos supor que o Senhor dos Mundos se aplique, por mero capricho, a impor penas cruéis aos homens, qual a de retirar dos braços maternos a inocente criatura que era toda a sua alegria.
Nesse ponto, como em muitos outros, é preciso que nos elevemos acima do terra-a-terra da vida para compreendermos que o bem, muitas vezes, está onde julgamos ver o mal. O que catalogamos como cega fatalidade do destino nada mais é que a Sábia Providência agindo.
Os que partem prematuramente, no verdor dos anos, deixando lacunas impreenchíveis na vida dos pais, são Espíritos que já cumpriram o tempo para o qual renasceram.
Crianças que morrem em tenra idade, de um modo geral, são Espíritos que vieram para completar períodos anteriormente não cumpridos na íntegra, isto é, seres que em vida ou vidas anteriores aceleraram a sua morte, por desregramentos ou de forma voluntária e consciente.
Quando ocorre a morte acidental ou violenta de crianças, muitas vezes, são reações de um Espírito comprometido em existência anterior a problemas do suicídio associado ao homicídio, sendo esta dolorosa forma de desencarne a tradução inevitável no ciclo do resgate.
Também as há, crianças ternas e doces, verdadeiros anjos travestidos de carne que vêm para a Terra para dulcificarem outras vidas, para exemplificarem a serenidade, a paz, a calma. Espíritos que vêm, por vezes, para atender necessidades especiais de determinadas famílias ou criaturas.
Flores mal entreabertas, retornam para a Pátria Espiritual, deixando na retaguarda rastros de estrelas e poeira de saudades. Cumprida a missão, regressam ao antigo ninho, preparando-se para novas e produtivas etapas.
Não é vitima da fatalidade aquele que morre na flor dos anos. É que Deus julga das necessidades do Espírito e assim estabelece sempre o melhor a cada um.

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

"Crença por de trás da Magia"

Crença é o resultado de interpretações negativas das experiências que vivemos. No momento que nos identificamos com uma situação ou modelo, nossas decisões sofrem influências daquele padrão, impedindo a mudança de paradigmas.
Se um Radiestesista estiver estressado ou com ansiedade ou ainda com qualquer desequilíbrio emocional na hora de pendular, poderá afetar o índice de acertos do pêndulo e com isso passar a não acreditar na Radiestesia. Recomenda-se que pare, e volte a tentar assim que se sentir bem e preparado.
Por mais que achamos que presenciamos a realidade, ela é constituída através do nosso sistema de crenças e valores. A realidade em si é percebida através das informações que obtivemos durante nossa trajetória.
Há uma base racional para atribuir crença na Magia,o psicológico e as superstições. A Magia pega em quem é "pegável" ou vulnerável a essas energias por conta de resgate de outras vidas ou fragilidade psíquica.
É impossível deixar de crer. A ciência também depende da nossa capacidade de elaborar crenças. Qualquer experimento nasce com uma premissa baseada no que se acredita ser verdade. Ideologias também precisam da habilidade de crer.
A crença muitas vezes deturpa a razão. Por contermos cérebros falhos, o processo mental ou atitude que um indivíduo adota e se detém a uma proposição ou premissa para a verdade.
A crença então,passa a ser a firme convicção e a conformidade com algo. A crença é a ideia que se considera verdadeira e à qual se dá todo o crédito.
Se acreditamos que uma energia ruim está em qualquer objeto quebrado,antiguidades,sapatos danificado ou nunca utilizados,livros danificados,relógio danificado,móveis antigos, fotos ou documentos relacionados a situações dolorosas,roupa preta,e etc. do gênero,aí há uma crença mental,uma Magia mental criada por si mesma,pela pessoa.
Uma Magia não faz efeito por acreditarmos ou não nela, mas sim porque há forças espirituais de má índole que estão a trabalhar nesse sentido,e a pessoa atrai, de uma forma ou de outra.
A Magia começa no pensamento,a crença começa na fé.
Mas, a Radiestesia é uma questão de Crença ou de Magia?
A Radiestesia ainda é pouco explorada pela grande maioria da população, muitas vezes associada a algum tipo de bruxaria ou crença limitantes, e com isso, promove certa desconfiança pela sua eficácia e autenticidade.
É ainda polêmico quanto ao movimento do pêndulo. Se ele é realizado "sozinho" ou com a participação do "oculto". A verdade é que o pêndulo se movimenta através de um movimento neuromuscular dado pelo inconsciente do operador.
Quão amplamente espalhada está a crença na Magia, no encantamento ou na feitiçaria?
A primeira tarefa de qualquer bom ensinamento Radiestésico não é responder às tuas questões, e sim questionar as tuas respostas.
Na base da forma como percepcionamos o mundo estão as nossas crenças e as nossas assunções.
Então,temos a crença como a manifestação da consciência do Universo em nós e a Magia como nossas crenças, que é a força dentro de nós que faz realizar nossos desejos até pela opressão espiritual.