Obsessão espiritual.
Cada mente é um verdadeiro mundo de emissão e recepção e cada qual atrai os que se lhe assemelham.
Em nossa casa mental por mais se mantenha alerta, obsessor só penetra quando encontra a 'porta aberta'.
O obsidiado, além de enfermo, representante de outros enfermos, quase sempre é também uma criatura repleta de torturantes problemas espirituais.
Se lhe falta vontade firme para a auto-educação, para a disciplina de si mesma, é quase certo que prolongará sua condição dolorosa além da morte.
Se não desperta para as realidades da situação, empunhando as armas da resistência e valendo-se do auxílio exterior que lhe é prestado pelos amigos, é razoável que permaneça esmagado.
Esta, a definição da maior percentagem dos casos espirituais de que estamos tratando.
Não representa, porém, a característica exclusiva das obsessões de ordem geral.
Existem igualmente os processos laboriosos de resgate, em que, depois de afastados os elementos da perturbação e da sombra, perseveram as situações expiatórias.
Em todos os acontecimentos dessa espécie, porém, não se pode prescindir da adesão dos interessados diretos na cura.
Se o obsidiado está satisfeito na posição de desequilíbrio, há que esperar o término de sua cegueira, a redução da rebeldia que lhe é própria ou o afastamento da ignorância que lhe oculta a compreensão da verdade.
Ante os obstáculos dessa natureza, embora sejamos chamados com fervor por aqueles que amam particularmente os enfermos, nada podemos fazer, senão semear o bem para a colheita do futuro, sem qualquer expectativa de proveito imediato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário