Na maioria das tradições filosóficas da Índia, tais como o Hinduísmo, Budismo e Jainismo, o samsara – ciclo mecânico de morte e renascimento – é tido como algo natural.
Preso ao samsara, através da lei do karma, encontra-se o homem, cujos frutos de suas ações, sejam eles bons ou maus, devem esgotar seus efeitos através de inúmeras existências"
Num passado longínquo, sábios (rishis) da Índia compreenderam a maneira mais fácil e perfeita de se conectar com o universo: “agir de acordo com as próprias leis da natureza”.
Dharma é um termo sânscrito, provém da raiz “dhr”, “levar”, “suster”, “portar”, e significa “suporte”, “aquilo que sustém, mantém unido ou elevado”.
Dharmah, “religião”, “código de vida”, “modo de bem viver”, “dever ou obrigações”. Dharmam, “doutrinas”.
Dharma é a lei universal da natureza, que se expressa em cada ser e, simultaneamente, em todo o universo, através de sua influência constante e cíclica; a justiça ideal que faz com que as coisas sejam o que elas são, ou o que devam ser.
É um dos principais conceitos do Hinduísmo, Budismo e Jainismo.
É o princípio da verdade que mantém todas as coisas animadas e inanimadas em harmonia, favorecendo o crescimento e o desenvolvimento espirituais.
Dharma aponta para os fundamentos da lei universal na qual os pensamentos, sentimentos e as ações humanas devem basear-se para obter apoio do universo.
Os hindus a chamam de Sanatana Dharma, ou “eterna lei da verdade”, sugerindo que a tradição da lei natural não é limitada pelo tempo, espaço ou pessoa.
Para os budistas, Buddha Dharma é o caminho natural para a iluminação.
Uma vida centrada no dharma é o alicerce necessário para se vivenciar a filosofia yogue e a base de todos os tratamentos ayurvédicos.
Dharma também é a capacidade de prestar serviço, o que consiste numa das qualidades essenciais dos seres humanos.
Portanto, cada pessoa deve conscientizar-se de seu dharma e realizá-lo da melhor forma possível.
Outra maneira de conectar-se com a mente do universo se dá através da prática diária do yoga, do cultivo do silêncio interior, da meditação (dhyana), reconhecendo a verdadeira natureza que jaz em seu próprio ser (quando alguém reconhece a sua própria natureza interior, está praticando yoga); desligando-se dos sentidos (pratyahara) e das coisas mais próximas ao s eu redor, aproveitando o tempo para experimentar o silêncio, nele se concentrar, e apenas existir.
Muito antes do físico, matemático e astrônomo inglês Isaac Newton (1642-1727) ter estudado e descrito brilhantemente uma importante lei da física, “Ação e Reação”, os sábios e yogues da antiga Índia já a haviam observado na natureza e, inclusive, preocupavam-se com os frutos das ações humanas e filosofaram profundamente a respeito disso.
A mais importante lei dhármica é o karma (da raiz “kr”, “fazer”, “ação”, “rito”, “execução), significa “ação” ou “atividade”. É a lei da ação e reação, de causa e efeito.
Sir Newton descreve metodologicamente uma lei física, enquanto que esses antigos sábios e yogues foram capazes de descrever filosoficamente algo ainda mais sutil, uma lei que além de física é também espiritual.
O contrário disso tudo é o Karma, conjunto de ações e atos negativos, sendo assim, Karma é um problema de cada um...
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