Toda dor é uma mensagem direta dirigida a uma pessoa, dizendo-lhe que não tem amado e nem se tratado com carinho, a fim de ser quem é realmente".
De fato, todas as vezes que nosso corpo apresentar alguma "sentimento profundo de dor aparente", isto deve ser tomado como um sinal de que alguma coisa não está bem.
A dor não é uma causa, é uma conseqüência proveniente das energias negativas que circulam por nossos organismos espiritual e material.
O controle das energias é feito através dos pensamentos e dos sentimentos, portanto, possuímos energias que nos causam doenças porque somos indisciplinados mentalmente e emocionalmente.
Muitos de nós reagimos de forma bastante negativa aos sofrimentos.
Cremos em Deus, falamos de fé, esperança e gratidão ao Pai
enquanto nossa vida corre tranquila.
Contudo,achamos que a dor e o sofrimento só bate na porto do vizinho,nunca na nossa,mas quando os ventos dos reveses nos atormentam, a revolta se instala e gritamos: Por que, Deus? Por que comigo?
Nesses momentos, esquecemos que Deus é o Pai de Amor e Justiça,olvidamos do poder da prece, esquecemos tantas coisas…
Dor,agente movedor;evoluímos sempre na dor por incrível que pareça; dor é um processo de mudança, com o sofrer,interpretamos a dor.
DOR E SOFRIMENTO,pode até ser interpretados como sinônimos,mas as vezes,sofrer não é sentir dor.
Mas quais são os tipos de dor que, de acordo com a Doutrina Espírita, o ser humano está sujeito?
Estamos sujeitos a DOR-EXPIAÇÃO,essa dor refere-se à consequência de uma ação passada. Dada a nossa ignorância, nos desregramos em relação às Leis de Deus e criamos o que os orientais chamam de "carma", que deve ser purgado para a nossa felicidade e a nossa harmonia interior.
DOR-EVOLUÇÃO
Enquanto na dor-expiação somos obrigados a sofrer porque merecemos, ou seja, porque cometemos deslize com relação à Lei Natural, nesta ocorre o contrário: sofremos porque temos o anelo da perfeição, a purificação de nossa alma. . O Espírito que atingiu esta fase está num nível de evolução bem superior ao que sofre por um "castigo". Por isso, não é muito correto dizer que a Reencarnação é uma punição. Ela é também motivo de evolução.
DOR-AUXÍLIO
Esta dor já é mais voltada para o sentido corretivo, pois os nossos desequilíbrios são tantos que muitas vezes precisamos ficar num leito de dor por anos e anos meditando em nossa situação. Quem visitar pessoas internadas em Casas de Recuperação pode notar as feições de cada um nesta situação. (Xavier, 1976, p. 261 e 262)
SOFRER DE MODO FELIZ
A lição nos convida a ser feliz no sofrimento.
DÍVIDAS DO PASSADO
Voltando para dentro de nós mesmos, e mesmo que saibamos da advertência do esquecimento do passado, temos sempre a intuição do que fomos e porque estamos nesta situação. Quer dizer, não há necessidade de fazermos uma regressão de memória ou terapia de vidas passadas. A nossa própria percepção nos conduz ao que fomos, dando-nos as razões de nosso sofrimento no presente.
DEVEMOS 100, PAGAMOS APENAS 1
Os Espíritos nos orientam que a resignação ao sofrimento equivale ao seguinte raciocínio: suponha que tenhamos uma dívida de R$ 100,00, que deve ser quitada num prazo X. Na contabilidade divina surge a seguinte operação: se me pagares apenas R$ 1,00, eu quitarei a dívida toda. Quem, que se julga honesto e responsável, não se apressaria em desembolsar os R$ 1,00 e ficar livre de toda a dívida? Assim é que procede a divindade para cada um de nós. O nosso pagamento é sempre menor do que aquilo que deveríamos realmente pagar,mas em vez de pagarmos,contraímos mais dividas,infelizmente.
VONTADE DE DEUS EM PRIMEIRO LUGAR
Nas grandes crises pelas quais passamos, quando colocamos a vontade de Deus acima da nossa, o sofrimento torna-se mais leve, mais suave, enaltecendo os ensinamentos de Jesus que diz que o seu jugo é suave e o seu fardo leve. Ele, o nosso irmão maior, nos dá força para continuarmos no caminho da fé, apesar das asperezas do caminho. É por isso que os Espíritos superiores estão sempre nos alertando: "Em tudo o que fizer, pensa em Deus primeiro".
O sofrimento, por esse modo,faz parte da vida, podendo ser físico ou moral. Encarnados ou desencarnados, no corpo físico ou fora dele, portanto, fazemos parte da vida, que é única, não obstante composta por várias existências. Com reflexão e, sobretudo, com a utilização dos ensinamentos da veneranda e abençoada Doutrina Espírita, o entendimento desse mecanismo, dessa verdadeira alavanca de crescimento e de progresso, que chamamos de sofrimento ou de dor, torna-se deveras facilitado.
Com efeito, vivemos na Terra, um planeta de provas e de expiações, de categoria inferior no Universo, que supera apenas os chamados mundos primitivos, e, o que é mais grave, onde ainda prevalecem o mal e a imperfeição.
O nosso sofrimento pode se originar de existências passadas, remotas ou não, ou mesmo da presente reencarnação, e está fortemente vinculado à sensibilidade de cada um, variando, portanto, e muito, de pessoa para pessoa.
Temos assim,a ausência de amor a Deus, ao próximo ou a si mesmo, produz insatisfação, desajuste, desequilíbrio, fatores de doenças e sofrimentos.
A resignação que devemos ter, de maneira alguma, será confundida com acomodação. Não temos que cruzar os braços porque sofremos ou diante das dores e deixar que Deus resolva.
A resignação é o olhar que temos para esses fenômenos, é a maneira como vemos esses fenômenos.
Se não fosse a resignação, entraríamos na rota do desespero, entraríamos no circuito da desolação porque, quando não compreendemos porque sofremos, sofremos duas vezes.
A primeira vez pelo sofrimento em si, a segunda vez pela ignorância a respeito dele.
Aceitar nossa realidade tal qual é representa um ato benéfico em nossa vida. Aceitação traz paz e lucidez mental, o que nos permite visualizar o ponto principal da partida e realizar satisfatoriamente nossa transformação interior.
A propósito, muitos de nós fantasiamos o que poderíamos ser, não convivendo, porém, com nossa pessoa real. Desgastamos dessa forma uma enorme energia, por carregarmos constantemente uma série de máscaras como se fossem utilitários permanentes,carregamos ainda uma dor Invisível na visibilidade.
Pesquisado e inspirado em :
http://www.ceismael.com.br/artigo/motivos-de-resignacao.htm
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