segunda-feira, 28 de setembro de 2015

"Invisível na visibilidade"

A dor,que é invisível em sua imaterialidade,aciona mecanismos materiais e demonstra sua existência através da sua visibilidade de seus efeitos,como sofrimento,como doença,como experiência universal.
Toda dor é uma mensagem direta dirigida a uma pessoa, dizendo-lhe que não tem amado e nem se tratado com carinho, a fim de ser quem é realmente".
De fato, todas as vezes que nosso corpo apresentar alguma "sentimento profundo de dor aparente", isto deve ser tomado como um sinal de que alguma coisa não está bem.
A dor não é uma causa, é uma conseqüência proveniente das energias negativas que circulam por nossos organismos espiritual e material.
O controle das energias é feito através dos pensamentos e dos sentimentos, portanto, possuímos energias que nos causam doenças porque somos indisciplinados mentalmente e emocionalmente.
Muitos de nós reagimos de forma bastante negativa aos sofrimentos.
Cremos em Deus, falamos de fé, esperança e gratidão ao Pai
enquanto nossa vida corre tranquila.
Contudo,achamos que a dor e o sofrimento só bate na porto do vizinho,nunca na nossa,mas quando os ventos dos reveses nos atormentam, a revolta se instala e gritamos: Por que, Deus? Por que comigo?
Nesses momentos, esquecemos que Deus é o Pai de Amor e Justiça,olvidamos do poder da prece, esquecemos tantas coisas…
Dor,agente movedor;evoluímos sempre na dor por incrível que pareça; dor é um processo de mudança, com o sofrer,interpretamos a dor.
DOR E SOFRIMENTO,pode até ser interpretados como sinônimos,mas as vezes,sofrer não é sentir dor.
Mas quais são os tipos de dor que, de acordo com a Doutrina Espírita, o ser humano está sujeito?
Estamos sujeitos a DOR-EXPIAÇÃO,essa dor refere-se à consequência de uma ação passada. Dada a nossa ignorância, nos desregramos em relação às Leis de Deus e criamos o que os orientais chamam de "carma", que deve ser purgado para a nossa felicidade e a nossa harmonia interior.
DOR-EVOLUÇÃO
Enquanto na dor-expiação somos obrigados a sofrer porque merecemos, ou seja, porque cometemos deslize com relação à Lei Natural, nesta ocorre o contrário: sofremos porque temos o anelo da perfeição, a purificação de nossa alma. . O Espírito que atingiu esta fase está num nível de evolução bem superior ao que sofre por um "castigo". Por isso, não é muito correto dizer que a Reencarnação é uma punição. Ela é também motivo de evolução.
DOR-AUXÍLIO
Esta dor já é mais voltada para o sentido corretivo, pois os nossos desequilíbrios são tantos que muitas vezes precisamos ficar num leito de dor por anos e anos meditando em nossa situação. Quem visitar pessoas internadas em Casas de Recuperação pode notar as feições de cada um nesta situação. (Xavier, 1976, p. 261 e 262)
SOFRER DE MODO FELIZ
A lição nos convida a ser feliz no sofrimento.
DÍVIDAS DO PASSADO
Voltando para dentro de nós mesmos, e mesmo que saibamos da advertência do esquecimento do passado, temos sempre a intuição do que fomos e porque estamos nesta situação. Quer dizer, não há necessidade de fazermos uma regressão de memória ou terapia de vidas passadas. A nossa própria percepção nos conduz ao que fomos, dando-nos as razões de nosso sofrimento no presente.
DEVEMOS 100, PAGAMOS APENAS 1
Os Espíritos nos orientam que a resignação ao sofrimento equivale ao seguinte raciocínio: suponha que tenhamos uma dívida de R$ 100,00, que deve ser quitada num prazo X. Na contabilidade divina surge a seguinte operação: se me pagares apenas R$ 1,00, eu quitarei a dívida toda. Quem, que se julga honesto e responsável, não se apressaria em desembolsar os R$ 1,00 e ficar livre de toda a dívida? Assim é que procede a divindade para cada um de nós. O nosso pagamento é sempre menor do que aquilo que deveríamos realmente pagar,mas em vez de pagarmos,contraímos mais dividas,infelizmente.
VONTADE DE DEUS EM PRIMEIRO LUGAR
Nas grandes crises pelas quais passamos, quando colocamos a vontade de Deus acima da nossa, o sofrimento torna-se mais leve, mais suave, enaltecendo os ensinamentos de Jesus que diz que o seu jugo é suave e o seu fardo leve. Ele, o nosso irmão maior, nos dá força para continuarmos no caminho da fé, apesar das asperezas do caminho. É por isso que os Espíritos superiores estão sempre nos alertando: "Em tudo o que fizer, pensa em Deus primeiro".
O sofrimento, por esse modo,faz parte da vida, podendo ser físico ou moral. Encarnados ou desencarnados, no corpo físico ou fora dele, portanto, fazemos parte da vida, que é única, não obstante composta por várias existências. Com reflexão e, sobretudo, com a utilização dos ensinamentos da veneranda e abençoada Doutrina Espírita, o entendimento desse mecanismo, dessa verdadeira alavanca de crescimento e de progresso, que chamamos de sofrimento ou de dor, torna-se deveras facilitado.
Com efeito, vivemos na Terra, um planeta de provas e de expiações, de categoria inferior no Universo, que supera apenas os chamados mundos primitivos, e, o que é mais grave, onde ainda prevalecem o mal e a imperfeição.
O nosso sofrimento pode se originar de existências passadas, remotas ou não, ou mesmo da presente reencarnação, e está fortemente vinculado à sensibilidade de cada um, variando, portanto, e muito, de pessoa para pessoa.
Temos assim,a ausência de amor a Deus, ao próximo ou a si mesmo, produz insatisfação, desajuste, desequilíbrio, fatores de doenças e sofrimentos.
A resignação que devemos ter, de maneira alguma, será confundida com acomodação. Não temos que cruzar os braços porque sofremos ou diante das dores e deixar que Deus resolva.
A resignação é o olhar que temos para esses fenômenos, é a maneira como vemos esses fenômenos.
Se não fosse a resignação, entraríamos na rota do desespero, entraríamos no circuito da desolação porque, quando não compreendemos porque sofremos, sofremos duas vezes.
A primeira vez pelo sofrimento em si, a segunda vez pela ignorância a respeito dele.
Aceitar nossa realidade tal qual é representa um ato benéfico em nossa vida. Aceitação traz paz e lucidez mental, o que nos permite visualizar o ponto principal da partida e realizar satisfa­toriamente nossa transformação interior.
A propósito, muitos de nós fantasiamos o que podería­mos ser, não convivendo, porém, com nossa pessoa real. Desgas­tamos dessa forma uma enorme energia, por carregarmos cons­tan­­­temente uma série de máscaras como se fossem utilitários permanentes,carregamos ainda uma dor Invisível na visibilidade.

Pesquisado e inspirado em :
http://www.ceismael.com.br/artigo/motivos-de-resignacao.htm

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