terça-feira, 26 de junho de 2018

"Caso Vitoria Gabrielly"


Eu ia até pendular para saber do seu paradeiro,mas minha intuição informou que ela já estava morta desde dia do sequestro.
Resta-me agora apenas comentar para,talvez,consolar os pais e entendimento para o público em geral.
As mortes trágicas são sempre motivo de profundas dúvidas e reflexões para os seres humanos.
Não aceitamos essa fatalidade da vida e, depois de tantos milênios, não aprendemos a lidar com o assunto.
Não raro representam o resgate de dívidas kármicas contraídas com o exercício da violência no pretérito.
As narrativas religiosas e filosóficas enchem nossos olhos e nossas mentes sobre os "por quês" das coisas, mas continuamos a rejeitar, pelo medo e pela fuga, o fato de que, a qualquer momento, a nossa frágil experiência biológica pode cessar.
A idéia e todas as impressões negativas de uma tragédia está exatamente na constatação de que temos limites e que a imperfeição é uma determinação das leis da matéria.
Na trajetória efêmera do relógio existencial, o nascimento e a morte estão bem próximos, seja para crianças, adultos ou idosos.
O que importa, durante e depois de tudo o que acontece, é a indicação dos rumos seguros pela bussola eterna da consciência.
A respeito desse assunto, que indivíduos envolvidos em crimes violentos, no passado e, também, no presente, a lei os traz de volta, por terem descuidado da ética evangélica.
Retornam e se agrupam em determinado tempo e local, sofrendo mortes acidentais de várias naturezas, inclusive nas calamidades naturais.
Assim, antes de reencarnarmos, sob o peso de débitos coletivos, somos informados, no além-túmulo, dos riscos a que estamos sujeitos, das formas pelas quais podemos quitar a dívida, porém, o fato, por si só, não é determinístico, até porque dependem de circunstâncias várias em nossas vidas a sua consumação, uma vez que a lei kármica admite flexibilidade, quando o amor rege a vida, e é esse mesmo "amor que cobrirá uma multidão de pecados".
A fatalidade existe unicamente pela escolha que o espírito fez, ao encarnar, desta ou daquela prova para sofrer.
Escrevo sobre as provas físicas, pois pelo que toca as provas morais e as tentações o espírito, conservando o livre arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou resistir.
Sei que a perda de um filho e uma difícil compreensão,mas não é em vão.
Exitem vários propósitos,um pode ser ensinamento ou resgaste para os próprios pais,outro,para chamar a atenção uns dos outros,(familiares e população em geral),ou seja,não somente se consolidar com uma tragédia,mas nos unir mais.
No entanto a perda faz parte da vida e ninguém consegue evitá-la. Inevitavelmente, temos todos que enfrentar algum tipo de perda enquanto estamos vivendo neste planeta.
Ela é a parte daquilo que nos torna humanos e pode causar muitas emoções intensas: da tristeza à raiva, e até ao ódio.
Essas emoções podem nos destruir, mas também são capazes de contribuir para nosso crescimento e nossa evolução.
A perda de um filho nos abala mais profundamente porque afeta toda a nossa vida.
EM geral, os pais sentem que o filho foi arrancado de seus braços, como se um ladrão tivesse roubado tudo o que possuíam.
A dor pode ser intensa demais para ser suportada.
Esses pais se sentem jogados em um grande vácuo e não sabem o que fazer para sobreviver. No entanto, eles precisarão continuar a viver da maneira mais completa possível.
Como devem lidar com os sentimentos de culpa, raiva, impotência, dor dilacerante e seguir em frente ao mesmo tempo? Será que conseguirão se recuperar?
Do ponto de vista psicológico e sentimental,eles devem compartilhar seus sentimentos;saber quando evitar falar sobre sua perda;não devem se isolarem;devem reorganizar suas vidas sem pressa;não devem se sentirem culpado por ficarem tristes;procurar ajuda profissional vai ser necessária,(e a espiritual também).
Cabe aos pais agora o amparo necessário para sua nova caminhada de novos aprendizados.

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