Nascer, viver, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei.
Assim afirmam os que conhecem a vida e sabem como ela verdadeiramente é.
Pela porta do nascimento, o lar enche-se de alegria, pois é mais uma vida que está chegando para juntar-se aos outros da casa.
Quando se acrescenta, não há tristeza.
A expectativa explode em risos, festas e presentes, quando o primeiro choro é ouvido.
É uma presença que ainda não era contada entre os vivos da Terra.
Entretanto, ao passar dos muitos anos, quando esse portal se abre para dar passagem aos caminhos da morte, o lar se enche de dor, de angústia, de incertezas.
É a partida de um ser que estava integrado à família; é a ausência de alguém que não será mais visto entre nós, de alguém que nos ouvia, nos ensinava, participava conosco os momentos de cada dia ou conosco dividia alegrias e tristezas.
Mas...,quando um materialista desencarna, não consegue se livrar ao apego daquilo que possuía.
É o que lhe dava segurança material e psicológica acabou 'de repente'.
É o que lhe dava a ilusão de permanência neste mundo.
Era o seu chão.
Por isso, quando esse chão lhe é tirado por alguma razão, porque a vida é impermanência, é mudança, é dinâmica, ele desmorona, porque não lhe sobra mais nada, a não ser sofrer...,
sofre por tentar diversas vezes tentar entrar no seu corpo, agora imóvel, e não consegue. Sofre em ver as bactérias, os vermes, as baratas dentre outros microrganismos consumirem este corpo que um dia foi seu e lhe serviu.
Sofre por não saber do que, e como fazer antes de seguir rumo ao além túmulo...
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