quarta-feira, 28 de outubro de 2015

"Crianças,pequenos Médiuns"

Todas as crianças são médiuns, ao menos até 7 ou oito anos de idade. O que ainda não estão totalmente desligadas do mundo espiritual, de onde vieram, e por isso conseguem manter contato com os seres de invisíveis. Essa seria a explicação para os amigos imaginários que muitas crianças veem e com quem conversam e brincam.
Depois dessa idade, mais acostumadas ao mundo material, elas perdem sua percepção. Isto é, se não forem médiuns de verdade. Caso contrário, as visões, vozes ou a capacidade de realizar fenômenos físicos voltam a aparecer por volta dos 11 anos. Mas como esse é um período de muitas mudanças físicas e psicológicas, as escolas mediúnicas preferem apenas orientar para que ainda não usem seu dom. A idade indicada para iniciar os estudos é por volta dos 18 anos.
Certa vez, um menino se encontrava na casa de um conhecido, brincando com a priminha de cinco anos e mais dois meninos, um de sete e outro de quatro anos. A senhora que residia no térreo chamou-os e ofereceu-lhes bombons, convidando-os a entrar. Estabeleceu-se entre ela e o menino o seguinte diálogo:
- Como te chamas, meu filho? -Eu me chamo Gabriel, senhora. O que faz teu pai?
- Senhora, meu pai é espírita.
- Não conheço esta profissão.
- Mas, senhora, não é uma profissão; meu pai não é pago para isto, ele o faz com desinteresse e para fazer o bem aos homens.
- Meu rapazinho, não sei o que queres dizer...
- Como! Jamais ouvistes falar das mesas girantes?
- Então, meu amigo, bem gostaria que teu pai estivesse aqui para as fazer girar.
- Não é preciso, senhora: eu tenho o mesmo poder de as fazer girar.
- Então queres experimentar e me fazer ver como se procede?
- De boa vontade, senhora.
O menino e seus coleguinhas sentam-se ao redor da mesa, pondo as mãos em cima. Gabriel faz uma evocação, em tom muito sério e com recolhimento. Para surpresa geral a mesa moveu-se e bateu com força. A pedido do menino, a dona da casa pergunta quem está ali e a mesa soletra: teu pai.
A senhora, muito emocionada, passa a interrogá-lo a respeito de uma carta que acabara de escrever. Pede provas de que era mesmo o pai propondo questões íntimas e todas as respostas foram corretas. As revelações foram demais e ela não conseguiu prosseguir, dominada pela emoção.
O episódio acima é verídico e o menino Gabriel, nada mais é do que Gabriel Dellanne, que cresceu, tornou-se grande amigo de Allan Kardec e foi um dos homens que lutou pelo Espiritismo de forma científica, apresentando suas pesquisas que comprovam a existência da vida além da matéria.
Assim como aconteceu com Gabriel, pode acontecer com qualquer criança, pois trata-se de um fenômeno natural, que não está sujeito nem à vontade dos pais e nem mesmo à da própria criança. O que se pode e deve fazer em casos de mediunidade precoce é em primeiro lugar não ignorar o que está ocorrendo, julgando fenômenos que se repetem constantemente como mera imaginação infantil. Em segundo lugar, recomenda-se um tratamento espiritual, para que os fenômenos sejam afastados e possam seguir o curso normal, reaparecendo, quando o indivíduo estiver em fase mais amadurecida, apto, portanto, a lidar com esse dom. O hábito da prece, aulas de evangelização infantil, passes e água fluidificada representam, também, poderosos aliados neste processo.
Vale lembrar a fundamental importância de os pais não se deixarem envolver por preconceitos e dedicarem-se ao estudo para que possam compreender melhor o que é o fenômeno mediúnico. Cabe, também, aos pais efetuarem pequenas e significativas mudanças na conduta diária em seu recinto doméstico a fim de elevar o padrão vibratório: livros edificantes, bons filmes, comportamento mental e moral de acordo com os ensinamentos do Evangelho são indispensáveis.
Agindo desta forma, aos poucos as manifestações vão diminuindo até que a normalidade se estabeleça, à espera da hora apropriada para o correto desenvolvimento e exercício da mediunidade.
Por fim, e a título de exemplo, três casos conhecidos e comprovados de mediunidade em crianças. São eles:
1 - CHICO XAVIER (1910-2002) – Um dos mais conhecidos e respeitados médiuns do mundo, Chico via o espírito da mãe morta e conversava com ela desde os 5 anos de idade. Em 1922, no centenário da Independência do Brasil, ele tinha 12 anos e ganhou menção honrosa quando escreveu uma bela redação sobre o Brasil. Na ocasião, afirmou que um espírito havia lhe ditado o texto. Os amigos duvidaram e acharam que ele tinha copiado a redação de um livro. (...) As visões de Chico fizeram com que ele fosse obrigado pelo pai a freqüentar a Igreja Católica e ele via hóstias brilhando de luz, pessoas mortas sorrindo e carregando rosas. Sebastião Scarzello - padre de Pedro Leopoldo (MG) - nunca duvidou, mas aconselhava Chico a orar mais para afastar aquelas visões”.
2 - DIVALDO PEREIRA FRANCO - Médium baiano, Divaldo é hoje o mais conhecido palestrante espírita do mundo, com milhares de palestras em mais de 80 países e mais de 150 livros psicografados. Ele declara publicamente que vê os espíritos desde criança. Aos 4 anos de idade, viu o espírito de sua avó, Maria Senhorinha, e a descreveu para sua mãe, gerando muito espanto na família católica.
3 - JOSÉ RAUL TEIXEIRA - Médium e conferencista espírita de Niterói - RJ, professor de Física da UFF (Universidade Federal Fluminense) e Doutor em Educação, José Raul afirma que via os espíritos desde criança e, muitas vezes, conversava com eles. Em uma ocasião, ao ver o espírito de um amigo, quase se atirou nos braços dele. Mas a mãe - que também era médium - impediu que o filho se machucasse, pois notou que ele ia em direção ao espírito e o impediu de cair no vazio, quando se atirou nos braços do amigo invisível.
Fontes pesquisadas:
http://www.ceallankardec.org.br
http://www.grupopas.com.br

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