Seguir o evangelho de Jesus,sei que não e fácil e pouco menos é pra qualquer um.
Quando Ele falou sobre perdão,realmente fica impraticável para nós que estamos ainda em evolução espiritual,perdoar na intensidade e na imensidão do contexto. Mas será que é este e somente esse tipo de perdão que se referiu?
Na verdade,não devemos sermos hipócritas e perdoar da boca pra fora ou da mente pra dentro,pouco menos aquele sentimento de "falso perdão", "...te perdoo mas não quero te ver nem pintado...",ou, "...te perdoo mas se passar na mesma calçada eu atravesso..."; isso não é um perdão, isso não diz automaticamente que perdoou.
Para começarmos a perdoar,devemos não desejar o mal e nem rogar praga,devemos esquecer inicialmente, só isso para começar já está de bom tamanho, o resto vai acontecendo aos pouco,e claro,semeando com a semente da desculpa,da misericórdia,onde se ganha mais perdoando do que odiando como diz a oração.
Acredito que,a partir de uma ferida que começa a fechar, para que não se converta em rancor e que inicialmente do sangue que dela jorrou possam crescer as flores do perdão,que já é um bom começo.
Perdoar independe de esquecer. Uma coisa nada tem a ver com a outra, são coisas distintas – até porque não somos alienados.
Temos no cérebro uma memória que registra todos os fatos, por isto quem perdoa não tem que, necessariamente, esquecer do agravo sofrido.
O que é preciso, na verdade, é esquecer no sentido de diluir a mágoa, a raiva ou o ressentimento que o fato gerou, caso contrário o perdão é superficial ou até mesmo ilusório.
Esse tipo de esquecimento é extremamente benéfico para quem sofreu algum tipo de agressão, porque a energia gerada, a cada instante em que se revive o fato infeliz, aumenta a ferida que se formou e numa verdadeira roda viva acumula novo e desnecessário sofrimento.
Tanto isto é uma verdade que a própria ciência da psicologia diz a todo instante, atestando que o esquecimento da mágoa por si só vale como uma excelente psicoterapia, pois que...
O apego à ofensa propicia ao ofendido a oportunidade de carregar sozinho a chaga em que ela se constitui.
A diferença está naquele que realmente perdoa e consegue liberta-se daquela parte pesada da lembrança a ponto de não mais sofrer ao relembrá-la. Daí, como diz Divaldo Pereira Franco: “Perdoar é bom para quem perdoa.”, ou seja, quem perdoa livra-se do fardo triste que carregava e quem foi perdoado nem sempre alcança a mesma graça de vez que assumiu um ônus pelo qual responderá, ainda que perdoado.
Alguém diria: “mas então prevalece a Lei de Talião*?” E responderíamos: Absolutamente que não! Prevaleceria e prevalecerá sempre a misericórdia divina, a Lei de Causa e Efeito, segundo, a qual Deus nos propicia o ensejo de resgatar nossos erros, ou dívidas, como querem alguns, valendo lembrar que esse pagamento não acontece necessariamente pela dor, especialmente quando o ofensor se arrepende do ato que praticou, podendo assim anular seu débito pela força do amor e doação que dispensar a outrem.
Vemos isto no Evangelho de João, quando ele afirma que: “O amor cobre uma multidão de pecados”.
Quanto a Lei de Talião, embora absurda e abominável a nossos olhos, era uma necessidade daquela época em que o homem era bárbaro, época em que o homem tinha muito pouca consciência do que era Amor e Respeito, e que só era contido pelo medo dos castigos, tão ou mais horríveis que o ato praticado.
Foi essa uma das grandes razões da vinda de Jesus ao nosso Planeta.
Uma das partes mais lindas de sua missão foi justamente mudar a concepção de um Deus tão bárbaro quanto o homem, ensinando sobre um Deus justo... Mas infinitamente bom. Severo... mas infinitamente misericordioso. Um Deus que a tudo perdoa, mas que deixa ao sabor do livre arbítrio de cada um a responsabilidade de suas atitudes e o aprendizado que elas possam trazer.
Ainda enfocando as benesses de que é alvo aquele que perdoa, lembramo-nos que Emmanuel, Espírito de grande sabedoria, numa psicografia do nosso bom e inolvidável Chico Xavier, nos esclarece em “O Consolador”, questão 337: “Concilia-te depressa com o teu adversário” – essa é a palavra do Evangelho, mas se o adversário não estiver de acordo com o bom desejo de fraternidade, como efetuar semelhante conciliação?
Cumpra cada qual o seu dever evangélico, buscando o adversário para a reconciliação precisa, olvidando a ofensa recebida.
Perseverando a atitude rancorosa daquele, seja a questão esquecida pela fraternidade sincera, porque o propósito de represália, em si mesmo, já constitui uma chaga viva para quantos o conservam no coração. ”
Vemos aí, embutida nas palavras de Emmanuel mais um alerta a considerar; aquele que busca sinceramente o perdão já está fazendo dignamente a sua parte, ainda que o ofendido se recuse. Quando aquele que concede o perdão não deve se ater ferrenhamente ao que vai ser feito do perdão que concedeu, pois já fez a sua parte, também aí, o que se seguir é problema do perdoado.
Sabemos que mesmo com todo estes conhecimentos muitas vezes perdoar é um aprendizado difícil, que, não raro, requer um esforço muito grande. Mas por isto mesmo é divino, é o caminho da porta estreita que vale a pena enfrentar, pois se o próprio Cristo nos disse que devemos perdoar “setenta vezes sete”é porque em sua divina sabedoria sabia que não só o ofensor, mas também o ofendido possui fragilidade de caráter e igualmente ser perdoado setenta vezes sete.
Para concluir lembramo-nos de que... esquecendo ou não, se o perdão é algo muito importante para o perdoado, é ainda muito mais para aquele que tem a felicidade de conseguir perdoar, porque...Quem perdoa já cresceu no amor... Quem humilde e sinceramente pede perdão... Caminha para o mesmo crescimento.
http://www.nossolar.org.br/nossolar/n_tema45.php
"Apelo ao alto perdão"
(Do livro dos Apelos)
"Ó! Deus Todo-Poderoso,presente em meu coração, e grande Coro dos Mestres Ascensionados!
Destrói em mim todo ressentimento e vê que eu perdoe absoluta e completamente tudo o que foi falso em meu coração em meu ser e em meu mundo,que eu contactei no passado. Dá-me a compreensão e a realização da liberdade Divina, que eu possa me separar de tudo que me limitou e que me agitou.
Eu peço e comando que o perdão sem condição sature a energia de meu corpo mental e de meu corpo sentimental tão forte e poderosamente que este perdão carregue minha atmosfera e abra a porta à abundância,à saúde,à proteção Divina e a tudo que eu desejo. Eu peço e comando que este apelo seja atendido com a rapidez do relampado pela luz do Grande Sol Central"
(Fazer 3 vezes ao dia - Manhã-Tarde-Noite)
Fique na paz,fique na luz!
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