sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

"A Pedrada nossa de cada dia"



A Pedrada nossa de cada dia pode ser interpretada como "a intolerância nossa de cada dia".
Por que você julga se não goste de ser julgado? Qual a moral você tem para isso?
Por que você quer ser o primeiro a atira a pedra? O que você é hoje? Talvez o mesmo de ontem!
O que Somos Hoje? Por que ainda somos preconceituosos? Por que evoluímos tecnologicamente e não espiritualmente? Por que apontamos o dedo indicador na cara de uma pessoa acusando-a se na verdade temos três dedos voltados apontando para nós? Por que somos uma pessoa em casa e outra na rua?
Qual a diferença da época de Cristo para hoje? Nenhuma! Vejamos:
Ontem os gladiadores se enfrentavam nas arenas. Hoje como M.M.A.,verdadeiros gladiadores de
lutas do UFC.
Ontem roubávamos e matávamos,hoje fazemos o mesmo. Ontem desdenhávamos dos profetas,hoje se faz o mesmo com os médiuns,(profetas de ontem.).
 
Ontem apedrejávamos a mulher adultera,hoje apedrejamos com as pedras do simples prazer de expormos ao erro à mera fofoca ou a pura crueldade.
Se passaram mais de 2017 anos e o que mudou? Nada! Não mudamos nada realmente e isso é triste,muito triste... 
Mas,o que aconteceu depois com a mulher adultera que ia ser apedrejada na época de Cristo?
Quanto ao suposto acusador não fizeram nenhuma referência a este homem que estava na época com essa mulher por causa da cultura machista,(de ontem igual a de hoje), que relegava sempre a mulher a não mais do que uma propriedade do que um ser humano.
Tanto hoje como ontem,a mulher"adultera",aquela que trai,ou que traiu, teve motivos para isso,ou não? Será que o amor de um terminou e começou com outro? Isto é errado? Pode ser complicado mas não errado.
Será que ela foi vitima duplamente,uma por influência espiritual e outra pela liberdade sexual?
É possível ela ter sofrido uma influência espiritual,(tanto ontem como hoje),de um "Íncubo", (em latim incubus, de incubare),que é uma influência negativa espiritual masculina a atentar, de fustigar a ter uma relação sexual através do seus fluidos com o outro homem. Tudo é possível menos a intolerância do preconceito. 
 Devemo-nos preocupar em desconstruir essa pessoa velha,de ontem,que somos e construir uma nova pessoa,a de hoje. e deixar para trás os vícios e maus costumes que tanto gostamos e até mesmo adoramos. Devemo-nos deixar de apontar nas pessoas aquilo que não gostaríamos que nos apontassem.
Neles sim, em nós não,até hoje é assim. Em nós sempre desculpamos ou justificamos de alguma forma. Mas somos implacáveis em apontar nos outros. Nós somos ótimos para apontar soluções para os problemas alheias não é mesmo? Mas não conseguimos resolver nossas próprias dificuldades. 
Não utilizamos quase nunca aquela máxima de Cristo que diz para não fazermos ao próximo aquilo que não queremos que nos façam. O "problema" entre aspas mesmo da Doutrina Espírita é que ela nos obriga a olharmos par adentro de nós mesmos. Se você se determina a se melhorar como ser humano, como espírito imortal que é, você tem que encarar seu lado monstro e ver como você realmente é. Sem mascaras, sem desculpas ou justificativas. 
  
Ela nos obriga a vermos que não somos tão perfeitos como pensamos e muitas vezes até piores do que somos em um momento de grande indulgência de nossa parte nos achamos. Mas quem gosta de admitir coisas ruins a seu próprio respeito? Quem realmente olha para dentro de si e diz: "nossa,como eu sou egoísta!". Existem algumas que se reconhecem como egoísta e dizem: "sou egoísta mesmo e daí?" 
Ao menos,a mulher adultera que seria apedrejada na época de Cristo,ela mudou de vida,passou a ter uma vida decente e caridosa a ponto de encontrar com o homem acusador numa fila de indigentes,onde ela praticava a caridade,de alimentar e vestir esses famintos e maltrapilhos.
Sem ser reconhecida pelo seu acusador,que a levaria a morte por um ato estúpido,cuja consciência dolorida e acusadora,aceitava a sua indulgencia com humildade,tolerância que agora perdoa facilmente.
 
Devemos vigiar nossos atos, pensamentos e palavras quando se trata principalmente em julgar os outros, porque como disse Jesus: "Com a mesma medida que julgar serás julgado". Que não sejamos também como o sepulcro caiado, todo arrumado e limpo por fora, mas por dentro é uma podridão só. Que enquanto ainda não alcançamos a nossa perfeição para a qual somos destinados, ajudemos nossos irmãos de jornada que estão no caminho conosco. Porque não éramos para estarmos aqui "pagando" mas ainda estamos.
 
 
É melhor construirmos o nosso "castelo espiritual" com as pedradas nossa de cada dia do que continuarmos a ser a própria "pedreira"

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