segunda-feira, 8 de abril de 2019

"Há diferença entre família e parente! - Família,por que fui nascer nessa?"

                                                                                  
Há diferença entre família e parente!

Família,por que fui nascer nessa?
Família sempre uma questão que envolvem muitas singularidades. 
Para uns a família é berço de alegrias incontáveis e de porto seguro ante as tormentas da vida,é sinônimo de amor,aconchego,segurança. 
Parentes é prova infindável de angústias e privações. 
Mas afinal, espiritualmente, como é visto esse tipo de diferenciação entre famílias? Por que numas aparenta perfeita harmonia e noutras o caos na terra ?

Bem para explicarmos essas diferenças precisamos primeiro analisar o homem social.
Portanto é uma lei natural de Deus o convívio em sociedade para que busquemos em conjunto de nossas aptidões e virtudes o progresso moral e intelectual. 

Com isso o homem se organiza em núcleos familiares onde espíritos simpáticos se reúnem a fim de auxiliar-se mutuamente na evolução durante a vida corpórea. 
Porém, em casos de familiares ou famílias desregradas ou desequilibradas poder-se-á notar-se uma união expiatória, onde dois espíritos com divergências se unem pelo laço do sangue a fim de dar cabo às diferenças inferiores de sentimentos menos elevados. 
Por intermédio da justiça divina o inimigo de outrora pode ser seu irmão na vida atual. 
Estes casos normalmente se devem a situações que se repetem em muitas encarnações obrigando que uma maior proximidade entre os espíritos seja estabelecida a fim de se depurem os laços entre os espíritos.

Os que encarnam numa família, sobretudo como parentes próximos, são, as mais das vezes, Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena. Mas, também pode acontecer sejam completamente estranhos uns aos outros esses Espíritos, afastados entre si por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem na Terra por um mútuo antagonismo, que aí lhes serve de provação. Não são os da consanguinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de ideias, os quais prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações. Segue-se que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue. Podem então atrair-se, buscar-se, sentir prazer quando juntos, ao passo que dois irmãos consanguíneos podem repelir-se, conforme se observa todos os dias: problema moral que só o Espiritismo podia resolver pela pluralidade das existências
                                                                         
 Sobre os tipos de família Kardec recebe dos espíritos a seguinte explicação:
Há, pois, duas espécies de famílias: as famílias pelos laços espirituais e as famílias pelos laços corporais. Duráveis, as primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das várias migrações da alma; as segundas, frágeis como a matéria, se extinguem com o tempo e muitas vezes se dissolvem moralmente, já na existência atual. Foi o que Jesus quis tornar compreensível, dizendo de seus discípulos: Aqui estão minha mãe e meus irmãos pelos laços do Espírito, pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus é meu irmão, minha irmã e minha mãe.”
(O evangelho segundo o espiritismo , Cáp XIV, item 8)
                                                                             
 Compreende-se portanto que a família espiritual seria a família cujos espíritos simpáticos se encontram – em vida ou na erraticidade – pois que os laços que os unem são os laços d’alma. 
Já a família carnal seriam os espíritos que pro necessidade temos os laços do corpo a fim de repararmos erros pretéritos.
Nos dois casos a questão familiar porém se mantem a mesma.
 A de total fraternidade. 
É no seio familiar que devemos buscar o primeiro movimento rumo a reforma íntima, buscando compreender uns aos outros e quem sabe após as devidas correções entre essas almas não aconteça um novo laço, desta vez de amor e de fraternidade ?
Os problemas familiares são em geral muito importantes na nossa evolução. 
É no núcleo familiar que encontramos pela convenção das tradições o esforço maior em nos entendermos melhor. 
Temos a necessidade íntima geralmente de se ter um bom convívio familiar e buscamos isso diariamente. 
Por isso, Deus outorga certas famílias o recebimento de um espirito revoltado ou menos evoluído, para que no seio equilibrado e de amor de uma família possa esse ser ter contato com o amor e os bons fluídos de fraternidade.
Por isso meus amigos a família para o espiritismo é o berço da civilização, onde os espíritos se unem sempre com um único fim que em todos os tipos de família é denominador comum : 
a Evolução moral. 
No livro Entre a terra e o céu do espírito André Luiz, Clarencio nos diz sobre a família:
“A família espiritual é uma constelação de Inteligências, cujos membros estão na Terra e nos Céus. Aquele que já pode ver mais um pouco auxilia a visão daquele que ainda se encontra em luta por desvencilhar-se da própria cegueira. Todos nós, por mais baixo nos revelemos na escala da evolução, possuímos, não longe de nós, alguém que nos ama a impelir-nos para a elevação. Isso podemos verificar nos círculos da matéria mais densa. Temos constantemente corações que nos devotam estima e se consagram ao nosso bem.”
                                                                       
 Somos todos uma única família cósmica universal, onde todos somos irmãos do mesmo pai que é Deus. 
Ao internalizarmos isso teremos mais facilidade em compreender nosso familiar mais embrutecido e teremos resignação para buscar o entendimento com o espírito que nos foi confiado ao convívio familiar. 
Somos irmãos, nos amemos, pois, que Jesus Cristo já nos abençoou a eterna família do globo terrestre. 
Muita paz a todos!
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