quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

"Fatalidade,Destino,Karma e o livre-arbítrio"



Após desistir de festa na boate Kiss,que sofrera um incêndio matando mais de 237 vítimas, casal jovem morre em acidente no Paraná

Jéssica Röhl escapou do incêndio em Santa Maria por conselho do namorado, Adriano Stefanel, que também faleceu em colisão com uma carreta.

“ É o homem,por sua própria vontade, quem forja as próprias cadeias, é ele quem tece, fio por fio, dia a dia, do nascimento à morte, a rede de seu destino.”

É o resultado de cada ato durante a vida anteriores.
Não acretite que tenha um destino.Não.
Somos nos que criamos a nossa cadeia de vidas.
Na humanidade, a alma está enriquecida pela liberdade moral.
Seu julgamento, sua consciência se desenvolve mais e mais, à medida que percorre sua imensa carreira. Colocada entre o bem e o mal, compara e escolhe livremente.
Esclarecida por suas decepções e seus males, é no seio das provas que sua experiência se forma, que sua força moral se tempera.
A noção de livre arbítrio está desassociada da responsabilidade.
Se o homem não fosse livre para atuar, seria apenas uma máquina cega ; os criminosos e os viciados não seriam então responsáveis por seus atos, que poderiam atribuir aos seus « genes ».
Essa crença de que todos os nossos pensamentos e todos os nossos atos são inteiramente determinados pelas leis da matéria, e que a impressão que temos de ser livres é ilusória, é chamada de determinismo.
É a negação de toda responsabilidade e de toda moralidade.
Seria assim, representativa da vontade de Deus, sem no entanto explicarem o porquê dessa vontade optativa para uns e não para outros, e das suas relações com a justiça divina; estaríamos assim, vulneráveis ao fatalismo, ao destino, à sorte e ao azar. 
Haveria um determinismo e tudo o que acontecesse estaria pré-estabelecido, nada se podendo fazer contra ele, ou vinculado a casualidade.


Para nós espíritas, no entanto, nada acontece por acaso e a fatalidade não é um acontecimento pré-determinado ou ocasional, é uma construção; quando escolhemos as nossas provas nós somos os artífices delas, os “construtores do nosso destino e cada pessoa encontra-se num contexto parcialmente determinado pelo conjunto de suas ações desta vida, das vidas anteriores e dos períodos na erraticidade,”  e portanto a fatalidade, vem depois do livre arbítrio do Espírito; a matéria não tem livre arbítrio, esta sim, está sujeita a fatalidade, porque é dependente de leis biológicas e físico-químicas, numa relação de causa e efeito.

“A fatalidade existe unicamente pela escolha que o Espírito fez, ao encarnar, desta ou daquela forma para sofrer ou de morrer. Escolhendo-a, institui para si uma espécie de destino, que é a conseqüência mesma da posição em que vem achar-se colocado.”
 
Diante de acontecimentos desagradáveis no dia a dia, logo responsabilizamos a fatalidade e o destino, sem fazer uma maior reflexão. 
Mas, será que tudo em nossa vida está predeterminado?  Será que o nosso destino foi traçado? 
Como entender fatalidade na visão espírita?
Não creias, entretanto, que tudo o que sucede esteja escrito, como costumam dizer. 
Um acontecimento qualquer pode ser a consequência de um ato que praticaste por tua livre vontade, de tal sorte que, se não o houvesse praticado, o acontecimento não se teria dado. [...]
Contudo, fatalidade não é uma palavra vã, ela está presente no gênero de existência que nós escolhemos como prova, expiação ou missão, antes de reencarnações, pois há escolhas quase impossíveis de serem alteradas.
A fatalidade existe unicamente pela escolha que o Espírito fez, ao encarnar, desta ou daquela prova para sofrer. 
Escolhendo-a, instituiu para si uma espécie de destino, que é a consequência mesma da posição em que vem a achar-se colocado.
Com o uso do livre-arbítrio, temos a liberdade de alterar as escolhas feitas ainda na Espiritualidade, pois tanto podemos aproveitá-las com resignação e superação, quanto nos revoltar, perdendo assim a oportunidade de aperfeiçoamento que estamos vivendo.
O Espiritismo nos ensina a ver nos acontecimentos negativos e perturbadores muito mais que fatalidade e destino; ensina-nos a ver a consequência de nossas escolhas equivocadas, não apenas de outras encarnações, mas, também, da atual.
Ensina, ainda, que por mais difíceis que se apresentem as situações, nós somos senhores dos nossos destinos e podemos com o uso do livre-arbítrio alterar as nossas escolhas, para trazermos o melhor à nossa existência.
Assim o livre arbítrio existe, no estado espiritual, na escolha da existência e das provas, e, no estado corporal, na faculdade de ceder ou de resistir aos arrastamentos aos quais voluntariamente nos submetemos.
Assim sendo, muitos se preparam em tempo hábil,tendo a maturidade espiritual para esse tipo de prova antes de uma nova reencarnação, habilitando-se para correr o risco de vida, e sofreram até mesmo morte violenta.

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