sexta-feira, 17 de outubro de 2014

"A pineal e a mediunidade"


Por ser "complexada" a pineal pode ser confusa, complicada, intricada!
Mergulhados no Éter Divino nos movemos e respiramos.
A física quântica nos mostra a realidade das redes de conexão universal onde tudo está em tudo, razão pela qual estamos intimamente interligados.
Os dois mundos ─ o físico e o espiritual ─ são separados por estados vibratórios diferentes.
Quanto ao mundo espiritual, podemos, através da sensibilidade mediúnica, percebê-lo e com ele estabelecer contato.
Em constante comunicação, através do complexo pineal (essa ‘antena’ potente e muitas vezes despercebida em nossas experiências reencarnatorias),captamos, emitimos, atraímos ou repelimos ondas mentais, de acordo com os nossos pensamentos, nos processos de vibração e sintonia.
E mesmo que não identifiquemos a sua existência, ela existe e é responsável pela faculdade mediúnica.
Nela reside a plataforma orgânica da mediunidade.
Em essência, somos o que pensamos.
E o que pensamos constitui a nossa plataforma mental de contato com o plano espiritual.
Daí resultam as assimilações de correntes mentais, muitas vezes doentias, pois, não rara vezes, estamos doentes da alma, enfermos da raiva, da mágoa, do orgulho, da vaidade, presos aos laços da matéria ou grudados nela pelo apego aos bens terrenos e pelo desejo de posse.
Entretanto, não obstante vivermos ainda instintos primários e adorarmos as sensações, estamos trilhando o campo dos sentimentos, na busca do Amor, tão decantado e tão desconhecido.
Construímos, então, a felicidade ou a infelicidade de acordo com o mundo mental em que nos situamos.
Quanto a isso, destacamos, mais uma vez, o papel do complexo pineal, que, além de emitir e receber ondas mentais, as transforma em reações neuroquímicas, despejando em nosso organismo o fruto mental de nossas escolhas.
Por isso, doente não cura doente.
Curar alguém significa, primeiro, buscar a nossa cura, ou, no mínimo, estar em processo de renovação constante, que engloba reforma íntima, mudança de hábitos, renovação de pensamento, auto-amor, auto-perdão, resignação, o exercício do bem e a prática das várias expressões da Caridade, na terra e no além.
Temos a cura e o poder da vontade...
“Alguns homens transportaram o paralítico numa cama e procuravam fazê-lo entrar. Não achando por onde o pudessem levar, por causa da multidão, subiram ao telhado, e, por entre as telhas, o baixaram com a cama, até ao meio, diante de Jesus. E, vendo Ele a fé deles, disse-lhe: Homem, os teus pecados te são perdoados. [...] Que arrazoais em vossos corações? Qual é mais fácil? dizer: Os teus pecados te são perdoados; ou dizer: Levanta-te, e anda? Ora, para que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra poder de perdoar pecados (disse ao paralítico), a ti te digo: Levanta-te, toma a tua cama, e vai para tua casa. E, levantando-se logo diante deles, e tomando a cama em que estava deitado, foi para sua casa, glorificando a Deus.[...]”.
Como vemos, o poder da vontade, aliado ao conhecimento, pode operar o que o vulgo chama de “verdadeiros milagres”.
Como em nossa doutrina, segundo a lógica dos fluidos, o milagre não encontra espaço nem ressonância, isso ficaria apenas no campo do acaso.
Mas o bom senso nos manda estudar as energias, conhecer a intimidade dos fluidos, averiguar e esmiuçar o fenômeno da mediunidade, com o intento de entender o espírito, o perispírito e o corpo físico.
O melhor médium é sempre aquele que mais se conhece; o que busca, inquire e quer saber de sí mesmo.
O “conhece-te a ti mesmo” (atribuído aos Sete Sábios - 650 a.C. - 550 a.C.), inscrito no portal do oráculo de Delfos, já revelava a necessidade de autoconhecimento em nosso processo evolutivo.
Conhecendo-nos, seremos capazes de discernir o que é e o que não é nosso, o que, nesse campo intrínseco da fenomenologia medianímica, é deveras importante.
E assim, envolvidos no campo da ciência espírita, mobilizados pela sua filosofia e pela imensidão de questionamentos concernentes à vida e sua amplitude metafisica, somos convocados, pela sabedoria Divina, a desenvolver o reino dos céus que está dentro de nós.
Para tal proposito, no entanto, devem estar em nossa linha de ação o auto-amor e a auto-iluminação, para que esse reino se exteriorize em nossas relações do dia-a-dia, abrangendo tudo e todos à nossa volta, transformando-nos e transformando o mundo.
Eis aí o sentido da religião espírita, a ligação com Deus, fazendo-nos parte ativa do seu reino.
Que você tenha A.mor,U.nião e lux!
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