O senso moral do indivíduo ainda pouco desenvolvido está em viver a escolha que fizeram e a sofrem por longo tempo.
Cedo ou tarde, compreenderão que a satisfação das paixões brutais traz conseqüências deploráveis.
Confeccionar uma máscara parece esconder o sofrimento que lhes parecerá eterno.
Os vícios morais da criatura e seus prejuízos para o corpo físico e espiritual são: O ciúme, a inveja do bem, a vaidade, a cupidez,a fraqueza moral o personalismo são, em última instância, filhos do Egoísmo ou do Orgulho.
Kardec define o Egoísmo como sendo "O interesse pessoal exacerbado"; é aquela condição que leva o indivíduo a pensar em si mesmo, nos seus interesses, nos seus prazeres, preterindo todos as outras pessoas.
Segundo o dicionário, egoísta "é aquele que tem um amor exclusivo ou preponderante a sua pessoa ou aos seus interesses".
A a máscara do orgulho, por sua vez, é definido como sendo "o conceito muito elevado que alguém faz de si mesmo."
Consiste no estado de exaltação da personalidade que leva o homem a considerar-se acima dos outros.
A importância que o indivíduo atribui a si mesmo faz com que ele se julgue com direitos superiores.
Não poderemos amar ao nosso próximo, sem amarmos a nós mesmos, se estamos nos desvalorizando e auto destruindo fisicamente através dos vícios.
Amar a Deus é amar a si da melhor forma possível, pois percebemos que o nosso Si não é o corpo físico, mas o espírito imortal que, por sua vez, já está mergulhado na Consciência Maior que o eterniza e ilumina.
Amar a Deus é amar a si, porque a qualidade de nossa vida melhora infinitamente quando submetemos a nossa pequena vontade pessoal à Vontade maior.
Quando nos libertamos da máscara dos vícios, encontramos o Cristo que habita nossos corações e nos permitimos ouvir sua voz, que nos guia invariavelmente à felicidade própria e a das pessoas que amamos.
Quando nos auto-destruimos estamos desrespeitando o amor ao próximo, porque prejudicamos justamente as pessoas que mais amamos. Nossa esposa, filhos, pais e amigos são os mais afetados, se os trocarmos pela viciação, que antecipará a nossa morte física.
Essa é outra forma extremamente eficaz de evitarmos o primeiro gole, a primeira mordida compulsiva ou uma relação extraconjugal: colocarmos na tela mental a figura da nossa esposa e filhos e perceber o quanto lhe causaremos dor com nossa atitude!
O maior dos vícios é o egoísmo e a maior virtude é o desinteresse pessoal.
Portanto, a chave da felicidade e da liberdade é submetermos nossa pequena vontade à Vontade Maior, que, num nível mais profundo, também é a nossa e, entrando em contato com o amor que emana dos nossos corações, exteriorizar o Cristo, o Sublime Amor, que nos vivifica e que teve sua maior expressão no meigo rabi da Galiléia.
O amor, portanto, substituirá todas as nossas necessidades, enchendo de alegria todos os instantes da nossa vida, conduzindo-nos rumo ao futuro radiante que a todos nos aguarda.
As máscaras dos vícios morais que derivam do orgulho e do egoísmo são:
AVAREZA: Apego exagerado ao dinheiro e aos objetos materiais.
A a máscara do CIÚME: Estado de intranqüilidade em decorrência do medo de perder o que tem.
A a máscara da PREGUIÇA: Pouca disposição para o trabalho.
A a máscara da NEGLIGÊNCIA: Descuido com as próprias obrigações.
A a máscara da VAIDADE: Desejo de merecer a aprovação dos outros e de se destacar.
A a máscara da INVEJA: Desgosto ante a prosperidade e o sucesso de outrem ou desejo de possuir ou gozar algum bem que outrem possua ou desfrute.
A a máscara ao MALEDICÊNCIA OU DA CALÚNIA: Uso inadequado na conversação oral ou escrita com o fim de depreciar ou reduzir a importância de outrem.
A a máscara da MÁGOA: Ausência do perdão.
A a máscara da VINGANÇA: Desejo de ir à forra.
A a máscara da CULPA NEURÓTICA: Emoção destrutiva e estática de auto-cobrança diante de um erro sem nada fazer para repará-lo.
A máscara do PERSONALISMO: Conduta daquele que refere a si próprio.
A a máscara do MELINDRE: Capacidade de se ofender ou irritar com as mínimas coisas.
A a máscara da IMPACIÊNCIA: Pouca capacidade de esperar.
A máscara da INTOLERÂNCIA: Pouca capacidade de aceitar ou conviver com o defeito dos outros.
Como Combater a a máscara do Egoísmo
Procurar o serviço ao próximo, com os próprios meios, empregando forças, inteligência e habilidade para realizar nossos propósitos generosos;
Trabalhar sem remuneração para os mais carentes, dedicando algumas horas semanais em atividades assistenciais;
Repartir do nosso guarda-roupa ou objetos de uso pessoal, que não nos é mais útil, ou que tenhamos em excesso;
Procurar inteirar-se das amarguras de alguém no sincero propósito de amenizar sua dor;
Dedicar nossa assistência aos serviçais e subalternos que convivem conosco;
Olhar, ouvir, falar, acariciar com o coração pleno de amor, os familiares que nos são confiados;
Interessar-se pelas pessoas recém apresentadas;
Ajudar com delicadeza nos transportes ou na rua às criaturas em dificuldades, cedendo lugar, facilitando passagem, carregando volumes.
Como Combater o Orgulho
Ouvir com atenção e paciência as emoções e não revidando todas as vezes que formos por alguém criticados;
Não aceitar provocações, esquecendo as ofensas;
Não menosprezar nenhuma pessoa, por mais ignorante que seja;
Ser submisso às ordens de seus superiores;
Procurar o lado mais simples de todas as coisas, combatendo o supérfluo;
Procurar exercer as funções mais modestas;
Evitar a ostentação e a espera do reconhecimento por algo que tenha feito;
Não criticar;
Não falar excessivamente de si mesmo;
Não se queixar;
Controlar os impulsos de impaciência;
Aceitar as opiniões, idéias, pensamentos e convicções dos outros;
Fazer o bem sem comentários, ou quaisquer referência ao nosso gesto;
Dissimular o benefício quando prestado a alguém para não embaraçá-lo;
Não nos referirmos a exemplos próprios de boa conduta para recomendar procedimentos aos outros.