sexta-feira, 17 de outubro de 2014
"A árvore da mediunidade"
A árvore que produz maus frutos não é boa e a árvore que produz bons frutos não é má, porque se conhece a árvore pelos seus próprios frutos. Não se colhem figos dos espinheiros e não se cortam cachos de uva dos abrolhos.
O homem de bem retira boas coisas do bom tesouro do seu coração, porque a boca fala daquilo que está cheio o seu coração.
Costumo explicar a mediunidade comparando-a a uma árvore ─ ‘a árvore da mediunidade’.
Para entendermos isso, vamos imaginar que a raiz seja formada de duas palavras: sensitivo e impressionável.
Todos nós somos sensitivos e impressionáveis.
A raiz ─ é a fonte principal de alimentação de toda a árvore; onde tudo começa.
Seguindo esse raciocínio, encontramos o princípio pelo qual Kardec define que todos são médiuns, tendo em vista que em diversos momentos recebemos as impressões, mas quase sempre não as compreendemos. Isso resulta em sensações diversas como, por exemplo, arrepios, calafrios, de que alguém está no local conosco, ou que alguém passou por nós, etc.
No caule ─ encontramos a inspiração e a intuição.
Todos nós, mesmo quando não pensamos ou raciocinamos em torno da inspiração ou da intuição, sempre estamos sendo inspirados ou intuídos, para o bem ou para o mal.
Na maioria das vezes, julgamos serem nossas todas as idéias, sejam elas de grande ou pequena monta.
É um fator de tal ordem, que Kardec, ao questionar os Espíritos Codificadores sobre esse tema ─ “Influem os Espíritos em nossos pesamentos e em nossos atos? ─ teve como resposta: “Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vós dirigem” Os diversos galhos ─ são as várias faculdades mediúnicas que Kardec define como “de efeitos patentes”, em que nos especializamos para desempenhar nossa tarefa evolutiva na terra. Ex.: psicofonia, psicografia, psicopraxia, clarividência, clariaudiência e outras tantas.
Temos a mente e os fenômenos mediúnicos.
Salientamos que a mente é a base de todos os fenômenos mediúnicos. Perispírito a perispírito nos conectamos.
O pensamento e a vontade são os agentes dessa conexão e facultam o intercâmbio entre os dois mundos: o físico e o espiritual.
Ao emitirmos um pensamento, ele reflete em nosso perispírito, e outros Espíritos o podem ler como se fosse em um livro.
Diríamos até que, diante do avanço tecnológico, Espíritos de nossa ordem, como também os mais evoluídos, veriam o nosso pensamento como em uma televisão de plasma.
Essa emanação de ondas mentais, no entanto, pode atrair ou repelir, refletindo uma lei universal: a lei de afinidade.
Os dois mundos ─ o físico e o espiritual ─ são separados por estados vibratórios diferentes.
Quanto ao mundo espiritual, podemos, através da sensibilidade mediúnica, percebê-lo e com ele estabelecer contato.
Em constante comunicação, através do complexo pineal (essa ‘antena’ potente e muitas vezes despercebida em nossas experiências reencarnatorias), captamos, emitimos, atraímos ou repelimos ondas mentais, de acordo com os nossos pensamentos, nos processos de vibração e sintonia.
E mesmo que não identifiquemos a sua existência, ela existe e é responsável pela faculdade mediúnica.
Nela reside a plataforma orgânica da mediunidade.
Em essência, somos o que pensamos.
E o que pensamos constitui a nossa plataforma mental de contato com o plano espiritual.
Daí resultam as assimilações de correntes mentais, muitas vezes doentias, pois, não rara vezes, estamos doentes da alma, enfermos da raiva, da mágoa, do orgulho, da vaidade, presos aos laços da matéria ou grudados nela pelo apego aos bens terrenos e pelo desejo de posse.
Entretanto, não obstante vivermos ainda instintos primários e adorarmos as sensações, estamos trilhando o campo dos sentimentos, na busca do Amor, tão decantado e tão desconhecido.
Construímos, então, a felicidade ou a infelicidade de acordo com o mundo mental em que nos situamos.
Quanto a isso, destacamos, mais uma vez, o papel do complexo pineal, que, além de emitir e receber ondas mentais, as transforma em reações neuroquímicas, despejando em nosso organismo o fruto mental de nossas escolhas.
Por isso, doente não cura doente.
Curar alguém significa, primeiro, buscar a nossa cura, ou, no mínimo, estar em processo de renovação constante, que engloba reforma íntima, mudança de hábitos, renovação de pensamento, auto-amor, auto-perdão, resignação, o exercício do bem e a prática das várias expressões da Caridade, na terra e no além.
Eis aí o sentido da religião espírita, a ligação com Deus, fazendo-nos parte ativa do seu reino.
Que você tenha,A.mor,U.nião e Lux!
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