O PODER CURATIVO DO MAGNETISMO ESPIRITUAL Allan Kardec, na "Revista Espírita" do mês de abril de 1865, transcreveu um depoimento sobre uma cura espontânea e direta, realizada pelo Espírito Dr. Demeure, por meio do magnetismo espiritual. O Espírito aliviou a Senhora G... dos sofrimentos de um entorse. O próprio Espírito Dr. Demeure, observado pela Sra. G..., que era médium vidente e sonâmbula muito lúcida, operou fricções e massagens sobre a perna doente, como teria feito um médico. A operação foi dolorosa e a paciente, por vezes, vociferava e fazia movimentos desordenados. Depois de dez minutos, todo o traço do entorse desapareceu, a inflamação cedeu e o pé tomou a sua aparência normal, deixando a Sra. G... curada. Depois de apresentar esse depoimento, Allan Kardec colocou como observações os seguintes pontos: A cura decorreu do magnetismo espiritual puro, sem qualquer mistura com o magnetismo humano. Por vezes, os Espíritos se servem de médiuns especiais, como condutores de seu fluído: são os médiuns curadores, cuja faculdade apresenta graus muito diversos de energia, conforme sua aptidão pessoal, e a natureza dos Espíritos, pelos quais são assistidos. O próprio Allan Kardec afirmou que conheceu em Paris uma pessoa que estava presa ao leito por sofrimentos na perna e no joelho. Um médium curador cuidou dessa pessoa com a simples imposição das mãos sobre a cabeça, durante alguns minutos, e com a prece, que o doente acompanhava com fervor. Durante o tratamento, o paciente sentia a impressão de que várias mãos massageavam e estiravam a sua perna. Logo, houve uma melhora muito sensível e o doente começou a andar, embora a antigüidade e a gravidade do mal tornassem a cura mais difícil e demorada. O médium curador tem uma ação mais poderosa sobre certas pessoas do que sobre outras, e não cura todas as doenças. As afinidades fluídicas têm um papel capital em todos os fenômenos de mediunidade, o que significa que não é por que se obteve uma cura, mesmo difícil, que todas as outras poderão ser obtidas. O fluído humano jamais tem a pureza e o poder reparador do fluído depurado dos bons Espíritos. Como o resultado da mediunidade curadora não depende do médium, ela não pode se tornar uma profissão. A verdadeira superioridade do médium curador está em sua modéstia, que o leva a fazer o bem sem ostentação e sem procurar o brilho. O que Jesus dizia quando havia curado alguém: "Ide, dai graças a Deus e não o digais a ninguém", é uma grande lição para os médiuns curadores sobre a modéstia. A mediunidade curadora depende exclusivamente da ação fluídica mais ou menos instantânea. A mediunidade curadora não deve ser confundida com o magnetismo humano. A mediunidade curadora não deve ser confundida com a faculdade que certos médiuns têm de receber dos Espíritos a indicação de remédios. Estes últimos são apenas médiuns receitistas, como outros são médiuns poetas ou desenhistas.
HISTÓRIA DO MAGNETISMO O magnetismo animal não surgiu com Mesmer, a sua prática remonta a eras imemoriais. Os sacerdotes dos Deuses, no antigo Egito já praticavam nos seus templos levando a cura a seus seguidores e iniciados. A experimentação magnética se verificava em segredo, cujos ensinamentos guardados a sete chaves e, somente tinham acesso ao conhecimento os principais sacerdotes do templo de Isis; dificultando por tanto a sua divulgação. Entretanto , já no século XV , segundo Medeiros e Albuquerque, se falava com simpatia sobre o magnetismo. E no século XVII ,Van Helmont dava o nome de magnetismo animal. Entretanto foi Mesmer o criador do mesmerismo ou doutrina de Mesmer, quem despertou a atenção pública para os fenômenos magnéticos, alimentando polemicas em torno do assunto. Afirmava Mesmer “Tudo é atração magnética no Universo”, pregava a influência dos astros uns sobre os outros e sobre os corpos inanimados; o fluido universal é o agente desta influência; os corpos gozam de propriedades análogas as do imã; estas propriedades podem ser transmitidas a outros corpos animados ou inanimados; a moléstia é apenas a resultante da falta ou do equilíbrio na distribuição do magnetismo pelo corpo. Chardel, um dos pioneiros do magnetismo afirmava que o magnetismo é uma transfusão de vida espiritualizada do organismo do operador para o do paciente. Em 1819, surgiram dois notáveis magnetizadores - Barão Du Potet e Charles Lafontaine. Em 1841, o médico inglês Braid, impressionado com as experiências magnéticas de Lafontaine lançou as bases do hipnotismo moderno, o que, sem dúvida deriva diretamente de Mesmer. Mesmer, embora materialista baseava sua teoria no fluído universal, conforme sua afirmativa, “é de uma sutileza sem comparação o que penetra todos os corpos. Essa matéria sutil é o agente do magnetismo”. A questão do fluido é de importância capital porque demonstra a existência no homem de um princípio espiritual independente da matéria, assim afirmava Dr. Ed Bertholet. Leon Denis em sua obra , O problema do ser do destino e da dor, afirma: “Tudo o que está em nós, está no Universo e tudo que está no universo está em nós, o homem acha-se ligado à imensa teia da vida Universal”. FLUÍDO MAGNÉTICO A ação magnética pode produzir-se de muitas maneiras: 1º - Pelo próprio fluído do magnetizador; é o magnetismo propriamente dito ou o magnetismo humano, cuja ação se acha adstrito à força e sobre tudo a qualidade do fluído. 2º - Pelo fluído dos espíritos atuando diretamente e sem intermediário sobre um encarnado, seja para o curar ou acalmar um sofrimento, é o magnetismo espiritual, cuja qualidade esta na razão direta da qualidade do espírito; “magnetismo espiritual”. O fluído não tem cheiro, não tem gosto, nem cor. O cheiro e a cor são a sua mente que o produz e o fluido absorve. O fluído a rigor é expelido pelo magnetizador pelas pontas dos dedos das mãos, pelas palmas das mãos e pela boca, “sopro frio ou quente” e ainda pelos olhos. O corpo humano, é administrado por sete centros de forças “chacras”. A aplicação fluídica sobre os chacras deve ser da cor correspondente a do chacra. Exemplo: Sobre o cardíaco a coloração é laranja, o tempo de aplicação sobre um chacra para sua reposição é suficientes 2 a 3 minutos. Os chacras são centros de energias acumuladas que alimentam o corpo. Exemplo: O chacra laríngeo responde pelos olhos, nariz e garganta e é um chacra do sistema emocional. O fluído para a aplicação deste tipo de passe não leva coloração, ele atua como uma corrente elétrica, eliminando os fluídos pesados em volta do paciente. O fluido magnético é visto pelos videntes na forma de pequenas fagulhas se soltando das mãos do magnetizador com a coloração que o magnetizador emitir e somente cessa pela sua vontade. O fluido é um condutor da vontade do magnetizador e é transmitido de perispírito para perispírito, e atua sobre a causa, nunca sobre o efeito. Exemplo: Um tumor maligno, primeiro ele se encontra no perispírito e sua ação irradia para o corpo físico. O fluído atua sobre o perispírito eliminando o foco, e cessa sua ação no físico. Nada impede a ação do fluido magnético. Contudo, a penumbra favorece a liberação do fluído, ao contrário da claridade que o inibe de certo modo. Em regra geral a penumbra e a música suave auxiliam na liberação fluídica. As vestimentas não impedem sua penetração, porém as cores vermelhas, azuis , marrom ou preta reduzem seus efeitos, o que deve ser evitado, “em si tratando de pacientes”
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