Se preparando para uma Programação do Corpo Físico...
AS ETAPAS DO PROCESSO-ESTABELECIMENTO DO PROGRAMA DE VIDA-AJUSTE COM OS FUTUROS PAIS-CONSTRUÇÃO DO MOLDE ETÉRICO-PLASMAGEM DO CORPO FÍSICO.
PREPARANDO UMA REENCARNAÇÃO
Ao contrário do que vulgarmente se imagina, a preparação de uma reencarnação, salvo casos particulares em que a urgência é dominante, envolve um conjunto de procedimentos cuidadosos e demorados.
É claro que cada caso é um caso.
A situação depende muito do nível de evolução em que o ser reencarnante se encontra, podendo dizer-se que, de uma maneira geral, essa preparação é tanto mais laboriosa, exigente e complexa quanto maior o seu nível consciencial.
De fato, é bem diferente preparar uma reencarnação em que os problemas a resolver são quase apenas de natureza kármica, ou seja, em que apenas dizem respeito a ele mesmo e a uns tantos envolvidos nos seus conflitos, como acontece com os indivíduos que se encontram em estágios relativamente baixos de desenvolvimento da consciência (instintivos-sensórios inferiores, médios e até mesmo superiores), ou, ao contrário, uma reencarnação em que, além da componente kármica, também a componente dhármica começa a assumir uma importância decisiva, e em que, portanto, é preciso colocar esse indivíduo em situação de poder não só ser útil a si mesmo mas também aos outros (alguns racionais-analíticos, mas, especialmente, intuitivos-sintéticos e místicos-unitários).
Nos esquemas que se seguem apresenta-se a sequência normal de fases envolvidas na grande maioria das reencarnações, sendo certo que cada uma delas poderá revestir complexidade e dificuldade muito distintas, caso a caso.
Essas fases, que se apresentam sob a forma de diagramas, são as quatro seguintes:
>estabelecimento de um programa de vida;
>ajuste com os futuros pais;
>construção do molde do corpo físico:
>plasmagem do corpo físico.
ESTABELECIMENTO DO PROGRAMA DE VIDA
O estabelecimento do programa de vida que vai caracterizar a reencarnação de cada pessoa e que define o que lhe será mais útil para resolver os seus problemas kármicos e para cumprir os seus eventuais objectivos dhármicos, se os tiver, é talvez a parte mais importante da preparação de uma reencarnação.
Mas compreenda-se que não há nenhum juiz do outro lado que esteja a emitir sentenças sobre nós e a decidir as nossas penas ou os nossso premios. como sabemos, é a própria estrutura da máquina que o determina, tudo se encontra inscrito nos quistos existentes nos nossos corpos etérico, emocional e mental gerados pelas nossas ações em vidas anteriores, quistoa esses que terão de ser removidos ou apagados em vidas futuras. Ou seja, é a própria memória da nossa máquina corpórea que regista o nosso passado e que determina o que teremos de fazer no futuro para recompor o nosso equilíbrio energético.
Para o estabelecimento desse programa de vida entram em jogo seres de elevadíssima condição espiritual e repletos de infinita misericórdia (os chamados Senhores do Karma), que, no entanto, tudo o que fazem, com enorme complacência, é escolher, entre as inevitáveis provas por que cada um tem de passar, as que mais se ajustam às circunstâncias específicas da nova vida.
Eles comportam-se como ajudantes misericordiosos do ser reencarnante, como consultores na preparação dos constrangimentos a introduzir nos seus corpos, em especial no físico, e para a definição dos eventos capitais que marcarão a sua jornada terrena.
Entenda-se, por isso, que cada um participa, em função do nível de consciência já por si alcançado, na seleção das provas e das dificuldades por que vai passar, pelo que essas provas são por ele aceites e foram com ele acertadas.
Essa participação pode, no entento, como se depreende, variar entre extensos limites, oscilando na prática entre nada, para um indivíduo de evolução primária, até tudo, num ser de avançada consciência.
Nesta 1ª fase do processo de reencarnação, a questão da oportunidade é, como se observa, o primeiro aspecto a considerar, pois não faria sentido preparar toda uma reencarnação se não estivessem reunidas as condições mínimas de reencontro do ser reencarnante com aqueles com quem tem de reacertar arestas do passado, os quais provavelmente irão ser seus pais, ou irmãos, ou marido e mulher, ou filhos.
É necessário, portanto, que os pais se encontrem já reencarnados e que os restantes "comparsas kármicos" possam vir a reencarnar proximamente.
Por outro lado, também é nesta fase que se definem os condicionamentos kármicos impostos à pessoa, sob a forma de karma corporal e de karma vital ou de percurso, sendo desejável que a pessoa os aceite, caso contrário a reencarnação terá de ser forçada, o que tantas vezes acarreta riscos de aborto espontâneo: o ser reencarnante pode rebelar-se, recusando-se tão firmemente a reencarnar, que perturba o processo de desenvolvimento uterino a tal ponto que induz a sua expulsão do útero materno, e o aborto acaba por surgir.
Se tudo corrre bem, é possível passar à 2ª fase.
AJUSTE COM OS FUTUROS PAIS
Este ajuste, que, tal como a fase anterior, é prévio à fecundação, é fundamental, tanto para garantir quanto possível que a gestação que está a ser preparada se venha a processar com riscos mínimos de aborto por recusa da mãe, como para que sobretudo essa mãe, mas também o pai, aceitem receber um filho que tantas vezes é um brutal inimigo do passado, contra o qual eles poderão ter as maiores prevenções ou até mesmo experimentar profundo ódio.
De fato, em especial para a mãe, poderá ser uma prova muito difícil aceitar que se desenvolva dentro de si durante nove meses uma energia em relação à qual ela sente, na sua hipersensibilidade de grávida, que existem sentimentos de repulsa que ela não consegue explicar, mas que estão lá realmente e a podem mesmo atormentar através de sonhos. Assim, siga-se o diagrama e as várias alternativas de caminhos que ele apresenta.
Como no diagrama se verifica, é também nesta fase que os Senhores do Karma, bem como o próprio nascituro, têm uma tarefa preponderante no processo de convencimento da mãe (e do pai), de que o filho vem com intenções de paz e deseja que as arestas do passado se desfaçam em definitivo (é claro que, deixem-me ser um pouco cínico, uma coisa são as boas intenções à nascença, outra a realidade prática da vida, após o reencarne).
Neste processo de aceitação mútua, tanto a mediação dos agentes dos Senhores do Karma, como a intervenção do filho, fazem-se sobretudo durante o sono dos pais, e mais especialmente da mãe, a qual, pela sua importância como laboratório da gestação, é o elemento decisivo.
Claro que, também aqui, se a mãe não aceita, três alternativas de atuação se apresentam: ou (i) a reencarnação é adiada, à espera de uma nova oportunidade mais viável, ou (ii) se entende de prosseguir o processo reencarnatório, passando à fase de fecundação, o que pode determinar o risco de a mãe provocar aborto para se libertar da gravidez indesejada (trata-se de um risco sério de fuga ao karma), ou (iii) se decide recorrer a um útero avulso (casos de gravidez por inadvertência da mulher, ou por violação, ou em decorrência de prostituição), situações nas quais há o risco de a criança ser abandonada, ou cedida a terceiros, ou ser recolhida em asilo, tudo isto se entendendo como útil provação kármica para o ser reencarnante).
Assim, se o processo reencarnatório prosseguir, passa-se à fase de construção do chamado molde etérico.
A construção deste molde, também designado por Hernâni Guimarães Andrade modelo organizador biológico (MOB) e por Rupert Sheldrake campo morfogenético, é um processo complexo que exige a miniaturização do ser reencarnante até às dimensões aproximadas do seu corpo à nascença, e é este molde, formado por matéria física etérea que vai constituir o chamado duplo etérico, uma espécie de reservatório onde se vai vazar todo o futuro corpo físico denso da pessoa.
Toda a conformação e todas as características corporais da pessoa estão integralmente contidas, sem margem de erro, nesse molde etérico.
Como se depreende, o processo de fecundação não é um processo aleatório, deixado ao acaso.
As escolhas, tanto do óvulo que se desprende do ovário, como daquele espermatozóide, eleito entre milhões de outros espermatozóides, que o penetra, estão inteiramente determinadas.
Tudo se passa por uma atração electromagnética seletiva entre o espermatozóide e o óvulo, em que este se comporta como um cofre ou uma fechadura que só e somente pode ser aberta por um determinada chave e mais nenhuma outra.
Como se exprime no diagrama, há 3 fatores intervenientes na formatação do duplo etérico e que atuam conjugadamente: (i) o átomo físico permanente, onde se estão registados todos os dados marcantes das vidas físicas anteriores que necessitam de ajustes corporais e que, por isso mesmo, vão constituir anomalias físicas potenciais, (ii) o karma corporal agendado para a nova vida, que manifesta aquelas anomalias que mais se ajustam à nova vida e (iii) os genes dos pais, que são a estrutura formal, a gaiola celular de suporte do corpo em formação.
A partir desse instante, passa-se à 4ª fase do processo, finalmente a construção do corpo físico propriamente dito.
A plasmagem do corpo físico é a única fase do trabalhoso processo reencarnatório que é, em parte, clinicamente visível, razão pela qual o ser humano, que é propenso a acreditar apenas no que é palpável, vive na convicção de que só a parte do processo que se inicia com a fecundação conta para a formação do novo ser.
Trata-se de uma postura eminentemente materialista, que ignora todo o intenso trabalho prévio.
Aliás, nesta última fase encontram-se ainda dois dos mais importantes e misteriosos aspectos do processo: o apagamento da memória, pela construção de uma espécie de véu-barreira em relação às vidas passadas, e a minituarização dos corpos astral e mental da pessoa, que tomam as dimensões do futuro nascituro e irão posteriormente evoluindo em tamanho, acompanhando o crescimento do corpo físico do indivíduo.
Desconhece-se em pormenor quais os mecanismos e os procedimentos por detrás desses processos, sabendo-se apenas que eles ocorrem conjugadamente e de forma simultânea dentro de câmaras de frio especializadas, existentes imunidades de reencarnação que se situam em inúmeros locais dos vários planos de existência em redor da Terra.
Deve-se compreender, portanto, que a fecundação só pode iniciar-se depois de plasmado o molde etérico do novo ser, molde esse que representa o holograma onde se irá vazar o seu corpo físico.
Assim, feito o acasalamento genético do óvulo com o espermatozóide, através do sistema chave-fechadura já referido, o subsequente processo de gestação, que envolve o duplo mistério da diversificação das células e da sua migração electromagnética rigorosa para os lugares que lhes estão alocados dentro desse holograma, só é possível porque existe precisamente esse molde minaturizado do corpo físico futuro que permite que a distribuição das células se efetue sem erros. Ou seja, porque existe esse molde electromagnético, é impossível que a célula de um olho migre para um pé ou que a célula de uma unha migre para o couro cabeludo.
O final do processo é finalmente o surgimento à luz do dia, através do parto, de um novo ser com forma física visível e palpável, mas composto ainda de contrapartes invisíveis e impalpáveis que são os corpos astral e mental de que vem provido para a nova jornada terrena.
Posto isto, e entendida a vastidão do processo que preside à formatação de uma nova encarnação de qualquer ser, algumas perguntas incômodas se colocam e é indispensável dar-lhes respostas claras, algumas também incômodas.
É o que se faz nos quadros seguintes, e abstemo-nos de mais comentários, a não ser os finais.
As leis humanas são úteis para regular as relações entre seres humanos, mas completamente inúteis para regular as relações dos seres humanos com a vida.
Estas são função exclusiva do grau de evolução da consciência de cada um e não podem submeter-se aos interesses ocasionais da sociedade, variáveis com a época, com as tradições, com o regime político, com as crenças, com as conveniências momentâneas,(os novos do mundo).
Crer que um determinado ato pode passar a ser legítimo só porque uma lei avulso, feita em nome da "modernidade de visão", "para não ficar atrás do que outros já fazem", o passa a admitir, pode ser uma boa muleta para um materialista justificar as suas faltas e sentir-se aliviado.
Irá receber o troco mais tarde, e só poderá, perante si próprio, alegar como defesa a sua ignorância.
Mas para um espiritualista não vale nada.
A moral crística não é variável ao sabor da ignorância dos homens.