CATÁSTROFES E ACIDENTES - QUAL O MOTIVO DE EXISTIREM ?
O acidente com o Airbus da Companhia Tam, ocorrido em 17 de Julho de 2007, em São Paulo, que levava 176 pessoas, causando a morte de todos os passageiros, traz, novamente, de maneira vigorosa e tormentosa, a pergunta:
Como aconteceu isso?
Por que ocorrem essas tragédias coletivas?
Surgem outras perguntas: por que algumas pessoas se salvaram ou porque desistiram da viagem ou porque perderam o vôo?
Qual o motivo que algumas pessoas potencialmente candidatas a estarem no meio do acidente, se safaram?
Não resta dúvida que a Doutrina Espírita consegue explicar coerentemente e dá uma explicação fácil de ser entendida, além de trazer o consolo para as aflições.
Para a maior parte das pessoas essas tragédias coletivas formam uma idéia cujo significado é ambíguo ou incompreensível.
Perante o acontecimento funesto vem a nossa mente, a lembrança recente do acidente com o avião da Gol ocorridos há 10 meses, que deixou 155 mortos na Mata Amazônica e bem como desastres de triste memória tais como: o incêndio no Edifício Joelma em São Paulo, o incêndio de um circo em Niterói, o evento da tsunami na Ásia, inundações, terremotos e, perante tudo isso, a ocorrência de tão graves episódios, faz com que a fé titubeie, mostra-se oscilante e, não raro, aparece a indignação, a desesperança e a vacilação da crença. Fala-se que Deus está castigando a Humanidade.
Kardec indagou a Espiritualidade sobre o sofrimento coletivo nas perguntas 737 a 741 cuja leitura indica.
Só a reencarnação tem o poder de explicar essas ocorrências. Nós, ao longo das vidas, cometemos crimes bárbaros e hediondos, chacinas em que foram sacrificadas mulheres e crianças. Os débitos contraídos foram extremamente dolorosos e são, assim, resgatados no médio prazo.
Essa explicação, às vezes, não é bem recebida pela maioria das pessoas, que se indignam com essa tentativa de esclarecimento. À medida que o Ser Humano o evolui tem seu entendimento aclarado e ampliado. Vê uma lógica irrefutável em resposta a sua angústia.
Existe um vasto conhecimento trazido, nos livros espíritas, através da mediunidade de muitas criaturas, de forma romanceada, explicando como se aproximam as criaturas com afinidades, quando envolvidas e comprometidas, cuja força não dá para resistir.
No livro “O Céu e o Inferno” (edição Mundo Maior, capitulo 7º - As Penas Futuras – Segundo o Espiritismo, item III (“A justiça humana não faz distinção de individualidade dos seres que castiga, medindo o crime por si mesmo. Atingem indistintamente aqueles que o cometeram e a mesma pena é atribuída ao culpado, sem distinção de sexo ou grau de educação. A justiça divina procede diferente: as punições são impostas de acordo com o grau de progresso dos culpados. Crimes iguais não significa que os indivíduos sejam iguais. (.....) Então, não são mais as trevas que castigam e sim a intensidade da luz espiritual, que ultrapassa a inteligência terrena e o faz sentir a angústia de uma ferida aberta”).
Então, através do Espiritismo, aprendemos que para sanar nossos equívocos soa necessárias três ações: arrepender, expiar e reparar.
"O arrependimento suaviza os travos da expiação, abrindo pela esperança o caminho da reabilitação; só a reparação, contudo, pode anular o efeito destruindo-lhe a causa”.
e agir.
Causa e Efeito
Sendo Deus a Bondade Infinita, por que permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos casos dos grandes incêndios?
Realmente reconhecemos em Deus o Perfeito Amor aliado à Justiça Perfeita. E o Homem, filho de Deus, crescendo em amor, traz consigo a Justiça imanente, convertendo-se, em razão disso, em qualquer situação, no mais severo julgador de si próprio.
Quando retornamos da Terra para o Mundo Espiritual, conscientizados nas responsabilidades próprias, operamos o levantamento dos nossos débitos passados e rogamos os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente.
É assim que, muitas vezes, renascemos no Planeta em grupos compromissados para a redenção múltipla.
Invasores ilaqueados pela própria ambição, que esmagávamos coletividades na volúpia do saque, tornamos à Terra com encargos diferentes, mas em regime de encontros marcado para a desencarnação conjunta em acidentes públicos.
Exploradores da comunidade, quando lhe exauríamos as forças em proveito pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos o ápice de epidemias arrasadoras.
Promotores de guerras manejadas para assalto e crueldade pela megalomania do ouro e do poder, em nos fortalecendo para a regeneração, pleiteamos o Plano Físico a fim de sofrermos a morte de partilha, aparentemente imerecida, em acontecimentos de sangue e lágrimas.
Corsários que ateávamos fogo a embarcações e cidade na conquista de presas fáceis, em nos observando no Além com os problemas da culpa, solicitamos o retorno à Terra para a desencarnação coletiva em dolorosos incêndios, inexplicáveis sem a reencarnação.
Criamos a culpa e nós mesmos engenhamos os processos destinados a extinguir-lhe as conseqüências. E a Sabedoria Divina se vale dos nossos esforços e tarefas de resgate e reajuste a fim de induzir-nos a estudos e progressos sempre mais amplos no que diga respeito à nossa própria segurança. É por este motivo que, de todas as calamidades terrestres, o Homem se retira com mais experiência e mais luz no cérebro e no coração, para defender-se e valorizar a vida.
Lamentemos sem desespero, quantos se fizerem vítimas de desastres que nos confrangem a alma. A dor de todos eles é a nossa dor. Os problemas com que se defrontaram são igualmente nossos.
Não nos esqueçamos, porém, de que nunca estamos sem a presença de Misericórdia Divina junto às ocorrências da Divina Justiça, que o sofrimento é invariavelmente reduzido ao mínimo para cada um de nós, que tudo se renova para o bem de todos e que Deus nos concede sempre o melhor.
Como aconteceu isso?
Por que ocorrem essas tragédias coletivas?
Surgem outras perguntas: por que algumas pessoas se salvaram ou porque desistiram da viagem ou porque perderam o vôo?
Qual o motivo que algumas pessoas potencialmente candidatas a estarem no meio do acidente, se safaram?
Não resta dúvida que a Doutrina Espírita consegue explicar coerentemente e dá uma explicação fácil de ser entendida, além de trazer o consolo para as aflições.
Para a maior parte das pessoas essas tragédias coletivas formam uma idéia cujo significado é ambíguo ou incompreensível.
Perante o acontecimento funesto vem a nossa mente, a lembrança recente do acidente com o avião da Gol ocorridos há 10 meses, que deixou 155 mortos na Mata Amazônica e bem como desastres de triste memória tais como: o incêndio no Edifício Joelma em São Paulo, o incêndio de um circo em Niterói, o evento da tsunami na Ásia, inundações, terremotos e, perante tudo isso, a ocorrência de tão graves episódios, faz com que a fé titubeie, mostra-se oscilante e, não raro, aparece a indignação, a desesperança e a vacilação da crença. Fala-se que Deus está castigando a Humanidade.
Kardec indagou a Espiritualidade sobre o sofrimento coletivo nas perguntas 737 a 741 cuja leitura indica.
Só a reencarnação tem o poder de explicar essas ocorrências. Nós, ao longo das vidas, cometemos crimes bárbaros e hediondos, chacinas em que foram sacrificadas mulheres e crianças. Os débitos contraídos foram extremamente dolorosos e são, assim, resgatados no médio prazo.
Essa explicação, às vezes, não é bem recebida pela maioria das pessoas, que se indignam com essa tentativa de esclarecimento. À medida que o Ser Humano o evolui tem seu entendimento aclarado e ampliado. Vê uma lógica irrefutável em resposta a sua angústia.
Existe um vasto conhecimento trazido, nos livros espíritas, através da mediunidade de muitas criaturas, de forma romanceada, explicando como se aproximam as criaturas com afinidades, quando envolvidas e comprometidas, cuja força não dá para resistir.
No livro “O Céu e o Inferno” (edição Mundo Maior, capitulo 7º - As Penas Futuras – Segundo o Espiritismo, item III (“A justiça humana não faz distinção de individualidade dos seres que castiga, medindo o crime por si mesmo. Atingem indistintamente aqueles que o cometeram e a mesma pena é atribuída ao culpado, sem distinção de sexo ou grau de educação. A justiça divina procede diferente: as punições são impostas de acordo com o grau de progresso dos culpados. Crimes iguais não significa que os indivíduos sejam iguais. (.....) Então, não são mais as trevas que castigam e sim a intensidade da luz espiritual, que ultrapassa a inteligência terrena e o faz sentir a angústia de uma ferida aberta”).
Então, através do Espiritismo, aprendemos que para sanar nossos equívocos soa necessárias três ações: arrepender, expiar e reparar.
"O arrependimento suaviza os travos da expiação, abrindo pela esperança o caminho da reabilitação; só a reparação, contudo, pode anular o efeito destruindo-lhe a causa”.
e agir.
Causa e Efeito
Em nossas vidas há, entre outras, uma certa lei funcionando constantemente: a lei de causa-e-efeito.
Ela é muito semelhante à lei da Física descoberta por Isaac Newton (1642-1727), que diz que toda ação causa uma reação e que a ação e a reação são iguais e opostas.
Através desta lei, Deus nos torna responsáveis por todos os atos livremente cometidos.
Na prática, quer dizer que tudo o que fazemos retorna a nós mesmos, e retorna de maneira automática.
Vejamos alguns exemplos:
Ela é muito semelhante à lei da Física descoberta por Isaac Newton (1642-1727), que diz que toda ação causa uma reação e que a ação e a reação são iguais e opostas.
Através desta lei, Deus nos torna responsáveis por todos os atos livremente cometidos.
Na prática, quer dizer que tudo o que fazemos retorna a nós mesmos, e retorna de maneira automática.
Vejamos alguns exemplos:
* se exageramos na comida (causa), temos uma indigestão (efeito);
*se descuidamos da saúde (causa), ficamos doentes (efeito);
* se costumamos brigar com todo mundo (causa), terminamos sozinhos (efeito).
*se descuidamos da saúde (causa), ficamos doentes (efeito);
* se costumamos brigar com todo mundo (causa), terminamos sozinhos (efeito).
No entanto, o alcance desta lei é muito maior.
Ela não se limita às ações praticadas na encarnação presente. A lei de causa e efeito liga fatos separados por séculos, por milênios, entre as inúmeras reencarnações do Espírito, de acordo com o mais perfeito princípio de Justiça.
Uma certa circunstância que cria um sofrimento em nossa vida presente, cuja causa não identificamos nela mesma, pode ter sido gerada no passado remoto.
Os sofrimentos por causas anteriores são, freqüentemente, como os das faltas atuais, a conseqüência natural da falta cometida; quer dizer, por uma justiça distributiva rigorosa, o homem suporta o que fez os outros suportarem; se foi duro e desumano, ele poderá ser, a seu turno, tratado duramente e com desumanidade: se foi orgulhoso, poderá nascer em uma condição humilhante (...) (O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Cap. V, Item 7)
Há livros (inclusive O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO) que colocam este assunto em termos de dívidas contraídas, pagamento de contas, resgate ou coisa parecida. São figuras de linguagem, e não devemos tomá-las ao pé da letra.
Na verdade, ninguém deve nada a Deus, ao Universo, nem mesmo àqueles a quem prejudicou no passado.
Simplesmente possuímos uma consciência, que sabe diferenciar o bem do mal e que sabe reconhecer quando se afasta do caminho do Bem. Essa consciência só encontra a Paz quando, de alguma forma, procuramos consertar os estragos provocados por nossas atitudes. E a lei de causa e efeito nos leva a isto.
Outro engano é crer-se que tudo aquilo que não "pagamos" agora, será "cobrado" mais tarde, com "juros e correção monetária", como se existisse inflação na economia do Cosmo. Se o simples fato de protelarmos o encontro com pessoas e situações onde temos planos de trabalho traçado na Espiritualidade aumentasse o nosso "débito", Deus não seria o Pai misericordioso de Jesus, mas seria o Deus vingativo de Moisés!
Particularmente, creio que esse engano resulte de uma interpretação imperfeita de trechos de O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Cap. V, Item 12, que dizem: Deveis considerar-vos felizes por sofrer, porque as vossas dores neste mundo são a dívida das vossas faltas passadas, e essas dores, suportadas pacientemente sobre a Terra, vos poupam séculos de sofrimento na vida futura. (...)
O homem que sofre é semelhante a um devedor que deve uma grande quantia, a quem diz seu credor: "Se me pagardes hoje, mesmo a centésima parte da dívida, eu vos darei quitação de todo o resto, e sereis livre; se não o fizerdes, eu vos perseguirei até que tenhais pago o último centavo". O devedor não seria venturoso suportando toda sorte de privações para se liberar, pagando a centésima parte do que deve?
Muita atenção: ali não está dizendo que a dívida não quitada se transformará em séculos de sofrimento, mas que teremos essa dívida nos atormentando a consciência durante séculos, até que resolvamos quitá-la. Não é o débito que aumenta: é o sofrimento moral.
Esta interpretação se encaixa perfeitamente, não só com o significado da lição, mas com a Justiça de Deus...
Devemos estar compenetrados do seguinte: perante a Lei de Deus, somos sempre responsáveis:
- pelo mal que fizemos;
- pelo bem que deixamos de fazer, quando podíamos;
- pelas conseqüências de termos deixado de fazer esse bem.
E não há maneira nenhuma de aumentar ou diminuir nossas "contas" que não seja o nosso próprio modo de agir.
Ela não se limita às ações praticadas na encarnação presente. A lei de causa e efeito liga fatos separados por séculos, por milênios, entre as inúmeras reencarnações do Espírito, de acordo com o mais perfeito princípio de Justiça.
Uma certa circunstância que cria um sofrimento em nossa vida presente, cuja causa não identificamos nela mesma, pode ter sido gerada no passado remoto.
Os sofrimentos por causas anteriores são, freqüentemente, como os das faltas atuais, a conseqüência natural da falta cometida; quer dizer, por uma justiça distributiva rigorosa, o homem suporta o que fez os outros suportarem; se foi duro e desumano, ele poderá ser, a seu turno, tratado duramente e com desumanidade: se foi orgulhoso, poderá nascer em uma condição humilhante (...) (O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Cap. V, Item 7)
Há livros (inclusive O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO) que colocam este assunto em termos de dívidas contraídas, pagamento de contas, resgate ou coisa parecida. São figuras de linguagem, e não devemos tomá-las ao pé da letra.
Na verdade, ninguém deve nada a Deus, ao Universo, nem mesmo àqueles a quem prejudicou no passado.
Simplesmente possuímos uma consciência, que sabe diferenciar o bem do mal e que sabe reconhecer quando se afasta do caminho do Bem. Essa consciência só encontra a Paz quando, de alguma forma, procuramos consertar os estragos provocados por nossas atitudes. E a lei de causa e efeito nos leva a isto.
Outro engano é crer-se que tudo aquilo que não "pagamos" agora, será "cobrado" mais tarde, com "juros e correção monetária", como se existisse inflação na economia do Cosmo. Se o simples fato de protelarmos o encontro com pessoas e situações onde temos planos de trabalho traçado na Espiritualidade aumentasse o nosso "débito", Deus não seria o Pai misericordioso de Jesus, mas seria o Deus vingativo de Moisés!
Particularmente, creio que esse engano resulte de uma interpretação imperfeita de trechos de O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Cap. V, Item 12, que dizem: Deveis considerar-vos felizes por sofrer, porque as vossas dores neste mundo são a dívida das vossas faltas passadas, e essas dores, suportadas pacientemente sobre a Terra, vos poupam séculos de sofrimento na vida futura. (...)
O homem que sofre é semelhante a um devedor que deve uma grande quantia, a quem diz seu credor: "Se me pagardes hoje, mesmo a centésima parte da dívida, eu vos darei quitação de todo o resto, e sereis livre; se não o fizerdes, eu vos perseguirei até que tenhais pago o último centavo". O devedor não seria venturoso suportando toda sorte de privações para se liberar, pagando a centésima parte do que deve?
Muita atenção: ali não está dizendo que a dívida não quitada se transformará em séculos de sofrimento, mas que teremos essa dívida nos atormentando a consciência durante séculos, até que resolvamos quitá-la. Não é o débito que aumenta: é o sofrimento moral.
Esta interpretação se encaixa perfeitamente, não só com o significado da lição, mas com a Justiça de Deus...
Devemos estar compenetrados do seguinte: perante a Lei de Deus, somos sempre responsáveis:
- pelo mal que fizemos;
- pelo bem que deixamos de fazer, quando podíamos;
- pelas conseqüências de termos deixado de fazer esse bem.
E não há maneira nenhuma de aumentar ou diminuir nossas "contas" que não seja o nosso próprio modo de agir.
ELK
Sendo Deus a Bondade Infinita, por que permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos casos dos grandes incêndios?
Realmente reconhecemos em Deus o Perfeito Amor aliado à Justiça Perfeita. E o Homem, filho de Deus, crescendo em amor, traz consigo a Justiça imanente, convertendo-se, em razão disso, em qualquer situação, no mais severo julgador de si próprio.
Quando retornamos da Terra para o Mundo Espiritual, conscientizados nas responsabilidades próprias, operamos o levantamento dos nossos débitos passados e rogamos os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente.
É assim que, muitas vezes, renascemos no Planeta em grupos compromissados para a redenção múltipla.
Invasores ilaqueados pela própria ambição, que esmagávamos coletividades na volúpia do saque, tornamos à Terra com encargos diferentes, mas em regime de encontros marcado para a desencarnação conjunta em acidentes públicos.
Exploradores da comunidade, quando lhe exauríamos as forças em proveito pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos o ápice de epidemias arrasadoras.
Promotores de guerras manejadas para assalto e crueldade pela megalomania do ouro e do poder, em nos fortalecendo para a regeneração, pleiteamos o Plano Físico a fim de sofrermos a morte de partilha, aparentemente imerecida, em acontecimentos de sangue e lágrimas.
Corsários que ateávamos fogo a embarcações e cidade na conquista de presas fáceis, em nos observando no Além com os problemas da culpa, solicitamos o retorno à Terra para a desencarnação coletiva em dolorosos incêndios, inexplicáveis sem a reencarnação.
Criamos a culpa e nós mesmos engenhamos os processos destinados a extinguir-lhe as conseqüências. E a Sabedoria Divina se vale dos nossos esforços e tarefas de resgate e reajuste a fim de induzir-nos a estudos e progressos sempre mais amplos no que diga respeito à nossa própria segurança. É por este motivo que, de todas as calamidades terrestres, o Homem se retira com mais experiência e mais luz no cérebro e no coração, para defender-se e valorizar a vida.
Lamentemos sem desespero, quantos se fizerem vítimas de desastres que nos confrangem a alma. A dor de todos eles é a nossa dor. Os problemas com que se defrontaram são igualmente nossos.
Não nos esqueçamos, porém, de que nunca estamos sem a presença de Misericórdia Divina junto às ocorrências da Divina Justiça, que o sofrimento é invariavelmente reduzido ao mínimo para cada um de nós, que tudo se renova para o bem de todos e que Deus nos concede sempre o melhor.
Suponhamos que um aluno estude bastante para um exame e passe com notas altas. O estudo aplicado é a causa e ser aprovado, o efeito. Mas há sempre algum meio que liga a causa ao efeito, e neste caso o meio é o ato de prestar o exame. Tal meio funciona de duas formas: produz um efeito e contribui para formar uma nova causa. No entanto, a mesma quantidade de esforço não necessariamente leva aos mesmos resultados. Alguns estudantes têm naturalmente boa memória, ao passo que outros tendem a esquecer as coisas rapidamente. A questão mais importante é o que produz essas diferenças entre os indivíduos. O budismo atribui a causa ao modo de vida nas existências anteriores. A individualidade e as habilidades naturais são os efeitos das causas realizadas em existências anteriores.
Neste sentido, o budismo é muito diferente da doutrina de algumas religiões ocidentais que sustentam que um ser transcendental predetermina o curso de vida das pessoas neste mundo. O budismo afirma que cada indivíduo é responsável por seu próprio destino e tem ao mesmo tempo a prerrogativa para mudá-lo para melhor e desenvolver seu caráter no futuro. Isso significa que a pessoa com memória fraca não tem de se resignar ao seu destino. Se sabe de seu ponto fraco, pode iniciar os preparativos para um teste bem antes dos outros para que possa memorizar completa e eficazmente as matérias. Assim, poderá superar sua desvantagem. Em vez de depender de sua memória fraca, pode compensá-la aumentando sua compreensão. Estando ciente de seus próprios potenciais, fraquezas e inclinações, é possível desenvolver os pontos fortes e melhorar os fracos. Esta é a maneira correta de superar as limitações do destino. Mesmo assim, deve-se ter força suficiente para desfrutar a liberdade fazendo com que a Lei de Causa e Efeito atue em benefício próprio.
Nitiren Daishonin elucidou a forma de aumentar a própria energia vital e sabedoria para poder atingir a liberdade que está muito além do que se pode atingir apenas com um esforço consciente. Uma vez que o destino é o produto, ou o efeito, dos esforços passados determinados pela lei da causalidade, não se pode evitar seus efeitos. Contudo, a pessoa não deve se resignar. Se permanecer firme no leito do rio da vida, a Lei Mística, que é a entidade da vida, e não apenas as torrentes do carma, ou destino, podem conduzi-lo. Estabelecendo uma base inabalável, pode-se obter a liberdade de agir de acordo com a própria vontade.
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