quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Mantras

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Mantras são palavras que de tão usadas para associações com coisas boas, passam a ser capazes de evocar a egrégora (holopensene, atmosfera espiritual) equivalente.


Os hindus são os craques na utilização dos mesmos. O "Japa" (repetição de sons) é uma técnica iogue bastante conhecida - ao mesmo tempo em que se faz âsanas (posições), mudras (gestos) e pranayamas (respirações), o adepto entoa repetitivamente (japa) palavras específicas (mantras). E é claro, faz ao mesmo tempo a meditação (dhyana) relacionada. Não vou entrar em teorias de porque funciona - mas o fato é que funciona.

As lendas sobre o poder do verbo são comuns em todas as religiões. No hinduismo, a divindade absoluta e não persnificada (Brahman) é dividida em 3 aspectos ou divindades: Brahma (criador, ação inicial, cardinal, Pai do Cristão), Vishnu (amor, mantenedor, fixo, Filho do Cristão) e Shiva (energia, transformação, energia, mutável, Espírito Santo do Cristão). Para que o mundo fosse criado, conta-se que Brahman (o criador) entoou o mantra (verbo, palavra) divino: OOOooooooommm. E a partir desta liberação de energia (associável, por exemplo, ao Big Bang) o universo teria sido criado.

No cristianismo, conta-se no 1o capítulo do Evangelho de João, ao narrar a criação do universo, que "No princípio era o verbo, e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus". E Deus Pai (o 1o aspecto), entoando uma palavra sagrada (Fiat Lux? Faça-se a luz?) ou mantra, criou o mundo a partir de seu VERBO (palavra, ordem) sagrada, como cita o primeiro capítulo do primeiro livro da Bíblia, a Gênese (E Deus disse: Faça-se a luz, e a luz foi feita...)

No ocultismo egípcio, em algumas cidades acredita-se que o mundo tenha sido criado a partir de uma palavra de Toth.

E por aí vai.

Mas mantras não são apenas hindus.
Pense em toda energia positiva associada, por exemplo, às palavras LUZ, AMOR, CRISTO, JESUS... Ao evocar consciente e energeticamente uma palavra destas, você, é claro, emana formas pensamentos compatíveis. E com isto atrai também coisas legais, da mesma frequência. São como chamados ou senhas - e o uso milenar faz com se impregnem de egrégoras bem legais.

Outro que não pode deixar de ser citado é o EU SOU, I AM, AMEM e variações sonoras e gráficas. É uma evocação à divindade que há em cada um, e, não por acaso, Krishna, Jesus e até mesmo Sai Baba falam na divindade na primeira pessoa - não por serem isto ou aquilo mais do que qualquer um, mas por ter plena consciência de que são (como nós) Deuses.

Já que estamos fazendo uma "teoria geral dos mantras", é importante dizer que, no hinduismo, nos mantras em sânscrito, exaltações masculinas terminam em YA, e as femininas, em AI.

Por exemplo, para evocar Shiva (deus transformador, aquele da dança, com vários braços, dentro de uma roda), pronunciamos: OM NAMAH SHIVA YA

Para Gansesha (da sabedoria e proteção, aquele com cabeça de elefante), filho de Shiva: OM NAMAH GANESHA YA

Já se fosse para *a* Sarasvati (consorte de Brahman), seria OM NAMAH SARASVATI AI

Legal destacar que no hinduismo, todas as divindades possuem uma consorte ou "esposa" - a divindade é sempre masculina e feminina, Yin e Yang, Deus e Deusa. E o mundo e sua ilusão material (Maya) é criado em cima desta polaridade.

Um mantra iniciático e secreto, que o Wagner Borges recuperou via viagem astral, recentemente, é o ARUNDHATI Este mantra, evocando a deusa metaforicamente pela estrela da manhã (ou vênus), faz referência secreta "àquela que inspira as boas ações". É um mantra para ser usado quando precisamos de calma mental e equilíbrio. Deve ser entoado no cardíaco (anahata) ou no frontal (ajna), com as mãos postadas à frente do peito (pontas dos dedos para cima, dedos e palmas se tocando, braços na horizontal, no tradicional gesto de saudação hindu). De forma suave, doce - mas ao mesmo tempo firme e decidida - sem coerção, como tudo que é relacionado ao yoga.

É importante falarmos também dos bija-mantras. Segredo total durante milênios, os bija (semente) são mantras capazes de ativar imediatamente cada chakra. Exatamente por seu poder, foram mantidos em segredo, de modo a só serem passados a pessoas preparadas. Normalmente, após algums vidas de yoga, e mesmo assim, após muitos anos na vida.

Hoje em dia, adotamos a postura "não cortas as pernas das crianças para evitar que se tornem ladrões". Portanto, nos tempos de aquário, revela-se cada vez mais o antigo ESOterismo (eso=para dentro, fechado, secreto), tornando-o EXOtérico (exo=para fora, aberto, revelado). A responsabildiade é de cada um - e as consequências também. O planeta tem pressa, e ninguém vai conseguir esconder as informações.

Vamos aos bija-mantras, então (eles precisam ser entoados imaginando o chakra em questão como sendo o foco, ou seja, a "garganta" precisa ser imaginada lá, e o "ouvido" também - se não for vibrado dentro do chakra, a palavra não faz efeito)

Muladhara (básico, atrás da coluna):
LAM

Svadhistana (sexual, na altura dos órgãos sexuais)
VAM

Manipura (umbilical, na altura do umbigo)
RAM

Anahata (cardíaco, na altura do coração)
YAM

Vishuddha (laríngeo, na altura da garganta)
HAM

Ajna (frontal, no centro da testa)
OM

Sahashara (coronário, no alto da cabeça)
Não tem, por ser sutil demais para ser atingido por vibrações físicas, mas alguns autores e iogues utilizam o AUM

Curioso é que o chakra frontal, associado ao cérebro e hipófise, possui em sânscrito o nome de AJNA, que quer dizer comando. Ou seja, há 6 ou 8 mil anos atrás, eles JÁ SABIAM não só sobre chakras, mas também sobre glândulas e suas importâncias, e que a consciência e o comando do corpo estava no cérebro...

Um pouco mais sobre chakras e bija-mantras, em português, pode ser encontrado em: http://www.cripto.com/rad/chakras.html

Agora, para quem quer detalhes MESMO, e lê em inglês, uma excelente explicação sobre chakras, bija-mantras, nadis e kundaline pode ser encontrada em http://utenti.tripod.it/aum/kundalini_eng/chakras.html
Clicando na imagem de cada chakra, obtêm-se a ficha completa do mesmo.

Voltando aos mantras, há os que são traduzíveis, ou seja, personificados, visualizados (saguna) e os que tem sentido abstrato (nirguna). Mantras para divindades são saguna, já o OM, por exemplo, assim como os bija-mantras, são nirguna mantras.

É comum, entre projetores, vibrar as palavras LUZ, OM ou CONSCIÊNCIA na altura do frontal. Esta técnica, usada tanto antes de dormir para ativar a clarividência, quanto como saída para ataques extra-físicos, é na verdade uma técnica mântrica - uma vez que a associação da palavra ao chakra em questão, trazendo a atmosfera espiritual equivalente, é responsável diretamente pela aceleração do estado vibracional.

Outro mantra importante, que precisa ser citado, é o famoso OM MANI PADME HUM O mesmo faz referência à divina flor do lótus do coração, um sub-chakra importantíssimo do sistema cardíaco, subordinado ao anahata - e é ligado a sentimentos elevadíssimos. A vibração do OM MANI PADME HUM no cardíaco e frontal é também uma excelente técnica projetiva.

Apenas para completar, já que não dá para esgotar o assunto, preciso registrar que o uso de mantras também é muito comum no Tibet. E que de certo modo, as repetições de preces cristãs evocam também a técnica de "japa" (repetições) - a idéia da eficácia de uma oração (repetitiva) é exatamente a associação com egrégoras mais positivas - e funciona, pelo mesmo princípio dos mantras e japas hindus.

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