quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Paranormalidade ou Mediunidade?

Você é paranormal ?‏
Paranormal é um termo empregado para descrever as proposições de uma grande variedade de fenômenos supostamente anômalos ou estranhos ao conhecimento científico, mesmo se essa percepção for devida à ignorância.
Diz-se que um evento ou percepção são paranormais quando envolvem forças ou agentes que estão além de explicações científicas, mas assim mesmo são misteriosamente vivenciados por aqueles que alegam possuir poderes psíquicos, como a percepção extrasensorial ou a psicocinese.
Muitos compreendem o termo paranormal como sinônimo de parapsicologia, que lida com fenômenos psíquicos como telepatia, ESP, e estudos do sobrenatural como fantasmas. No entanto, o termo mais amplo para paranormal inclui assuntos considerados como sendo externos ou fora do alcance da parapsicologia, incluindo UFOs, criptozoologia e muitos outros de cunho não-psíquico.
Existem pessoas que alegam possuir poderes paranormais, e acabam sendo excluídas do círculo social por serem consideradas estranhas[carece de fontes?]. Para os defensores de teses paranormais, a capacidade de possuir os supostos poderes paranormais seria na verdade a possível manifestação de um dom e deve ser respeitada. Paralelamente aplica-se a palavra aos fenômenos pouco habituais, sejam físicos ou psíquicos.

 
Mesmo sem acreditar na unanimidade do pensamento humano, acredito que os mistérios apresentados pelos tênues limites entre o natural e o sobrenatural são os que mais intrigam e fascinam o homem.
Ciganas que lêem as mãos; jogadores de búzios dos candomblés da Bahia; videntes com bola de cristal; cartas de tarot; duendes; numerologia; telepatia; clarividência; premonição; milagres e curas... são fatos que geram interpretações as mais variadas possíveis, do ceticismo emburrecido, totalmente anti-científico, ao fanatismo cego e perigoso.
A partir desses atos e desses fatos e a depender do estado de aceitação dessa ou daquela comunidade, surgem as idéias a respeito. Afinal, elas (as idéias) nem sempre são geradas espontaneamente. Muitas decorrem da observação de eventos, de fatos e de atos. E quando esses atos são situações marcadas por conflitos geram-se, mais facilmente: a razão; a consciência de; e a consciência moral; conforme nos apresenta Mannheim
A pesquisa, o estudo profundo e a apresentação de trabalhos bem elaborados e empolgantes sobre o assunto representam a solução educacional básica para colaborar com a redução da ignorância sobre assunto tão importante e tão mal entendido e que, freqüentemente, leva pessoas a atitudes desastrosas contra a própria vida ou de outrem.
Assim como encontramos conhecimentos verdadeiros dentro da mais pura charlatanice, podemos encontrar inverdades básicas em comprovações científicas de reconhecimento mundial.
            A investigação é sempre o caminho mais correto para se comprovar ou se contestar uma idéia, por mais absurda que ela nos pareça.
Descartar uma investigação por simples descrença ou falta de evidências científicas constitui o caminho mais rápido para a construção de um sentimento intolerante e acomodado, responsável por atravancar o progresso do pensamento universal.
Os fatos, os eventos e as idéias existem e precisam ser investigados, analisados e questionados, sempre dentro de uma razão impessoal, científica e neutra, livre de aspectos emocionais e independente de dogmas, sejam eles quais forem sem descartar a possibilidade da existência do inexplicável.
E os resultados serão sempre temporários e dinâmicos, pois dinâmica é a evolução do pensamento humano.
Até a influência do momento histórico-sócio-cultural de uma coletividade altera definições conceituais podendo tornar natural o que antes ou em outra coletividade seria considerado sobrenatural, já que "assuntos humanos não podem ser compreendidos pelo isolamento de seus elementos" , ou seja, todos os significados são interdependentes e sempre relacionados ao momento histórico social daquele grupo.
Influi também bastante o real interesse dos pesquisadores em entender um pouco dos mistérios da natureza, assim como o equivocado interesse de pseudo pesquisadores em simplesmente descartar como inexistente aquilo que não conseguem explicar.
Cada resultado suscita novas perguntas e abre novas possibilidades de entendimento das mesmas verdades.
O inexplicável cerca a humanidade desde que o mundo é mundo, muitas vezes apresentando processos que até entendemos sem, entretanto, termos condições para entender suas causas ou seus elementos geradores.
Em outros momentos apresentando eventos que nem aceitamos com real, mas que com o avanço da ciência, acabamos por aceitá-lo como verdade ou, pelo menos, como sendo até possível.
Nesses momentos de inexplicação científica evidente, a ciência verdadeira e profunda, já convencida de que não pode sobreviver sem a integração com todas as demais áreas do conhecimento humano, dá um grande passo em direção ao alargamento de seus horizontes pois, além de não se descartar qualquer evento, seja ele qual for, leva em consideração em sua análise as próprias explicações místicas sobre o assunto.
A ciência ,sendo necessariamente neutra, pesquisa a fundo todas as possibilidades apresentadas, estudando a explicação a partir de cada dogma e analisando as diferenças inter-dogmáticas.
A ligação a um dogma único de uma determinada linha religiosa leva ao encerramento do processo de curiosidade necessário ao alargamento dos horizontes intelectuais de toda a humanidade.
Tal rigidez dogmática foi muito utilizada em momentos da nossa evolução intelectual, trazendo conseqüências irreparáveis, como foi o processo da inquisição levada a efeito pela Igreja.
Era o desespero dos religiosos que, incapazes de apresentar argumentos convincentes a respeito de seus dogmas, preferiam eliminar aqueles que, com profundidade de raciocínio, iam contra seus dogmas e crenças.
Erros graves são, então, cometidos, quando a base de nosso raciocínio é inexpugnável, rígida e intransigente, e isso não ocorre apenas com a religião, mas principalmente na ciência.
Fatos considerados sobrenaturais devem sempre ser estudados independente de qualquer dogmatização, procurando integrar os conceitos do maior número possível de crenças, sejam elas místicas, espirituais, espiritualistas, materialistas, científicas ou filosóficas, evitando a concentração em uma única forma de se ver aquela verdade.
Pretendemos mostrar que a diferença entre o natural e o sobrenatural se dá, muitas vezes, pela limitação perceptiva do ser humano dito normal e que ele já nasce com faculdades consideradas sensitivas e mediúnicas e as perde a partir da influência castradora do comportamento social.
Acreditamos assim estar colaborando para o melhor conhecimento do sobrenatural eliminando as barreiras dogmáticas, os bloqueios de raciocínio e as "fugas" psicológicas, evitando assim o deslumbramento e a idolatria direcionada aos detentores de faculdades ditas paranormais.
Estaremos também incentivando o questionamento e a pesquisa permanente de todos os fenômenos naturais e sobrenaturais que significam algum tipo de mistério para a humanidade..
 
 
1) A mente, o cérebro e a paranormalidade
 
Podemos iniciar o estudo da dualidade mente-cérebro e sua ligação com a paranormalidade declarando, sem medo de errar, que toda paranormalidade humana é comandada pela mente, utilizando-se do cérebro como instrumento gerador e direcionador das energias lá armazenadas.
Considerados como os grandes mistérios do Ser, a mente e o cérebro humano continuam sendo os mais envolventes e empolgantes elementos de pesquisa de todos os tempos.
A princípio entendidos como uma só unidade espiritual, servindo como elemento de ligação entre Deus, a humanidade e a natureza, mente e matéria acabaram sendo separadas pelo filósofo René Descartes em 1637, em sua conceituação filosófica dualista, considerando o pensamento imaterial, como a alma, para novamente ser unificado em 1995 pelo neurologista Antônio Damásio, embora de forma exclusivamente científico–neurológica.
Mas a mente e o cérebro já haviam dado algumas voltas, como na época de Aristóteles, que defendia a idéia do pensamento vir do coração; enquanto Platão já colocava a inteligência na cabeça; e Leonardo da Vinci definitivamente defendia a teoria do pensamento estar contido no cérebro.
Mais tarde Luigi Galvani, no século XVIII e depois Emil du Bois-Reymond no século seguinte, mostraram em experiências que os músculos se movem por descargas elétricas e que o próprio cérebro era capaz de gerar eletricidade.
Sigmund Freud já comentava em suas obras que "...a pesquisa nos tem fornecido provas irrefutáveis de que a atividade mental está vinculada à função do cérebro como a nenhum outro órgão. Avançamos — não sabemos até que ponto — com a descoberta da importância desigual das diferentes partes do cérebro e de suas relações especiais com partes específicas do corpo e com atividades mentais específicas."
Vincular a atividade mental ao cérebro era uma certeza não comprovada. Constituía a grande dúvida até há alguns anos, enquanto a ciência neurológica ainda não dispunha dos sofisticados equipamentos de hoje. Essas dúvidas perseguiam Freud quando dizia que "...todas as tentativas para, a partir disso, descobrir uma localização dos processos mentais, todos os esforços para conceber idéias armazenadas em células nervosas e excitações que percorrem as fibras nervosas, têm fracassado redondamente.".
Os fracassos existiram realmente durante muito tempo, mas essa época terminou e já existem novíssimas teorias e dezenas de comprovações práticas das ativações lobulares cerebrais localizadas, comprovando e enriquecendo tais conhecimentos.
Sem dispor de qualquer dos equipamentos de hoje Freud já insistia bastante na localização das funções cerebrais. Segundo ele cada função teria sua área apropriada, o que estamos verificando hoje a partir dos resultados experimentais realizados por dezenas de laboratórios de Universidades e Institutos de Pesquisa de todo o mundo.
Seguindo o caminho trilhado por todos esses pensadores, os laboratórios de pesquisa trabalham arduamente nessas pesquisas, utilizando-se de todos os meios possíveis para encontrar respostas para as atividades psíquicas do ser humano, as emoções, os instintos, as recordações, a censura e o raciocínio.
As pesquisas, entretanto, já deixaram de ser exclusivamente científicas, embora a base metodológica o seja, mas sim integracionais, levando-se hoje em consideração quaisquer premissas, inclusive aquelas que carecem de qualquer comprovação laboratorial, desde que seus significados espiritualistas, místicos, tradicionais ou paranormais deixem margem a investigações profundas, abertas, neutras e permanentes.
Damásio tenta provar que cada ato psíquico é gerado, mantido, processado, recordado e ativado a partir de reações eletro-químicas no interior de cada uma das partes de nosso córtex cerebral, inexistindo algum fator voluntarioso externo, fora da matéria, como definia Descartes, ou mais longe ainda, todo um processo espiritual, como diriam as civilizações originais.
Para Damásio a matéria é a única verdade e dela decorre o pensar: "Existo e sinto... logo, penso", foi sua resposta ao "Penso, logo existo.", de Descartes, baseando-se em acompanhamento de diversos casos específicos de lesões neurológicas.
Reforçando seu conceito de unidade mente–matéria na matéria, Damásio declara que "...o cérebro humano e o resto do corpo constituem um organismo indissociável, e a emoção e os sentimentos constituem a base daquilo que os seres humanos têm descrito há milênios como alma ou espírito. A emoção está na essência da capacidade intelectual de pensar."
Afinal, a cada dia o cérebro é mais estudado e menos entendido, pois as possibilidades de interligações, associações e processamentos parecem ser infinitas e a energia gerada por ele parece ser bastante superior ao que podemos imaginar em sã consciência.
Devido exatamente ao incontável número de pesquisas na área cerebral, o final do século XX foi considerado "a década do cérebro", quando a ciência conseguiu um grande avanço nessas pesquisas, descobrindo regiões cerebrais com funções que ainda eram desconhecidas; analisando e decifrando fórmulas químicas que representam reações dos processos sinápticos; desvendando processos de gravação da memória; e o mais importante de tudo: comprovando a sua impressionante capacidade de adaptação e regeneração.
E foi exatamente com base na extrema complexidade do cérebro humano que Ernst Mayr vem contestando veementemente o que ele chama de ingenuidade dos exobiólogos e ufólogos. Afinal, segundo Mayr, ..."o aparecimento de vida inteligente na Terra foi muito mais difícil do que os cientistas sempre imaginaram... ... e seria uma possibilidade muito mais remota ainda que o mesmo processo pudesse ocorrer em qualquer outra parte desse universo..."
Contesto veementemente sua afirmativa com base em dois aspectos de importância primordial para a humanidade: O primeiro é a uma constatação ecológica e o segundo é uma referência religiosa.
Em todos os estudos da ciência ecológica encontramos o Ser Humano como o único Ser que destrói sem pena o seu próprio planeta, tornando-o cada dia mais perigoso para a continuidade de nossa própria vida!!!
E todos os escritos sagrados dizem que a maior obra de Deus foi a criação do Ser Inteligente.
Ora! Se Deus realmente criou esse tal Ser Inteligente, ele, certamente, não é o Ser Humano que conhecemos e então deve estar em outro planeta... contrariando as idéias de Mayr...
Mas voltando aos conceitos sobre o cérebro, sabemos que podem mudar a cada instante e até, quem sabe, voltar a conceitos conhecidos pelas povos da antigüidade.
 
2) Conceito de mente aborígene
 
Ao comparar o que Freud quis dizer com o processo inconsciente localizado fisicamente em determinada área subcortical com as teorias de Damásio sobre a captação de informações pelo tálamo, volto imediatamente ao ano de 1975 quando, na Austrália, em visitas aos Xamãs aborígenes, nosso grupo de pesquisas se deparou com um conceito de inconsciente que veio abalar nossas incipientes teorias da época.
A obra de Damásio só seria publicada vinte anos depois, mas a descrição de como o Ser Humano recebia as informações externas extra sensoriais já era descrita pelos xamãs de forma bastante semelhante à sua futura teoria tálamo – amígdala – córtex.
            Utilizando-se de termos próprios os aborígenes descreviam a percepção humana com uma precisão científica espantosa.
            Segundo eles o conhecimento do nosso planeta está vagando pelo ar (ondas eletromagnéticas do pensamento) e é captado por todos os Seres pelas suas antenas naturais (o tálamo é descrito por Damásio como sendo essa antena). Desse conhecimento apenas a parte que terá utilização prática fica dentro do Ser Humano (área consciente do raciocínio), sendo as demais enviadas para uma outra área (área do inconsciente).
Freud insistia em que os processos inconscientes estariam localizados nas partes subcorticais do cérebro, mas os aborígenes achavam que o número de informações e a quantidade de energia era tão grande que seria mais lógico haver uma armazenagem externa ao corpo!
Essa imensa área formaria o inconsciente da teoria topográfica, confundindo-se um pouco com o id da teoria estrutural (essas segundo Freud).
Para eles não seria inconsciente, mas sim a Grande Consciência Universal, com todas as informações do mundo mas para cujo acesso haveria de se cumprir determinados rituais, entre eles a meditação.
Ali estaria arquivado todo o conhecimento universal de todas as épocas e toda a energia mental do Ser.
O cérebro do Ser é então, comprovadamente, o meio físico de atuação da mente, o que não significa dizer que essa estrutura neuro-fisiológica seja a própria mente, como essência do caráter humano original.
Uma coisa é a estrutura neurológica ser o meio de exercer o comando psico-motor e o comando psíquico de todas as funções do Ser e a outra é considerá-la a fonte do caráter do indivíduo.
O cérebro está aí, com todas as suas intrincadas redes de neurônios e seus arquivos conscientes e inconscientes, sendo submetido a todos os testes e todas a provas laboratoriais.
O Ser Humano, embora limitado pela sua saúde cerebral, possui algo mais do que a simples matéria, que seria a sua essência original, a própria mente, seja ela individual, coletiva ou Divina, a depender do enfoque filosófico.
Cérebro e mente interagem desde o nascimento, ou até antes disso, de tal forma que o próprio Ser não tem consciência de suas individualidades. O desenvolvimento de um está inteiramente ligado ao desenvolvimento do outro e a vontade da mente só se tornará ação por meio da matéria cerebral em gozo de perfeita saúde neuronal.
Isso é o que se pode deduzir do grande número de relatos de pacientes recém saídos de estado comatoso, revelando que, embora a sua mente tenha trabalhado todo o tempo e entendendo tudo o que se passava a seu lado (em muitos casos, sendo capaz de descrever os menores detalhes), seu cérebro, acometido de uma anormalidade funcional qualquer, impediu suas ações, tenham sido elas psicomotoras ou simplesmente psíquicas.
O pré-consciente da teoria topográfica ou o subconsciente da teoria estrutural parecem ter uma sensível ligação com esse estado de mente que denominamos essência original, muito embora nos estudos psicanalíticos eles sejam construídos pelas normas e regras sociais de cada época.
Temos então, conforme as teorias aborígenes, todo o conhecimento do mundo e todo o poder da energia do pensamento em arquivos neuro estruturais, sendo possível resgatá-lo e utilizá-lo a partir do pleno desenvolvimento mental e o conseqüente concurso da perfeita saúde cerebral.
 3) Cientificismo sináptico
 
A ciência neurológica, considerando que a missão cerebral elementar é recolher estímulos externos captados pelos sentidos e transformá-los em impulsos elétricos que percorrem os neurônios, explica como se processa a maioria dos fenômenos cerebrais normais por meio do estudo sistemático das atividades sinápticas.
Toda efetivação da vontade, ação, raciocínio ou recordação pode ser entendida como um sem número de sinapses realizadas pelas células neurais (neurônios), que constituem a unidade básica do processo, recebendo, integrando, processando e transmitindo informações.
Cada uma dessas células (neurônios) recebe as informações em forma de impulsos de energia eletro-química codificados por meio de seus dendritos (antenas receptoras); processa e amplifica esses impulsos em seu corpo celular (centro metabólico); e transmite a informação final pelo seu axônio (antena transmissora).
Cada sinal transmitido por esse axônio será captado por centenas de dendritos de outros neurônios, que continuam o processo mantendo a continuidade do raciocínio.
Todos esses processos ocorrem dentro de cada área específica do cérebro e o seu conhecimento vai sendo facilitado a partir do desenvolvimento de equipamentos mais sofisticados de medidas.
Há algum tempo imaginou-se que caberia ao córtex frontal a entrada das informações coletadas pelos cinco sentidos; ao hipocampo e ao córtex entorrinal as lembranças de pessoas, melodias, fotos, línguas; ao cerebelo e ao corpo estriado os atos instintivos como o caminhar etc..., e aos poucos vamos contestando ou confirmando cada uma dessas informações ou até complementando-a com mais alguns detalhes.
A análise da influência de outros órgãos do cérebro no comportamento humano trouxe detalhes sobre a amígdala cerebral, considerando-a como uma mediadora do prazer e das reações emocionais apetitivas, evitando que o hipotálamo trabalhe livre e exageradamente, o que poderia gerar fenômenos emocionais fortes como o medo, a raiva etc...
Hoje em dia está também sendo decifrado o processo de constituição da memória de longa duração, alterando alguns conceitos tradicionais sobre o assunto, mostrando que não basta o estudo do que desejamos aprender, mas é extremamente necessário que o Ser Humano passe por um período de sono (cerca de seis a oito horas) para permitir a correta arrumação dessas informações.
Nesses estudos o sono significaria o período mais importante para o desenvolvimento mental do Ser Humano e o seu processo começa nas primeiras duas horas, considerado o sono calmo, quando as informações acumuladas no hipocampo durante todo o dia fluem para o córtex cerebral. Nas quatro horas seguintes, que é o período de sono chamado de R.E.M. (rapid eyes movement) o cérebro entra em um período de diálogo interno distribuindo as informações para as suas corretas áreas de arquivo consciente ou inconsciente. No final da arrumação começa um lento processo de síntese de proteínas para reforçar as conexões entre essas células nervosas que acabaram de arquivar as informações.
A inteligência seria a capacidade humana de produzir combinações entre neurônios (sinapses), a partir de dados registrados no cérebro; e a epilepsia seria o excesso de descargas elétricas provocando uma superatividade cerebral.
No centro de todo esse estudo cerebral está o tálamo, cuja função principal abre caminho para explicar uma grande gama de fenômenos considerados como paranormais.
Esse órgão é o responsável pela codificação, armazenagem e acesso ao arquivo de memória a longo prazo e o seu trabalho é todo desenvolvido por meio de geração e recepção de ondas de energia eletro-química.
O tálamo gera ondas como as de um radar, que "varrem" os arquivos localizados no córtex cerebral e no hipocampo. Essas ondas são misturadas com as ondas arquivadas pelas memórias sinápticas dessas áreas e regressam ao tálamo. Nesse momento tomamos conhecimento da "realidade instantânea", que será a imagem que estamos vendo, o som que estamos ouvindo, a recordação que estamos tendo, a dor que estamos sentindo; o calor, o frio, o medo; etc, etc...
            Os estudos neuro-fisiológicos das ligações sinápticas mostram a existência de potenciais elétricos da ordem de 60 a 70 milivolts, produzidos pela distribuição desigual de cátions de sódio e ânions de cloro e inorgânicos (proteínas e ácidos orgânicos) entre os dois lados da membrana neuronal, tornando seu interior negativo em relação ao seu exterior.
Os neurônios invertem a sua polaridade no momento da excitação, caracterizando assim uma transmissão de um pulso elétrico.
As excitações a que nos referimos são os pensamentos, os raciocínios, as ações psíquicas e tudo o mais gerado por essa estrutura cerebral.
            Então o simples ato de raciocinar, agir ou pensar estará provocando uma variação no campo elétrico neuronal, gerando uma onda elétrica com reduzida potência.
 
4) Energia eletroquímica e ondas eletromagnéticas
 
Teoricamente essas transmissões constituem ondas de energia eletroquímica que, uma vez transmitida em nada difere das ondas eletromagnéticas ou radioelétricas conhecidas.
Tendo sido gerada por campo elétrico muito reduzido (60 a 70 milivolts), teriam potência suficiente apenas para as comunicações internas, dentro da área do organismo humano, mais especificamente, na cabeça.
Mas variações de campo elétrico, sejam elas de que origem for, constituem elementos de estudo de outra área, a do eletromagnetismo, cujas teorias mostram que seu alcance está ligado a uma série de fatores, entre eles a freqüência, a potência, características específicas do meio, e uma série de outros.
Seu raio de ação, portanto, não está limitado ao interior da cabeça, a não ser que essa seja totalmente blindada.
Como o Ser Humano não possui tal tipo de blindagem, as ondas eletromagnéticas geradas pelo seu pensamento seguem as regras da Teoria Eletromagnética e, portanto, sua transmissão passa dos limites do organismo humano e se espalha ao seu redor.
Para constatar essa energia gerada pelo pensamento e transmitida para fora do corpo, diversos laboratórios, entre eles o do Instituto do Pensamento da Universidade de Toronto, no Canadá, montaram verdadeiros arsenais de medição, constando de equipamentos de tomografia por emissão de pósitrons; tomografia computadorizada, magnetômetros de precisão; aparelhos de medição de fluxo sanguíneo e impulsos elétricos trafegando pelos neurônios; drogas que congelam a atividade cerebral em cobaias permitindo o seu estudo e diversos outros.
Os magnetômetros de precisão utilizados hoje já conseguem medir o campo magnético correspondente às ondas geradas pelo pensamento humano, o que nos mostra claramente que o pensamento é transmitido pelo espaço externo ao corpo humano como qualquer onda de transmissão de rádio.
Nesse momento do estudo voltamos ao tálamo. Sabemos que ele é o órgão que gera ondas como um radar para fazer uma varredura no hipocampo e nos lóbulos cerebrais localizados na área cortical. Sabemos também que essas ondas por ele geradas retornam alteradas pelas informações dessas áreas, momento esse caracterizado pela impressão de percepção dos eventos: luz, som, calor, frio, dor, umidade, cheiro, pressão, etc...
Como sua percepção se dá por meio de captação de ondas, sua capacidade de captação não pode estar limitada às ondas por ele geradas, pois qualquer antena receptora está projetada em sintonia com uma determinada faixa de freqüência, mas não consegue selecionar entre essa freqüências aquela que foi por ela mesma gerada. Logo, qualquer onda que ao tálamo chegue, desde que esteja dentro da faixa de freqüências para a qual ele foi projetado, será por ele captada.
Assim sendo, cientificamente falando, o cérebro, enquanto pensa, gera ondas para o espaço exterior, mas também é capaz de receber as ondas eletromagnéticas que a ele chegam, desde que estejam na sua faixa de freqüências.
            Receber essas ondas não quer dizer entendê-las. O cérebro entende as ondas que tramitam em suas sinapses por estarem todas seguindo os mesmos códigos pessoais. Então, como em qualquer sistema de transmissão de dados por radio freqüência, precisamos da antena na faixa apropriada e também de decodificadores que entendam o código de sinais recebidos.
            Não se sabe ainda qual a faixa de freqüências que nosso cérebro é capaz de captar e muito menos se existe diferença significativa entre as faixas das pessoas.
Teoricamente duas pessoas de mesma constituição cerebral tem todas as facilidades para trocar informações por pensamentos. Na prática esse processo, conhecido como telepatia, é constatado em condições muito especiais, ou por acaso, conforme relatos freqüentes principalmente entre mãe e filho, ou por meio de árduos treinamentos utilizando-se pessoas que demonstrem algum grau de sensitividade, característica há muito tempo observada e utilizada nas Forças Armadas Russas, pelo menos desde a segunda grande guerra e há bem menos tempo em desenvolvimento nos Estados Unidos.
O estudos sobre a Telepatia e todas os demais eventos considerados paranormais são realizados há muitos anos em diversas instituições espalhadas por todo o mundo como o Instituto de Fisiologia e Instituto de Parapsicologia, ambos da Universidade de Leningrado; o Centro de Estudos Parapsicológicos, na Checoslováquia; Centro de Estudos de Parapsicologia da Universidade de Duke, na Carolina do Norte; Centro de Estudos parapsicológicos da Universidade Real de Utrecht, na Holanda; Universidade Católica de São José, na Filadélfia; Universidade City College de New York; Universidade do King’s College, de Halifax; Instituto de Investigação do Centro Latino-Americano de Parapsicologia de São Paulo; e centenas de outros.
 
5) O sono, o psicotrópico, a meditação e a paranormalidade
 
O sono é o momento de arrumação de todos os arquivos e também o acesso livre a todos eles a partir de estímulos que podem ser casuais ou provocados, constituindo-se assim um período de muito mistério de grande significado no estudo da paranormalidade humana. É o que chamamos de criação inconsciente mas que podemos facilmente interpretar como criação paranormal, iluminação, mensagem do além, recebimento de mensagem telepática de extraterrestres, viagem fora do corpo, etc, etc...
Em uma determinada ocasião falava eu em uma conferência sobre a necessária integração entre a ciência e a espiritualidade, relatando alguns grandes saltos da pesquisa científica a partir de praticamente nada quando um dos mais jovens assistentes, Daniel, lançou no ar a pergunta: Algumas dessas idéias luminares estão tão avançadas cientificamente em relação as pesquisas desenvolvidas por eles, mostrando claramente não estarem no caminho normal do processo científico analisado que parecem ser idéias "plantadas" na mente desses pesquisadores por alguma mente externa. É possível? Essa informação pode ter vindo de uma mente mais evoluída em outra dimensão?
Naturalmente não era uma pergunta para ser respondida por mim nem por qualquer pessoa presente, mas sim para ser meditada, refletida, imaginada... porque sabemos pelos relatos de nossa história que diversos gênios da humanidade criaram suas idéias durante momentos de sono ou sonolência, muitos deles sem ter a menor noção de como essas idéias a eles chegaram...
Analisando muitas dessas descobertas ou invenções vemos que mais tarde ( mas muito mais tarde) esses cientistas acabariam por chegar a elas, mas o que nos espanta é a antecipação dos resultados, surpreendendo os próprios autores.
Assim aconteceu com os conhecidos gênios Edson, Descartes, Kepler, Pascal, Lafontaine, Condillac; dessa forma Dr. Banting escreveu (em estado sonambúlico) a fórmula da insulina; assim também Kaculé viu "em sonhos" o desenho da fórmula da benzina.
Que explicação pode ser dada a esses e outros milhares de casos semelhantes? É um exemplo de paranormalidade?
Todos esses eventos devem ser analisados sem exclusão de qualquer possibilidade pois, afinal, a verdade nem sempre está exatamente na nossa forma de encarar a realidade.
Diversas sociedades espiritualistas consideram a existência de mundos paralelos ao nosso com entidades trabalhando em outras dimensões. Entidades que em determinadas circunstâncias, teriam meios de influenciar nossos comportamentos ou simplesmente sugerir idéias por meio de nosso inconsciente, com o intuito de acelerar certos processos evolutivos considerados emergentes.
Mas há também o estudo neurológico científico tentando comprovar que dos cerca de 12 a 15 bilhões de neurônios em atividade no cérebro humano, apenas 3 ou 4 bilhões são utilizados nas operações mentais conscientes dos grandes gênios (Einstein, por exemplo).
O que estariam fazendo os 9 a 11 bilhões de neurônios restantes? Em repouso? Ou estariam formando a tal "Grande Consciência" da crença dos xamãs aborígenes da Austrália, ou o misterioso inconsciente de Freud?
Parapsicólogos, psicólogos, físicos, filósofos e demais cientistas em trabalhos de pesquisa nos Institutos do Pensamento estão correndo atrás dessas respostas e se debruçam nesse mar de neurônios em atividade e ainda sem resultados aparentes.
Sabe-se que esses neurônios estão em atividade permanente, utilizando em seus processos um número de informações muito superior ao que temos em nosso processo consciente e, portanto, podendo chegar a conclusões científicas apuradas muito antes que nossa consciência saia da sua primeira equação matemática.
Mas como acessar esses dados? E por que esses dados aparecem em alguns sonhos ou estados de sonambulismo? Existe uma fórmula para isso?
Se durante o sono podemos penetrar nessa área proibida, há que existir um meio de acessá-la de forma consciente.
Um desses meios é a provocação artificial via psicotrópicos e o outro é a entrada em estado de meditação completa por meio de muito treinamento e dedicação.
Os pagés dos povos indígenas das Américas assim como alguns líderes espirituais de tribos africanas antigas e xamãs aborígenes da Austrália fazem ou já fizeram uso de plantas psicotrópicas, como o peiote, hoasca, a mescalina e equivalentes para facilitar sua entrada nessa área da Grande Consciência, onde estão todos os 9 a 11 bilhões de neurônios em franca atividade.
Todos seguem um ritual religioso semelhante para a absorção do produto, algumas vezes em forma de chá, relatando que durante esses momentos de abertura da Grande Consciência ocorre um fenômeno de iluminação interior ou êxtase mental indescritível, trazendo a sensação de comunicação direta com Deus, acompanhado de uma imensa facilidade de raciocínio, como se estivesse havendo uma amplificação da intensidade das reações sinápticas e uma interligação mais eficaz entre os diversos lóbulos cerebrais.
Mesmo usado em cerimoniais e de forma criteriosa tais produtos são tóxicos e cada um apresenta o seu grau de periculosidade e dependência, da mesma forma que a maconha, a cocaína, o haxixe, o crack, o LSD e todos os demais.
A abertura é real ou é apenas resultado de alucinações sem sentido? Carlos Herculano lembra que quando consumia seus psicotrópicos regularmente, costumava empreender maravilhosas viagens pelo inconsciente. Numa dessa viagens ouviu os espíritos dos coqueiros de Mar Grande; viu junto ao Farol de Itapuã um monge trajando manto, bastão e lamparina, indicando um futuro luminoso para ele; sentiu a vida pulsando em seu corpo, variando de tamanho enquanto as gotas de chuva se projetavam como slides no parabrisa do automóvel...
Em seu caso eram indubitáveis alucinações provocadas pelas drogas, apresentando resultados que muitas vezes podem ser confundidos com as verdadeiras aberturas de portas cerebrais mais profundas.
Mas há o processo dos monges que, em rituais profundamente religiosos de completa meditação, alcançam estágios mentais avançadíssimos que dizem proporcionar o encontro com a sua Grande Consciência e o verdadeiro controle do seu poder mental.
Em estágios avançados de meditação sabe-se de casos de movimento de objetos, geração de luzes e até levitações, ou seja, todos os eventos paranormais provocados pelo desenvolvimento do poder mental a partir da educação do pensamento.
Diversas técnicas de melhoria de qualidade de vida, crescimento pessoal e sucesso tem sido elaboradas a partir desse conhecimento, ou seja, por meio da auto sugestão, uma espécie de auto hipnose ligando o um bem elaborado desejo mental ao efetivo trabalho cerebral, no sentido de formar as condições necessárias à consecução dos objetivos.
Muitas dessas técnicas passam por momentos de meditação, onde a pessoa se dedica alguns momentos a uma reflexão profunda para dentro de si mesma, dando oportunidade da mente e do cérebro se conhecerem melhor e acertarem os ponteiros para um trabalho mais eficaz.
Uma evolução dessas técnicas e que apresenta resultados bastante semelhantes a eventos paranormais, é a técnica de viagem para fora do corpo, desenvolvida por grupos específicos encontrados em todos os países do mundo.
Segundo seus praticantes seu corpo sutil se separa de seu corpo físico e consegue alcançar diversos níveis ou hierarquias, onde encontram a paz e a harmonia que não mais existe aqui na Terra.
Nesse estágio (ou estado de espírito), esses grupos teriam a possibilidade de praticar trabalhos pelo bem comum que, por si só já constitui uma espécie de paranormalidade.
 
6) A exobiologia e a paranormalidade
 
A exobiologia é um caso a parte. A ciência que a precedeu, a ufologia, foi, durante muito tempo, considerada coisa de maluco, mentiroso ou aproveitador e só a partir de evidências muito fortes de aparecimentos não explicáveis de espaçonaves aparentando um grau de evolução científica muito acima do nosso atual estágio técnico, passou a ser tolerada nos meios acadêmicos.
Embora existam registros de aparecimento de naves tripuladas em todos os livros de todas as tradições religiosas, as maiores evidências só começaram a surgir após as explosões atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, sendo o caso mais famoso e mais polêmico o de Roswell, nos Estados Unidos.
De lá para cá diversas pessoas tem procurado se apresentar como possuidoras de dons especiais de comunicação com seres extraterrestres, dizendo utilizar-se de telepatia, embora sem possuir o controle próprio dessa sua paranormalidade, ou seja, uma espécie de telepatia passiva, que seria controlada pela mente do outro Ser.
Em muitos desses casos o momento da comunicação telepática coincide com o sono ou com o estado de sonolência matinal ou noturna, como se a pessoa estivesse em estado de semi hipnose.
Em outros casos os relatos dão conta de uma comunicação clara e forte, mente a mente, com as idéias surgindo fortes e ressonantes dentro da mente de cada um, em estado de lucidez total.
Pressionados pelos governos os meios de comunicação são desestimulados a comentar sobre o assunto, exceto em casos especiais, como na França e na China, quando os próprios órgãos governamentais juntam-se às organizações civis na investigação e na análise desses fenômenos.
O avistamento de naves alienígenas e/ou a conversa telepática com extraterrestres, enquanto não for confirmada ou contestada definitivamente pela ciência, continuará sendo considerada pela psicologia, psiquiatria e psicanálise como sinal de alucinação própria de esquizofrênicos; pela parapsicologia como sinal de paranormalidade; pelas religiões antigas como enviados dos Deuses; e pelas religiões mais radicais, como enviados de entidades malignas menos cotadas...
A exobiologia propriamente dita, entretanto, é o ramo da ciência que deixa de lado o folclore das aparições de naves alienígenas e a preocupação com os homenzinhos verdes de Marte e se dedica ao estudo científico profundo do Universo; sua origem; as possibilidades de se desenvolver vida inteligente em outros planetas, sistemas estelares ou galáxias; investigando todas as informações e possibilidades encontradas, sejam elas oriundas de dados científicos trazidos pelas naves e telescópios espaciais; sejam elas oriundas de crença espiritual antiga ou recente; sejam elas fruto de relatos de pessoas que se dizem abduzidas; ou simples relatos de observadores ou contatados telepáticos.
O estudo exobiológico entra com o conhecimento científico da astronomia; com conceitos energéticos passados pela astrologia; com a análise criteriosa das antigas crenças e religiões; e, principalmente, fazem o elo de ligação entre a física de partículas, a física cosmológica e a física quântica.
Esses estudos de exobiologia consideram a possibilidade da existência de sete planos da matéria, planos esses intimamente relacionados com os planos mentais. No estágio atual de nossa ciência só temos conhecimento de três deles, iniciando os estudos do quarto estado, que estamos dando o nome de plasmático. Sem a consideração do plasmático, cujo conhecimento terreno ainda é duvidoso, os estados estariam assim nivelados, de cima para baixo, ou seja, do superior para o inferior, comparando-os com os estados mentais:
                        MATÉRIA                                                        MENTE
estado 7o da matéria – 4o estado etérico          estado 7o da mente –   4o plano cósmico
estado 6o da matéria – 3o estado etérico          estado 6o da mente –   3o plano cósmico
estado 5o da matéria – 2o estado etérico          estado 5o da mente –   2o plano cósmico
estado 4o da matéria – 1o estado etérico          estado 4o da mente –   1o plano cósmico
estado 3o (gasoso) -     estado arefeito             plano mental -             
estado 2o (líquido) -      estado liqüefeito           plano emocional –
estado 1o (sólido) -       estado denso               plano físico -
Ainda segundo o estudo da exobiologia e da astrobiologia, há civilizações que já exercem o domínio dos diversos planos mentais e que tem a capacidade de entrar em contacto sutil conosco, interferindo em nosso processo evolutivo, o que pode também servir como explicação para a repentina criatividade de alguns gênios, como falamos anteriormente no capítulo 5 (Sono, psicotrópico, meditação e paranormalidade).
Estudos estritamente filosóficos ou espiritualistas dão conta de que o homem só domina três dimensões pela sua incapacidade de visualizar as outras quatro, e que a partir de sua evolução intelectual, emocional e espiritual poderá galgar os demais degraus dos estados da matéria e da mente, penetrando com facilidade nas outras quatro dimensões da existência.
Pelo relato exobiológico, a partir do quarto estado da matéria, o primeiro estado etéreo, correspondente ao 1o plano cósmico da mente, o Ser Humano estará penetrando na quarta dimensão existencial e iniciando o processo de domínio da paranormalidade.
7) A força do pensamento
 
A força do pensamento começa com o fenômeno conhecido como telergia, descrita pela parapsicologia antiga como uma espécie de bio-eletricidade, que seria uma espécie de eletricidade que não se submeteria as leis físicas comuns da eletricidade.
Conforme os relatos do Padre Quevedo, houve muito espanto por parte de cientistas russos, entre eles o Doutor Younevitch, que estudavam tais fenômenos, quando constataram que a telergia, que chamaram de raios Y, possuía a propriedade de atravessar chapas metálicas, inclusive chumbo, com cerca de 3 centímetros de espessura, desde que colocadas a uma distância próxima do elemento paranormal. A partir de uma distância maior tais ondas telérgicas não tinham mais condições de atravessar.
Os estudos sobre esses detalhes já estão muito mais avançados hoje, a partir das medidas dessa telergia.
O espanto anterior devia-se a dificuldade dos cientistas aceitarem que nosso cérebro funciona exatamente como um gerador de energia eletro-química e que essa energia eletro-química uma vez gerada, se porta exatamente igual a qualquer onda eletromagnética normal, com todas as características inerentes à sua freqüência, intensidade, modulação, potência, etc..., conforme já comentamos no capítulo 4) Energia eletroquímica e ondas eletromagnéticas.
Naquela oportunidade mostramos a possibilidade técnica da telepatia, baseado na possibilidade de transmissão e de recepção de ondas eletromagnéticas pelo cérebro humano, por meio do tálamo.
Uma vez aceita a existência dessa onda eletromagnética, precisamos entender como ela interfere nos eventos externos, considerando como evento: os acontecimentos; os elementos materiais; os Seres, humanos ou não; a natureza e, por fim, o próprio Universo.
Os estudos da física de partículas estão evidenciando a cada dia que todos os Seres e todas as coisas se igualam na partícula básica. E a ciência, desde que o mundo é mundo, procura encontrar essa partícula básica, como se ela realmente existisse...
Encontramos o átomo e juramos que ele seria a menor parte de um corpo; descobrimos que dentro do átomo orbitam elétrons, prótons e neutrons, e juramos que estava determinada a formação básica da matéria; mas a cada dia encontramos mais uma evidência de que tudo é energia e de que não existe um elemento básico formador de nada, ou seja, temos que começar a procurar entender o que seja INFINITO, e entender aos poucos que esse conceito de infinito serve tanto para o macrocosmos como também para o microcosmos.
Hoje estamos acreditando que sabemos tudo sobre as partículas elementares, mas sabemos que dentro de pouco tempo haverá tanta novidade nessa área que teremos que criar mais nomes para denominar tudo.
Mas tudo no universo, pelo que podemos deduzir de nossas grandes dúvidas, é formado a partir de energia, como já nos havia falado Einstein antes de toda essa confusão.
E mais do que isso, toda matéria se define a partir da organização energética de seus elementos básicos.
Logo, a interferência entre energias pode alterar os próprios estados das matéri

Nenhum comentário:

Postar um comentário