quarta-feira, 12 de novembro de 2014

"Alma Coletiva-Humana e Animal‏"


“A alma está presente em todas as coisas”. 
Os desafios individuais servem para evoluirmos também coletivamente. Na mesma medida em que vamos fortalecendo a proximidade com a nossa alma interior, torna-se possível perceber a alma no exterior. 
Nosso olhar vai ao encontro da natureza que o movimenta. 
Para ver, conhecer e trabalhar com a alma coletiva, temos de observar com a alma. 
O movimento das cidades reflete a alma, e nos dá mensagens sobre a sua evolução. 
Conta-se que um fazendeiro, dono de excelentes cavalos de muita valia nos trabalhos de sua propriedade rural recebeu um dia a notícia de que o preferido dele, um alazão forte e muito bonito, havia caído num poço abandonado. 
O capataz que lhe trouxe a má notícia estava desolado porque o poço era muito fundo e pouco largo e não havia como tirar o animal de lá, apesar de todos os esforços dos peões da fazenda.
O fazendeiro foi até o local, tomou tento da situação e concordou com seu capataz: não havia mais o que fazer, embora o animal não estivesse machucado. 
Não achou que valia a pena resgatá-lo, ia ser demorado e custaria muito dinheiro.
Já que está no buraco - disse ao capataz - você acabe de enterrá-lo, jogando terra em cima dele.Virou as costas, preocupado com seus negócios, e os peões de imediato começaram a cumprir a sua ordem. 
Cinco homens, sob o comando do capataz, atiravam terra dentro do buraco, em cima do cavalo. 
A cada pazada, o alazão se sacudia todo e a terra ia-se depositando no fundo do poço seco. 
Os homens ficaram admirados com a esperteza do animal: a terra ia enchendo o poço e o cavalo subindo em cima dela!
Não demorou muito e o animal já estava com a cabeça aparecendo na saída do poço; mais algumas pazadas de terra e ele saltou fora, sacudindo-se e relinchando, feliz.

MORAL DA HISTÓRIA: Quando você estiver desanimado, pensando que seus dias se acabaram, porque os outros atiram sobre você a terra da incompreensão, da falta de oportunidade e de apoio, pense neste cavalo. 
A lição que ele nos dá é a seguinte: Não aceite a terra que jogam sobre você os que querem enterrá-lo em vida; reaja com confiança, mexa-se, procure o seu espaço, suba sobre essa terra e aproveite para subir cada vez mais, agradecendo os que, pensando feri-lo, estão lhe dando a oportunidade de crescer material e espiritualmente.
Quando pensarem que você " já era " , a sua vitória será ainda mais espetacular.Arrisque! Viver É arriscar. 
O homem que vai mais longe é o que, em geral, está disposto a fazer e a arriscar.
Você não precisa ter um pensamento coletivo,você é um ser racional, o pensar antecede o agir,“o pensamento é o ensaio da ação”.

O Espiritualista como evolucionista , sabe perfeitamente que antes de a Vida Divina manifestar-se no homem, ela passou pelo reino mineral, vegetal, animal e somente após a individualização do animal, formou-se o homem, com o seu ego ou alma e sua Consciência. 
Os animais também tem alma, porém alma coletiva, a alma grupo. 
Entretanto, os animais que ocupam a escala final da evolução do reino animal, os mamíferos estão tão próximos da individualização que possuem uma alma rudimentar, uma sub-alma, um esboço imperfeito da alma humana. 
Se o animal sente e raciocina, não podemos negar-lhe a existência de uma alma, embora em embrião. 
E ainda, se aceitarmos as leis de evolução temos de considera-los nossos irmãos menores, pois também fomos animais.
É certo que temos nas nossas cidades um ambiente asfixiante. 
Violência, poluição, egoísmo, são alguns dos elementos ambientais que sufocam a alma interior e exterior. 


Penso que a confusão vivida na maior parte das cidades resulta da falta de conhecimento do poder criativo e da ignorância da “essência sutil inspiradora”.  
Minha cidade sofre poluição psíquica, emocional e espiritual. 
Ela tem a sua prisão no culto ao sofrimento e à fofoca. 
Por desconhecimento do seu potencial, pessoas alimentam estados mentais inferiores. 
Quando se encontram, alguns entram em competição para ver quem possui mais e melhores bens e quem tem a doença mais grave.... Mais parece o muro das lamentações... mas a lamentação não procura a cura ou a correção; o que quer é roubar a atenção... como se criar mais lamentadores fosse a missão.
As mentes coletivas se interpenetram, entendendo-se aqui por “mente coletiva” ou “inconsciente coletivo”, assim passamos a ter "campos mórficos ou morfogenéticos".
Estes entes grupais ou almas de grupo têm funções e efeitos práticos, propriedades, características tão claras, analisáveis e administráveis, quanto indivíduos e personalidades, espíritos, almas vivas, psiques (no sentido de consciências), espíritos eternos em processo de evolução infinita. 

A diferença é que, no que concerne a estas almas de grupo, psiques coletivas, não existindo uma consciência em processo gradativo de aperfeiçoamento intelecto-moral, estaremos trabalhando com estruturas automáticas – utilizando aqui o termo “automáticas”, não na conotação do mecanicismo clássico, do embotamento, do primarismo das reações e reflexos elementares, mas sim, na acepção de feixes imbricados de processos cognitivos e conceituais, embora não vivos; de pensamentos, embora não de sentimentos; de processamento de dados, embora não de valores; de intelecção e cálculos, embora não de estesia, intuição e vivência espiritual, graça, conexão com Deus, êxtase, sentido do eu, percepção da própria existência!…Indispensável, entretanto, sempre lembrarmos desta matriz conceitual, desta idéia, a fim de que possamos entender uma série de complexas ocorrências que se dão na existência humana, como a afecção psicológica que algumas pessoas sofrem ao se ligarem a determinados segmentos ou grupos sociais. 

Não é raro que indivíduos percebam em si uma diferença psicológica sensível (além do que seria razoável esperar), quando estão ou não conectados ao seu clã familiar, ao seu grupelho profissional, ou – para aqueles que possuem esta afiliação – no momento em que se jungem à assembléia de desporto, religião ou política de que façam parte.
Destarte, ao detectarmos, estudarmos e criarmos balizas de conduta em torno do quesito da influência de tais psicosferas, e da nossa relação com grandes corpos mentais, nítida e poderosamente atuantes (d’onde surgiu o estudo de “psicologia das massas”, desdobrado, em particular, por pesquisadores franceses), poderemos fazer melhor gerência de nossas vidas, selecionando os ambientes ou as circunstâncias mais apropriados para desempenho desta ou d’aquel’outra atividade ou função que nos constituam responsabilidade pessoal.
O evento provocador dos estudos originais de psicologia de massa – os horrores da aparente hipnose coletiva que Hitler conseguiu manter, no correr de anos, sobre uma população com profunda e rica tradição cultural, sobremaneira no campo da filosofia, levando-a a agir de forma arbitrária, irracional e genocida – já revelava, quase de modo óbvio, tratar-se de algo mais que uma mera hipnose, o que Jung descreveu bem em seus escritos da época.

É deste campo de conjecturas que provém, por exemplo, o princípio kardecista de metodologia mediúnica que recomenda se realizem tarefas de intercâmbio psíquico somente quando os partícipes da sagrada e delicada atividade conformam-se em grupos coesos, homogêneos, harmônicos; compostos, assim, por pessoas com os mesmos ideais e valores, com o mesmo espírito de serviço e auto-reforma, de autotransformação. 
Idêntico critério se deve adotar, na condução de si próprio, em relação a todos os demais âmbitos da existência. 
A mediunidade e os fenômenos psíquicos, por sua natureza mais flexível e plástica, apenas demonstram, de maneira cristalina, o que ocorre em todos os setores da vida humana.

Percebe-se, com facilidade, como certa “química psicológica” não funciona num relacionamento conjugal, numa parceria profissional ou numa sociedade empresarial. 
Somos peças vivas, a engendrarem, involuntária e automaticamente, por sua mera inter-relação, estruturas espectrais, semelhantes a psiquismos, que não só influenciamos (como a seus componentes), com nossas escolhas, mas também lhes sofremos, bem mais do que gostaríamos de admitir, influência, no sentido de fazer escolhas, agir, pensar e sentir de determinado modo. 

Quem não já se percebeu reproduzindo a cultura familiar, quando imerso no clã biológico, em ocasiões festivas? 
Quem já não se sentiu mais agressivo ou emocionalmente escorregadio em determinados ambientes sociais? 
Nem sempre raciocínios clássicos de etiologia psicológica explicam a gênese e os meandros de tais fenômenos. 
Em casos extremos, quase uma possessão mitológica ocorre em alguns indivíduos, indicando que algo mais profundo e sério acontece. 
Cabe a cada um aprofundar suas reflexões, estudos e deliberações a respeito. Ou, quem sabe, apenas ignorar semelhantes proposições, na empáfia presunçosa e pseudo-sábia dos que se julgam muito senhores de si mesmos, ignorantes do próprio turbilhão que lhes vai no íntimo e acima de suas cabeças – sumamente perigosa em seus efeitos, entrementes –, rotulando de “tolices místicas” tais realidades dramaticamente atuantes e influentes no cotidiano das relações e das vivências humanas.
O pensamento “individual” se torna coletivo para o bem de todos. Tomamos decisões de acordo com julgamento e valores massificados.
Fontes colaboradoras:

http://www.saltoquantico.com.br/2007/12/20/mentes-coletivas-e-sua-influencia-sobre-individuos/