quinta-feira, 13 de novembro de 2014
"Apego ao futuro"
Apego ao futuro tem das suas como:"...Só serei feliz quando comprar a casa de praia...";"...Só serei feliz quando comprar um carro zero kilometro...";"...Só serei feliz quando casar com fulano(a)..." ;"...Só serei feliz com Você...";"...Só assim serei feliz..."
É melhor o presente,"...Só por hoje serei feliz!" do que o futuro apegado no "...Só serei feliz quando descobrirem uma cura para o câncer..."
O futuro afigura-se-lhe sempre nulo,porquanto se considera a dimensão do futuro é intemporalidade do presente.
Viver o presente, sem perder a visão do futuro é algo muito diferente;Precisamos tirar o apego que temos com o passado.
O apego à vida material e a seus gozos efêmeros, também dificultam o desencarne.
E então os apegos do futuro podem não se tornarem realidade,então,deixe a aflição e a tristeza enviar esperanças...
Apego é a não-aceitação da impermanência das coisas.
Na Terra nada se perpetua, somente a alma é imortal.
O apego é a memória da “dor” ou do “prazer” passado, que carregamos para o futuro.
Atrás de cada sofrimento existe um apego.
Quando temos algo querido ou pensamos ter a posse da alguém que muito amamos, sofremos ao nos separarmos dele.
O ciúme é o resultado do apego (medo de perder).
O desejo e o apego, privados de consciência reflexiva, estreitam nossa visão de felicidade, descartando novas possibilidades de uma vida pacífica e alegre.
A mente apegada a fatos, acontecimentos e pessoas é incapaz de perceber a sua essência.
Aquele que está agarrado ao “ego” está vazio do “sagrado”; aquele que se liberta do “ego” descobre que sempre esteve repleto do “sagrado”.
O “desapego saudável” é uma vivência que leva ao crescimento íntimo e uma expansão da consciência, enquanto a experiência defensiva conduz a um bloqueio das sensações, fazendo com que as pessoas vivam numa aparente fuga social.
É preciso perceber a diferença entre o “amor real” e a “relação simbiótica”, ou mesmo o “apego familiar”.
A realização espiritual não está em nos apegarmos egoisticamente aos entes queridos, e sim, nos interagirmos fraternalmente, uns com os outros.
O apego às coisas materiais é um dos grandes obstáculos ao desenvolvimento do espírito imortal.
Pois é isso que somos, espíritos imortais.
Nós estamos vivendo sob um nome, e nos confundimos com ele; nos confundimos e nos identificamos com nosso corpo, mas não somos nosso corpo.
Somos espíritos, e tudo o que buscamos está dentro de nós mesmos. Quer dizer que devemos abrir mão de tudo o que for material? Claro que não! Se não precisássemos da matéria, se a matéria fosse prejudicial à nossa existência na Terra, qual seria a razão de reencarnarmos na matéria?
Pelo contrário, é nosso dever buscar conforto e bem-estar para nós mesmos e para os nossos.
Não há nada de mau no dinheiro, não há nada de mau nos bens materiais.
Podemos ter 2, 3 casas,2. 3 carros,2, 3 computadores e assim por diante e não termos apegos por isso, o importante é o não se apegar.
Na verdade,o mal está no apego que nutrimos por eles.
Da mesma forma que nos identificamos com nosso corpo, como se fôssemos ele, assim também nos identificamos com as coisas materiais, das mais luxuosas até às mais inúteis quinquilharias.
Pensamos que tendo coisas, possuindo objetos, sejam eles quais forem, seremos mais felizes!
Como é possível que sejamos tão iludidos?
É tão fácil perceber que quanto mais temos, mais queremos; que o desejo não tem limites por si mesmo, nós devemos impor limites!
Logo que adquirimos algo a sensação é boa, é gratificante, mas essa sensação nunca dura muito tempo.
E então queremos mais, sempre mais coisas.
Isso acontece com comida, com sapatos, com bolsas, com carros, com drogas, com música, com sexo, com qualquer coisa que envolva desejo. Não é à toa que a maior ênfase do budismo seja justamente a eliminação do desejo.
Quem não deseja, não sofre; pois nunca sente-se contrariado por uma vontade não atendida.
Mas não é o desejo que é ruim.
O desejo nos impulsiona para frente, para o progresso.
O problema é o apego que criamos e desenvolvemos por todas essas coisas.
Quanta coisa inútil você tem na sua casa? Roupas que nunca mais vai usar, fotos e cartas de pessoas que não fazem mais parte de sua vida, e que talvez não tenham deixado lembranças muito boas… Pra quê guardar isso? Bugigangas que não servem pra nada, um monte de quinquilharias de que não nos livramos porque as associamos a alguém, a algum momento, a algum lugar.
As lembranças de que precisamos estão dentro de nós, não nessas coisas.
É isso que o Mestre quis nos mostrar quando disse para desfazermo-nos de todos os nossos bens e segui-lo ou ainda melhor:"...Deixe seus mortos enterrarem seus mortos".
Podemos e devemos possuir, mas não sermos possuídos.
E é isso que acontece quando nos apegamos às coisas.
Somos possuídos por elas.
Temos que nos desapegar de tudo que não nos serve mais.
Tudo que já cumpriu sua missão, que já exerceu o seu papel, que já deu o que tinha que dar.
Tudo é energia, e essas coisas que guardamos acumulam energia que fica estagnada, sem movimento.
Tudo precisa se renovar, a natureza se renova, as gerações se sucedem, o universo inteiro se renova constantemente.
O carinho que você tem por essas coisas é seu, não é das coisas.
Por que é importante se desfazer? Porque é uma maneira de também nos renovarmos, abrindo mão de coisas que de uma forma ou de outra nos prendem ao passado.
Não esqueça que os bons momentos, as melhores coisas que já lhe aconteceram vão ficar guardadas dentro de você, por muito tempo ainda…