sábado, 3 de março de 2012

MORTE & ALÉM



Visões do Além

Em 28 de julho de 1976, nas primeiras horas damanhã, as 3:42 - o mais mortal dos terremotos do século 20 e o terceiro maior registrado na história, aconteceu em Tangshan, China. Um quinto da população morreu na catástrofe e milhares de outras foram "arrancadas dos braços da morte". Na ocasião, foi feito um estudo o que as pessoas sentiram naquele momento crítico.

Muitos responderam que estando face a face com a morte não sentiram dor ou terror, ao contrário, experimentaram um tipo de excitamento latente, como se estivessem sendo libertadas de seus corpos físicos; estiveram em "outra dimensão", atravessaram o túnel de luz, tiveram contato com seres "especiais", viram parentes falecidos. Os relatos remeteram aos depoimentos de pessoas que passaram por Experiência de Quase Morte - EQM.

Os pioneiros da pesquisa de Experiência de Quase Morte são: Dr. Raymond Moody e o Dr. Kenneth Ring, co-fundador da International Association for Near-Death Studies. A experiência típica segue uma progressão bem distinta: começa com sensação de leveza; sentir que está flutuando. Pode-se observar o próprio corpo desfalecido e também as pessoas e ambiente em volta. A seguir vem a passagem através do túnel, os encontros com conhecidos já mortos e com outras personagens, em geral, de natureza religiosa. Finalmente, aparece uma luz! (Morse, Conner & Tyler, 1985).

São freqüentes os casos de visões restrospectivas de toda a vida durante um tempo indeterminável ou mesmo "fora do tempo". Revendo toda a trajetória de seus gestos passados, é como se a pessoa devesse ver, avaliar e decidir por continuar ou não sua particular aventura de viver.

Um fenômeno que se repete é a mudança de personalidade - de quem quase morreu - ou, ao menos, mudança de pontos de vista de quem passou pela situação de morrer clinicamente e ressucitar. As pessoas tornam-se mais interessadas em espiritualidade, parecem menos ansiosas em relação ao significado da existência, menos temerosas em relação à morte e mais tolerantes com pequenos incômodos da vida.

Durante os momentos de suspensão e/ou perda da vida, a percepção do tempo se altera; praticamente torna-se imensurável. Poucos segundos terrenos podem ser percebidos pelo "morto" como um dia inteiro, uma semana etc.. Muitas vezes, o despertar da quase morte vem acompanhado de habilidades metafísicas ou paranormais: visão de auras, vidência, telepatia, conhecimentos que não se possuía antes.



O Peso da Alma

O fenômeno da Experiência de Quase-Morte é um enigma para a ciência objetiva que concebe a MENTE como mero produto de reações neuroquímicas. A neurologia entende que o pensamento é inseparável do cérebro, que toda e qualquer percepção depende do sistema nervoso. Assim, se não há cérebro comandando o sistemanervoso não pode haver percepção, lembrança, vivência.

Para saber se existe uma alma independente do corpo, em 1907, o doutor em Medicina Duncan MacDougall, de Haverhill - Massachussets, conduziu um experimento com seis pacientes em estado terminal. Esses pacientes foram pesados pouco antes da morte e imediatamente após a morte. MacDougall pretendia verificar se havia diferença de matéria-massa entre o homem vivo e o cadáver. O resultado, publicado nos jornais da época, mostrou que todos os moribundos perderam, em média, 21 gramas após o último suspiro. Vinte e uma gramas: era o peso da alma!

A conclusão de MacDougall foi duramente refutada pelos cientistas que atribuíram a diferença de peso aos mais diversos fatores, como a perda sutil de líquido, por exudação. Porém, ninguém repetiu a experiência para dirimir as dúvidas. P pensamento materialista não admite buscar no homem qualquer realidade que não seja física, densa, orgânica, mensurável.



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