sábado, 3 de março de 2012

Enfoques da mente


 
 Ciência dos atributos 

Desde muito que os fenômenos extraordinários da mente tem merecido atenções do mundo científico, não para desacreditá-los, mas sim para dimensiona-los dentro de uma ordem metodológica de comprovações, pelos experimentos.
A primeira lógica estabelecida, cientificamente, foi promover estudos do cérebro humano, de onde, pressupostamente, partiriam as capacidades fenomênicas. O cérebro, exaustivamente visto pela neurologia, ainda é um mistério, sabendo que, alem de suas funções químico-orgânicas, a exemplo de outros órgãos, atua também em níveis distintos porem interligados entre si, comumente denominados de Superior e Inferior.
O funcionamento cerebral ocorre quando existe o estímulo dos neurônios, específicos ou não, fazendo com que receba ou transmita conhecimentos.
Dentro do nível superior cerebral acontecem os estímulos específicos, através dos órgãos do sentido e da inteligência; neste nível assenta-se o intelecto manifesto pela atuação inteligente, e as emissões de juízos pelos conhecimentos adquiridos que, via de regra, se processam por intermédio de receptores próprios.
O nível inferior detém os campos primitivo e sensorial, abrangendo percepções e reações intuitivas, alem das instintivas, pelos estímulos não específicos que, geralmente, são captados pelo sistema nervoso periférico.
É fato que o cérebro, funcionando por estímulos, induz o homem a quatro estágios - níveis - mentais, classificados por ciclos rítmicos por segundo, sendo eles o Alfa, Beta, Teta e Delta. Estabelece-se que o Beta é o estágio comum para pessoas normais, com oscilações de l4 a 28 ciclos por segundo, sendo então o nível das consciências interior e exterior; é um estado normal para as atividades do dia a dia, sobrecarregando-se de tensões consequentes.
Alfa está para a consciência interior, com 7 a 14 ciclos por segundo, com impulsos brandos, responsáveis pelo domínio do autocontrole e alívio das tensões; é o estágio de maior importância para o ser humano.
Teta, com oscilações de 4 a 7 ciclos por segundo, responsabiliza-se pela inconsciência e pelo sono, sem o desligamento do subconsciente que mantém, assim, ativados os neurônios; é um estágio recuperador das energias.
Delta, com 1 a 4 ciclos por segundo, é o denominado estado de coma, de inconsciência total, sem reflexão alguma.
Existem no cérebro duas grandes capacidades, uma denominada mente objetiva, ou seja, o nível superior, onde se aloja a intelectualidade regrada pelas leis de aprendizado e adaptada ao meio, enquanto a outra força, mente subjetiva, livre de censuras e barreiras, é vista como a energia criadora e organizadora, que manifesta-se não somente no indivíduo, mas que pode ser projetada à distância, transmitindo e adquirindo, de formas múltiplas, conhecimentos. Ambas são interligadas e trabalham conjuntamente, podendo contudo atuarem de maneira independente, dentro de um determinado estágio, sem prejuízos de ordens maiores,
Se a faculdade intelectiva recebe conhecimentos através de estudos no decorrer dos tempos, a mente subjetiva é uma energia e não apenas pensamento, com atividade plasmadora sobre a matéria, conforme opiniões de abalizados pesquisadores, entre os quais o Phd. Maurer Junior - citação Curso de Teologia: Cultos Estranhos.
Nestas nuanças, existe ainda o cerebelo, talvez o cérebro original - a outra parte, o superior, seria fruto de evolução recente - responsável pela coordenação muscular do organismo; algumas correntes científicas, não ortodoxas, acreditam estar no cerebelo a fonte da paranormalidade e aqueles temores inatos do homem. Outras teorias tem, conforme já observado em outro título, materialidade na crença da imortalidade, que tudo não passa de capacidades resultantes das atividades dos neurônios, advindas das interações químico-elétricas, micro-celulares.
E as teorias avançam num crescente, às vezes bem ao gosto de especuladores metafísicos, como por exemplo a respeito da glândula pineal, o ponto de contato entre a mente e o corpo.
Nestes enfoques busca-se, também, a Psicologia, a quem cabe o estudo do comportamento humano, variedades individuais e classificações mentais, interrelacionado-se às Biologia, Sociologia e Pedagogia, entre outras ciências, objetivando a integração ou reintegração do homem dentro de si mesmo, agregação personal, tornando-o adaptável e aceitável à sociedade. A Psicologia é uma ciência de difícil definição, sem contestações, dado sua diversidade de correntes e subjetividades quanto ao próprio exercício profissional.
Para que se possa compreender os fenômenos denominados supra-normais, de uma certa maneira e ainda que superficialmente, há que se considerar os acima expostos, para argumentações e contra-argumentações, quanto ao funcionamento cerebral, tido como influenciável ou suscetível a diversos fatores, inibidores ou desbloqueadores, provocadores ou não, de estados extra-físicos, a exemplos da Ética, da Moral, da Razão, alem dos fatores Educacional, Cultural e da Lógica, daquilo que é ou não normal, dentro dos padrões aceitos para comportamentos e ações.
Quanto aos atributos da mente, propriamente ditos, a Metapsíquica tem que a mente subjetiva, é um repertório psíquico e, como tal, de ordem espiritual, com capacidade de ações à distância, não limitando-se ao tempo e espaço, podendo mesmo transpo-los sem dificuldade alguma, irradiando ondas energéticas e abrindo canais receptivos, de atuações sobre o cérebro.
Para Maurer Junior, tem-se que a Metapsíquica é uma ciência que estuda os fenômenos extraordinários, através de estudos experimentais, todos aparentemente supra-normais da mente humana, isto é, alem dos fenômenos psicológicos normais.
Considera-se que a melhor definição sobre a Metapsíquica cabe ao pesquisador e psicólogo francês, Richet, que diz ser ela uma ciência que tem por objeto, fenômenos mecânicos ou psicológicos, devido a forças que parecem inteligentes ou poderes desconhecidos, latentes na inteligência humana, posto que a paranormalidade, consciente ou inconscientemente, física ou mental, é sempre determinada pela mente, acionando o cérebro.
De princípio, pode-se dizer que a Metapsíquica apenas estuda os fenômenos, como um todo ou isoladamente, não ensinando, porem, como desenvolver ou atua-los, ficando tais feitos para os místicos, especuladores e pseudo-sábios da matéria. Somente a partir dos fenômenos ocorridos é que a Metapsíquica emite seu parecer.
Esta ciência perdeu muito da validade de seu termo ou mesmo significado, com o advento da Parapsicologia, esta tida como a ciência que melhor rotula e ajusta conceitos fenomênicos. Na visão de alguns modernos parapsicólogos, a Metapsíquica é considerada pré-científica.
Dr. Jorge Andréa (Enfoques Científicos na Doutrina Espírita, 2ª. edição, 1991, publicado pela Sociedade Espírita F.V. Lorenz), diz que as significações são as mesmas nas posições de enquadramentos da fenomenologia paranormal.
Ousa-se parecer que a Metapsíquica, como ciência, foi abominada por achar-se vinculada ao Espiritismo, alem do que, alguns viam nela explicações dos milagres de Cristo, diminuindo-o em graça e magnificência. Com a Parapsicologia, os fenômenos paranormais passaram ser vistos como naturais ou próprios do homem, e não como sobrenaturais, estes então lançados à Teologia como milagres que, como tais, acham-se isentos de classificações e definições de campos pela Ciência, assim portanto sem confrontações com aquilo que diz respeito às religiosidades.


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