segunda-feira, 26 de agosto de 2013

" O Propósito da Vida"




Passamos a pensar com os pensamentos de Buddha...
Realmente são pensamentos muito modernos,atual.  
Talvez fosse menos presunçoso e mais verdadeiro dizer que a atual vanguarda da Psicologia ocidental está começando a abordar agora o Problema Humano do mesmo ponto de vista através do qual Buddha o examinou, de modo amável mas firme, tanto tempo atrás. 
Ao longo dos últimos 50 anos, a relevância das percepções de Buddha para uma “ciência da alma” tornou-se cada vez mais clara.  
Talvez mais do que qualquer outro, este sábio indiano produziu um ponto de encontro para todos os extremos de opinião; o gnosticismo e o agnosticismo, a crença e o ceticismo, a proposta da intuição e a devoção à lógica. 
Enquanto o mundo da mente ainda treme com uma mudança abrupta  − o abandono de uma religião excessivamente voltada para o outro mundo, em troca de uma ciência excessivamente materialista − o homem que reconheceu as  ações  válidas da religião e da ciência como partes de um todo maior é alguém cujo pensamento vale a pena conhecer hoje.
No “ O Propósito da Vida”, embora Buddha tanto afirme quanto negue definidamente algumas coisas, muito versos também contêm, na sequência, o reverso  do que foi dito inicialmente. 
Vemos, portanto, que os delineamentos cortantes entre “bem” e “mal”, que caracterizam as formas convencionais de religião, são suplantados pelo estabelecimento de um grande número de dimensões éticas sutis, apresentadas ao estilo de expressões como “por outro lado” e “sim, porém...”.   
É precisamente esta qualidade do pensamento de Buddha que desperta a admiração dos ocidentais. 
Ele apresenta seus preceitos de um modo  que é ao mesmo tempo filosoficamente valioso e psicologicamente correto.
Um estudante que esteve sob a orientação pessoal de Sigmund Freud afirmou que o “pai da psicanálise” considerava Buddha o maior psicólogo de todos os tempos.  
No  mínimo, há razões bastante lógicas para a simpatia que Buddha desperta entre os psicólogos modernos. 
 “ O Propósito da Vida” − intitulado “O Caminho Para Baixo” − constituem uma explicação suficiente:
“Assim como uma folha do capim "kusa" − se manejada erradamente −  provoca um corte na mão, do mesmo modo também o ascetismo mal praticado leva para baixo e para um inferno.”
“Aqueles que sentem vergonha quando não há motivo para vergonha, e aqueles que não sentem vergonha quando deveriam sentir vergonha − todos eles entram no caminho para baixo, seguindo falsas doutrinas.”

“Aqueles que têm medo quando não há motivo para temer, e aqueles que não têm medo quando deveriam temer − todos eles entram no caminho para baixo, seguindo falsas doutrinas.”
“Aqueles que veem o mal onde não há o mal, e aqueles que não veem nada de mau no que é mau − todos eles entram no caminho para baixo, seguindo falsas doutrinas.”
Nesta breve passagem, podemos perceber a chave essencial da visão de Buddha. Falar daqueles cujo problema surge de deixar de “ver o mal” onde o mal existe, é falar como falam as igrejas e os templos. 
Falar daqueles cujo problema surge de “ver o mal” onde o mal não existe,  e que sentem vergonha quando não deveria haver vergonha − é usar a linguagem da psicoterapia. 
Médicos clínicos da época atual ainda encontram mentes deformadas sob a influência de  concepções distorcidas de pecado; Buddha teve a sua própria quota de distorções sacerdotais para enfrentar, e este método de ensinar por “ponto e contraponto”, sendo perfeitamente equilibrado, encorajava o equilíbrio naqueles que ouviam.
Em outras palavras, o “mal” não deve ser temido, mas compreendido. 
E isso, por sua vez, só pode ser feito indo além das categorias tradicionais de Certo e Errado.  
Será que há, hoje, alguma necessidade mais dramática que a de encontrar um modo de preservar a consciência ética, ao mesmo tempo que rejeitamos a moralidade categórica e o seu inseparável orgulho hipócrita?
O “ O Propósito da Vida” é uma das grandes filosofia do modo de se viver.  
Ele está ao lado do “Bhagavad-Gita”, do “Tao Te King” e da Palavra de Cristo no Novo Testamento.
Não é necessário abordar aqui questões escolásticas,  como, por exemplo, de que maneira o seu “Propósito de Vida” foi reconhecido como parte do Cânone Budista; ou quando ele foi compilado; ou por que ele é tratado como transcrição das palavras autênticas do Mestre. 
Tenha uma nova filosofia de vida num “Propósito de Vida” , garantindo a sua tranquilidade, paz e coragem. 
Mas, acima de tudo, deixe despertar a sua mente, energizando seu coração e levando  um melhor modo de vida.  
Tendo “um Propósito de Vida” na sua vida,você terá um tônico para um auto-exame, 
um alimento para a reflexão e um estimulante para uma auto-disciplina.  
Elevará a sua consciência ao nível das sensações para o plano da Alma.
Há uma paz nascida da clara visão interior, e um contentamento nascido da compreensão, e o caminho que deve seguir são as pegadas do Mestre. 
Quando passamos a considerar que o "propósito da vida" é aprender e que tudo é aprendizado, as circunstâncias pelas quais nós aprendemos começam a ter menos importância.  
"O oceano da vida traz até nossos pés, e afasta novamente, coisas que são  difíceis de perder ou que causam dor ao ser recebidas, no entanto todas elas pertencem à vida; todas elas vêm do Grande Ser que nunca se altera.
Portanto, apóie-se sobre o Eu Superior –  seja como o grande fundo do oceano que nunca se movimenta, embora as tempestades possam alterar sua superfície.”
Sei que você entenderá essa atitude. 
Ela não significa que deveríamos deixar de fazer o melhor que podemos em todas as ocasiões, mas sabemos que,  aconteça o que acontecer,  tudo está bem,há sempre um lado positivo numa situação negativa. 
Tudo é recebido apenas  como uma lição da qual se pode obter crescimento e conhecimento, e embora talvez nós lutemos aparentemente por muitas coisas, nossas mentes podem não estar voltadas para as coisas em si mesmas, mas para o cumprimento do nosso dever, à medida que a expansão do nosso conhecimento  nos dá mais percepção.  
Assim nós seremos como o oceano, com a superfície em ação, mas com  a maior parte de nós calma – imóvel.
Filosofia de Vida e Estabilidade passa a ser uma filosofia de vida adequada, verdadeira e correta é absolutamente necessária para que haja um progresso firme e constante.
Esta filosofia deve ter como centro uma imutabilidade; se não for assim, qualquer construção de um “corpo interior” sobre um  centro que é mutável necessita da destruição daquele edifício e do começo de outra construção em outro centro, com perda de tempo, de esforço, e do progresso já  feito.
Se o segundo centro resultar mutável, a destruição será necessária novamente.  
É por isso que não pode haver progresso com base em qualquer ponto de apoio exceto o Supremo Ser em nosso interior. 
Isso é a LEI, e não um sentimento. 
Devemos esforçar-nos para manter-nos firmes, confiando no Supremo e dedicando todos os nossos pensamentos e ações a ele. 
À medida que nos esforçamos, as oscilações ficam menos acentuadas. 
TODOS os acontecimentos da vida nos dão oportunidades para exercer “o poder da firmeza”. 
Assim, deveríamos dar as boas-vindas a tudo – o que é agradável e o que não é – porque todas as coisas são  meios de crescimento, e porque, como já foi dito muitas vezes, o propósito da vida é aprender; a vida é feita de aprendizagem.
Obstáculos e Oportunidades é a transformação de fatos aparentemente negativos
em potencialidades para o bem é o primeiro e o último passo no caminho da Sabedoria.
A existência humana, observada desde o ponto de vista convencional, consiste num fluxo incessante de fatos variados, em uma combinação sempre mutável de circunstâncias.  
Cada ser humano classifica as circunstâncias como boas ou más,  favoráveis ou desfavoráveis, e vê nelas obstáculos ou oportunidades, conforme elas parecem ajudar ou atrapalhar a obtenção de determinada meta para a qual está voltado o indivíduo.  
O resultado natural desta visão da vida é uma luta incessante para aproveitar  oportunidades e evitar obstáculos, e as pessoas chamam isso de “luta pela sobrevivência”. 
Trata-se de uma luta, sem dúvida, e uma luta sem esperança, enquanto for feita qualquer distinção entre acontecimentos e circunstâncias favoráveis e desfavoráveis, e enquanto for alimentado esse erro básico de percepção sobre o significado e o propósito da vida. 
Se vivemos num Universo regido pela Lei, então todos os acontecimentos e circunstâncias que um ser humano enfrenta são o resultado exato de causas colocadas em movimento por ele mesmo.
As circunstâncias não são nada mais e nada menos do que os meios - e os únicos meios eficazes - pelos quais o indivíduo pode experimentar conscientemente a natureza das suas ações, e assim conseguir conhecimento de primeira mão. 
Os acontecimentos e as circunstâncias são apenas lições criadas por ele mesmo e que tornam possível para ele erguer-se, de acordo com a Lei, através dos diversos níveis daquela grande Escola de auto-aprendizado que nós chamamos de existência humana.
Reconhecer que isso deve ser assim é comparativamente fácil para quem já percebeu que o ensinamento teosófico sobre a absoluta universalidade da lei faz todo sentido. Mas compreender de fato que é isso o que ocorre implica muito mais do que uma compreensão intelectual da Lei.  
Para isso é necessária uma completa auto-identificação com o funcionamento da Lei.
Se alguns acontecimentos e circunstâncias ainda podem ser percebidos por nós como “ruins”, como “desfavoráveis”, ou como “obstáculos”, nós ainda temos que aprender o ABC da Vida. 
Podemos reconhecer mentalmente que a Lei governa o universo, mas ainda temos que compreender o funcionamento desta lei dentro de nós mesmos.
Se os acontecimentos atuais parecem ser obstáculos, se as circunstâncias atuais parecem desfavoráveis, se o cumprimento dos nossos deveres atuais parece atrapalhar-nos, então há alguma coisa errada; não com os nossos deveres atuais, mas com a nossa concepção de dever; não com as circunstâncias atuais, mas com o modo como usamos as circunstâncias; e não com os acontecimentos atuais, mas com a nossa atitude diante de todos os acontecimentos.
Nós costumamos pensar que alguns fatos são favoráveis e outros desfavoráveis?  
Se pensamos isso, tanto os fatos favoráveis como os desfavoráveis estão obstaculizando o nosso verdadeiro Poder de Percepção. 
Imaginamos que as circunstâncias são uma questão de boa ou má sorte?  
Neste caso, permanecemos como escravos das circunstâncias, e não compreendemos o nosso Poder Divino de Escolha.
Vemos o Dever como algo imposto a nós desde fora para dentro?
Neste caso, cada dever nosso funciona como obstáculo, impedindo-nos de despertar a Vontade Espiritual. 
Pensamos que a vida é feita de obstáculos e oportunidades?  
Então continuamos lamentando e comemorando, e lamentando de novo, e outra vez comemorando, ao invés de aprender com ambas as situações, compreendendo o significado e o propósito da existência humana.
Desde o ponto de vista da Alma, há um único obstáculo verdadeiro, e ele é a nossa dificuldade de ver, em tudo o que nos acontece, uma lição a ser aprendida e  uma oportunidade de ouro para aumentar a nossa força e a nossa compreensão. 
Seria possível adquirir conhecimento, sem eliminar a ignorância?  
Seria possível obter força, sem vencer a fraqueza? 
Seria possível ter oportunidades, sem vencer obstáculos? 
A fraqueza vencida é a força.  
A ignorância eliminada é o conhecimento. 
Os obstáculos superados são as oportunidades.  
Aprender, ao invés de ter alternadamente prazer e sofrimento, é Sabedoria.
A maior oportunidade ao nosso alcance está no cumprimento consciente dos nossos deveres atuais, no uso correto das atuais circunstâncias, e na aceitação de bom grado dos acontecimentos atuais, quer eles pareçam favoráveis ou desfavoráveis. 
Quanto maiores as nossas dificuldades, maior a oportunidade para que nos tornemos mais fortes, mais sábios, e, portanto, mais úteis como membros da família humana.
A vida não consiste de uma sucessão de obstáculos e oportunidades.  
Cada acontecimento é um obstáculo ou uma oportunidade, conforme o modo como olhamos para ele.
Transformar fatos aparentemente negativos em potencialidades para o bem é o primeiro e o último passo no caminho da Sabedoria.  
Busque a Paz Perfeita.

Era uma vez um rei, e o rei ofereceu um grande prêmio ao artista que fosse capaz de captar numa pintura a paz perfeita.
Foram muitos os artistas que tentaram. 
O rei observou e admirou todas as pinturas, mas houve apenas duas de que ele realmente gostou e decidiu que iria  escolher entre ambas. 
A primeira era um lago muito tranqüilo. 
Este lago era um espelho perfeito onde se refletiam umas plácidas montanhas que o rodeavam.
Sobre elas encontrava-se um céu muito azul com tênues nuvens brancas.
Todos os que olharam para esta pintura pensaram que ela refletia a paz perfeita.
A segunda pintura também tinha montanhas.
Mas estas eram escabrosas e estavam despidas de vegetação.
Sobre elas havia um céu tempestuoso do qual se precipitava um forte aguaceiro com faíscas e trovões. Montanha abaixo parecia retumbar uma espumosa torrente de água. Tudo isto se revelava nada pacífico.
Mas, quando o rei observou mais atentamente, reparou que atrás da cascata havia um arbusto crescendo de uma fenda na rocha. 
Neste arbusto encontrava-se um ninho. 
Ali, no meio do ruído da violenta camada de água, estava um passarinho placidamente sentado no seu ninho.
Paz perfeita!
O rei escolheu a segunda e explicou:
“Paz não significa estar num lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho árduo ou sem dor. 
Paz significa que, apesar de se estar no meio de tudo isso, permanecemos calmos no nosso coração”.
Este é o verdadeiro significado da paz.

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