quarta-feira, 15 de abril de 2015

"Feitiçaria e a lei de ação e reação"



'Não torneis a ninguém mal por mal'
Será possível alguém encomendar aos espíritos uma carga de males para prejudicar a terceiros a quem odeie, que sejam seus desafetos, de quem se queira vingar?
Para responder esta pergunta convém lembrar primeiramente que:
– Nós somos espíritos tanto quanto os que já não habitam mais este mundo, a diferença é que eles não estão ligados a um corpo físico;
-Tanto eles como nós podemos agir no campo fluídico (espiritual) e no campo físico (material), sobre os seres e sobre o meio ambiente;
– A ação se dá pelo pensamento e pela vontade, podendo os efeitos serem bons ou maus, conforme o impulso que lhes dá origem;
– Aqui como no plano espiritual, a lei que rege o relacionamento dos seres é a mesma: a atração dos semelhantes, a afinidade, a identidade de objetivos e interesses.
Feitos estes lembretes, podemos afirmar, em resposta à indagação que dá titulo a este tema: sim, é possível alguém encarnado aliar-se a um ou mais espíritos para produzir o mal contra uma terceira pessoa.
O que produzirá o mal, não será a forma material utilizada, os objetos usados para o “despacho” mas os pensamentos e sentimentos emitidos antes, durante e depois da sua preparação. O que age não é a matéria inerte, e sim, o espírito encarnado, ou o desencarnado ou ambos. É o espírito que impregna de fluidos (maus, neste caso) os objetos e endereça pensamentos destruidores sobre a pessoa visada.
A pessoa visada será atingida pelo “mal feito”
Essas perseguições, na verdade, só nos alcançam quando encontram pontos de sintonia em nossa intimidade.

Assim, se procuramos vivenciar os valores da alma, em sua profundidade, estamos mudando nossa sintonia e ficando fora do alcance de tais perseguições.
Também é certo que muitas vezes elas nos atingem, porque ainda guardamos em nossa consciência profunda algum "lixo" acumulado em vidas passadas. Por isso, muitas pessoas boas se tornam vítimas de macumbas, obsessões, inveja e assemelhados.
Mas mesmo nesses casos, se fizermos uma verdadeira reforma em nosso interior, passando a vivenciar o perdão pleno, a fraternidade, e outros valores éticos, fazendo do amor universal o nosso alicerce de vida; se buscarmos Deus, em oração, com certeza minimizaremos quaisquer efeitos negativos de tais perseguições, e até mesmo, podemos acabar com elas.
Também ocorre muito amiúde pensarmos que alguém nos botou macumba, quando essa macumba foi feita por nós próprios, pelos nossos pensamentos, sentimentos, palavras e ações em desacordo com as leis cósmicas.
A "mensagem" chegará até o "destinatário". Este, contudo, não é fatalmente obrigado a aceitá-lo. Embora sinta o impacto pertubador, poderá neutraliza-la se alimentar bons sentimentos e pensamentos, concretizados numa vida digna, cristã; é a defesa natural ensejada a todas as criaturas. Poderá ainda, merecer a proteção, a ajuda dos bons espíritos para a superação dos efeitos de carga maléfica que lhe tenha sido endereçada.

Se, porém, a pessoa não cultiva em si mesma as forças do bem, não saberá como reagir, não terá forças para repelir as sugestões pertubadoras, passando a sofrer intensamente os efeitos.
Até quando? Até que os efeitos atinjam seu limite natural e comecem a diminuir ou venham a cessar. Até que se decida a uma renovação para o bem, movimentando suas próprias forças espirituais para reequilibrar-se. até que venha a receber um auxílio exterior, pela intervenção de amigos, encarnados ou não.
Nada no universo se processa ao acaso. Há leis que regem a vida e a evolução dos seres. A lei fundamental é a da ação e reação, dentro da qual está a própria lei do amor que, se acionada, nos dará resultados muito compensadores.
Se, pois, no mundo em que vivemos ainda estamos expostos a que seres encarnados e desencarnados se unam para nos procurarem nos atingir prejudicialmente é porque ainda precisamos dessas experiências, ou porque ainda merecemos a ação deles sobre nós.
Quando aprendermos a manter um estado de alma equilibrado sempre sem mais possibilidades de ceder aos impactos pertubadores, aqui  ou no além, estaremos vitoriosos e em paz.

E não nos prendamos na observação dos aspectos sofredores do intercâmbio mediúnico, porque, em verdade, da mesma forma que os maus, os bons espíritos, também podem unir-se a nós, e nós a eles, para a realização, se quisermos, de muito “bem feito” sobre a Terra.
E aos que fizeram o mal, acontece a lesa primeiramente a si mesmo, porque tudo o que pensa e deseja movimenta em primeiro lugar o seu próprio ser (mente, perispírito, fluidos).
Não se consegue atingir a outros sem, antes havermos prejudicado a nós mesmos.
Além disso, haverá ainda, a volta, o retorno das ações trazendo para quem agiu o resultado, a colheita das reações obtidas.
Disse Jesus: “É preciso que o escândalo venha mas aí daquele que por quem ele vier”. Sem dúvida, neste mundo de expiações e de provas que é a Terra, ainda por muito tempo haverá necessidade de pagarmos sofrendo e aprendermos chorando as leis da vida. Aí, porém, daquele que se faça instrumento dessa dor e desse pranto, porque os acarretará para si mesmo.
Lei de Ação e Reação nos diz que, para cada ação, existirá uma reação oposta e de mesma intensidade.

Uma outra lei natural é a Lei de Causa e Efeito, a qual não foi descoberta, mas revelada para todos nós, de forma verossímil,é bastante importante para que possamos compreender o amor de Deus. Em verdade, o entendimento claro e racional dessa lei tem o potencial de fazer com que nós ajamos em concordância com o Amor. Em outras palavras, a compreensão da Lei de Causa e Efeito pode nos ajudar a tomarmos decisões sábias, em nossas existências, e, consequentemente, a evoluirmos de forma mais eficiente.
Considerando, portanto, essas duas leis e suas “similaridades”, é comum escutarmos frases, como estas: A Lei de Causa e Efeito é a mesma coisa que a Lei de Ação e Reação.
Para falar a verdade, a Lei de Causa e Efeito é um exemplo prático da Lei de Ação e Reação, pois nada é por acaso.
Toda ação provoca uma reação de igual intensidade e no sentido contrário”. Essa é uma das muitas leis da física. De certa forma ela também pode regular o campo não físico. Quando de alguma forma recebemos da parte de alguém algum mal, a tendência imediata e vista em grande parte das pessoas, é a aplicação imediata desta lei.

Queremos devolver o mal feito contra nós em igual intensidade, queremos aplicar alguma punição ao nosso ofensor. No campo não físico, esta lei é a chamada lei da vingança. Julgamos e aplicamos a pena que achamos justa. Geralmente a pena que nos parece mais justa é a que devolve o mal feito à pessoa que nos ofendeu. É o que chamamos de dar o troco. É a lei da ação e reação.
No entanto, diferentemente da física, a lei de ação e reação não é absoluta no campo não físico. Isso porque ela não está de acordo com os desígnios de Deus. Existe outra lei, escrita e aprovada por Deus, que podemos aplicar nestes casos, e é esta lei que deve reger a vida dos servos de Deus com relação às ofensas que recebem.
Neste campo, porém, existe muita hipocrisia. Isso porque raramente cremos de verdade que a lei de não pagar mal por mal seja aplicável na vida real. No entanto, quando Jesus disse: “Não se vinguem dos que fazem mal a vocês. Se alguém lhe der um tapa na cara, vire o outro lado para ele bater também” .Ele estava falando sério. Estava ditando uma lei aos seus discípulos. Uma lei que Ele mesmo escreveu e praticou com êxito, e que deveria ser praticada pelos que o seguem.
Mas e a injustiça e o mal cometido contra mim, como ficarão?

Ficarão a mercê da lei da causa e efeito e pelos "olhos" de Deus que "tudo vê" e que aplicará a Sua justiça em todas as situações e com todas as pessoas. Não há porque retribuir o mal recebido e nem não perdoar as pessoas. A função de juiz nestes casos pertence a nossa consciência futura e a Deus.
Aquele que devolve o bem em lugar do mal recebido tem cumprido a melhor lei, a lei escrita pelo mais Justo legislador, a lei perfeita e que dá vida! É um desafio cumprir esta lei, mas é a vontade de Deus para nós!
Em resumo, responsabilidade é a palavra-chave. Nós devemos usar o nosso livre-arbítrio de forma sábia, o que significa dizer: amando a nós mesmos e amando o nosso próximo. Essa é a forma de se amar a Deus, tão bem demonstrada por Jesus, aqui na Terra.

Copilado e adaptado de:
http://www.mundoespiritual.com.br/obsessao.htm 
http://www.idealespirita.com.br/informativo/macumba-existe
http://www.esbocandoideias.com/2010/09/voce-segue-lei-da-acao-e-reacao.html
http://www.portalespiritualista.org/artigos-revistas/662-lei-de-causa-e-efeito-x-lei-de-acao-e-reacao

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