segunda-feira, 20 de abril de 2015
"Torre de Babel-A supressão das barreiras lingüísticas"
A Torre de Babel, que significa a "porta do céu" ou a "porta de Deus",
é mencionada na Bíblia (Génesis, 11), como uma das construções mais
ambiciosas do homem. Chegados ao Oriente, os Babilónios
estabeleceram-se na planície de Sinar, onde resolveram construir uma
cidade, a Babilónia, uma das sete maravilhas do mundo, com sumptuosos palácios, jardins suspensos e com uma torre, erigida, provavelmente,em forma de zigurate e coroada por um templo, no seu topo, por forma a alcançar o céu.
Segundo Heródoto, a cidade era tão magnífica que era incomparável a qualquer outra existente. Com esta obra, o povo podia tornar-se famoso e evitava a sua dispersão pela terra.
Todavia a Torre de Babel era obra do orgulho humano, pois pretendia estar à altura de Deus e eventualmente contra ele. Por essa razão Deus "castigou" os seus construtores.
Quando Deus veio à terra visitar a obra, considerou que, sendo um povo
com uma única linguagem e com as obras realizadas, nada os impediria
de realizarem o projeto deles. Então, para castigar a obra do orgulho
humano, Deus resolveu confundi-los na sua linguagem, de tal forma que
não se compreendessem uns aos outros. Sem se entenderem, os construtores da Torre de Babel interromperam os seus trabalhos de construção e dispersaram-se por toda a terra, dando origem às diversas culturas e diferentes línguas que se falam no mundo. A partir de então, Babel passou a ser sinônimo de confusão e a simbolizar o "castigo divino" sobre a arrogância, orgulho e paganismo humanos!
Esta história é usada para explicar a existência de muitas línguas e etnias diferentes.
A localização da construção teria sido na planície entre os rios Tigre e
Eufrates, na Mesopotâmia (atual Iraque), uma região célebre por sua
localização estratégica e pela sua fertilidade.
A multiplicidade das línguas é um transtorno que dificulta a comunicação e o entendimento entre os povos, causando, não raras vezes, complicações nem sempre reparáveis. Às vezes, até mesmo aqueles que falam o mesmo idioma, não se entendem bem, porque interpretam as palavras e expressões, de forma diversa, com sentidos diferentes daqueles que as pronunciou.
Os pensamentos têm significados perfeitos e inconfundíveis, mas ao serem codificados em palavras, podem ser entendidos de maneira variada, gerando confusões.
Isso também se refere quanto a tradução da Bíblia,que traduzido do Aramaico ao Francês arcaico, do Latim ao Grego, do Grego ao Português de Portugal ao Português do Brasil, com várias interpretações, as palavras e expressões são de formas diversas, com sentidos diferentes.
É sabido que na nossa língua,uma simples virgula muda totalmente a ideia da frase,então,imagine um livro escrito por homens de interesses próprios,de costumes dominador com a presunção de "domesticar",de amedrontar,de castrar e até mesmo de dominar seu semelhante para tirar vantagens religiosas financeiramente falando,(até hoje é assim,diga Edir Macedo que resolveu ganhar dinheiro e ficar rico com a Bíblia),colocando frases de seu interesse,com uma tradução rudimentar e ao pé da letra,podendo ser entendida de maneira variada, gerando mais confusões como por exemplo: "Satanás",como "batizar com água" e etc..
Temos no Aramaico,língua morta de Jesus Cristo, Satanás na expressão:"A faste-se de mim "Satanás..." a Pedro quando Ele queria ir para Jerusalem. A Frase na tradução correta é: "A faste-se de mim "opositor...",ou seja, Satanás é a tradução de opositor.não havendo nenhum "diabo loiro" com toda alegoria que fizeram e fazem até hoje com a criatura do mal.
Atualmente, pelo menos 2.796 línguas distintas estão sendo faladas em nosso Planeta. Se isso não bastasse, existem mais cercas de 7.000 a 8.000 dialetos, isto é, variantes de um idioma com diferenças da língua-mãe em termos de pronúncia, vocabulário ou idiomatismos, que introduzem mais dificuldades na transmissão e compreensão dos pensamentos. Mas o Esperanto, língua internacional, fácil e racional, já existe entre nós, em crescimento progressivo para equacionar este problema. As diferentes línguas continuarão a existir, mas o Esperanto, pela sua simplicidade, lógica e facilidade de aprendizado, será inevitavelmente, a língua de melhor intercâmbio entre os povos, eliminando riscos de maus entendidos.
As barreiras comerciais de várias regiões do mundo estão caindo, para uma melhor e mais fácil troca de produtos entre as nações, inclusive com a instituição de moeda única como na União Européia.
A história política e social das nações não se apagarão. Os povos continuarão a manter seus costumes e suas tradições, às vezes milenares, mas a força da integração para um bem viver melhor, promoverá caldeamentos entre elas, interpenetrando umas nas outras.
Algo similar deverá ocorrer no campo das religiões. Hoje ainda presenciamos, com pesar, as guerras de fundo religioso, os antagonismos radicais, alimentados pelos adeptos, que obstinadamente manifestam suas crenças, acreditando-se possuidores exclusivos da verdade. Ninguém, nenhuma religião, possui a verdade em termos absolutos, porque a verdade é descortinada gradativamente, de acordo com o estágio evolutivo das criaturas. Assim, o que hoje é tido verdadeiro, poderá ser falso amanhã, com base num melhor entendimento. Cada pessoa, cada religião, detém um panorama parcial da mesma verdade. Para que se estreitem os laços de fraternidade entre os adeptos de diferentes religiões, haverá necessidade de as seitas religiosas fazerem pequenas concessões, procurando o ajustamento imprescindível para o bem maior da compreensão entre irmãos. Isto não significa, necessariamente, que no futuro deverá haver uma só religião.
É possível a convivência de diferentes maneiras de vivenciar a lei maior que é a LEI DO AMOR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AO PRÓXIMO COMO A NÓS MESMOS,sem hostilizações, insultos, lutas, mas pelo contrário, com respeito mútuo, tolerância, compreensão, em suma,com FRATERNIDADE.
Havendo Fraternidade, isto é, a verdadeira convivência como irmãos, permitirá a existência de Um Só Rebanho e Um Só Pastor.
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