segunda-feira, 6 de abril de 2015

"Jesus Metafísico"



Dando continuidade a  saga de Jesus,no que se refere a última ceia, fez Jesus ver a seus discípulos que ele, como Jesus "físico", devia morrer para que o Cristo "metafísico" pudesse nascer na alma deles.
O termo "Metafísica" é uma palavra com origem no grego e que significa "o que está para além da física". É uma doutrina que busca o conhecimento da essência das coisas.
Os metafísicos também crêem que outros Mestres, talvez tão poderosos, talvez até o próprio Jesus, surgiram para visitar outras zonas culturais da Terra, que precisavam de ver o exterior de alguém como eles.
E, a cada visita, transmitiram basicamente a mesma mensagem de amor universal. (Alguns também acreditam que Jesus não morreu e que continuou a ensinar, depois de ter saído do Médio Oriente).
Para isso,tanto Judas como Barrabás tiveram a sua importância.
Judas pela "traição" e Barrabás por um desígnio,pela sua destinação.
Mas o grande tormento de Barrabás era de não poder morrer,que não teve culpa da morte de Cristo,Jesus morreu em seu lugar,porque Jesus queria que ele vivesse,nada de morte para Barrabás e Jesus levou a "morte' de Barrabás para um propósito de vida.
O Cristo físico não "funcionou" e para isso,só sua morte passaria ser o início de tudo,pois em vida sua obra não seria realizada mas o Cristo metafísico sim,pois foi onde tudo começou,(e isto é uma verdade).

A parábola do "pão e do vinho" é uma das parábola mais difícil de interpretar,tanto que nenhum palestrante de centro espírita se atreve a comenta-la.
Para interpretar o próprio Jesus a concretiza essa verdade, serviu-se de uma comparação tirada da ingestão e assimilação dos alimentos. Para assimilar o pão e o vinho, é necessário que esses alimentos sejam primeiro destruídos, desintegrados, para que suas energias vitais (calorias) possam ser integradas pelo homem.
"Ansiosamente desejei comer convosco,diz Jesus, esta ceia pascal, antes que padeça... Convém a vós que eu me vá, porque, se não for, não poderá vir a vós o espírito da verdade”. Isto é, convém que o Jesus humano,(físico),seja desintegrado pela morte, para que o Cristo divino,(Metafísico), seja integrado em vossas almas pela fé"
Em seguida, tomou Jesus nas mãos um pão, agraciou-o, benzeu-o e disse: "Isto, meu corpo, que é entregue por vos”. Depois tomou nas mãos um cálice de vinho, agraciou-o, benzeu-o e deu-o a seus discípulos, dizendo: "Isto, o novo dispositivo em meu sangue, que é derramado sobre vós”.
Se os discípulos tivessem ingerido e assimilado o espírito do Cristo, não teriam feito o que logo depois fizeram: traição, negação suicídio e deserção; mas teriam ficado espiritualizados. Disto sabia Jesus. Do contrário, teria ele estranhado e censurado mais tarde esses supostos neo-comungantes e neo-sacerdotes. Eles só ingeriram os símbolos materiais.
 Os símbolos materiais do pão e do vinho tiveram o seu simbolizado espiritual na manhã de Pentecostes, quando 120 pessoas comungaram realmente o espírito do Cristo e se tornaram verdadeiramente "cristificadas".

O ritual simbólico do pão e do vinho devia ser celebrado “em memória” de Jesus, até que o Cristo viesse realmente, como escreve Paulo de Tarso.
 O verdadeiro sacerdócio vem de uma experiência espiritual, e não de uma ordenação ritual. Paulo de Tarso, que não assistiu a ultima ceia, insiste em ser verdadeiro sacerdote do Cristo, porque foi por ele iniciado espiritualmente. 
Os homens e as mulheres presentes na iniciação crística do Pentecostes foram verdadeiros sacerdotes de Deus. O processo ritual é "ex opere operato" – a iniciação espiritual é "ex opere operantis".
O Evangelho segundo Marcos acrescenta: "Para remoção de erros", que as versões modernas traduzem "para remissão de pecados". Jesus se refere ao erro dos judeus e de outros, de que o sangue físico possa anular pecados. O vinho no cálice é "o novo dispositivo (testamento) em seu sangue"; não é o sangue físico que anula pecados, mas o sangue metafísico da fé ou transformação espiritual, o despertamento do Cristo interno, como ocorreu na manhã do Pentecostes. 
O texto aramaico, que Jesus falava, não diz "isto é meu corpo, isto é meu sangue”, mas sim: isto, meu corpo; isto meu sangue, devendo entender-se: este pão representa meu corpo, este vinho simboliza meu sangue. Também não está no futuro o verbo "que será entregue, que será derramado", mas está no presente: "que é entregue, que é derramado".

Na quinta-feira não foi entregue o corpo nem derramado o sangue real de Jesus, senão apenas o seu corpo e sangue simbólicos, em forma de pão e vinho. 
Este simbolismo místico-esotérico não é explicado por Jesus nem foi compreendido por seus discípulos. Referindo-se ao pão e ao vinho que deviam ser ingeridos, Refere-se o Mestre ao processo de assimilação dos alimentos, sólido e líquido, que só é possível depois da destruição dele pela trituração e digestão das suas substâncias materiais. A integração das energias invisíveis (calorias) de qualquer alimento supõe a desintegração prévia dos mesmos. Sem a desintegração do corpo do alimento não há integração da alma dele. De modo análogo, vai o Jesus visível ser desintegrado pela morte voluntária para que o Cristo invisível possa ser assimilado por seus discípulos, como realmente aconteceu algumas semanas depois, quando 120 pessoas, homens e mulheres, comungaram o Cristo em espírito e em verdade, dando início ao verdadeiro cristianismo sobre a face da terra.
Se os discípulos, na última ceia, tivessem comungando realmente Jesus, ter-se-iam espiritualizado totalmente; mas o que, logo depois, ocorreu, prova que não receberam a sagrada comunhão, no sentido de hoje, porque um dos supostos comungastes consumou o plano da Traição e suicidou-se; outro negou o Mestre três vezes, jurando não ser discípulo dele; e todos os outros, à exceção de um, fugiram covardemente. 

Com nenhuma palavra, depois da "ressurreição", estranha o Mestre esse fracasso vergonhoso dos supostos neocomungantes e neo-sacerdotes, porque sabia que a ingestão dos símbolos materiais, pão e vinho, não espiritualiza ninguém. Mais tarde, porém, no Pentecostes, quando eles e outros comungaram realmente o Cristo, não houve traição nem suicídio, nem negação, nem deserção de nenhum deles; pelo contrário, todos estes Cristo-comungantes sofreram jubilosamente perseguição e morte por amor dele. 
Mas, para que se desse essa grande metamorfose espiritual, foi necessário que os discípulos ficassem 9 dias em silêncio e oração no cenáculo, conforme o Mestre lhes ordenara. 
Enquanto o cristianismo se contentar com a comunhão do Jesus eucarístico não realizar a comunhão do Cristo carismático, continuara á a haver traição, suicídio, negação e deserção dos supostos comungantes. 

A compreensão da parábola do pão e do vinho, e sua realização na vida, marcaria o início da verdadeira "cristicidade" na face da terra, em vez do nosso cristianismo tradicional. Mas, para essa comunhão do Cristo é indispensável um prelúdio prolongado de silêncio e meditação. E, além disto, é necessário o abandono de um equívoco milenar de que uma classe de cristãos possa fazer o que o Cristo não fez: a transubstanciação do pão e do vinho no corpo e no sangue dele. 
"As palavras que vos digo são espírito e vida - a carne de nada vale... fazei isto em memória de mim”.
Os metafísicos estão preocupados com o aqui e o agora (ainda que, frequentemente, haja muita agitação acerca de aspectos secundários, como vidas passadas e fenômenos psíquicos). 
O verdadeiro metafísico preocupa-se com o melhorar-se a si mesmo, através do estudo das formas de como pode usar as chaves
universais ensinadas por Jesus (e outros) para se elevar até um estado de consciência mais alto, enquanto está na Terra. Ou seja, os metafísicos estão convencidos de que podem levar vidas melhores, e ter paz, saúde e alegria enquanto estão encarnados, utilizando, para isso, o Poder de Deus, que está disponível para todos (tal como Jesus ensinou). E, ao fazerem isto, ajudam a elevar a consciência do planeta através da oração,que é o verdadeiro objectivo do nosso tempo, na Terra.
Extraído e adaptado de:



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