sábado, 25 de abril de 2015

"Liberte-se das barreiras herdadas"



Pecado herdado‏ existe?
A questão do “Pecado Original” gerou discussões teológicas por séculos na história da interpretação bíblica, e basta pensar um pouco sobre esse tema para saber porque! 
Como pode ser justo que todos nós sejamos "pecadores" não por culpa nossa mas por culpa de nossos antepassados? Como entender isso e quais as implicações dessa compreensão para entender a humanidade dos "pecadores", e a humanidade de Cristo sem pecado?
Quando Jesus passava, viu um homem que era cego desde o seu nascimento; e seus discípulos lhes fizeram esta pergunta: "_Mestre, a causa de ter este homem nascido cego, é o pecado dele, ou de seus pais?"
Jesus lhes respondeu:"_ Não é que ele haja pecado, nem aqueles que o trouxeram ao mundo; mas assim sucede para que as obras do poder de Deus brilhem nele. É preciso que eu faça as obras daquele que me enviou enquanto é dia; vem depois a noite, na qual ninguém pode agir.  Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo."
Tínhamos até então um pensamento de "pecado herdado" cuja barreira estava instalada numa ideia terrível de provações e adversidades ao longo de inúmeras encarnações,onde acreditava-se que tínhamos que "pagar" pelos erros de nossos antepassados  e nem todos tiveram o apanágio do livre-arbítrio. 

Herdamos manias,preconceitos e ignorâncias e isso tudo sem aprimorarmos a inteligência, em detrimento do amor incondicional.
Era preciso nos libertarmos das barreiras dos pecados dos nossos pais que eram herdadas para os filhos e tornavam-se seres com uma alma "atrofiada" neste sentimento. 
Enfim, todos seguiram por caminhos diferentes, mas tiveram oportunidades para aprender as mesmas lições que não existe "pecado" herdado, nem aqueles que nos trouxeram ao mundo.
E aos que fizeram o mal, acontece a lesa primeiramente a si mesmo, porque tudo o que pensa e deseja movimenta em primeiro lugar o seu próprio ser,(mente, perispírito, fluidos).
Não se consegue atingir a outros sem, antes havermos prejudicado a nós mesmos.
Além disso, haverá ainda, a volta, o retorno das ações trazendo para quem agiu o resultado, a colheita das reações obtidas,ou seja,é intransferível o "pecado", pois a Lei de Ação e Reação nos diz que, para cada ação, existirá uma reação oposta e de mesma intensidade.
Uma outra lei natural é a Lei de Causa e Efeito, a qual não foi descoberta, mas revelada para todos nós, de forma verossímil,é bastante importante para que possamos compreender o amor de Deus. Em verdade, o entendimento claro e racional dessa lei tem o potencial de fazer com que nós ajamos em concordância com o Amor. Em outras palavras, a compreensão da Lei de Causa e Efeito pode nos ajudar a tomarmos decisões sábias, em nossas existências, e, consequentemente, a evoluirmos de forma mais eficiente.
Considerando, portanto, essas duas leis e suas “similaridades”, é comum escutarmos frases, como estas: A Lei de Causa e Efeito é a mesma coisa que a Lei de Ação e Reação.
Para falar a verdade, a Lei de Causa e Efeito é um exemplo prático da Lei de Ação e Reação, pois nada é por acaso.

Toda ação provoca uma reação de igual intensidade e no sentido contrário”. Essa é uma das muitas leis da física. De certa forma ela também pode regular o campo não físico. 
Quando de alguma forma recebemos da parte de alguém algum mal, a tendência imediata e vista em grande parte das pessoas, é a aplicação imediata desta lei.
Com isso, chegamos ao fim de um ciclo de heranças de "pecados",pois cada um é responsável pelos seus atos mesmo atribuídos pelas expiações e provas.
Das heranças ficaram corações bloqueados pela presença da ideia de carregar um "pecado" herdado,pois não poderiam acompanhar os estágios de pensamentos superiores a esta barreira negativa, como também não poderíamos conhecer e compartilhar da nova fase de "regeneração". 
Então,"erros" herdados indicavam a intuição de uma existência anterior, pois por outro modo ele não teria sentido; pois o "pecado" que seria a causa de uma enfermidade de nascença deveria ter sido cometido depois de um nascimento, e, por conseguinte, numa existência anterior,nós não pudíamos "pagar" pelo erros dos nossos  ascendentes pouco menos pagarmos pelos "outros".

Deus não nos dá "apostilas" ,nos dá "experiência";o "pecado" é uma das matérias da educação Divina.
No estágio evolutivo que estamos,temos direito de fazermos escolhas,temos direito ao "livre arbítrio".
O destino é traçado pela evolução,inteligência e moral do espírito.
"Pecado" equivale a "erro",pois tudo é escolha!
O individuo tem direito a escolher,de se sentir envaidecido ou de se sentir humilhado;ele pode escolher ficar agradecido ou ofendido,ele pode tanto perdoar ou querer se vingar,pode odiar ou amar,pode escolher passar a vida a reclamar ou ser uma vítima dela,como pode ainda se tratar para propor se melhorar.
Então,temos "pecados" fazendo parte da lei de ação e reação,fazendo parte da evolução que é oportunidade de adquirirmos virtudes.
Antes,pensávamos que herdávamos os "pecado", hoje,precisamos herdar o "Nirvana", onde o vento do "pecado" não sopra,onde o estado de libertação é atingido pelo ser humano ao percorrer sua busca espiritual.

O "pecado" pode ser  "extinto" no sentido de "cessação do sofrimento ou do karma".
"Nirvana" indica um estado eterno de graça. Também é visto por alguns como uma forma de superação do "pecado" ou do karma.
"Nirvana" é uma renúncia aos bens materiais que não eleva o espírito, o apego apenas traz sofrimento.
Através da meditação se consegue percorrer os passos fundamentais para chegar ao "Nirvana".
"Nirvana" é utilizado num sentido mais geral para designar alguém que está num estado de plenitude e paz interior, sem se deixar afetar por
influências externas. Também se emprega com o sentido de aniquilamento de certos traços negativos da própria personalidade, porque a pessoa consegue se livrar de tormentos como orgulho, ódio, inveja ou egoísmo, sentimentos que afligem o ser humano impedindo-o de viver em paz.

Em sentido figurado, "Nirvana" muitas vezes é uma palavra usada com um sentido depreciativo, indicando um estado de apatia ou inércia.  
Se Jesus ali tivesse visto uma idéia falsa de um "pecado herdado", ter-lhes-ia dito: "Como este homem teria podido "pecar" antes de ter nascido?" Em vez disso, Ele lhes diz que este homem é cego, não porque ele haja pecado, mas a fim de que o poder de Deus brilhe nele, isto é, que devia ser o instrumento de uma manifestação do poder de Deus. Se isso não se deu por uma expiação do passado, era uma prova que devia servir a seu progresso, pois Deus, que é justo, não lhe podia impor um sofrimento sem compensação.
Estas são algumas das características que fazem parte do "pecado herdado".
Para aqueles que acreditam na maldição hereditária nas famílias,saibam que,contudo,elas podem ser quebradas!.

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