terça-feira, 21 de julho de 2015

"A segunda morte"

Um homem é basicamente, um ser tríplice, constituído de espírito, perispírito e corpo físico,mas se o espírito é imortal como pode haver uma segunda morte?
A morte do perispírito, ou “segunda morte”, ocorre quando o espírito, em sua caminhada para Deus, passa a reencarnar em mundos nos quais necessita de um intermediário mais sutil. 
Este tipo de “morte” pode acontecer também no caso da formação de ovóides, quando uma idéia obsessiva de ódio ou vingança, por exemplo, destrói momentaneamente o corpo espiritual. 
Idéia fixa,doentia,ódio e a vingança realmente deformam o perispírito ...
A segunda morte do espírito é admitir a possibilidade de que possa rebelar-se contra Deus, não apenas uma vez, arrependendo-se, e depois voltando a Deus mas que continue, para sempre, na rebelião. Não se admitir essa possibilidade seria confessar que o Espírito não é livre. Exigência, de absoluta necessidade lógica que a vontade definitivamente rebelde de uma criatura que assim quisesse ser,(eternamente), seja paralisada e que exista no sistema um meio de atingir essa finalidade. Esse meio é justamente a destruição do Espírito, não como substância,mas como individualização particular. 
Em verdade, são espíritos que estão em um estado de "mono-ideismo" tão grande, tão fixos em um sentimento negativo, que "esquecem" do seu estado humano e vão gradualmente se deformando até perder a forma perispiritual humanoide; adquirindo uma forma como a de um "ovo" ou "bola de energia" que, de certa forma, representa o círculo vicioso em que ele se comprometeu.
Estes espíritos se deixam levar por ondas imensamente fortes, e por isso mesmo paralizantes, de ódio, rancor, vingança e sentimentos assim - fixando esta idéia em seu pensamento e criando uma realidade em sua mente onde vivenciam somente aquilo.
Não percebem o que acontece à sua volta nem o passar dos anos, que podem virar séculos, e cada vez mais vão perdendo a coesão de sua forma perispiritual, assumindo uma nova forma mais em concordância com o seu estado mental.
Os magos negros juntamente com os espíritos obsessores utilizam-se desses ovoides para intensificar o cerco às suas vítimas, imantando-os a elas. Instala-se então o chamado parasitismo espiritual, por meio do qual o obsidiado passa a viver o clima criado pelos obsessores, agravado pelas ondas mentais altamente perturbadoras dos ovoides, fato esse que constitui uma subjugação gravíssima que pode lesar o cérebro ou outros órgãos que estejam sendo visados, onde sugarão nossas energias e influenciarão com pensamentos fixos o nosso próprio pensamento.
Outros são recolhidos por espíritos mais evangelizados e levados a locais de tratamento fluídico, onde iniciarão seu retorno ao caminho evolutivo. Alguns destes espíritos são ligados a fetos que estão destinados a não vingar,(abortos espontâneos), de forma ao contato do perispírito da mãe provocar um choque anímico em seus espíritos paralisados e "ligarem" novamente os seus perispíritos à forma humana.
Até quando o corpo espiritual acompanha o espírito no caminho rumo à perfeição? O corpo espiritual é também um envoltório perecível? Em “O Livro dos Espíritos”, há os seguintes esclarecimentos:
Questão 186 – “Haverá mundos onde o Espírito, deixando de revestir corpos materiais, só tenha por envoltório o perispírito?”
Resposta – “Há e mesmo esse envoltório se torna tão etéreo que para vós é como se não existisse. Esse o estado dos Espíritos puros.”
Ainda na questão 186 – “Parece resultar daí que, entre o estado correspondente às últimas encarnações e o de Espírito puro, não há linha divisória perfeitamente demarcada; não?”
Resposta – “Semelhante demarcação não existe. A diferença entre um e outro estado se vai apagando pouco a pouco e acaba por ser imperceptível, tal qual se dá com a noite às primeiras claridades do alvorecer.”
Na questão 187, Allan Kardec pergunta se a substância do perispírito é a mesma em todos os mundos. Os espíritos informa que não: “É mais ou menos etérea. Passando de um mundo a outro, o Espírito se reveste da matéria própria desse outro, operando-se, porém, essa mudança com a rapidez do relâmpago.”
Comentando o mesmo tema, na questão 257, Kardec esclarece: “Sabemos que quanto mais eles se purificam, tanto mais etérea se torna a essência do perispírito, donde se segue que a influência material diminui à medida que o Espírito progride, isto é, à medida que o próprio perispírito se torna menos grosseiro.”
A conclusão é simples: quanto mais evoluímos, mais sutil torna-se o perispírito. No estágio de espíritos puros, tal roupagem fica tão tênue que os espírito inferiores, como nós, a consideram inexistentes.
Durante a permanência em planetas como a Terra, o espírito repete várias vezes, quantas forem necessárias, a experiência de reencarnação. No desencarne, deixa no mundo físico o duplo etéreo e o corpo físico. Ao regressar ao mundo espiritual, desembarca com o chamado corpo de relação, agregando “matéria” mais sutil.
No processo inverso, durante a encarnação, o espírito carrega consigo as marcas perispirituais que o ajudarão a construir, no ventre materno, o duplo etéreo e o corpo físico – veículos perecíveis que utiliza, enquanto encontra-se no plano físico.
Nos dois casos, a roupagem de que se serve o espírito obedece sempre à lei de afinidade. À medida que evolui moralmente, com o pensamento mais equilibrado, o espírito emite ondas de maior freqüência. Em decorrência, a densidade do perispírito se transforma, pela perda de moléculas mais densas, porque estas passam a não ter mais afinidade com a freqüência vibratória do espírito.
Uma comparação grosseira serve para facilitar o entendimento. Imagine um pedreiro teimoso, que queira colocar massa sem preparar adequadamente a parede. Será, inevitavelmente, malsucedido, por falta de aderência dos materiais.
Vai chegar o momento, na viagem rumo à perfeição, em que o corpo perispiritual deixará de atender às necessidades do espírito.

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