Sempre fácil, portanto, para cada um de nós reconhecer os esquemas de vivência em que nos colocamos.
O homem não raramente é obsessor de si mesmo. Alguns estados doentios e certas aberrações que se lançam à conta de uma causa oculta, derivam do Espírito do próprio individuo. São doentes de alma.
Segundo Allan Kardec, no livro A gênese, item 45, Chama-se obsessão a ação persistente que um espírito mau exerce sobre um individuo. Apresenta caracteres muito diferentes, que vão desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais.
Antes de culpar alguém ou alguma coisa,devemos analisar três fatores:
1) Interno: Psicológico – criado pela própria pessoa, resultado de experiências traumáticas oriundas da vida atual (infância, nascimento, útero materno) ou de vidas passadas.
2) Externo: Influenciação espiritual, ou seja, espíritos desencarnados obsessores – desafetos desta ou de vidas passadas - que provocam inúmeros problemas na vida do paciente com intuito de prejudicá-lo – movidos pelo ódio e vingança.
3) Misto: Interno + Externo: provocado pela própria pessoa e agravado por uma influenciação espiritual obsessora.
Existe uma estatística que, 95% dessas pessoas são assediados por espíritos obsessores – inimigos ocultos de seu passado – e que apenas 5% não apresentam nenhuma influência espiritual externa como causa de seus problemas. Portanto, neste caso, a causa é puramente de ordem psicológica.
O índice de 95% das pessoas acometidos por uma influência espiritual obsessora é algo muito sério e merece atenção, pois esse mal aflige muitas pessoas, gerando inúmeros problemas psíquicos, psicossomáticos, orgânicos – são aquelas doenças cuja causa não é diagnosticada pela medicina oficial – e de relacionamento interpessoal (os espíritos obsessores tumultuam a vida do obsediado, gerando conflitos com seus familiares, cônjuges, amigos, colegas de trabalho, etc.).
Mas, o pior de tudo, é que muitas pessoas obsediados não percebem que estão sendo prejudicadas por essas influências espirituais, pois eles se aproveitam de sua invisibilidade enquanto espíritos desencarnados.
Não obstante, é fundamental esclarecer no estudo das obsessões que o fenômeno não se reduz apenas à perturbação de desencarnados sobre os encarnados como muitos crêem. Vai muito mais além. Existem também as ações de desencarnados sobre desencarnados; de encarnados sobre desencarnados; de encarnados sobre encarnados, e a auto-obsessão.
É comum nas sessões de regressão o paciente recordar que numa vida passada, após sua morte física, precisou fugir de seu obsessor, mesmo na condição de espírito desencarnado.
Uma outra pessoa veio a recordar na regressão que, ao dormir, em sono, à noite, em espírito, ia atrás de seu desafeto do passado – um espírito desencarnado que estava nas trevas - para prejudicá-lo (queria ajustar contas, se vingar do mal que este lhe causou numa vida passada).
Já a obsessão de encarnado para encarnado é muito mais comum do que muitos imaginam.
Brigas constantes entre cônjuges, pais e filhos, entre irmãos, sócios, colegas de trabalho e chefia, entre outros, podem caracterizar uma obsessão recíproca, ou seja, ambos os envolvidos são obsessores um do outro.
A obsessão é sempre causada pelas imperfeições humanas e, a maior das causas, é a falta do perdão, que pode gerar até séculos de sofrimento.
No entanto, tão grave quanto a obsessão provocada por influências espirituais externas, é a auto-obsessão.
A grande maioria dos pacientes que sofrem de auto-obsessão - obsessores de si mesmos, portanto, doentes da alma -, preferem jogar toda a culpa de seus problemas e aflições aos Espíritos, não assumindo a responsabilidade que são eles próprios a causar seus problemas.
A auto-obsessão é um distúrbio psíquico desencadeado pela mente doentia do próprio enfermo que gera um estado permanente de desequilíbrio emocional, tal como: constante impaciência, irritação freqüente, mágoa prolongada, inveja, ciúme patológico, egocentrismo acentuado, medos excessivos, aberrações sexuais, comportamentos obsessivo-compulsivo, e outros comportamentos desajustados.
Entretanto, é importante salientar que a auto-obsessão pode abrir uma brecha para que os espíritos obsessores inimigos se aproveitem dessas imperfeições do paciente para então obsediá-lo gerando, por exemplo, a síndrome do pânico e outros transtornos psíquicos, como a depressão, doenças orgânicas e diversos comportamentos patológicos.
Tais pacientes percorrem os consultório médicos em busca de um diagnóstico nem sempre identificado corretamente pelos médicos pelo fato da auto-obsessão ser uma doença da alma, portanto, mais difícil de ser detectada.
Nas doenças da alma, as terapias medicamentosas não são eficazes, pois são resultados da própria imaturidade psicológica e espiritual do enfermo, que cultiva com freqüência a inveja, ciúme, inferioridade, egoísmo, orgulho, ira, medos, insegurança, desconfiança, etc..
São pacientes muito voltados para si mesmos, preocupados excessivamente com doenças (hipocondríacos), que sofrem por antecipação (preocupados excessivamente), dramatizam os fatos do cotidiano, cultivando o coitadismo (sentimentos de autopiedade); são vitimas de si próprios, atormentados por si mesmos.
Na qualidade de enfermos da alma, facilmente se descontrolam, com explosões de ira no trabalho, em casa ou no trânsito. Na auto-obsessão, somos prisioneiros dos nossos pensamentos negativistas e pessimistas, que nos sufocam e nos aprisionam.
A pergunta que não quer calar é:Por que insistimos em nos prejudicar?
Leia na íntegra artigo de Osvaldo Shimoda
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