Introdução
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O termo “PES” foi primeiramente usado pelo botânico - que mais tarde se tornou parapsicólogo - Joseph Banks Rhine. Ele engloba três pr incipais manifestações: a habilidade de ler mentes, a habilidade de prever o futuro e o conhecimento de um objeto remoto ou pessoa. No livro que publicou em 1934, “Percepção Extrassensorial”, Rhine escreveu que suas experiências na Universidade de Duke – onde estudantes foram capazes de predizer com precisão símbolos em cartas que eles não podiam ver – provou a existência de percepção extrassensorial [fonte: Spence]. No entanto, os céticos apontam o fato de que os cientistas demoraram muito para replicar os resultados de Rhine, levando muitos a acreditar que as experiências podem ter sofrido falhas de projeto [fonte: Kaku].
Nada disso, porém, impediu que os parapsicólogos continuassem tentando provar para a comunidade científica que a percepção extrassensorial realmente existe – na América eles não tiveram tanto trabalho, já que 3 de cada 4 pessoas acreditam em paranormalidade [fonte: Gallup]. Por exemplo, o Programa de Pesquisas de Anomalias de Engenharia da Universidade de Princeton conduziu uma experiência de longa duração na qual indivíduos tentaram usar suas mentes para influenciar máquinas, como geradores de números aleatórios. De acordo com o que foi publicado no site, “ Nos mais de 27 anos de história do laboratório, milhares de experiências foram realizadas por centenas de operadores. Os efeitos observados são normalmente bem pequenos, mas eles são altamente significativos em se tratando de desvios estatísticos”. Neste caso, os resultados mostraram que o poder da mente pode influenciar a tecnologia, embora apenas ligeiramente.
Mas que parte do cérebro, se é que realmente existe, está correlacionada com habilidades extras sensoriais? Nós temos um cérebro extrassensorial? Os parapsicólogos tendem a pensar que o hemisfério direito do cérebro é a área mais associada às habilidades psíquicas. Isso pode ser em função de que os testes para PES são normalmente visuais, e o hemisfério direito é responsável por armazenar informações não verbais [fonte: Alexander].
Também pode ser porque o hemisfério direito é tradicionalmente conhecido como hemisfério “intuitivo”, enquanto que o hemisfério esquerdo é o “lógico”. Isso tudo é interessante, mas porque não obter mais respostas definitivas e realizar testes para comprovar a existência da percepção extrassensorial, enquanto se monitora a atividade do cérebro dos participantes? Em 2008, um grupo de estudantes da Universidade de Harvard se propôs a fazer exatamente isso.
No teste, cada participante foi colocado em um scanner de imagem de ressonância magnética e foram mostradas duas fotografias; ao mesmo tempo foi mostrada uma das fotos ao seu amigo ou parente em outra sala e foi pedido para “enviar” a imagem ao participante. O participante tinha então que adivinhar qual das duas fotos estava sendo “enviada” [fontes: Goldberg; ScienceDaily.com]. No relatório publicado no Journal of Cognitive Neuroscience, Samuel Moulton, estudante de Psicologia de Har vard, explicou: “Se existe qualquer processo de percepção extrassensorial, então o cérebro dos participantes deve responder de forma diferente a estímulos de PES ou não”. Em outras palavras, o cérebro deveria responder de forma diferente às imagens que estavam sendo “enviadas” das imagens que não estavam sendo “enviadas”. Os resultados? De acordo com Moulton, os participantes não reagiram diferente às imagens. Os pesquisadores não encontraram evidências – pelo menos entre os participantes – de que a atividade de percepção extrassensorial existe no cérebro.
Por agora, parece que os mistérios do cérebro extrassensorial ainda permanecem trancados, se é que eles realmente estão lá.
Introdução a Como funciona o mapeamento cerebral
O mapeamento cerebral tenta relacionar a estrutura do cérebro com a sua função ou descobrir quais são as partes que nos dão certas habilidades. Por exemplo, que aspecto desse órgão nos permite sermos criativos ou lógicos? Isso é chamado de localização de função.
No mapeamento das funções cerebrais, os cientistas utilizam recursos de imagem para observarem o seu funcionamento em várias tarefas. Charles Wilson, um neurobiologista da Universidade do Texas, em San Antonio, explica a localização de função da seguinte maneira:
Existe uma parte do cérebro que tem a ver principalmente com a visão e outras partes têm a ver principalmente com a audição. Agora, nós podemos observar o setor da visão e dizermos: existe um pedaço específico do cérebro que detecta objetos vermelhos e outro que localiza objetos verdes? Ou a mesma área detecta objetos de ambas as cores?
O mapeamento cerebral também observa o lado de fora. Ele examina como o nosso ambiente modifica a estrutura do cérebro, estudando, por exemplo, como ele se transforma fisicamente através da aprendizagem e dos processos de envelhecimento. O mapeamento também examina o que há de errado fisicamente no órgão em doenças mentais e outras doenças cerebrais.
E finalmente, o mapeamento cerebral tem o objetivo de nos fornecer um quadro geral da estrutura do cérebro. O Google Earth nos mostra imagens de satélite do nosso planeta e as aproxima de continentes, países, estados, cidades, estradas, ruas e prédios. O mapa estrutural completo do nosso cérebro pode parecer com isso. Ele pode nos mostrar todo o nosso cérebro, todas as regiões, lobos funcionais, centros especializados, "conjuntos" de neurônios, partes do órgão que se conectam, circuitos de neurônios, neurônios únicos, junções entre os neurônios e suas partes. Os cientistas ainda estão tentando entender os elementos que formam esse gigantesco mapa.
Esse mapeamento é uma coleção de muitas ferramentas diferentes. Os pesquisadores devem coletar imagens do cérebro, transformá-las em dados e então, utilizá-las para analisarem o que acontece nesse órgão durante o seu desenvolvimento.
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