Se duas partes se dividirem os males da vida, uma constituída dos que
o homem não pode evitar e a outra das tribulações de que ele se
constituiu.
A causa primária, pela sua incúria ou por seus excessos, vera´que a
segunda, em quantidade, excede de muito à 1ª faz-se, portanto,
evidente que o homem é o autor da maior parte das suas aflições, às
quais se pouparia, se sempre obrasse com sabedoria e prudência.
Não menos certo é que todas essas misérias resultam das nossas
infrações, às leis de Deus e que, se as observássemos pontualmente,
seríamos inteiramente ditosos.
Se não ultrapassássemos o limite do necessário, na satisfação das
nossas necessidades, não apanharíamos as enfermidades que resultam dos
excessos, nem experimetaríamos as vicissitudes que as doenças
acarretam.
Se pudéssemos freio à nosa ambição, não teríamos de temer a ruína; se
não quissécimos subir mais alto do que podemos, não teríamos de recear
a queda; se fôssemos humíldes, não sofreríamos as decepções do orgulho
abatido; se praticássemos a lei da caridade, não seríamos maldizentes,
nem invejosos, nem ociósos, e evitaríamos as disputas e dissensões;
se mal a ninguém fizéssemos, não haveríamos de temer as vinganças, etc
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