A simples reflexão sobre a dor e o sofrimento basta para evidenciar que eles têm uma razão de ser muito profunda. A dor é um alerta da natureza, que anuncia algum mal que está nos atingindo e que precisamos enfrentar. Se não fosse a dor sucumbiríamos a muitas doenças sem sequer nos dar conta do perigo. O sofrimento, mais profundo do que a simples dor sensível e que afeta toda a existência, também tem a sua razão de ser. É através dele que o homem se insere na vida mística e religiosa.
A dor física anuncia que algo em nós não vai bem e precisa de melhora. Embora sempre queiramos fugir dela, ela nos oferece a oportunidade de reflexão — volta para o nosso interior —, objetivando o conhecimento de nós mesmos.
O processo de crescimento espiritual está associado à dor e ao sofrimento.
Dor-expiação — que vem de dentro para fora, marcando a criatura no caminho dos séculos, detendo-a em complicados labirintos de aflição, para regenerá-la, perante a justiça.
É conseqüência de nosso desequilíbrio mental, ou proceder desviado da rota ascensional do espírito. Podemos associá-la às encarnações passadas.
Muitas vezes é o resgate devido ao mau uso de nosso livre-arbítrio.
Dor-evolução — que atua de fora para dentro, aprimorando o ser, sem a qual não existiria progresso.
Na dor-expiação estão associados o remorso, o arrependimento, o sentimento de culpa etc.
Na dor-evolução estão associados o esforço e a resistência ao meio hostil.
Enquanto a primeira é conseqüência de um ato mau, a segunda é um fortalecimento para o futuro.
Dor-Auxílio — são as prolongadas e dolorosas enfermidades no envoltório físico, seja para evitar-nos a queda no abismo da criminalidade, seja, mais freqüentemente, para o serviço preparatório da desencarnação, a fim de que não sejamos colhidos por surpresas arrasadoras, na transição para a morte.
O enfarte, a trombose,
a hemiplegia, o câncer penosamente suportado, a senilidade prematura e
outras calamidades da vida orgânica constituem, por vezes,
dores-auxílio, para que a alma se recupere de certos enganos em que haja
incorrido na existência do corpo denso, habilitando-se, através de
longas reflexões e benéficas disciplinas, para o ingresso respeitável na
vida espiritual
Aquele que se acha desgostoso da vida mas que não quer extingui-la por suas próprias mãos, será culpado se procurar a morte, mesmo com o propósito de tornar útil sua morte;somente em caso de doar a vida ao seu próximo é que estara´perdoado.
Que o homem se mate ele próprio, ou faça que outrem o mate, seu propósito é sempre cortar o fio da existência: há, por conseguinte, suicídio intencional, se não de fato.
E ilusória a idéia de que sua morte servirá para alguma coisa; isso não passa de pretexto para colorir o ato e escusá-lo aos seus próprios olhos.
Se ele desejasse seriamente servir ao seu próximo, cuidaria de viver para defendê-lo; não procuraria morrer, pois que, morto, de nada mais lhe serviria.
O verdadeiro devotamento consiste em não temer a morte, quando se trate de ser útil, em afrontar o perigo, em fazer, de antemão e sem pesar, o sacrifício da vida, se for necessário.
Mas, buscar a morte com premeditada intenção, expondo-se a um perigo, ainda que para prestar serviço, anula o mérito da ação.
Se um homem se expõe a um perigo iminente para salvar a vida a um de seus semelhantes, sabendo de antemão que sucumbirá, pode o seu ato ser considerado suicídio.
Desde que no ato não entre a intenção de buscar a morte, não há suicídio e, sim, apenas, devotamento e abnegação, embora também haja a certeza de que morrera.
Mas, quem pode ter essa certeza?
Quem poderá dizer que a Providência não reserva um inesperado meio de salvação para o momento mais crítico?
Não poderia ela salvar mesmo aquele que se achasse diante da boca de um canhão?
Pode muitas vezes dar-se que ela queira levar ao extremo limite a prova da resignação e, nesse caso, uma circunstância inopinada desvia o golpe fatal
"Saibamos sofrer e sofreremos menos".
Eis o dístico que devemos nos lembrar em todos os estados depressivos de nossa alma, a fim de nos fortalecermos para o futuro.
Aquele que se acha desgostoso da vida mas que não quer extingui-la por suas próprias mãos, será culpado se procurar a morte, mesmo com o propósito de tornar útil sua morte;somente em caso de doar a vida ao seu próximo é que estara´perdoado.
Que o homem se mate ele próprio, ou faça que outrem o mate, seu propósito é sempre cortar o fio da existência: há, por conseguinte, suicídio intencional, se não de fato.
E ilusória a idéia de que sua morte servirá para alguma coisa; isso não passa de pretexto para colorir o ato e escusá-lo aos seus próprios olhos.
Se ele desejasse seriamente servir ao seu próximo, cuidaria de viver para defendê-lo; não procuraria morrer, pois que, morto, de nada mais lhe serviria.
O verdadeiro devotamento consiste em não temer a morte, quando se trate de ser útil, em afrontar o perigo, em fazer, de antemão e sem pesar, o sacrifício da vida, se for necessário.
Mas, buscar a morte com premeditada intenção, expondo-se a um perigo, ainda que para prestar serviço, anula o mérito da ação.
Se um homem se expõe a um perigo iminente para salvar a vida a um de seus semelhantes, sabendo de antemão que sucumbirá, pode o seu ato ser considerado suicídio.
Desde que no ato não entre a intenção de buscar a morte, não há suicídio e, sim, apenas, devotamento e abnegação, embora também haja a certeza de que morrera.
Mas, quem pode ter essa certeza?
Quem poderá dizer que a Providência não reserva um inesperado meio de salvação para o momento mais crítico?
Não poderia ela salvar mesmo aquele que se achasse diante da boca de um canhão?
Pode muitas vezes dar-se que ela queira levar ao extremo limite a prova da resignação e, nesse caso, uma circunstância inopinada desvia o golpe fatal
"Saibamos sofrer e sofreremos menos".
Eis o dístico que devemos nos lembrar em todos os estados depressivos de nossa alma, a fim de nos fortalecermos para o futuro.
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