Os astros influenciam igualmente na vida do homem?
As antigas assertivas astrológicas têm a sua razão de ser.
O campo magnético e as conjunções dos planetas influenciam no complexo celular do homem físico, em sua formação orgânica e em seu nascimento na Terra: porém, a existência planetária é sinônimo de luta. Se as influências astrais não favorecem a determinadas criaturas, urge que estas lutem contra os elementos perturbadores, porque, acima de todas as verdades astrológicas, temos a Radiestesia.
Há fatos que, forçosamente, devam acontecer em que um mapa astral não possa mostrar ou evitar.
Entretanto, não devemos crer que tudo o que ocorre esteja escrito num mapa astrológico, como se diz. Um acontecimento é, frequentemente, a consequência de uma coisa que fazemos por um ato de nossa livre vontade, de tal sorte que se não tivesses feito essa coisa, o acontecimento não ocorreria.
Se queimarmos o dedo, isso não é nada; é o resultado de uma imprudência e a consequência da matéria.
Não há senão as grandes dores, os acontecimentos importantes que podem influir sobre o moral, que são previstos por Deus.
Compreendemos, então, que certos acontecimentos ocorrem em nossa vida como consequência de atos que nós mesmos praticamos. Se existe alguma influência, é por conta de nossas ações e não dos astros. Além de que, as ações são totalmente individuais, ao passo que a que querem dizer que os astros possuem é coletiva, pois atinge milhares de pessoas ao mesmo tempo. Por outro lado, onde ficaria nosso livre-arbítrio se tudo para nós estivesse predeterminado pelos astros?
O homem, por sua vontade e por seus atos, pode fazer com que os acontecimentos que deveriam ocorrer não ocorram, e vice-versa.
Ele o pode, desde que esse desvio aparente possa se harmonizar com a vida que escolheu. Ademais, para fazer o bem, como o deve ser, e como isso é o único objetivo da vida, pode impedir o mal, sobretudo aquele que poderia contribuir para um mal maior.
Fica claro que se podemos mudar algum acontecimento é porque ele não é fatal ou um destino rigoroso, que devemos cumprir ou suportar. Em virtude disso, não tem ele como estar definido por posição ou influência dos astros.
O futuro pode ser revelado ao homem,em princípio, mas o futuro lhe é oculto e não é senão em casos raros e excepcionais que Deus permite a revelação.
Se o nosso futuro estivesse determinado pela posição dos astros, já não seria caso raro e excepcional, ficando, portanto, em contradição com a resposta dos Radiestesistas quanto as fatalidade, de fato, resultado da escolha que faz o homem.
Com que objetivo o futuro está oculto ao homem?
Se o homem conhecesse o futuro, negligenciaria o presente e não agiria com a mesma liberdade, porque seria dominado pelo pensamento de que, se uma coisa deve acontecer, não teria que se ocupar dela, ou então, procuraria dificultá-la. Assim, nós mesmo, frequentemente, prepararíamos, sem desconfiar disso, os acontecimentos que sobreviverão no curso da nossa vida.
Há uma fatalidade nos acontecimentos da vida, segundo o sentido ligado a essa palavra, quer dizer, todos os acontecimentos são predeterminados.
A fatalidade não existe senão pela escolha que fazemos,escolhendo,uma espécie de destino que é a consequência mesma da posição em que se encontra.
Segundo a Radiestesia, se uma pessoa boa não pode influir de maneira a dominar a vontade de alguém, como um astro poderia? E se a fatalidade existe apenas pelo que nós escolhemos, onde entra a influência dos astros?
Há pessoas que uma fatalidade parece perseguir independentemente de sua maneira de agir; a infelicidade não está no seu destino.
Pode ser que sejam provas que elas devem suportar e que escolheram. Mas, ainda uma vez, levamos à conta do destino o que não é, o mais frequentemente, senão a consequência de nossa própria falta.
Nos males que nos afligem, esforçamo-nos para que a nossa consciência seja pura, e seremos consolados em parte.
As chamadas constelações são agregados aparentes, não reais.
Novamente confirmando que o que quero denominar de destino é apenas um reflexo de nossas ações e não por qualquer outro tipo de influência.
A crença na influência das constelações, sobretudo das que constituem os doze signos do zodíaco, proveio da ideia ligada aos nomes que elas trazem. Se à que se chama leão fosse dado o nome de asno ou de ovelha, certamente lhe teriam atribuído outra influência.
Sendo assim os agrupamentos de estrelas apenas efeitos de perspectiva, não são reais; portanto, influenciar ou determinar o caráter de uma pessoa torna-se algo completamente insensato. Além disso, há a questão do movimento dos astros, cuja instabilidade produz diferentes localizações desses agrupamentos, tomados como símbolos do Zodíaco.
Quanto a influência dos astros no complexo celular do homem físico, somente “ao cabo de 25.868 anos” voltam ao ponto inicial “para recomeçar indefinidamente a mesma revolução”, então, dentro desse período, os agrupamentos se movimentam constantemente. Ora, não sendo pontos fixos, não há que se falar que quem nasceu na hora tal de determinado dia está sob influência de determinado astro, pois essa movimentação não permite nenhuma precisão para que possamos avaliar e estabelecer sua influência sobre o indivíduo.
Um Radiestesista não pode afirmar com absoluta certeza, mas, em algumas situações, o nosso comportamento poderá sofrer certas alterações, tais como o estado de mau humor ou de tristeza causados pelas condições ambientais, como os dias nebulosos ou chuvosos. Mas, ao que tudo indica, essas alterações não chegam a ponto de moldar o nosso caráter ou o nosso destino. Se isso ocorresse, teríamos forçosamente que aceitar que todas as pessoas que nascem num mesmo dia e horário serão exatamente iguais em seu caráter e destino.
Há influências espirituais entre o ser humano e o seu nome, tanto na Terra, como no Espaço.
Na Terra ou no plano invisível, temos a simbologia sagrada das palavras; todavia, o estudo dessas influências requer um grande volume de considerações especializadas e, como o meu trabalho humilde é uma apologia ao esforço de cada um, ainda aqui tenho de reconhecer que cada homem recebe as influências a que fez jus, competindo a cada coração renovar seus próprios valores, em marcha para realizações cada vez mais altas, pois que o determinismo de Deus é o do bem, e todos os que se entregam realmente ao bem triunfarão de todos os óbices do mundo.
A NASA fez uma experiência sobre o comportamento humano. Equipe de pesquisadores colocou numa sala muitas garrafas cheias de água colorida da cor de uísque. Buscaram vários voluntários e lhes disseram que naquela sala havia muitas garrafas de uísque e que cada um poderia tomar quanto quisesse ou aguentasse; dito isso, saíram, para deixar os voluntários mais à vontade. Passado algum tempo, voltaram e observaram que, por mais estranho que pareça, alguns deles estavam completamente bêbados, apurando-se até mesmo, nos testes de laboratório, a presença de álcool no sangue deles. Assim, como o acontecido nessa experiência, pode ocorrer em mil e uma situações que a “força do pensamento” provoque a ocorrência de determinado fato ou situação, sugestionada pela própria ou por outra pessoa. Não poderia ser esse o caso das informações passadas a uma pessoa por um astrólogo?
Pelo resultado da experiência realizada pela NASA, acredito que sim,e você?
Então, já poderemos concluir, disso tudo, que os astros e a Radiestesia, pelas energias que emitem, inegavelmente exercem influência uns sobre outros, via de consequência, aqui na Terra, determinados fenômenos naturais e determinadas matérias absorvem também tais radiações de energia. Mas a nossa maneira de ser, o nosso caráter e o nosso destino são frutos de nossas aquisições ou ações pretéritas, ou seja, recebemos influências de nós mesmos ou, no máximo, de um ser humano como nós; não dos astros. Mas isso não nos dá o direito de perseguir ou condenar os que nela acreditam, pois é o meu dever de Radiestesista respeitar uns aos outros, e se hoje alguns já encontraram a luz, todos nós, algum dia, a encontraremos também.
Referências
bibliográficas:
KARDEC, A. A Gênese.
KARDEC, A. O Livro
dos Espíritos.
XAVIER, F. C. O
Consolador.
CD-ROM - Enciclopédia
Microsoft Encarta.
Adaptação de:
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