segunda-feira, 1 de abril de 2013

"Ressurreição ou Reencarnação"



"Na doutrina espírita,  não existiu ressurreição física, por ser "Cientificamente impossível”. 
O que houve foi uma aparição do corpo espiritual que é algo natural. 
A vida de Jesus é cheia de exemplos. 
A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o nome de ressurreição. 
Só os saduceus, cuja crença era a de que tudo acaba com a morte, não acreditavam nisso. 
As idéias dos judeus sobre esse ponto, como sobre muitos outros, não eram claramente definidas, porque apenas tinham vagas e incompletas noções acerca da alma e da sua ligação com o corpo. 
Criam eles que um homem que vivera podia reviver, sem saberem precisamente de que maneira o fato poderia dar-se. 
Designavam pelo termo ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente, chama reencarnação. 
Com efeito, a ressurreição dá idéia de voltar à vida o corpo que já está morto torna-se então, meramente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já se acham desde muito tempo dispersos e absorvidos. 
A reencarnação é a volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem de comum com o antigo.
Está evidente, aí, a referência de que a Páscoa já era uma “comemoração”, na época de Jesus, uma festa cultural e, portanto, o que fez a Igreja foi “aproveitar-se” do sentido da festa, para adaptá-la, dando-lhe um novo significado, associando-o à “imolação” de Jesus, no pós-julgamento, na execução da sentença de Pilatos.
No que concerne à ressurreição, podemos dizer que a interpretação tradicional aponta para a possibilidade do reagrupamento da estrutura corporal do Cristo, no post-mortem, situação totalmente rechaçada pela ciência, em virtude da deterioração do envoltório físico. 
Por outro lado, até hoje não sabemos de nenhuma múmia que tivesse ressuscitado, já que esta crença veio dos Egípcios. 
As Igrejas cristãs insistem na hipótese do Cristo ter “subido aos Céus” em corpo e alma, e acontecerá o mesmo em relação a todos os “eleitos” no chamado “juízo final”. 
Isto é, pessoas que morreram, pelos séculos afora, cujos corpos já foram decompostos e reaproveitados pela terra, ressurgirão, perfeitos, reconstituindo as estruturas orgânicas, do dia do julgamento, onde o Cristo separará justos e ímpios.
A lógica e o bom-senso, base do pensamento espírita, abominam tal teoria, pela impossibilidade física e pela injustiça moral. 
Afinal, com a lei dos renascimentos, estabelece-se um critério mais justo para aferir a “competência” ou a “qualificação” de todos os Espíritos. 
Com “tantas oportunidades quanto sejam necessárias”, no “nascer de novo”, é possível a todos progredirem.


Mas, como explicar, então as “aparições” de Jesus, nos quarenta dias póstumos, mencionadas pelos religiosos na alusão à Páscoa? 
A fenomenologia espírita (mediúnica) aponta para as manifestações psíquicas descritas como mediunidades. Em algumas ocasiões, como a conversa com Maria de Magdala, que havia ido até o sepulcro para depositar algumas flores e orar, perguntando a Jesus – como se fosse o jardineiro – após ver a lápide removida,
 “para onde levaram o corpo do Rabino?”, podemos estar diante da “materialização”, isto é, a utilização de fluido ectoplásmico – de seres encarnados ou de elementos da natureza – para possibilitar que o Espírito seja visto (por todos).
Noutras situações, estamos diante de uma outra manifestação psíquica conhecida, a mediunidade de vidência, quando, pelo uso de faculdades mediúnicas, alguém pode ver os Espíritos.
Curioso é que até hoje não perceberam o erro na hora de fazer as contas, segundo o credo cristão, Jesus morreu e ressuscitou no terceiro dia, mas como se de sexta até domingo só se passaram dois?"
Não há, pois, duvidar de que, sob o nome de ressurreição, o princípio da reencarnação era ponto de uma das crenças fundamentais dos judeus, ponto que Jesus e os profetas confirmaram de modo formal; donde se segue que negar a reencarnação é negar as palavras do Cristo. 
Um dia, porém, suas palavras, quando forem meditadas sem idéias preconcebidas, reconhecer-se-ão autorizadas quanto a esse ponto, bem como em relação a muitos outros.

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