segunda-feira, 15 de julho de 2013

"Fé cega é a casa da ignorância"


Devemos  guardar o Sabbath (sábado)?
É permitido em dia de sábado fazer o bem, salvar a vida?
Havia uma piscina  que se chamava em hebreu "Betesda", a qual tinha cinco galerias  onde, em grande número, se achavam deitados doentes, cegos, coxos e os que tinham ressecados os membros, todos à espera de que as águas fossem agitadas -
Porque, o "anjo do Senhor", em certa época, descia àquela piscina e lhe movimentava a água e aquele que fosse o primeiro a entrar nela, depois de ter sido movimentada a água, ficava curado, qualquer que fosse a sua doença.
Ora, estava lá um homem que se achava doente havia trinta e oito anos, não tinha ninguém que o colocasse nesta "piscina" depois que a água for movimentada; e, durante o tempo que ele  leva para chegar lá, outro desce antes dele.
Ora, aquele dia era um sábado.
 «Piscina» (da palavra latina piscis, peixe), entre os romanos, eram chamados os reservatórios ou viveiros onde se criavam peixes.
Mais tarde, o termo se tornou extensivo aos tanques destinados a banhos em comum.
A "piscina" de "Betesda", em Jerusalém, era uma cisterna, próxima ao Templo, alimentada por uma fonte natural, cuja água parece ter tido propriedades curativas.
Era, sem dúvida, uma fonte intermitente que, em certas épocas, jorrava com força, agitando a água.
Segundo a crença vulgar, esse era o momento mais propício às curas.
Talvez que, na realidade, ao brotar da fonte a água, mais ativas fossem as suas propriedades, ou que a agitação que o jorro produzia na água fizesse vir à tona a vasa salutar para algumas moléstias.
Tais efeitos são muito naturais e perfeitamente conhecidos hoje; mas, então, as ciências estavam pouco adiantadas e à maioria dos fenômenos incompreendidos se atribuíam uma causa sobrenatural.
Os judeus, pois, tinham a agitação da água como devida à presença de um "anjo" e tanto mais fundadas lhes pareciam essas crenças, quanto viam que, naquelas ocasiões, mais curativa se mostrava a água.
É permitido em dia de sábado fazer o bem ou mal, salvar a vida ou tirá-la?
Essa foi a pergunta que Jesus fez.
Doutra vez entrou Jesus no templo e aí encontrou um homem que tinha seca uma das mãos. - E eles o observavam para ver se ele o curaria em dia de "Sabbath ou sábado", para terem um motivo de o acusar.
Então, disse Jesus ao homem que tinha a mão seca: Levanta-te e coloca-te ali no meio. - Depois, disse-lhes: É permitido em dia de sábado fazer o bem ou mal, salvar a vida ou tirá-la? Eles permaneceram em silêncio. - Ele, porém, encarando-os com indignação, tanto o afligia a dureza de seus corações, disse ao homem: Estende a tua mão. Ele a estendeu e ela se tornou sã.
Todos os dias de sábado Jesus ensinava e curava numa sinagoga só para desafiar os judeus. - Um dia, viu ali uma mulher possuída de um "Espírito" que a punha doente, havia dezoito anos; era tão curvada, que não podia olhar para cima. - Vendo-a, Jesus a chamou e lhe disse: Mulher, estás livre da tua enfermidade. - Impôs-lhe ao mesmo tempo as mãos e ela, endireitando-se, rendeu graças a Deus.
Mas, o chefe da sinagoga, indignado por haver Jesus feito uma cura em dia de "Sabbath ou sábado", disse ao povo: Há seis dias destinados ao trabalho; vinde nesses dias para serdes curados e não nos dias de sábado.
O Senhor, tomando a palavra, disse-lhe: Hipócrita, qual de vós não solta da carga o seu boi ou seu jumento em dia de sábado e não o leva a beber? - Por que então não se deveria libertar, em dia de sábado, dos laços que a prendiam, esta filha de Abraão, que "Satanás" conservara atada durante dezoito anos?
A estas palavras, todos os seus adversários ficaram confusos e todo o povo encantado de vê-lo praticar tantas ações gloriosas. (S. Lucas, cap. XIII, vv. 10 a 17.)



Estes fatos prova que naquela época a maior parte das enfermidades era atribuída ao "demônio" e que todos confundiam, como ainda hoje, os possessos com os doentes, mas em sentido inverso, isto é, hoje, os que não acreditam nos maus Espíritos confundem as obsessões com as moléstias patológicas.
Jesus como que fazia questão de operar suas curas em dia de  "Sabbath ou sábado", para ter ensejo de protestar contra o rigorismo dos fariseus no tocante à guarda desse dia.
Queria mostrar-lhes que a verdadeira piedade não consiste na observância das práticas exteriores e das formalidades; que a piedade está nos sentimentos do coração. Justificava-se, declarando: «Meu Pai não cessa de obrar até ao presente e eu também obro incessantemente.» Quer dizer: Deus não interrompe suas obras, nem sua ação sobre as coisas da Natureza, em dia de  "Sabbath ou sábado".
Ele não deixa de fazer que se produza tudo quanto é necessário à vossa alimentação e à vossa saúde; eu lhe sigo o exemplo.
Então,por que certas religiões adotam o dia de Sábado,(outras o Domingo), para,digamos "adorar"e não se faz nenhum tipo de trabalho?
A resposta é simples,por mera e errônea interpretação!
"Eles" não são melhores que Jesus,"eles",com certeza não deixarão de socorrer seus filhos,afim de evitar a morte porque é Sábado,será que realmente estarão no Sábado todo Louvando ou assistindo TV,passeando no shopping e mal dizendo da vida alheia como de costume,após a reunião matutina?
Uma outra religião não salvará seu filho da morte, doando o que for  por mera e errônea interpretação do texto sagrado.
E mais ainda,uma outra que não é Cristã,mas tem o a mesma interpretação e não doando nada para salvar uma vida para não "transferir o karma" de um para o outro.(!?!?)
Daí vem que os incrédulos, que apenas o conhecem através de fenômenos cuja causa primária não admitem, consideram os espírita meros prestidigitadores e charlatães.
Não será, pois, por meio de prodígios que o Espiritismo triunfará da incredulidade será pela multiplicação dos seus benefícios morais, porquanto, se é certo que os incrédulos não admitem os prodígios, não menos certo é que conhecem, como toda gente, o sofrimento e as aflições e ninguém recusa alívio e consolação.
Fé cega é a casa da ignorância.
Você não precisa estar dentro da igreja,a igreja é que deve estar dentro de você!

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