Loiro ou moreno? Religioso ou revolucionário? Documentos que devem ser divulgados até o final deste ano podem revelar a verdadeira face de Jesus-homem. |
Nunca, ao longo desses 2 mil anos de Era Cristã, falou-se tanto sobre Jesus como nestas últimas duas décadas. Agora mesmo o filme Stigmata, que traz trechos do secretíssimo Evangelho de Tomé, está entre os mais procurados nas locadoras de vídeo. Livros, CDs, revistas - Jesus é top em todas as mídias.
Não é sem razão, portanto, que pesquisadores católicos, judeus, protestantes, místicos e agnósticos estejam mergulhados em leituras mais apuradas do Novo Testamento e examinem o que podem, exaustivamente, de antigos manuscritos descobertos em Israel e no Egito. O objetivo é um só: encontrar pistas mais precisas que revelem quem, de fato, foi o homem de Nazaré.
O resultado desse trabalho de fôlego é que o Jesus fragmentado, quase sempre apresentado apenas como um mito religioso, começa, agora, a tomar novos contornos históricos e pessoais. É verdade que ainda existem controvérsias sobre a sua real personalidade, o que fez e onde esteve dos 12 aos 30 e poucos anos, e o que queria dizer exatamente com suas célebres parábolas. Mas para o quase nada que se sabia de sua existência real, tais controvérsias, que certamente vão atravessar o século 21, são importantes.
Elas permitem questionar, e até mesmo entender, com mais clareza, certas passagens dos evangelhos de Marcos, Mateus, Lucas e João. É também, a partir delas, que emerge o Jesus-homem, de idéias meio malucas para sua época, por vezes duro com seus adversários e discípulos, problemático em relação à sua familia, e que, conforme ditam as leis naturais, nasceu, cresceu, foi feliz, sofreu e morreu. Jesus, desse modo, é uma outra história.
Ditos de São Tomé
Vamos começar a redescobrir Jesus, indo até o ano de 1945, quando nativos da região de Nag Hammadi, no Egito, acharam cinquenta pergaminhos escritos em copta, língua falada pelos egípcios, nos primeiros anos da cristandade.
Eruditos de peso, como o egiptólogo francês Jean Doresse, e James Charlesworth, teólogo da Universidade de Princeton, nos EUA, surpreenderam-se com parte do conteúdo dos pergaminhos: neles havia revelações sobre Jesus, atribuídas a um tal de Tomé, inexistentes nos textos canônicos. Que o achado arqueológico era autêntico ninguém contestava - alguns especialistas em linguística, inclusive, acreditavam estar diante de uma tradução copta do aramaico, idioma que, como se verá mais tarde, era o mais popular na comunidade judaica em que Jesus viveu. O que não se tinha certeza era se esse Tomé era o mesmo Tomé que compartilhou do ministério de Jesus, na Palestina dominada pelos césares de Roma, p or volta dos anos 27 a 30.
A dúvida gerou polêmica. De um lado, a Igreja Católica negava qualquer semelhança entre o Tomé apóstolo e o Tomé de Nag Hammadi. Para o Vaticano, tratava-se de um texto apócrifo, isto é, falso, uma vez que ele não reafirmava as verdades das Sagradas Escrituras. E, com esse argumento, o Vaticano ignorou (pelo menos oficialmente) Tomé. Os cristãos gnósticos, que desde muito tempo vinham colecionando apócrifos, como os Atos de João, o Apocalipse de Pedro e os Atos de Felipe, escritos quase à mesma época dos canônicos, entre 70 e l00 anos depois de Cristo, mas de conteúdo estritamente filosófico, não só reconheceram Tomé como um dos doze apóstolos como batizaram o achado de "Quinto Evangelho". E recorreram a João, capítulo 21, versículo 25, para justificar esta irreverente decisão: "Muitas coisas fez Jesus. Se todas elas fossem escritas, nem no mundo inteiro caberiam os livros sobre ele".
O assunto esquentou mais ainda quando teólogos de renome como William D. Stocker, autor do ensaio "Palavras Extracanônicas de Jesus", anunciaram que os pergaminhos de Nag Hammadi, na verdade não eram inéditos, estavam em voga por volta do ano 320 depois de Cristo. E ao revirar as páginas de livros de historiadores de nossos primeiros séculos, a exemplo de Filon, o Judeu, e Flávio Josefo, chegaram à mais fascinante suposição: o Evangelho de Tomé teria sido, durante muito tempo, o livro sagrado dos essênios, religiosos judeus de rígida conduta moral. Esse é um detalhe significativo, pois como se verá daqui a pouco, ao falarmos dos manuscritos do Mar Morto, os essênios também esperavam por um mes sias chamado Jesus.
Três Pessoas
Aqui, é preciso abrir parênteses para expor um episódio esclarecedor sobre essas ações tão radicais da igreja primitiva. É que Constantino, imperador romano na época, recém-convertido ao cristianismo, foi pressionado por sua corte a elaborar um conceito de Deus que agradasse às facções cristãs que tinham Jesus como salvador dos pecados do mundo. "Algo parecido com uma moderna negociação de administração única", comenta o professor Eric Butterworth, da Escola de Cristandade, em Lee's Summit, no estado norte-americano de Missouri. Constantino convocou, então, em 325, o célebre Conselho de Nicéia. E, entre tapas e beijos - dois altos dignatários cristãos, Ário e Nicolau de Mira, trocaram s ocos e depois mesuras durante os debates -, um grupo de homens decidiu que Deus era três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. À revelia naturalmente de Jesus, principal personagem de toda a trama, pois ele, nem no Novo Testamento nem nos apócrifos, jamais se referiu à Trindade. O que, unanimemente, todos os evangelhos expressam é: "Eu (Jesus) e o Pai somos um".
A partir de Nicéia, então, tudo o que não estivesse de acordo com os ditames de Roma era queimado ou, no mínimo, proibido. Isso só não aconteceu com o evangelho de Tomé porque, conta-se, um monge gnóstico copiou-o, encerrou-o numa urna e levou-o para o Egito, onde foi encontrado mais de l.600 anos depois.
Ver para crer. É por esse dito que, geralmente, nos lembramos de Tomé. Ou Didimo Judas Tomé que era seu nome completo. Mas, afinal, quem é ele? Segundo especialistas em língua antiga, Tomé, em hebreu, significa gêmeo. Didimo, em grego, também quer dizer gêmeo. É preciso explicar aqui o seguinte: na Palestina de 2 mil anos atrás, falavam-se três idiomas: o aramaico, do povo; o hebraico, dos intelectuais judeus; e o grego, dos comerciantes. Talvez por essa razão, gêmeos aparece nas duas versões. Resta o nome Judas, que, em hebraico, é agradecimento. É razoável supor, a partir daí, que o verdadeiro autor do evangelho de Nag Hammadi seria Judas, o gêmeo. Poucos pesquisadores se atreveram a entr ar nessa seara, e os que o fizeram, como Helmut Koester, em sua obra Evangelhos Canônicos e Apócrifos, limitaram-se a extraordinários exercícios de raciocínio, diante de trechos do Evangelho de Tomé, de Marcos, Mateus e João que fazem referência aos irmãos de Jesus, e ao apelido gêmeo. No trecho de Tomé lê-se "... Não, não sou Judas Tomé, sou seu irmão", teria dito Jesus ao ser confundido com o apóstolo. Em Marcos 6:3 e Mateus l3:55 está escrito: "...Ele (Jesus) não é o filho do carpinteiro? A sua mãe não é Maria? Não é irmão de Tiago, José, Simão e Judas?". Em João 11:16 lê-se "...Então Tomé, chamado de o Gêmeo, disse aos seus companheiros..".
O que se pode inferir daí? Em princípio, duas coisas. A primeira é que Jesus tinha irmãos - e este fato é aceito pela maioria dos teólogos modernos. A segunda, é que Judas Tomé e Jesus seriam gêmeos, e, nesse caso, estaria explicado por que pinturas antigas exibem dois meninos-Jesus, juntos e iguais.
Os Manuscritos
Chegou o momento de folhear o que se conhece dos manuscritos encontrados a partir de 1947 em onze cavernas da província de Qumram, no atual Israel, às margens do Mar Morto. Infelizmente, o que se conhece quase trinta anos depois de se ter achado, em l967, os últimos rolos dos pergaminhos, é muito pouco . A comissão de teólogos de várias correntes religiosas, a metade católicos, que vem sigilosamente estudando os manuscritos, já adiou, por duas vezes, uma em 1970, a outra em 1975, suas conclusões. Nesse meio tempo, o único membro não religioso da comissão, o professor John Allegro, da Universidade de Oxford, na Inglaterra, protestou publicamente quando soube que a maioria dos rolos ficaria sob a gu arda única do presidente da comissão, o padre dominicano Roland de Vaux.
Um desses rolos, em especial, tinha fascinado Allegro: eram passagens do Evangelho de Marcos, datadas de 50 depois de Cristo, e, portanto, anteriores às dos outros evangelhos. Segundo Allegro, esses textos conteriam revelações capazes de mudar, substancialmente, o Novo Testamento. "Espera-se que tudo o que está enrustido venha a público em até o final deste ano, quando devem ser encerrados os trabalhos da indevassável comissão" comenta Allegro. "Será uma boa nova", ironizam cientistas ávidos em devorar o relatório oficial sobre a documentação do Mar Morto. Explica-se a ironia: boa nova é a tradução da palavra hebraica Evangelho.
No momento, resta o consolo de saber o que se tem à mão é pelo menos o suficiente para traçar mais algumas linhas da história que estamos contando. São pedaços de pergaminhos que compreendem, principalmente, literatura religiosa: por exemplo, toda a Bíblia hebraica (Antigo Testamento), à exceção do Livro de Ester, e episódios marcantes da vida dos essênios. A Bíblia, segundo arqueólogos e paleólogos de renome, é mil anos mais antiga que o mais antigo documento aparecido até hoje sobre o assunto.
O Mestre da Retidão
Até aqui, aparentemente, não há nada que sinalize uma ligação entre Jesus e os essênios, como suspeita, por exemplo, o pesquisador, escritor e jornalista Gerald Messadié. Ao ler, porém, trechos de quatro pergaminhos essênios - o Preceito da Comunidade, o Preceito de Damasco, o Preceito da Guerra e o Preceito do Messianismo -, descobriu-se que os membros da seita, quase um século antes de Cristo, eram liderados pelo misterioso Mestre da Retidão. Esse mestre, como Jesus faria mais tarde, pregava o batismo, o jejum, o celibato, e conclamava seus seguidores a repartir seus bens materiais. Tinha o dom da cura - a um simples sinal que fazia com as mãos os doentes ficavam bons - e conhecia as propriedades medicinais d e centenas de plantas orientais. Tinha ainda doze discípulos e profetizava a vinda de um Messias de nome Joshua (Josué), que, segundo ele,seria o seu sucessor. Dá para notar que existe uma incrível semelhança entre as prédicas do Mestre da Retidão e as de Jesus. O mais intrigante é que o nome Jesus é uma corruptela de Josué. Por tudo isso, é difícil resistir à pergunta: Jesus teria estado entre os essênios?
O professor John Allegro acredita que há pegadas visíveis de Jesus entre os essênios, principalmente quando se recorre à linguística. Diz Allegro que os essênios usavam o termo kharash (mago) ao se referirem a uma pessoa de poderes extraordinários. E que, nos Atos dos Apóstolos, Jesus é descrito como alguém que produz maravilhas, um kharash. Mais: nos evangelhos canônicos Jesus é chamado de filho do carpinteiro. E, curiosamente, continua Allegro, carpinteiro, em hebraico, também é kharash.
Allegro vai mais além dessas coincidências idiomáticas. Ao garimpar o conteúdo do Preceito da Comunidade, ele encontrou muitos outros pontos comuns em Jesus e nos essênios. Os doze apóstolos de Mestre da Retidão, da mesma forma que os apóstolos de Jesus, costumavam atravessar o deserto da Judéia para levar suas crenças a Jerusalém, Betânia, Cafarnaum e outros centros urbanos da Palestina de então. É ainda curioso que o Mestre da Retidão tivesse reunido seus discípulos para uma ceia regada a pão e vinho, pouco antes de ser preso e crucificado por romanos e judeus. Os essênios colecionavam também provérbios, orações e parábolas idênticos aos transmitidos por Jesus no Sermão da Montanha.
O Messias dos Essênios
Finalmente, a comunidade essênia era conhecida como Nova Aliança, termo aramaico que, mais tarde, os cristãos traduziriam por Novo Testamento.
Diante desse pacote de singulares revelações, e considerando que nenhuma delas aparece no Novo Testamento, o professor Allegro formula duas hipóteses para a questão: ou o Novo Testamento está mal contado ou os essênios são uma mentira. Como os pergaminhos que contêm os preceitos essênios são "isentos de censura , tanto cristã quanto judaica", como sustenta o respeitadíssimo teólogo Geza Vermes, em seu livro Os Manuscritos do Mar Morto, a conclusão para Allegro é óbvia: o Novo Testamento precisa ser revisto.
Quem não tem nenhuma dúvida de que Jesus viveu muito tempo entre os essênios é Gerald Messadié, que, entre outros best-sellers, escreveu O Homem que se Tornou Deus. Messadié, depois de devorar tudo o que pôde sobre Qumram, concluiu, inclusive, que Jesus foi introduzido na seita essênica por seu primo, João Batista. "Ele (Batista) era um essênio: falava a linguagem deles, jejuava, pregava no deserto, e, da mesma forma que o Mestre da Retidão, anunciava a vinda de um messias", esclarece Messadié .
Em todos os trechos canônicos ou apócrifos, porém, João só vai aparecer na história bíblica, às margens do Rio Jordão, praticando o batismo. Como Messadié explica este fato? "Não é bem assim. Há registros no Preceito da Comunidade de um essênio que estaria destinado a batizar o esperado messias e iniciá-lo na vida pública. E foi o que aconteceu com João Batista", argumenta ele.
Em todos os trechos canônicos ou apócrifos, porém, João só vai aparecer na história bíblica, às margens do Rio Jordão, praticando o batismo. Como Messadié explica este fato? "Não é bem assim. Há registros no Preceito da Comunidade de um essênio que estaria destinado a batizar o esperado messias e iniciá-lo na vida pública. E foi o que aconteceu com João Batista", argumenta ele.
São muitos os pesquisadores que pensam igual a Messadié. Ninguém melhor, porém, do que o teólogo norte-americano Jack Potter para encerrar esse capítulo sobre Jesus e os essênios. Diz Potter: "Os eruditos estão gradualmente admitindo que Jesus estudou na escola essênica, durante anos. São evidentes os paralelos entre a doutrina de Jesus e a do Mestre da Retidão. E é muito provável que Jesus o tenha sucedido. Mas isso, por enquanto, está sendo visto com reservas, para não abalar os fundamentos de nossa religião cristã".
Enigmas
Desvendando o misterioso sumiço de Jesus desde os 12 anos, quando assombrou os doutores do Sinédrio com sua sabedoria, até o começo de seu ministério, aos 30 e poucos anos de idade, passemos à tarefa de decifrar outros formidáveis enigmas: quando e onde ele nasceu, como era fisicamente, como era sua família, que língua falava, quando e como morreu, e com que idade.
Foi o incansável e aplicado professor John Meier quem, nos últimos cinco anos, mais investigou essas questões, embora não se possam desprezar, também, as diligências de Gerald Messadié e de Geza Vermes. Para que fiquem bem claros os comentários sobre aqueles pontos, nada melhor do que abordá-los em forma de tópicos.
Quando Jesus nasceu - Meier pinça trechos de Mateus e Lucas para supor que Jesus nasceu pouco antes da morte de Herodes, O Grande. De acordo com Mateus 2:l6, Herodes, ao saber do nascimento de Jesus, e com receio de que ele fosse mesmo o futuro rei dos judeus, ordenou a morte de todas as crianças do sexo masculino da cidade de Belém e de seus arredores, de dois anos para baixo. Dois anos, então, representariam mais ou menos a idade que Jesus teria na ocasião, e, nesse caso, seu nascimento teria ocorrido cerca de dois a três anos antes da morte de Herodes, ou 6 a 7 anos antes de Cristo.
Tese idêntica é sustentada por Gerald Messadié. Só que, para comprová-la, ele recorre a uma outra passage m dos evangelhos, segundo a qual a chegada do Messias seria precedida de um sinal dos céus. Pois bem, há registros de que Júpiter e Saturno ficaram em conjunção (bem próximos um do outro) durante três vezes no ano 7 antes de Cristo: em maio, setembro e dezembro.O fenômeno era tão raro (houve uma conjunção igual em 1961 e a próxima será no ano 2100) que os astrólogos da época acharam que alguma coisa incomum estava para acontecer na Terra.
Tese idêntica é sustentada por Gerald Messadié. Só que, para comprová-la, ele recorre a uma outra passage m dos evangelhos, segundo a qual a chegada do Messias seria precedida de um sinal dos céus. Pois bem, há registros de que Júpiter e Saturno ficaram em conjunção (bem próximos um do outro) durante três vezes no ano 7 antes de Cristo: em maio, setembro e dezembro.O fenômeno era tão raro (houve uma conjunção igual em 1961 e a próxima será no ano 2100) que os astrólogos da época acharam que alguma coisa incomum estava para acontecer na Terra.
Onde Jesus nasceu - Em Belém ou Nazaré? Na opinião de Meier, a primeira das hipóteses apenas justifica antigas crenças judaicas (a dos essênios) de que o Messias descenderia de Davi e da aldeia de Belém. O mais provável, prossegue Meier, é que ele tenha nascido mesmo em Nazaré, pois em muitas páginas dos evangelhos fala-se em Jesus de Nazaré ou Nazareno. No Evangelho de João 1:45, por exemplo, está escrito: "...achamos aquele de quem Moisés escreveu no Livro da Lei e sobre quem os profetas também escreveram. É Jesus, filho de José, da cidade de Nazaré".
O aspecto físico, o idioma - Vários documentos apócrifos, incluindo uma carta de Públius Lêntulus, pró-cônsul da Galiléia, descrevem Jesus como alto, forte, cabelos repartidos ao meio, olhos amendoados, certamente um homem bonito. Parece que Jesus procurava a companhia dos mais humildes porque era mais fácil transmitir-lhes seus ensinamentos, uma vez que falavam a mesma lingua, o aramaico, como pensam Geza Vermes , Gerald Messadié e John Meier. Se é assim, muitos dos ditos de Jesus têm que ser repensados, pois a maioria deles foi traduzida do hebraico, que era o idioma das altas classes sociais da época. Um desses ditos, talvez o mais célebre de todos, é Eli, Eli, lama sabachtan i , traduzido por Senhor, Senhor, por que me abandonaste? No mais puro aramaico, segundo o escritor Eric Butterworth, o correto seria Senhor (ou Pai), cumpri minha missão.
Quando morreu e com que idade - Se Jesus, como se viu antes, nasceu no ano 6 ou 7 antes de Cristo, e iniciou seu ministério, de acordo com a maioria dos pesquisadores, com cerca de 33 anos, entre os anos 27 e 28, depois exercendo-o por no mínimo três anos, ele teria cerca de 36 anos quando morreu. E isso, de acordo com Joachim Jeremias, um dos gigantes da história da Humanidade, aconteceu no décimo quarto dia de Nissan (o dia de preparação da Páscoa dos judeus), isto é, numa sexta-feira, por volta dos anos 30 a 31 depois de Cristo. Pelos cálculos de Jeremias era um 6 ou 7 de abril.
Quando morreu e com que idade - Se Jesus, como se viu antes, nasceu no ano 6 ou 7 antes de Cristo, e iniciou seu ministério, de acordo com a maioria dos pesquisadores, com cerca de 33 anos, entre os anos 27 e 28, depois exercendo-o por no mínimo três anos, ele teria cerca de 36 anos quando morreu. E isso, de acordo com Joachim Jeremias, um dos gigantes da história da Humanidade, aconteceu no décimo quarto dia de Nissan (o dia de preparação da Páscoa dos judeus), isto é, numa sexta-feira, por volta dos anos 30 a 31 depois de Cristo. Pelos cálculos de Jeremias era um 6 ou 7 de abril.
Como ele morreu? Descartando-se a possibilidade levantada por muitos gnósticos de que não teria sido Jesus o homem levado à cruz, e levando-se em conta os exames feitos no Sudário de Turim por legistas, cardiologistas e ortopedistas, é quase certo que ele tenha morrido por asfixia, algumas horas depois de ter sido crucificado. Foi quando, não se sabe por que, o mesmo céu da Palestina que se iluminou ao tempo de seu nascimento repentinamente escureceu, e, em algumas partes do Gólgota, a terra se abriu. Um mistério mesmo, pois não há registro de nenhum eclipse ou de qualquer terremoto na região naquela fatídica sexta-feira.
E sua ressurreição? É mais um dogma ou de fato aconteceu? Como disse o evangelista João, "muita coisa se contará ainda sobre Jesus". Inclusive que ele foi ressuscitado por seres que vieram de outras galáxias e que tinham acompanhado, às vezes de longe, às vezes bem de perto, sua missão. Seriam esses Ets os anjos que volta e meia surgem, fulgurantes, nos textos dos evangelhos, como imagina o escritor e jornalista espanhol J.J. Benitez, no romance O Enviado? É possível.Mas essa é uma outra e fantástica história.
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